Fascistas

Fascistas Michael Mann




Resenhas - Fascistas


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Rafaela 30/04/2017

Excelente estudo sobre o tema
O sociólogo americano tem o mérito de analisar esse assunto particularmente difícil em uma linguagem límpida e fluida. Ponto pra ele. O foco é a ascensão dos movimentos fascistas no continente europeu, não exatamente os regimes fascistas. O fascismo seria definido por alguns elementos-chave: o nacionalismo, o estatismo, a transcendência dos conflitos sociais, a política de expurgos e o paramilitarismo. Mann analisa o caso específico de seis países fascista e/ou autoritários: Alemanha, Itália, Áustria, Romênia, Espanha e Hungria, com foco na clientela que aderiu ao movimento.
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Diego 29/11/2018

Estudo completo do fenômeno fascista (sem viés ideológico)
Mann realiza um trabalho primoroso de discussão teórica, pesquisa acadêmica e análise social. E ele não pende para a esquerda ou direita. A análise é desapaixonada; técnica e séria.

Sua definição de fascismo é relativamente simples: hipernacionalismo orgânico (de "baixo para cima" na pirâmide social), com predileção pelo uso sistemático da força (paramilitares) e transcendente à luta de classes. E outro detalhe: estatista. Fascistas amam o Estado. O Estado fascista é aquele que conduz a sociedade ao paraíso na Terra...

Mann começa dando as bases teóricas, definições e revisão do que se conhece sobre o tema. Depois ele trata dos casos concretos: Itália, Alemanha, Hungria, Romênia e Áustria. Só no final ele trata poucas linhas respondendo se o fascismo ainda é ameaça nos dias de hoje -- ao que ele responde negativamente. Fascismo é fenômeno "sui generis", tem RG e CPF.

A família de regimes autoritários de direita do século XX é maior do que o senso comum imagina. Daí que o xingamento "fascista" nas redes sociais não tem lá muito sentido.

Nota dez. Livro maravilhoso.
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Romeu Felix 19/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro "Fascistas" de Michael Mann é uma obra que busca entender o fascismo a partir de uma perspectiva histórica e comparativa. O autor analisa diferentes casos de fascismo, incluindo a Itália de Mussolini, a Alemanha de Hitler e o Japão de Hirohito, além de casos menos conhecidos, como o fascismo na Romênia e na Croácia. Mann também compara o fascismo com outras formas de autoritarismo, como o comunismo e o nacionalismo autoritário.

O autor argumenta que o fascismo foi uma resposta ao colapso do liberalismo clássico e ao surgimento de novos movimentos sociais, como os trabalhadores e as mulheres. Ele vê o fascismo como um movimento modernizador que buscou superar as antigas estruturas sociais e políticas. No entanto, Mann critica o fascismo por sua violência e intolerância em relação a grupos minoritários, como judeus, ciganos, homossexuais e comunistas.

O livro é dividido em três partes. A primeira parte, "O que é fascismo?", discute as características do fascismo e como ele se diferencia de outras formas de autoritarismo. A segunda parte, "Como o fascismo surge?", analisa as condições políticas, econômicas e culturais que levaram ao surgimento do fascismo em diferentes países. A terceira parte, "Como o fascismo governa?", examina o funcionamento dos regimes fascistas e suas políticas em relação à economia, à cultura e à sociedade.

Mann argumenta que o fascismo foi um fenômeno global que afetou não apenas a Europa, mas também a Ásia e a América Latina. Ele vê o fascismo como uma forma de modernização que foi interrompida pela Segunda Guerra Mundial. Por fim, o autor adverte para a necessidade de vigilância em relação ao surgimento de movimentos políticos autoritários e intolerantes.

Palavras-chave: Fascismo, autoritarismo, modernização, violência, intolerância.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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