Até o dia em que o cão morreu

Até o dia em que o cão morreu Daniel Galera




Resenhas - Até o Dia em Que o Cão Morreu


79 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Tiago Ceccon 02/11/2010

Biográfico, tão biográfico...
Não posso dizer que minhas expectativas fossem baixas. Já havia assistido a versão cinematográfica (Cão Sem Dono) há algum tempo e achado ela apenas razoável, mas quando fiquei sabendo do livro, com essa capa instigante e o genial título, tive a impressão de que deveria ser ótimo.

E como é bom ter uma expectativa atingida! Comecei a ler as primeiras páginas despretensiosamente pra espantar o tédio da noite e quando cheguei ao final, algum tempo mais tarde na mesma noite, tinha a vista embaçada e os olhos úmidos, tanto pelo sono quanto pela epifania literária. Não pude evitar a sintonia com o protagonista... talvez por sofrer das mesmas chagas de adolescência tardia porto-alegrense tão desvalorizadas nas resenhas aqui abaixo.

Está tudo ali, no livro. Todo sentimento de cansaço, produto da pós-modernidade forçada que respiramos. Desde o respeito quase místico pela natureza, encarnada nas tempestades e nos animais ("[...] sobreviventes de uma era remota, seres de outro mundo."), até o ódio destrutivo para com os produtos midiáticos corrompidos, passando pela total inércia contemplativa de tardes e noites tediosas olhando para o universo além. Todo o espectro de filosofias (ou pseudo-filosofias, como bem queiram os intelectuais de plantão) que parece regir as gerações do pós-tudo histórico.

Não posso reduzir a palavras o que essa obra me transmitiu, mas posso deixar minha sincera recomendação a todo e qualquer cidadão de Porto Alegre: procure lê-la. E o convite a tal experiência se estende a qualquer pessoa de mente ampla e capacidade empática razoável. Estou certo de que, para essas pessoas, não será em vão.
Ana Menuzzi 14/05/2013minha estante
Falou tudo!




Joel.Martins 07/06/2021

Gostei!!
"eu me sentia cansado. Velho, em certo sentido. No sentido de que era tarde demais para morrer jovem... "
Até que ponto conseguimos viver uma vida medíocre, livre de apegos materiais e pessoais?
Até que ponto conseguimos reprimir nossos sentimentos, para ficar com alguém que por algum motivo nos faz bem?
E a vida tem sentido sem planos? Sem sonhos?
Acho que é isso esse livro. O sentido de viver a vida.
De movimentar-se.
De criar laços. ??????
comentários(0)comente



Tito 04/12/2010

Sobre aquele vazio que se sente quando já é tarde demais para morrer jovem.
Mariana. 02/08/2011minha estante
Tito Tito..adoro tuas resenhas haikai. Perfeito.




Aline | @42.books 02/07/2020

Isso é um sim ou um não?
O protagonista sem nome da obra é um tradutor desempregado, que mora no 17º andar de um prédio, de onde gosta de olhar o movimento das pessoas lá embaixo, alheio. Ele tem como únicas companhias um vira-lata briguento e uma modelo de revista, que o visitam vez ou outra.
Em "Até o Dia em que o Cão Morreu", Galera narra uma história de solidão e apátia, absurdamente real. Nela mora a magia da literatura, que transforma um contidiano sujo, ordinário, em um impulsionador de sentimentos aos leitor. É um livro sobre aquele vazio que se sente quando já é tarde demais para morrer jovem, como afirma o protagonista.
comentários(0)comente



Pedróviz 23/10/2020

Transição
Como um romance tão curto tem tanto a dizer. A solidão das pessoas que precisam umas das outras e que ao mesmo tempo buscam a solidão, esse paradoxo humano. Até o dia em que o cão morreu o protagonista não conseguia se lembrar dos sonhos que tinha. Nos sonhos ele se via brotando, dando origem a um novo indivíduo. De fora de si mesmo via que já não era mais um, mais dois sujeitos e nenhum deles era ele mesmo. Certamente um era o adulto, a assumir o seu lugar, e o outro era o jovem, criança, a se despedir. Esses sonhos representavam uma transição na vida do protagonista. Vivendo satisfeito com muito pouco, sem ambições exceto seus cigarros, cerveja, algum sexo com Marcela e comida, ele queria apenas ver o mundo de cima de seu apartamento. Mas precisaria saber lidar com mais do que apenas suas necessidades imediatas para ser realmente feliz. Marcela cobrará uma decisão. Qual deles responderá: o adulto ou a criança? Ocorrerá a transição?
Ponto negativo do livro: excesso de palavrões do protagonista na narrativa de sexo.
Tres estrelas e meia.
Aninha 23/10/2020minha estante
A prova que qualidade não tem a ver com o número de págs? ?




Juliano Loureiro 15/03/2021

O cotidiano do brasileiro médio bem contado
Descobri Daniel Galera em uma das várias pesquisas que faço no Google sobre novos autores e sobre o que está bombando no momento. Vi que inúmeras reportagens o colocam como um expoente da literatura contemporânea. Há algum tempo o coloquei como prioridade nas minhas leitura, todavia, enrolei bastante.

