A cidadela

A cidadela A. J. Cronin...




Resenhas - A Cidadela


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Bookster Pedro Pacifico 04/11/2021

A cidadela, de A. J. Cronin
Que eu sou um fã de livros com temática de medicina, isso já deixei bem claro por aqui! Por isso, foi com muita expectativa que comecei a ler A cidadela, em que são narradas as condições de trabalho de um jovem médico recém-formado no início do século XX. Além disso, em nossa conversa para o @dariaumlivropodcast, o livro havia sido indicado por Antônio Fagundes como um dos seus favoritos.

O protagonista da história, Dr. Andrew Manson, inicia sua carreira em uma pequena aldeia do País de Gales. Por não ter tido muita experiência com pacientes, conseguimos acompanhar a insegurança de um jovem com a enorme responsabilidade de lidar com a vida dos moradores de Drineffy. Porém, sempre buscando enxergar o seu paciente como um ser complexo, indo além da simples análise dos seus sintomas físicos, Dr. Manson começa a chamar a atenção na região em que atende.

Apesar de o início da leitura ter me prendido bastante a atenção, confesso que o desenvolvimento do meio da narrativa ficou um pouco lento. Tive a sensação de que a rotina do Dr. Manson teria ficado monótona, sem grandes acontecimentos.

Por sua vez, consegui retomar o ritmo no terço final da obra. Depois que se muda para Londres e começa a adentrar no círculo social dos pacientes ricos e importantes, o personagem passa a esbarrar em questões éticas interessantes. Foi como se o médico tão interessado no bem-estar do paciente passasse a ser corrompido por uma sociedade que vive pelo dinheiro e pelo poder. Há um crescente conflito interno entre sucesso profissional e os objetivos éticos da tão venerada profissão dos médicos… Temas que, na minha visão, ainda devem existir para quem vive nesse meio. Também é interessante ver como as questões profissionais acabam irradiando para o lado pessoal e familiar do protagonista.

Mesmo com esse ritmo mais lento no desenvolvimento da obra, a experiência da leitura foi bem prazerosa. Recomendo bastante a leitura para quem se interessa pelo tema e para quem gosta de romances que retratam a sociedade do início do século passado!

Nota 8,5/10

site: http://instagram.com/book.ster
Matheus E. Reis 14/08/2023minha estante
Não ligo pra narrativas lentas. Desde que não enrolem rsrs




Carolina.Gomes 16/01/2023

Bom, mas insosso?
Nesse livro acompanhamos a trajetória do médico Andrew Manson, desde o inicio da carreira como jovem recém formado e idealista até se tornar um médico conhecido e bem remunerado.

Aqui são abordadas as questões da ética médica, a pressão da indústria farmacêutica e os conflitos do personagem ao se deparar com a realidade em contraposição a carreira idealizada.

Os personagens são bem construídos, a estrutura do romance é bem consolidada. A escrita do autor também é muito boa.

Não gostei do desenvolvimento de alguns personagens nem concordo com a romantização da pobreza e com a ideia errônea de que a ambição está necessariamente atrelada ao desvio de caráter e falta de ética.

Não é possível ser próspero e bem sucedido sem se corromper e se tornar um profissional antiético? Médico bom é aquele abnegado que exerce a profissão como sacerdócio?

A temática é muito atual e traz questionamentos importantes sobre a ética profissional, não só na carreira médica, mas em todas as profissões.

A primeira parte é mais dinâmica e interessante. Do meio para o fim, achei que a narrativa perdeu força e eu me desinteressei.

É um romance importante por ser precursor do sistema de saúde público inglês.

Em alguns pontos, a leitura me lembrou Olhai os lírios do campo, porém, este é muito superior para mim.

Embora, no geral, tenha achado o livro insosso, valeu a leitura.
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Bel 19/12/2011

Começou com 3 e acabou com 5 estrelas
Esse livro foi bastante recomendado por parentes meus. Disseram que eu não podia me formar médica sem deixar de lê-lo.. Daí resolvi dar uma chance...

