Faust, Part I

Faust, Part I Goethe




Resenhas - Fausto


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Rodrigo Arlindo 07/04/2024

O que resta dizer sobre “Fausto”? Provavelmente nada. Muitos escreveram sobre, analisaram criticamente a obra e nela se inspiraram para escrever suas próprias histórias. Cabe somente compartilhar reflexões pessoais. Deixo aqui as minhas.

Uma mudança de paradigma social: vejo “Fausto” como algo tragicômico, uma pantomima sobre a transição do mundo teocrático para o mundo burguês e prático, onde o conhecimento e o dinheiro substituem o “direito divino” na determinação de quem detém o poder. O “tom” dos diálogos, assim como a sucessão de périplos da dupla de personagens principais, remete ao cômico, pois trata-se de rir não da ciência ou da religião, mas da incapacidade do homem de enxergar verdades absolutas. Ou seja, vejo essa obra como uma “epopeia” bem-humorada sobre as limitações da humanidade em suas tentativas de compreender a existência. Como exemplo disso posso citar o capítulo “Sonho da Noite de Valpúrgis”, que para mim é muito representativo da comicidade das “buscas pela verdade” na obra, pois, nele surgem personagens de diversos arquétipos e classes, numa “celebração” onde estão envoltos num caos de intenções, pretensões, emoções e percepções de realidade, culminando numa cena inconclusiva, onde ninguém detém verdade absoluta alguma.
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Matheus.Lima 20/03/2024

Fausto: uma obra monumental
Escrever sobre Fausto é, no mínimo, lançar-se sobre a própria procura absoluta dessa personagem moderna. As grandes obras da literatura têm esse quê de inesgotável, de sempre ter algo a dizer, como lembra Italo Calvino.

Dessa forma, abstenho-me do que ficou para mim enquanto leitor e estudante de literatura:
Primeiro, as antíteses entre céu e terra, Deus e diabo, bom e mal. Elas entram em conflito, por meio de Fausto, que insatisfeito com seus conhecimentos é levado por Mesfistófeles a conhecer o pequeno mundo. Essa "busca faustica" me lembrou a ideia, em psicanálise, de que somos seres faltantes. A falta é parte constitutiva de nossas vidas. Nesse sentido, a obra monumental de Goethe só funciona (se é que posso dizer isso) porque somos sujeitos faltantes, sujeitos que sempre estão em "desarmonia" com seus objetos.

Por fim, uma coisa é clara: não conseguiria entender toda a dimensão de Fausto na primeira leitura. Releituras virão. E, também, preciso urgentemente começar a leitura de "Mitos do Individualismo Moderno", de Ian Watts, e vê o que a crítica escreveu sobre Fausto antes de encarar uma releitura. Enfim, quase um projeto de vida.
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Eliane406 23/01/2024

O mito do homem moderno
Drama filosófico que, ao mostrar a procura como fonte pulsante da vida, transfigura-se em odisséia do homem moderno

Eloá Heise

A tragédia Fausto é, sem dúvida alguma, um dos textos que empresta a Goethe repercussão universal. Nela, pode-se dizer, o poeta expressa a experiência de toda sua existência. O próprio autor afirma em Poesia e verdade, que essa obra representa o ?suma sumaruim? de sua vida. Não se pode esquecer que Goethe trabalhou durante 60 anos com esse tema : de 1772 (com seus trabalhos sobre o Urfaust ? Fausto zero como ficou conhecido pela tradução encenada no Brasil) até 1832, ou seja, pouco antes de sua morte, ano em que postumamente é publicado o Fausto II. Em seu longo processo de elaboração, esse texto congrega as várias transformações pelas quais passou o poeta em sua longa vida: os vários períodos literários da época ? Ilustração, Sturm und Drang, Classicismo, Romantismo -; as diversas atividades do poeta junto ao estado, no meio teatral, seus interesses científicos ? botânica, mineralogia, estudo das cores -; seus estudos filosóficos ? teologia, teosofia, escritos mágico-místicos -, além dos conhecimentos da mitologia antiga.

Fausto, além de ser a obra simbólica da vida de Goethe, adquire também significado universal por materializar o mito do homem moderno, o homem que busca dar significado a sua vida, que precisa tocar o eterno e compreender o misterioso. Sob este aspecto, o mito faústico transforma-se em um ?mito vivo?, um relato que confere modelo para a conduta humana.
Lucas2071 29/01/2024minha estante
Melhor leitura que fiz na vida, é o livro que dá pra ler ao longo de toda sua existência e sempre vai aparecer algo de novo




Eloá 14/01/2024

"A arte é longa, a vida breve"
Fausto é uma obra importantíssima para a construção filosófica da literatura como conhecemos hoje. O livro traz incontáveis reflexões sobre o poder, a ganância, a limitação humana e mais. Recomendo demais para quem gosta de refletir sobre o ser humano pós-Idade Média.
"Terei de ler milheiros de volumes
para saber que em tudo e em toda parte
os homens tem vivido a atormentar-se?"
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Teste de leitura 17/12/2023

Muito Bom!
É um livro datado e a tradução não é tão confortável de se ler, mas cara é uma obra genial, complexa e que me prendeu de verdade em alguns momentos, até que o autor desse uma viajada, o que é comum de acontecer em obras clássicas.

Não gostei do fim, achei que ele poderia ter desembolado melhor o porque que o amor pode nos levar à perdição, mas de igual maneira não sei se Fausto já tinha essa pretensão no inicio o que torna a obra magnífica de igual forma pois trás a álea para dentro da arte.

Valeu muito a pena ter lido, ainda que seja uma leitura bem densa.
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Lucas Ferreira 17/12/2023

Bacana
Muito bacana a obra, assim como alguns clássicos temos momentos em que a narrativa vai pra Narnia e tu tem que se segurar para não ficar perdido.

A obra poderia ter ressaltado essa relação de que por vezes o amor nos desancaminha daquilo que pretendemos. (O que também não fica muito claro se era essa a pretensão desde o início de Fausto, não somente pelo estudo das artes "a vida é curta e a arte é longa")

Mas é bacana a obra, valeu muito ter lido.
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Simone Pagliari 27/09/2023

Fausto
Fausto - Obra-prima da literatura alemã, é um poema trágico, escrito mais para ser lido do que encenado, com versos rimados, numa linguagem flexível e moderna se comparado a outros trabalhos de sua época. Goethe nos brinda com uma variedade e uma precisão de formas poéticas, imagéticas e conceituais, que apelam intencionalmente à imaginação teatral do leitor.
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Daniel Andrade 19/09/2023

Clássico dos clássicos alemães
Que belo livro (em todos os sentidos!). Gostei mais de Fausto I que de Fausto II, mas ambos são ótimos. Tenho alguns poréns referentes à tradução, que em alguns momentos preferiu manter a rima ao sentido. Não é uma leitura difícil, mas requer atenção pra não se perder no caos criado pelo Goethe. Gostaria de ter lido antes de Doutor Fausto, do Mann, para captar mais referências.
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Angeljica 11/09/2023

Simples e curto
Minha irmã acabou pegando o livro na biblioteca e me pediu autorização para realizar a leitura. Li o livro em poucos minutos, enquanto verificava o nível da leitura e a facilidade que ela poderia representar para alguém da idade dela.
Por fim, decidi que a leitura ainda não lhe era adequada, mas talvez fosse daqui pouco tempo.
Em relação ao livro devo dizer de que é realmente simples, uma história mais curta e simples do que a obra original que beira as 500 páginas, ainda assim o vocabulário pode acabar exigindo um pouco para determinadas classes etárias, impossibilitando a leitura e compreensão do livro.
É um bom livro, um bom resumo e definitivamente divertido
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EBdO 29/08/2023

Nunca fui fã de Chaves e Chapolin na infância, mas um episódio em particular sempre me chamou a atenção, em que o diabo aparecia para um velhinho lhe oferecendo tudo aquilo que ele desejava, através da varinha do chirrim-chirrion. Nunca esqueci esse episódio, e anos depois descobri que ele fazia referência a uma das maiores obras da literatura mundial. E agora eu tive finalmente a oportunidade de ler esse livro.

E não é por pouco que esse livro é tão famoso. Aborda questões universais da angústia humana pela existência. Como a outra obra de Goethe, "Os sofrimentos do jovem Werther", tem uma alta carga de dramaticidade. A introdução dos tradutores passa a impressão que é complexo e de difícil entendimento, mas foi mais tranquilo de entender do que eu imaginei.
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Marília 09/08/2023

A história é boa, só não gostei mais por ser em versos.
Algumas partes ficam um pouco difíceis de entender. Parece que a história para e surge outra história no meio.
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Lucas2071 01/08/2023

Possivelmente a obra mais ambiciosa já feita
Sabe aquele clássico que você pode ler e reler inúmeras vezes e vai continuar encontrando algo de novo? Fausto leva esse conceito ao extremo. A obra abraça a expressão "inesgotável" de forma tão densa que torna impossível resenha-la sem deixar de lado várias interpretações sofisticadas e relevantes.
Atentarei-me à primeira e imediata interpretação que tive.
Para além da conhecida sinopse de um homem que faz um pacto com o diabo, Fausto traz os múltiplos planos de realidade que Goethe se propôs entender melhor, com representações cristãs, folclóricas, exotéricas, filosóficas. O autor se confunde com o próprio protagonista ao colapsar sua sanidade após muito estudar e pouco conhecer. Atenho-me à influência do idealismo alemão sobre os pensamentos da obra, a impossibilidade de conhecer a realidade última/forças que governam o mundo - para Goethe e Fausto, respectivamente - a questão epistemológica que se resolve com a progressão filosófica alemã que deságua em Ficthe e Hegel, a dialética do Homem e da realidade, o protagonismo do "Eu" entre tantas outras ideiais muito bem arquitetadas pelas grandes mentes do começo do XIX.
A jornada de um protagonismo "Eu versus o Mundo" que tem seu ápice, ao menos me parece ser, na Walpurgisnacht (noite de Walpúrgis). A soma de tantos elementos que por si só já valeriam inúmeras leituras e de forma tão sublime e bela tornam o Fausto - ao meu ver - a obra mais completa da literatura.
Não bastasse isso, a obra ainda é influência direta na maior obra da literatura nacional, sirvo-me das palavras do grande autor mineiro para, mais uma vez, sintetizar aquela que é a maior ideia por destrás da lenda do homem que fez um pacto com o Diabo.
"O diabo não há! É o que eu digo, se for...Existe é o homem humano. Travessia."
Grande Sertão: Veredas
João Guimarães Rosa
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Gabriela2456 29/07/2023

22 anos se foram...
Comprei este livro há 22 anos. Comecei a ler na época e desisti. Retornei à leitura em 2010, avancei um pouco mais e desisti novamente.
Hoje, 29 de Julho de 2023 eu terminei a leitura de Fausto.
Obra completa, 1° e 2° partes, tradução de Jenny Klabin Segall. A edição que possuo não é essa que o Skoob apresenta, não encontrei minha edição no App.
Me emocionei, chorei, sorri...
Recorri ao dicionário enumeras vezes, mas tudo valeu a pena.
Goethe levou 60 anos para escrever o livro, Jenny passou 30 anos entre tradução e revisão; acho que superei meus 22 anos para conseguir ler essa obra tão complexa.
Felicidade!!
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