Foi então que encontrei uma promoção bacana na Amazon e comprei o livro Até o dia que o cão morreu, escrito originalmente em 2003, sendo este o primeiro livro do autor. Após algumas semanas na minha prateleira, resolvi dar uma chance.

Inicialmente, a sinopse não me animou muito, mas pensei Ah, são só 99 pagininhas, qualquer coisa eu termino rápido e vou para outra leitura. E assim fiz. Li em dois dias. Mas não terminei rápido por querer ficar livre. Terminei rápido porque o livro é muito bom!

Leia mais em: https://www.livrobingo.com.br/resenha-ate-o-dia-em-que-o-cao-morreu
comentários(0)comente



Manoela Guimarães @estantedamanu_ 01/08/2020

Livro Até o Dia em que o Cão Morreu e adaptação cinematográfica Cão sem Dono
Até o dia em que o cão morreu é o romance de estreia do escritor Daniel Galera e foi adaptado para o cinema por Beto Brant e Renato Ciasca, com o título de Cão sem dono.
O narrador e protagonista dessa história não tem a sua identidade revelada, assim chegamos ao fim dessa leitura sem saber o seu nome. Ele é um homem de 25 anos formado em letras, que fala inglês e russo e mora em Porto Alegre. Vive de forma bem minimalista, seu apartamento alugado fica no 17º andar e é praticamente vazio, tendo apenas um colchão, um sofá, uma cadeira e um cozinha que ele não chega a descrever.
Nosso narrador não tem hábitos saudáveis, comi pouco, fuma e bebe muito, o que ocasiona uma eterna dor de estômago. Atualmente está desempregado e em seu último emprego lecionava inglês, mas foi demitido porque faltava demais. Preferi viver isolado e para isso nem telefone possui. Visita os pais praticamente a cada quinze dias. O personagem sem nome poderia trabalhar ou tentar uma bolsa de mestrado, mas ele não tem vontade e nem ambições. Seu único interesse é manter o apartamento, o que consegui com a ajuda financeira do pai.
Um dia ao voltar para casa encontra um cachorro faminto e acaba levando-o consigo e o criando de forma livre. O cão vai passear na rua e volta quando tem vontade. “Não sou dono dele, ele é meu amigo.” Marcela, uma modelo que ele conheceu em uma formatura, praticamente o obriga a dar um nome ao animal, que passa a ser chamado de Churras. Ela frequenta o apartamento dele 2 a 3 vezes na semana, mas não chega a ser um relacionamento declarado. Assim como o cachorro, Marcela aparece quando quer, passa a noite e depois vai embora.
A moça trancou a faculdade de administração e apesar de não gostar, trabalha como modelo, pois almeja juntar dinheiro para o seu futuro. Ela planeja viajar pelo mundo e até comprar uma casa. A diferença de personalidades deles é gritante, mas se entendem no sexo. Apesar do narrador não desejar nenhum envolvimento pessoal e nenhuma mudança em sua vida, ele chega a admitir para si que se importa com Marcela e quando ela passa 3 semanas sem aparecer ou dar notícias devido a um problema grave ele sente a sua falta.
Outros personagens coadjuvantes na trama é o senhor Elomar, porteiro do prédio que pinta quadros e faz esculturas de argilas e Lárcio, um motoboy que em decorrência de um acidente acaba se aproximando de Marcela e do narrador.
O livro apresenta algumas reflexões e veremos a vida do ponto de vista do narrador, de acordo com suas escolhas e excentricidades. O livro é bem construído, a leitura é fluida e mostra a transição de um recém formado para a vida adulta. Foi o meu primeiro contato com o autor e gostei muito dessa experiência literária.
Na adaptação, Cão sem dono, lançada em 2007, o protagonista ganha o nome de Ciro e é interpretado pelo ator Júlio Andrade, enquanto a Marcela é interpretada por Tainá Muller. Tanto no livro como no filme podemos perceber a presença do sotaque gaúcho. Ambos trazem a carga emocional da história. A versão cinematográfica é fiel a obra literária nos seus principais aspectos, apenas diferenciando em alguns detalhes. O filme é bom, mas eu ainda prefiro o livro.

Sinopse do Livro: “Depois de alugar um apartamento vazio no centro de Porto Alegre, um homem de cerca de 25 anos gasta os dias olhando a cidade pela janela, bebendo cerveja e caminhando pela vizinhança. Até que um cachorro aparece em sua porta, e uma modelo chamada Marcela entra em sua vida. O impasse do narrador também tem um caráter particular: a dificuldade de escolher entre um cotidiano cheio de privações, mas sem riscos emocionais, e as possibilidades infinitas dos afetos. É aí que o mundo se torna mais complexo e interessante. É aí, também, que as paixões cobram seu preço. Com um estilo minimalista e em algumas passagens virtuosístico, Galera conduz o leitor com um vagar nada gratuito: em suas pequenas acelerações e grandes pausas, é como se Até o dia em que o cão morreu reproduzisse o tempo interno do seu personagem – a lenta evolução, quase despida de acidentes, até que suas certezas iniciais comecem a esmorecer. As últimas páginas, narradas por Marcela, iluminam com sutileza o instante em que tudo pode estar prestes a mudar. É então que, numa história tão marcada pelo signo da morte, a vida enfim dá o ar de sua graça. Até o dia em que o cão morreu foi adaptado para o cinema por Beto Brant e Renato Ciasca, com o título de Cão sem dono.”

