spoiler visualizarDEA 19/11/2020
Foi minha primeira leitura sobre o Holocausto e fiquei bastante impactada. O livro relata situações reais misturadas com ficção, onde a história se passa no barracão 31, que era um 'campo familiar' BIIb em Auschwitz, um lugar 'em que a humanidade chegou a alcançar a própria sombra'.
É um livro muito forte, triste demais, que nos faz ter uma 'ideia' como eram insanas as situações que existiam nos campos de concentração. Mexe bastante com o psicológico e com o emocional. Por outro lado é emocionante ver a superação, coragem e esperança, como por exemplo de Dita Polachova e Alfred Hirsch, para citar apenas alguns, que fizeram funcionar uma escola além de uma biblioteca em Auschwitz, algo que era estritamente proibido e que podiam por esse motivo serem condenados à morte.
Talvez para algumas pessoas possa parecer insano que eles se arriscavam para ter os livros, mas 'esses artefatos, tão perigosos que portá-los é motivo de pena máxima, não disparam nem são objetos pungentes, cortantes ou contundentes' , são muito perigosos pois fazem pensar.
Mais para o final, o livro fala do campo de Bergen-Belsen, onde 'não se trabalha, apenas se sobrevive', e na minha opinião essa foi uma das partes mais tristes. Já próximo do fim da Guerra, mesmo sem câmaras de gás, esse campo se torna uma máquina de matar, sem comida e sem água, onde as doenças se alastraram dizimando as pessoas diariamente.
'As explosões dos combates estão cada vez mais próximas, mais nítidas. Os disparos, mais sonoros. ..A morte, porém, parece avançar muito mais veloz'.
O livro mostra o horror da guerra e como o ser humano é capaz de cometer atrocidades em busca de poder. Ler sobre a Guerra é uma forma de deixar sempre fresca na mente essa triste realidade.
?Depois do que aconteceu, não é preciso apenas virar a página, é preciso fechar um livro e abrir outro?.
Recomendo a leitura!!!!