Até o dia em que o cão morreu

Até o dia em que o cão morreu Daniel Galera




Resenhas - Até o Dia em Que o Cão Morreu


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cieto 28/09/2010

O livro conta a história de um rapaz de 25 anos que nada sabe da vida ainda (ou nada quer saber), formado em letras, porém sua vida se resume em dormir até a hora que quiser, fumar, beber e todas as coisas típicas de adolescentes. No entando ele um dia encontra um cão na Praça da Alfândega e decide "adotar" o animal. E o enredo vai se desenrolando em torna das histórias do cão e também de sua "namorada" (que aparece tres vezes por semana e ele a manda embora, mas ela sempre volta, ou seja, uma guria pra ele fo*** e ela ir embora).

Até o dia em que o cão morreu, acaba caindo na mesmisse de todos os livros em que contam vida de adolescentes, no caso, um adultescente de 25 anos, quem lê pensa que a vida dos jovens adultos é so drogas e sexo, o que na realidade não é, existem outras coisas na vida além disso. A narrativa tem um diferencial muito interessante, ora é rápida e objetiva, ora é mais detalhada, fazendo com que as partes "chatas" sejam mais rapidas e as "legais" mais intesas e detalhadas.

Enfim é um livro que vale a pena tirar uma hora para ler e também por não ter nem 100 páginas, tornando-se uma leitura leve e rápida.

obs: se você não gosta de livros com linguagem e conteúdo sexual, não recomendo a leitura deste.
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Andressa.Carrion 30/08/2023

Ele, ela e o cão!
Adoro histórias que localizam o leitor em cidades reais, o sotaque e os vícios de linguagem, então que o autor trás sobre o cidadão Portalegrense me instigam sempre.

Sobre a leitura, contexto e situações da história, me senti por vezes presa aos personagens, sofrendo junto e torcendo pelo lado de cada um.

O final me surpreendeu, imaginava e não esperava ao mesmo tempo!

Vale a leitura é curto e prático de se ler.
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Zuca 03/06/2023

Para além de uma simples obra de ficção, Até o dia em que o cão morreu pode ainda (ou principalmente) ser lido como um trabalho de crônica: tanto retrata um corte geográfico (na representação de uma forma particularmente sulista de se abalroar a vida agressiva e inconsequentemente) quanto registra seu tempo – pelo ponto de vista de uma geração pós-tudo, com tanto desprezo pelo status quo vigente nas sociedades capitalistas quanto outras anteriores, mas já sem nenhuma fé nas chances de mudança pela ação dos indivíduos.

Apesar do niilismo (ou talvez apenas apatia pura e simples) do protagonista, o texto tem fuidez suficiente para manter vivo o interesse do leitor pelo tiro curto (e também favorável) das pouco menos de 100 páginas do livro sem incorrer no risco inerente de estagnação.

site: https://sucintandoresenhas.blogspot.com/
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diennifercb 22/11/2022

não sei se eu entendi
achei muito legal a escrita do daniel, gostei que o livro é bem fluido e bem rápido kkkk mas acho que eu não entendi a proposta do livro direito, é uma reflexão sobre o ócio? não sei dizer.
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Zeka.Sixx 24/11/2016

"Tarde demais para morrer jovem"
Uma novela curtinha e muito bem amarrada sobre a apatia de uma geração. O cenário de Porto Alegre ajuda a dar um toque especial ao livro. Primeiro livro que li do autor e gostei bastante!
Bia Mansur 26/02/2017minha estante
Mesma sensação.




Felipe Duco 14/03/2017

Escrito de um jeito que faz a leitura ser muito prazerosa.
Despretensioso, entretanto muito preciso. Narra um cotidiano aparentemente sem graça, porém cheio de questionamentos relevantes. Escrito de um jeito que faz a leitura ser muito prazerosa. Clássico "livro que se lê numa sentada". Entretenimento de alta qualidade e uma boa introdução à obra de Daniel Galera.
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Malu 25/03/2021

Até o dia em que o cão morreu
Fui lendo, lendo e lendo, sem de imediato me dar conta do quão fácil é se identificar com o personagem principal. Um homem graduado, com cursos de línguas, que sempre teve do melhor, mas um homem sem nome, sem ambições, satisfeito em viver na inércia. Fiquei pensando em como o autor fez isso de uma forma tão natural.
O livro é muito bom, e fluido, apesar da temática não tão leve. A escrita do autor é bem crua, sem tempo para eufemismos, o que acaba por construir um retrato muito realista da vida do personagem e das impressões que ele tem do mundo.
Estou ansiosa para ler mais do autor. :)
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Cilmara Lopes 24/12/2017minha estante
Interessante essa possibilidade.


Rosania 06/01/2019minha estante
Tive essa mesma impressão..


Bárbara 02/02/2019minha estante
Eu adorei (e adotei) essa sua hipótese. ?


Pamela Bianchi 21/05/2020minha estante
Ohhhh, uma boa interpretação! Ata as duas pontas do livro!




Pedro Bastos 05/06/2013

A imprevisibilidade como ferramenta de leitura
"Até o dia em que o cão morreu", primeiro romance do escritor Daniel Galera, trata da estória não tão original de um adulto jovem e de suas questões de vida. Trancafiado em um apartamento minimalista, o personagem é desprovido de qualquer vaidade ou desejos supérfluos. Vive com o que pode, e é isso aí - ou melhor, vive com o que consegue complementar com os trocados mensalmente oferecidos pelo seu pai. Quem vê de fora, sua relação com o mundo chega a beirar o medíocre, especialmente no tocante à namorada e ao seu animal de estimação. Objetivo, despudorado e introspectivo, o protagonista, no entanto, tem um lado psíquico bastante delicado, mas embrutecido por suas experiências e meios de vida.

A narrativa de "Até o dia em que o cão morreu" é conduzida pelo próprio personagem principal, que aglutina sua prosódia e diálogos durante todo o discurso, sem o indício de travessões ou qualquer outro sinal que revele a separação entre o pensamento e a fala. Esta técnica, norteada por Daniel Galera de forma admirável, propicia um sentido de continuidade de leitura que conduz o leitor a devorar as pouco mais de 90 páginas do romance em questão de horas - menos, até, dependendo da voracidade de quem lê.

A interação dos personagens é um aspecto interessante em "Até o dia em que o cão morreu" por tratar das relações afetivas sob um outro ponto de vista, diferentemente dos filmes românticos ou da visão "tradicional" do amor e do afeto. O sexo é compartilhado com o leitor sem muita cerimônia, aproximando-o da dinâmica em que o personagem está submetido, ora suja, ora complexa diante de tanta simplicidade.

"Até o dia em que o cão morreu" descumpre os padrões das narrativas clássicas pela sua esquematização e pelo seu conteúdo. É este um dos grandes trunfos do livro: dispor da imprevisibilidade como uma ferramenta de leitura.
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Sara Felippi 10/03/2013

Maravilhoso!
SINOPSE DO LIVRO: Depois de alugar um apartamento vazio no centro de Porto Alegre, um homem de cerca de 25 anos gasta os dias olhando a cidade pela janela, bebendo cerveja e caminhando pela vizinhança. Até que um cachorro aparece em sua porta, e uma modelo chamada Marcela entra em sua vida. O impasse do narrador também tem um caráter particular: a dificuldade de escolher entre um cotidiano cheio de privações, mas sem riscos emocionais, e as possibilidades infinitas dos afetos. É aí que o mundo se torna mais complexo e interessante. É aí, também, que as paixões cobram seu preço. Com um estilo minimalista e em algumas passagens virtuosístico, Galera conduz o leitor com um vagar nada gratuito: em suas pequenas acelerações e grandes pausas, é como se Até o dia em que o cão morreu reproduzisse o tempo interno do seu personagem ? a lenta evolução, quase despida de acidentes, até que suas certezas iniciais comecem a esmorecer. As últimas páginas, narradas por Marcela, iluminam com sutileza o instante em que tudo pode estar prestes a mudar. É então que,numa história tão marcada pelo signo da morte, a vida enfim dá o ar de sua graça.