Comecei a ler sem muito entusiasmo: Apenas uma vida cotidiana de um médico recém formado com muita ideologia e pouca prática pra lidar principalmente com os médicos mais antigos, pseudo-donos do sistema de saúde da época. Até aí, ok, normal. Cheguei a achar que o livro ia ficar só por isso mesmo.
E foi realmente só no final que pude perceber a transformação que sofri junto com o protagonista ao longo do livro. Foi aí que pude perceber o quanto cresci junto com seu amadurecimento.
Fui levada tão sutilmente pelo autor que não notei o quanto o livro estava criando raizes dentro de mim, como a história incialmente monótona era muito mais profunda.
Foi nas páginas finais que compreendi a necessidade da existência de cada palavra do livro.
Senti raiva, indignação, alívio, chorei e ri ao longo de suas páginas.
Espero profundamente que o idealismo e a ética que guiam o personagem nunca desapareçam de mim também.

Este livro é um eterno legado de AJ Cronin, não só para os praticantes da Medicina, mas também para qualquer pessoa que possua algum ideal na vida e esteja disposto a persegui-lo e enfrentar qualquer correnteza contrária. Será sempre atual.
RogArio.Amatuzzi 03/05/2012minha estante
ESTUPENDO DO COMEÇO AO FIM.


Mônica Firmida 27/07/2017minha estante
Também fiquei fascinada com este livro!




Marli Bezerra 08/08/2022

Ótimo Livro. Umas vezes você torce pelo médico, por sua maneira empática e bondosa e outras vezes vc fica com raiva das escolhas que ele faz. O livro te envolve e vemos o desenvolvimento dele como pessoa e como profissional.
Ótimo romance que tem uma reviravoltas e algumas passagens bem emocionantes. Adorei.
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Gininha 18/11/2011minha estante
Engraçado: Também havia pensado o mesmo: "desnaftalinizar" (neologismo meu, rsrsrs) velhos livros da minha estante, como o que ora leio: "Um Caso Tenebroso", de Balzac, adquirido em 1984!! Mas sua resenha, acima, me emocionou pois me levou a tempos idos. Tempos em que passei horas pungentes, mas encantadas, lendo A. J. Cronin, inclusive esse A Cidadela. Só me lembro dos contextos, mas pouca coisa ficou das histórias propriamente ditas, de Cronin. Por isso, agradeço-lhe pela resenha, sempre muito plena de sensibilidade e bom tom.
Parabéns, pois Cronin é isso aí mesmo. Creio que não se escreve mais como ele, e que os médicos de hoje (exceções??) estão longe de absorver-lhe os escrúpulos, os cuidados e a ética para com os pacientes.




Carlos Nunes 13/01/2022

Surpreendente
Na minha adolescência, sempre me deparava com esse livro em livrarias, bibliotecas e até mesmo bancas de jornal, mas as capas e o título nunca me chamaram a atenção, tanto que sequer peguei o livro alguma vez para ver do que se tratava (pensava ser algo sobre guerra ou conquistas militares).
Agora, muitos anos depois, volto a ver o livro comentado e indicado, e foi por essa razão (convite para uma leitura coletiva) que acabei fazendo a leitura.
E que surpresa! A começar pelo tema, absolutamente diverso de qualquer ambientação militar (embora no final nós entendamos a razão do título): ética médica.
Narrado de forma leve e ágil, acompanhar toda a trajetória profissional do jovem médico Andrew Manson é uma delícia. Destacado para uma cidadezinha mineira em Gales, o dr. Manson se depara com toda a precariedade do atendimento médico do local, com a desunião e o antagonismo da classe médica local e, principalmente, com a rigidez do pensamento dos profissionais, que não admitem novos tratamentos e métodos, tudo isso em meio a muita energia e ao ímpeto de iniciante, que quer pôr mãos à obra.
À medida que vamos acompanhando tanto a carreira quanto a vida pessoal do dr. Manson, vamos percebendo, com apreensão, que os valores profissionais (e, principalmente, morais) vão entrando em conflito cada vez maior com a ascensão na carreira e o vislumbre do sucesso financeiro. Manson vai se enredando cada vez mais com médicos inescrupulosos, incompetentes, e até mesmo criminosos - e o efeito que isso vai causando em sua cabeça e sua vida pessoal.
Diversos acontecimentos e reviravoltas na história, que é narrada de forma simples e direta, nos deixam envolvidos e desejosos de saber o que irá acontecer em seguida. E ao final, o autor nos presenteia com um verdadeiro discurso sobre a ética médica, algo tão marcante que causou alterações no próprio serviço de saúde britânico, na ocasião da publicação, mas que, infelizmente, até hoje vemos muitas das situações absurdas ali narradas ainda acontecendo com enorme frequência.
Pode não ser um clássico ou um livro maravilhosamente profundo, mas que com certeza deveria ser lido por todo estudante de Medicina, em especial pelos (muitos) que optam por essa carreira visando apenas lucro e sucesso pessoal.
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Guilherme Dehon 31/03/2023