Livro: Até o dia em que o cão morreu
Autor: Daniel Galera
Ano: 2007
Páginas: 104
Editora: Companhia das Letras

site: https://estantedamanu.com/2020/07/31/resenha-desafio-deu-a-louca-nos-encalhados-ate-o-dia-em-que-o-cao-morreu-daniel-galera/
comentários(0)comente



Jack 27/01/2022

A vida sem perspectiva
Livro curto, sem muitos rodeios e sem muita pretensão, assim como a vida do personagem principal.
Eu simplesmente adorei a leitura, bastante fluida, com final completamente aberto que não me incomodou em nada.
Li esse livro em um bom momento, pois precisava de alguma leitura leve e funcionou muito para mim.
comentários(0)comente



Caetano.Bezerra 03/12/2021

Tem algo na escrita de Daniel Galera que me prende. Em poucas páginas ele consegue te envolver completamente no livro, criando personagens com profundidade. O livro no começo parece mais um livro sobre um escritor triste e niilista, totalmente boy lixo. E é. Mas a forma com escreve os personagens faz muita diferença. O final me pegou um pouco.
comentários(0)comente



Paulo 23/04/2023

Enredo simples mas boa leitura
Pra quem já tinha lido Barba Ensopada de Sangue, do mesmo autor, esse aqui, escrito antes, tem dinâmica semelhante mais simples.
De fácil leitura, o autor discorre sobre um jovem que curte o ócio e, de repente, se vê envolvido por uma mulher e um cachorro.
Vale a pena, ainda que sem maiores expectativas.
comentários(0)comente



09/10/2020

Não sei se é porque a história se passa em Porto Alegre, ou se porque Galera escreve para pessoas da minha idade, ou porque é sobre gente comum com os mesmos problemas existenciais, mas eu adoro os livros desse autor. Esse eu li em um dia.
comentários(0)comente



Thais.Classe 11/06/2020

Não sei bem oq dizer
Eu gostei do livro, adorei o fato de se passar em porto alegre, que é uma cidade que conheço e pude identificar diversos locais onde o protagonista passou. Mas fiquei incomodada com a apatia do protagonista, apesar de achar q era isso msm q o autor queria retratar. No início não tinha gostado do final por achar ele um tanto abrupto e aberto, mas acho tbm q foi intencional haha dps de pensar mto acho que era msm pro leitor interpretar o fim ou não dá tal apatia. Enfim, um livro curto q me fez pensar em algumas questões.
comentários(0)comente



brunes 06/07/2021

Não veio aí!
É difícil escrever uma resenha porque esse livro é do tipo que não funciona pra mim. Confesso que se não fosse um livro pequeno, eu teria abandonado na metade.
O livro é bastante arrastado, acompanhando a vida monótona do personagem principal, o qual o nome nunca é revelado, e ganha acontecimentos mais marcantes nas últimas páginas. Quando a história fica interessante, o livro caminha para o fim.
comentários(0)comente



barbaramr7 28/01/2022

Uma história sobre apatia, inércia, falta de perspectiva pro futuro e solidão. Esse livro toca o coração porque fala de todas essas questões que todos nós passamos (ou estamos passando)! Porém, como a vida é feita de altos e baixos, em meio a isso tudo ainda é possível passar por momentos mágicos que nos fazem olhar pra frente e que fazem a vida valer a pena.
comentários(0)comente



cieto 28/09/2010

O livro conta a história de um rapaz de 25 anos que nada sabe da vida ainda (ou nada quer saber), formado em letras, porém sua vida se resume em dormir até a hora que quiser, fumar, beber e todas as coisas típicas de adolescentes. No entando ele um dia encontra um cão na Praça da Alfândega e decide "adotar" o animal. E o enredo vai se desenrolando em torna das histórias do cão e também de sua "namorada" (que aparece tres vezes por semana e ele a manda embora, mas ela sempre volta, ou seja, uma guria pra ele fo*** e ela ir embora).

Até o dia em que o cão morreu, acaba caindo na mesmisse de todos os livros em que contam vida de adolescentes, no caso, um adultescente de 25 anos, quem lê pensa que a vida dos jovens adultos é so drogas e sexo, o que na realidade não é, existem outras coisas na vida além disso. A narrativa tem um diferencial muito interessante, ora é rápida e objetiva, ora é mais detalhada, fazendo com que as partes "chatas" sejam mais rapidas e as "legais" mais intesas e detalhadas.

Enfim é um livro que vale a pena tirar uma hora para ler e também por não ter nem 100 páginas, tornando-se uma leitura leve e rápida.

obs: se você não gosta de livros com linguagem e conteúdo sexual, não recomendo a leitura deste.
comentários(0)comente



79 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR