cid 05/03/2011Os abolicionistas depositaram a esperança na empatia humana. Ainda vivemos com essa esperança.Adam Hochscild nos fala de um mundo onde a escravidão era vista com naturalidade. E as pessoas que lutaram para combater o tráfico de escravos, não foram idealizadas. John Newton , tardiamente abolicionista não se arrependeu de ter sido capitão de navio negreiro. William Wilbeforce, durante quase 40 anos , defensor do movimento junto ao parlamento, acreditava num mundo dividido entre ricos generosos e pobres agradecidos.Acreditava que após a liberdade os escravos deviam conhecer o seu lugar na ordem do mundo, e que instruídos pelo Cristianismo , suportariam com paciência o seu destino real. Acreditava que proibir o açoite era um exagero, em vez disso os escravos deviam ser açoitados a noite, depois de um dia de trabalho...
Grenville Sharp e Thomas Clarkson lutaram contra a escravidão, e dedicaram suas vidas a esta causa. Criaram uma utopia em Serra Leoa que originou a cidade de Freetown.
São Domingos era tão importante e gerava tantas riqueza que Napoleão sofreu mais perdas em São Domingos do que em Waterloo.
E afinal , porque tanta miséria sucedeu a tanta riqueza. O Haiti pagou pesadas indernizações .Uma severa legislação trabalhista , ocupou o lugar da escravidão , garantindo uma força de trabalho submissa e barata. O fim da escravidão, não significou o fim da injustiça, mas pelo menos não haveria mais chicotadas draconianas, correntes de ferro cravadas no pescoço para punição, alimentação reduzida e morte por exaustão.
Mas, se olharmos o mundo de hoje tão dividido entre pobre e ricos, gostaríamos de ter esperança na empatia humana.