Mãos secas com apenas duas folhas

Mãos secas com apenas duas folhas Paula Febbe




Resenhas - Mãos secas com apenas duas folhas


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Dear_poirot 13/07/2023

Trauma poético
Livro: Mãos secas com apenas duas folhas
Autora: @paula_febbe
Nota: 5 de 5

GATILHOS!!!
GATILHOS!!!
GATILHOS!!!

?Primeiro despi-a. Como ela lutava ? mordia e arranhava. Abafei-a até à morte, depois cortei-a em pequenas partes. Cozinhei e comi. Como era doce e tenro o seu pequeno rabo. Levou-me nove dias para comer todo o corpo. Não a forniquei. Ela morreu virgem.?

Trecho da carta enviada para mãe de Grace (que tinha 10 anos) escrita por Albert Fish, onde ele relata com detalhes o que fez a sua filha. Com essa carta ele foi pego pela polícia e condenado a cadeira elétrica. Albert Fish foi a inspiração para a escrita deste livro.

Já sabem o que esperar...

Temos aqui Carlos Almeida, um senhor de idade comum num hospital a espera de atendimento. Relembrando sua vida enquanto lava e seca as mãos conforme as senhas vão sendo chamadas. A cada número, uma lembrança diferente mesclada com um acontecimento atual, seu filho, uma revista de arquitetura, seu neto, propaganda da farmácia Ultrafarma, o preço do caixão da sua esposa, transar com diversos homens, a vizinha passeando com o cachorro e um almoço em família.

Paula Febbe insiste em nos levar a locais que não queremos ir e novamente ela faz isso da forma mais poética possível. O misto de sentimentos de aversão contrasta demais com sua belíssima escrita. É um combo de sentimentos variados e traumas adquiridos em 100 páginas, lidas em 1 dia.

Aquela senha 0406...

?O sangue dela manchava.
Exibido.
Fazia desfeita com o aconchego do lençol.
Mas consegui controlar tudo o que quis.
Artisticamente.
Minimalista.?

Como eu disse, trauma e poesia!
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David 24/04/2023

Que tiro foi esse?
Mermão... Quero ler tudo de Paula Febbe! Esse livro é tapa na cara e chute na costela. Sem falar no formato que, pra mim, foi inovador. Obra pra manter na estante com orgulho.
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Evy 05/02/2023

"Tenho horror a dores que não me pertencem"
Esse livro é outro soco no estômago da maravilhosa Paula Febbe! Ao terminar esse livro tive absoluta certeza que eu leria até a lista de compras dessa mulher se ela publicasse e que ela pode me fazer de trouxa quantas vezes ela quiser, se for pra me deixar olhando para a parede e em posição fetal, que é como fico quando termino de ler seus livros!

Vale ressaltar que o enredo dessa obra envolve alguns gatilhos sobre violência, morte, pedofilia e anormalidade. Mãos secas com apenas duas folhas é tenebroso e a vida como ela é na sua pior faceta, mas você não faz a menor ideia sobre isso quando se senta na sala de espera de um hospital ao lado do aposentado Carlos Almeida. Ele espera sua vez, enquanto as senhas, as únicas coisas vivas daquele local, vão sendo chamadas.

A cada número, um pensamento inocente, um lavar de mãos e secar em duas folhas, uma morte inesperada, uma espera sem fim. Ele pensa em sua juventude, em sua carreira como professor, em camas de motéis, na morte da esposa, no neto que parou de falar, na vizinha que desapareceu. Entre uma senha e outra, uma lavada de mão e outra, essa história macabra vai sendo construída e quando a verdade, entre tantas mentiras, aparece, você não está preparado.

Essa obra é um chamado à realidade, uma história sobre a vida e o que ela esconde embaixo das aparências e daquilo que menos se suspeita. Um lembrete de que precisamos estar atentos o tempo todo, alertas aos mínimos detalhes. Fico cada vez mais impressionada com a capacidade narrativa da autora que consegue gerar tantas emoções conflitantes em tão poucas linhas!