A Cidadela...
Não me recordo ao certo quando li Noites de Vigília e O Farol do Norte, mas se não me falha a memória eu deveria tee no máximo uns 15 anos...

Levando esse tempo em consideração, 33 após minha última experiência com uma obra de A J Cronin, tenha a imensa satisfação de apreciar mais uma de suas criações...

A Cidadela é um livro muito gostoso de ler, e apesar de por vezes ter alguma termos médicos ou uma ou outra palavra mais formal, a leitura flui muito confortável...

Os personagens são interessantes (algumas um tanto insípidas), e bem desenvolvidos nas suas características...

No geral a obra retrata uma época em que a medicina estava de certa forma "estagnada" na Inglaterra e um jovem idealista, Andrew Manson, auxiliar médico sonha em mudar essa perspectiva engaçada...

"A. J. Cronin apresenta os dilemas que acompanham os idealistas. A quebra de expectativa ao se deparar com a dura realidade e o confronto entre ser mais humano e passional ou trabalhar com o intuito de enriquecer..."

Recomendo.
jusouzr 31/03/2023minha estante
disse tudo??????


Guilherme Dehon 31/03/2023minha estante
Kkk gentileza desconsiderar




Milena12 24/08/2023

A cidadela
Não é uma leitura difícil, alguns capítulos bem sucintos.

A história em si, me trouxe a lembrança do médico Bovary, mesmo que não tenha nada a ver, mas apenas o início da vida de um médico recém formado.

Ao longo da leitura podemos ver o amadurecimento do Andrew Manson. Em algumas partes, ele se deixava levar por seus instintos mais coléricos, se levar pela raiva. Mas com o tempo ele amadurece em ser mais racional.

Apesar de se levar pelo sucesso financeiro, Andrew sempre aspirou um certo sucesso profissional, e caiu em momentos apenas por conta de dinheiro.

E no fim, conseguiu retornar as suas origens, retornar as rédeas de sua vida ? profissional e amorosa.

Os últimos momentos me deram aperto no coração, apesar de que faz parte da vida, nunca gosto de encarar situações como essas em leituras.

O final foi de se esperar, o resultado em si, não o enredo. E fechando com chave de ouro, pôr o nome do livro dentro dele, isso me dá uma alegria que não sei explicar.
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Marcos5813 28/08/2023

O ideal de uma cidadela
Andrew Manson é um jovem médico, recém formado, idealista, e com uma vontade febril de romper com as regras vigentes, conservadoras, e salvar o mundo de suas amarras, e é exercendo a medicina que faz de sua profissão instrumento para salvar vidas humanas, não apenas dos males do corpo mas, também, da alma. Quanta vida há em um cidadela? Quantas vidas há numa cidadela? Romance esplendoroso!
QUEIJO460 28/08/2023minha estante
Cinco estrelas, deve ser bastante bom mesmo.


Marcos5813 28/08/2023minha estante
De fato amigo! O livro é um verdadeiro clássico. O autor não é tão conhecido mas este seu Romance entra para os anais das grandes obras literárias, segundo minha modesta opinião.


QUEIJO460 28/08/2023minha estante
Entendi.


Marcos5813 28/08/2023minha estante
Acho que vai gostar de ler amigo. A obra trás grandes reflexões, como o sentido de nossas escolhas e como afetam nosso caráter.




