Wagner 23/10/2013
Monteiro Lobato um Cornélio Pires passado a limpo...
(...) Aliás, o pequeno trecho a seguir, de Mário da Silva Brito (8), elucida em parte a razão por que os homens de letras deixaram Cornélio num injustificável ostracismo literário: “O regionalismo converte-se, aos poucos, no caboclismo – que é uma espécie de decadência do regionalismo.
A princípio bem representado por Waldomiro Silveira, com as suas experiências lingüísticas e de expressão psicológica de “Os Caboclos”, o gênero passa pelas contribuições decorativas dos versos de Paulo Setúbal e anedóticas de Cornélio Pires, para, em seguida, descambar num processo fácil e falso, em que pululam mediocridades sem conta”. Em último caso, o lúcido historiador do Modernismo Brasileiro, noutro passo, segundo depoimento de Sérgio Milliet (9), diz que alguém chegou a considerar Monteiro Lobato um Cornélio Pires passado a limpo(...)
in: XAVIER, Francisco Cândido. O Espírito de Cornélio Pires. FEB