Super recomendo a leitura!
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Anderson Godoi 26/01/2022

Mãos Secas com Apenas Duas Folhas
Mãos Secas com Apenas Duas Folhas, é uma história tensa que consegue despertar o sentimento de repugnância.
Esse livro não é recomendado para leitores que não curtem temas como violência e pedofilia.
Apesar dos temas chocantes a autora conseguiu fazer uma narrativa sem expor minúcias dos acontecimentos. O livro é narrado em primeira pessoa pelo personagem principal que é um avô de 68 anos. Da sala de espera de um hospital é reproduzida a sua narrativa sobre seus desejos e acontecimentos mórbidos. Ele observa as pessoas que passam ali e o seus pensamentos vão revelando a sua verdadeira essência, a de uma pessoa sem empatia pelo ser humano. Então se for encarar essa leitura esteja preparado para entrar numa mente perturbadora. Aos corajosos desejo uma boa leitura! ;0)
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Azemar 16/12/2021

É necessário bem mais que duas folhas
Com uma temática diferente, Paula Febbe consegue escrever uma história impactante e brutal com uma narrativa simples, fluida e gostosa. Enquanto um senhor, aparentemente comum, aguarda ser atendido na fila de um consultório ele viaja em seus pensamentos e viajamos juntos, visitando acontecimentos tenebrosos onde o personagem narra alguns fatos bem brutais.
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y o o n e 01/09/2021

A história é narrada por um homem na sala de espera para atendimento em um hospital.
Dentro da cabeça dele acompanhamos um show de falta de empatia, pensamentos e lembranças perturbadoras que ele conta com a naturalidade de quem conta como foi varrer uma casa.
roses in winter 01/09/2021minha estante
caramba


y o o n e 01/09/2021minha estante
Ele é psicopata.




spoiler visualizar
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Leonardo.Heffer 01/01/2021

Um livro que pelo nome poderia já ganhar um prêmio. De verdade. Não que vc consiga entender de primeira, mas o que ele significa tem conexão total com toda a história. Criado pela autora em 2011, é incrível como a história ainda é atual e se desenrola com o poder de a cada página chocar o leitor. - Claro que isso depende do quanto vc é capaz de se chocar.

Uma história intrigante, rápida e com uma estrutura que permite o respiro e a assimilação de cada palavra. Meu segundo livro da autora e até o momento não me decepcionou. Pelo contrário, só me tornei mais fã.
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Gabriel Dias - @Done.em 25/06/2020

Mãos secas com apenas duas folhas
O livro contém cenas muito delicadas, que vai do abuso sexual, violência com pessoas e animais, entre outros, não é recomendado para menores de 18 anos, pode conter gatilhos.
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Esse foi meu primeiro contato com a autora, em menos de cem página a autora nos apresenta a um personagem sem nome, que está à espera de seu atendimento no hospital, dessa forma neste percurso, de senha em senha, ele vai refletir sobre diversos aspectos da sua vida, e acontecimento, porém estes são perturbadores.
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Fico em dúvida, se gostei do livro, ele é extremamente bem escrito e tem uma prosa poética, contudo muitas informações são jogadas, justamente para nós fazer refletir, sobre a “sujeira social” talvez?! ⠀⠀⠀⠀
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A narrativa é muito rápida, não permite que a gente se conecte e entenda a mente dessa pessoa, mas quando a conexão ocorre, entra em estado de choque, o livro é sim extremamente pesado e no final chega a um ritmo frenético, falta ar.
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A ironia do título traz na mesma intensidade, a ironia da narrativa, o que achei de certo modo, muito bem pensado, mas ainda sinto que faltou alguma coisa.
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É uma leitura delicada, válida, mas mesmo sendo rápido, deve se ter muita atenção aos detalhes, é aí que mora a peculiaridade da obra o que nos deixa em reflexão constante.
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Vale a pena conhecer, contudo recomendo para um momento em que você esteja bem, por que alguma cenas são indigestas.