Pamela.Castro 30/05/2022

A cidadela
Um livro sobre a literatura médica, escrito na mesma época em que o brasileiro Érico Veríssimo escrevia Olhai os lírios do campo, não tinha como esse livro não ser bom.
Me identifiquei demais com o personagem principal no começo da história, o medo de iniciar a profissão, ser recém formado e sentir que não aprendeu tudo que deveria...vemos o crescimento de Andrew ao longo do livro, suas batalhas, seu esforço, ficamos com raiva dele e torcemos por ele. Gostei bastante!
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Max 11/09/2022

Ótimo livro!
Com todos os elementos para um bom romance, nos prende do início ao fim, mexendo com nossas emoções, adorei! Recomendo fortemente!
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Dani Pontes 12/11/2022

Integridade X grana
Uma visão da vida de um médico no começo do século XX mas quase poderia ser agora!!!
Um debate sobre ser integro e profissional X ganhar dinheiro "fácil" agradando a fazendo cena...
Vale demais a leitura!! Recomendo
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Apoena.Borges 10/03/2021

Uma história singela
O livro é muito bem escrito. A história é simples, trivial, mas a escrita é envolvente e te leva a uma época muito distante. Acho que todo médico devia ler.
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Cristiane 22/12/2023

A cidadela - A. J. Cronin
Minha mãe sempre falou sobre este autor e sobre este livro. Finalmente consegui realizar sua leitura.
Dr. Andrew Manson tem a oportunidade de iniciar sua carreira profissional. Ele é um médico recém formado e respondeu ao anúncio de emprego como médico assistente do Dr. Page, no vilarejo de Drineffy. Ele descobrirá que na verdade ele assumirá todo o trabalho do médico, pois Dr. Page foi vítima de um derrame. A irmã do doutor, administra a clínica, e explora Andrew, paga-lhe mal e oferece uma comida horrível. Sendo um vilarejo cuja economia é baseada nas Minas de carvão ele atende operários e seus familiares.
Fará amizade com Dennis, outro médico assistente, vai se apaixonar por Cristiane, a professora do local.
Consegue um emprego em outro vilarejo, também de minas, casa-se com Cristine.Ela engravida, sofre um acidente, perde o bebê e fica estéril.
Neste vilarejo a exploração dos médicos com seus assistentes continua, Manson tenta organizar os assistentes, mas não consegue. Seu melhor amigo é Con, o dentista, apaixonado por mecânica, pai de muitos filhos.
Com o apoio de Cristine, ele estuda para obter o equivalente ao título de mestrado e depois realiza uma pesquisa sobre os perigos da inalação da poeira das minas para saúde pulmonar dos mineiros, consegue o título de doutor.
É convidado para fazer parte da sociedade médica dos mineiros, em Londres, conhece Hope, um químico, também se tornam amigos. Ele se decepciona com este cargo e decide abrir um consultório.
Atravessa muitas dificuldades até estabelecer uma clientela. Sobe na profissão, enriquece e tudo que ele condenava na prática da medicina, ele começa a fazer. Se afasta de Cristine, apesar de amá-la, viverem juntos, o relacionamento deles não vai bem, é marcado por discussões e desencontros.
Uma tragédia, a morte de um paciente na sala de cirurgia, abre os olhos de Manson, percebe que seus colegas são péssimos profissionais e ele é movido pela culpa, depois pelo desejo de mudar... Pede perdão a Cristine, decide fundar uma clínica com Hope e Dany em um vilarejo distante. Se reconcilia com Cristine, mas algumas tragédias ainda o aguardam.
Um romance impactante porque mostra o quanto podemos nos afastar de nossos ideais o quanto saúde e trabalho estão relacionados e como a medicina pode se tornar uma mercadoria.
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Rebeca.lousz 01/02/2022

Sem sal nem açúcar
A.J. Cronin é como um maestro dando a vida para que cada músico toque perfeitamente as suas notas. Mas o problema é que ele não tem uma orquestra sinfônica, tem no máximo uma banda de colégio que toca com muita boa intenção.

Sinto que Cronin entendeu muito bem o recado de como construir o livro. A estrutura da história é de admirar. As partes muito bem divididas e os capítulos bem dimensionados. Sabe introduzir os personagens, sabe o limite certo de uma descrição e sabe ambientar. Ele cria uma história até que bem redondinha. Me parece um aluno muito dedicado que aprendeu como se escreve um livro e fez um esforço admirável para tal. Só que falta uma história avassaladora. Falta uma escrita que abala. E por mais que o livro seja algo, não é algo incrível. Um livro dispensável que não me encanta.

Eu admiro a preocupação em criar uma boa estrutura para a história. Mas acho que não tem nada muito legal acontecendo aqui. É previsível. Meio insosso.
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