MINHA OPINIÃO: A obra de Daniel denota a solidão de um personagem que prefere manter-se afastado das pessoas ao seu redor. Sem objetivos,amigos e/ou vida social, O personagem vaga pelas ruas de Porto Alegre sem um rumo qualquer a fim de ver o tempo livre passar.Na verdade,o livro apresenta um confronto entre a vontade de viver e a ilusão de que viver sem nada é suficiente.

Ao ler essa grande obra,deparei-me com um personagem central apático e sem expectativas. Para ele,a vida e as pessoas se tornaram previsíveis demais e ''sem graça''. A vida adulta é vazia e sem inovação.Logo, a presença de um cachorro e uma mulher na vida desse homem traz a ele a oportunidade para ele se entregar à vida e às relações sentimentais.

Outro ponto que me chamou a atenção é sobre a possibilidade e/ou a presença da morte que traz mudanças à vida do personagem.Logo,o final dessa história demonstra o poder da ambivalência na literatura.

A capa e a revisão ficaram ótimas.A narrativa e a história contada pelo autor
são espetaculares. Leitura super recomendada!
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jonathanmelo 15/04/2020

Uma surpresa boa
"- [...] era tarde demais para morrer jovem.”
Retrato de uma geração crescida em meio ao boom da comunicação, Até o dia em que o cão morreu descreve o jovem na pós-modernidade. O jovem que tudo tem ao seu alcance, mas nada lhe interessa.
Este livro é narrado por um rapaz de vinte e cinco anos, formado em Letras, tradutor, que se vê sem perspectivas diante da vida ao sair da casa dos pais. Quando se dá conta de sua condição financeira, amorosa e social, logo se resigna e mergulha em um mar de apatia e solidão. Tem a consciência de que precisa contornar essa situação, arranjar um emprego formal, estimular suas ambições, ser plenamente independente, mas se acostumara à vida pouco-abastada, tornando-se dependente do dinheiro dos pais e maquiando sua situação com falsas promessas.
Eis que um dia surge um cão, bem como uma modelo de nome Marcela, com o fito de dar novos ares à sua vida. Marcela era de outra realidade, fazia planos e trabalhava para os realizar, tinha anseios e pontos de vista diferentes aos do protagonista, que os ignorava. Aos poucos, também devido a certas circunstâncias, o envolvimento entre eles foi crescendo. Mas ele não se rendia a sentimentos. Mantinha aberta a porta para quem quisesse entrar e sair de sua vida.
Quanto à minha experiência de leitura, trata-se de uma história compacta, densa, bem construída, com uma linguagem fora do padrão (traços regionalistas, vá), mas nada que prejudique a leitura. Um livro que traduz alguns dos conflitos do jovem no século XXI (e que cheira a auto-ficção...). “Sabe, agora eu entendo um pouco mais a razão de tu querer ficar tão isolado lá em cima. É tudo a mesma coisa. Isolado ou mergulhado numa multidão, no trânsito, no trabalho, a solidão é sempre a mesma, com exceção daquelas poucas, raras pessoas em cuja presença a solidão some, mesmo que não seja o tempo todo.

instagram.com/theread3r
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Nena 13/02/2016

Não gostei! A história é boa (com exceção da carnificina promovida pelo avô dele com os animais), mas é mal escrita e isso acabou desmotivando a leitura.
O bom é q foi um livro curto, li em um dia, assim não cai no tédio. E tbém não gastei com ele, tem o PDF na internet. Na primeira página é possível identificar a região do país em q o autor pertence, devido as gírias e sinceramente não gosto de ler algo com "sotaque". Nada contra o sotaque do sul, mas gosto de imaginar a voz dos personagens dos livros q leio e não vir com elas prontas. Um livro q VC decide como quer q acabe. Adoro autobiografia, mas essa não rolou. Simplesmente não curti!
coisascaoticas 05/10/2016minha estante
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David Atenas 28/01/2019minha estante
Tem razão, quanto ao sotaque, e algumas particularidades que ele e sua trupe de nerds barbudos diz, como "fiadaputa".


Gizele 09/03/2019minha estante
Gente, Desculpa minha ignorância mas não entendi o final , alguem me explica?




o chakal 04/09/2015

muito bom.
É engraçado se identificar tanto com um livro, ver o seu dia a dia escrito por outra pessoa.
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Angelo.Lemos 09/01/2022

Um niilista em Porto Alegre
Solidão e uma vida sem perspectiva, define bem o cotidiano do personagem principal desse romance narrado em primeira pessoa. Uma puta companhia para os solitários e intensos em noites insones de chuva acompanhada de uma boa bebida. Prepare as entranhas.
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Nanda Lima 25/07/2015

O primeiro romance de Daniel Galera
MINHA EXPERIÊNCIA DE LEITURA


Este foi o primeiro romance e segundo livro de Daniel Galera (o primeiro foi uma coletânea de contos), escrito quando o autor tinha apenas 23 anos e publicado em 2003 pela editora que ele mesmo fundou, ‘Livros do mal’. Em 2006 Galera foi para a Companhia das Letras com a publicação de ‘Mãos de Cavalo’, e a editora republicou ‘Até o dia em que o cão morreu’.

A minha leitura das obras de Galera foi na ordem da mais recente para a primeira. E essa, de certa forma, foi uma forma interessante e inusitada de acompanhar a evolução do autor. Neste livro, percebe-se que a maturidade da escrita já estava ali, mesmo que o escritor tivesse apenas 23 anos – minha idade – ao criá-lo. A sutileza de algumas descrições (como a da vista no apartamento do protagonista ou da beleza da Marcela) contrastando com a crueza da descrição do ato sexual, por exemplo; a construção psicológica dos personagens secundários, que se dá lentamente para, de repente, explodir em um rompante de revelações nada triviais; e os objetos, seres (neste caso, um cão) e paisagens que são sempre símbolos de emoções, valores e mudanças de paradigma para o protagonista.

Aliás, Galera sempre escreve sobre mudanças e sobre pessoas que saíram de sua zona de conforto para viver uma nova vida, seja de forma deliberada e abrupta (como em ‘Cordilheira’), ou como resultado de um longo processo de autoconhecimento e descoberta de novas facetas do mundo (como em ‘Mãos de cavalo’).

‘Até o dia em que o cão morreu’ é uma leitura rápida, agradável e cheia de camadas, mesmo em sua simplicidade. Fala sobre a apatia diante da vida e as difíceis escolhas das novas gerações, que vivem perdidas em um mar de possibilidades, sendo que muitas vezes não agarram nenhuma; sobre a construção da intimidade entre duas pessoas, principalmente quando uma delas é “fechada” e difícil; sobre o que é sucesso, o que significa ser bem-sucedido e a busca incessante por; e sobre como o distanciamento emocional e a fuga podem ser insustentáveis para uma pessoa.


VEREDITO


Uma obra madura escrita por um jovem escritor em começo de carreira; que alterna momentos frenéticos com outros de extrema placidez; que soa crua e quase ofensiva mas também poética; fácil e rápida de ler e difícil e complexa de absorver. ‘Até o dia em que o cão morreu’ é esse pequeno caleidoscópio e poço de contradições que se completam para formar um livro que vale muito a pena ser lido, como qualquer obra que Daniel Galera tenha escrito. Eu simplesmente me tornei fã do escritor.

Recomendado!

Nota
4/5

site: www.umaleitoraassidua.blogspot.com
Osmar 25/07/2015minha estante
Sou louco pra ler "Barba ensopada de sangue". Tá na minha estante há um bom tempo, tô só esperando o momento certo.


Nanda Lima 25/07/2015minha estante
Tem resenha dele no meu blog. Excelente livro, o primeiro que li do Galera.

www.umaleitoraassidua.blogspot.com




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