site: https://www.instagram.com/p/CB1fRtmD42T/
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Paulo 26/04/2020

Vou dizer isso da maneira mais elogiosa possível: a Paula Febbe é uma autora perturbadora. Esse é o segundo trabalho que eu leio dela (o primeiro foi Cartas no Corredor da Morte, que ela escreveu junto com a Cláudia Lemes). A maneira como ela consegue escrever personagens perturbadores é inacreditável. E o pior é que são personagens comuns, que poderíamos encontrar na rua. Sua compreensão dos desvios de caráter é uma parte integrante da sua escrita. Ao lado de uma escrita que alterna o banal e o sórdido, temos uma narrativa que certamente vai nos deixar reflexivos sobre pessoas que nos cercam. O quanto realmente conhecemos de alguém? O que se esconde nas profundezas dos nossos desejos mais obscuros?

Um homem idoso vai a uma clínica para verificar se o calombo em suas costas representa um câncer ou apenas algum outro tipo de condição. Ele pega uma senha, se senta nas cadeiras e aguarda a sua vez. Enquanto os números são chamados pelos médicos, Carlos pensa em várias coisas: em sua desagradável esposa, em como as pessoas nunca usam apenas duas folhas de papel ao secar suas mãos no banheiro, em como ele (literalmente) ama o seu neto e o quanto aquela menina de 9 anos era uma vagabunda. À medida em que as páginas vão se passando vamos nos deparando com o quanto a mente dele é psicótica e depravada. Este é um personagem que está de bem consigo mesmo apesar de que lá no fundo eu tenho minhas dúvidas sobre suas certezas (explico mais abaixo). Esse mergulho na mente de Carlos vai nos levar a uma série de imagens perturbadoras de como ele enxerga sua realidade e seu mundo.

A forma como Paula nos conta essa história é bem diferente e agradável. Cada número de senha chamado representa um capítulo e estes são bem curtinhos tendo no máximo duas ou três páginas. É possível ler o livro em uma sentada, apesar de que a forma perturbadora como a história é contada vai exigir um pouco de estômago dos leitores. Aviso logo que tem vários gatilhos na narrativa: pedofilia, assassinato, abuso sexual. Acho até que deveria ter algum tipo de aviso nas primeiras páginas do livro ou na orelha de capa. É importante até porque a autora é bem clara nas descrições. Eu gosto desse estilo em filtro da Paula, e é o que faz as suas narrativas serem tão diferentes, mas pode incomodar algumas pessoas. Mas, voltando à forma: cada capítulo é como se fosse um fragmento da mente do personagem. É um flash de seu pensamento que logo em seguida dá espaço a outro. Como podemos perceber, a narrativa é em primeira pessoa e é isso o que faz o desenvolvimento da história ser tão visceral.

O título do livro Mãos Secas com apenas Duas Folhas possivelmente pode abrir espaço para entender o que realmente acontece com o personagem. O ato de secar as mãos com uma folha de papel pode ser entendido como uma maneira de se lavar de seus pecados. Buscar alguma forma de purificar-se dos males cometidos. Mas, como o próprio protagonista diz, ninguém usa apenas duas folhas para secar as mãos. Logo, o ato de secar as mãos não apaga nossos pecados porque elas não ficam secas o suficiente. Ou precisamos empregar muito mais do que duas folhas, o que constituiria um tempo mais prolongado para obter a redenção. Mas, nosso personagem lava suas mãos o tempo todo, o que demonstra que nem todas as folhas de papel do mundo conseguiriam lavar o que ele fez. Ele reluta entre alguém que não se incomoda mais com os seus pecados, com alguém que lá no seu inconsciente deseja obter algum tipo de redenção. Tanto que seus assassinatos vem sempre carregados de algum tipo de justificativa: ela era isso, aquele cara era aquilo.

Mais um livro da Paula que me surpreende pela maneira como ela entende a psiquê de seus personagens. Uma análise profunda sobre a maldade inerente mesmo a pessoas comuns. Basta um estalo para que o lado sombrio se aposse de nossas ações. Aquele momento em que aquele desejo sombrio que se encontrava em nosso ego acaba se manifestando e causando danos irreparáveis. Nesse caso, não adianta usarmos duas folhas de papel. Isso porque nossas mãos não ficarão limpas o suficiente.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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José Igor 21/03/2020

Frio. Cru. Incômodo.
Uma leitura de menos de 30 minutos, mas que gruda na cabeça por horas.
O tema é abordado de maneira crua. Para os mais sensiveis pode ser algo pesado (eu não achei), muito embora cause estranheza e incomode, claro!; e o que mais gostei foram algumas frases "cortantes" muito bem colocadas no livro.

Lerei outros trabalhos da autora, com certeza!
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Lydia.Fernnanda 22/01/2020

Achei legal.
Eu não sei se é a forma como foi contada a história ou se eu já vi tanta coisa terrível que já estou calejada, mas não achei o livro pesado com estão dizendo, achei normal.

Um senhor está sentado numa fila de espera de um hospital e a cada ficha que chamam (até chegar a dele) ele pensa em um assunto diferente. Cada ficha e cada assunto é colocado em uma página. O cara tem TOC e ta sempre focando muito num aviso que tem no banheiro que diz que as mãos podem ser secas com apenas duas folhas, coisa que é absurdo pra ele, no entanto as outras coisas que ele diz (pensa) são muito mais sérias do que isso, porém na cabeça de psicopata dele não...
E ele vai falar dessas coisas com naturalidade e tranquilidade... Pra saber o que ele diz, só lendo..
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Aline Cristina Moreira 18/01/2020

Chocante!
Gabriel é um jovem ator que vem fazendo muito sucesso em sua carreira, quando sofre um terrível acidente que pode deixá-lo paraplégico pra sempre. Ele vê sua vida mudar do dia pra noite, tendo que enfrentar a possibilidade de não poder mais atuar, porém não é apenas isso que ele tem que encarar. É possível que o acidente que sofreu não tenha sido mero acaso e Gabriel também tem que lidar com a possibilidade de que há um assassino atrás dele.
Após sair do hospital, Gabriel, finalmente, reflete a respeito das más decisões que fez para conseguir alcançar sucesso e percebe que talvez tenha perdido o que lhe era mais importante muito antes do acidente.
Este é mais um livro da Paulo Barros que nos prende do início ao fim. Não se trata apenas de uma história de redenção, é um livro que nos leva a refletir a respeito do que realmente vale a pena em nossa vida; e que tem um ótimo toque de mistério. É uma leitura rápida e envolvente!
Lydia.Fernnanda 22/01/2020minha estante
Vc colocou a resenha errada




Leitora Geek 05/08/2019

Surpreendente
Um livro com poucas páginas (pouco mais de 100) mas que não deixa de ser pesado. Um leitura que me surpreendeu. Pois com a descrição do pensamento do “frágil” Sr. Carlos Almeida um senhor a espera de atendimento num hospital, não podemos imaginar o que virá durante a leitura. Eu ia lendo e me peguei por diversos momentos sem fôlego até chegar ao ponto onde sua curiosidade é vencida e não tem como não ficar estarrecida com esta mente doentia. Completamente grotesco mas um livro muito satisfatório. Não tem como falar muito deste livro sem contar Spoiler haha Complemento dizendo que a escrita da autora e fluída, rápida e muito envolvente. Incrível. Quero conhecer mais trabalhos dela.
Terminei a leitura com um sentimento se assombro total, nojo e uma repulsa gigantesca.

RESENHA POR LEITORA GEEK

site: @leitora.geek
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