Miss Minimalist

Miss Minimalist Francine Jay



Resenhas - Miss Minimalist


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Branca Andrade 12/02/2016

Menos é mais... muito mais
Vinte e quatro horas. Essa é a duração de um dia inteiro. Escrevendo apenas as quatro palavras pode até parecer pouco tempo, mas, se pararmos para raciocinar, é tempo o suficiente para cairmos na cama ao fim do dia com a sensação de que fomos engolidos por uma enxurrada de informações. A maioria delas são bombas que caem em frente aos nossos olhos associadas ao CONSUMO. Todas com a mensagem "compre" implícita.


Façamos uma experiência... Que tal contarmos quantas vezes por dia somos convidados a comprar o que sequer sabíamos que existia e que em fração de segundos passa a ser nossa necessidade vital? Perdeu a conta, não é? Mas se desejar aceitar o desafio, volte a este post em vinte e quatro horas. O link estará a sua espera.



E, se de um lado o consumismo nos arrebata como uma avalanche, do outro lado da corda, os minimalistas surgem, tentando viver, por opção, com apenas o que é realmente necessário. A corrente, apesar de menor que a dos simples mortais que não resistem a um cartão de crédito estourado, um guarda-roupa lotado e um cheque especial virado de um jeito que arrepia a espinha, está crescendo ao redor do mundo. Pois é, parece que tem gente por aí preocupada de verdade com os impactos do que acumulamos ao longo da vida.



A iniciativa se tornou popular nos EUA graças a uma blogueira, a Francine Jay. O blog deu tão certo que a coletânea de posts que contam a rotina dela e da família como minimalista deu origem ao livro “Miss Minimalist: Inspiration to Downsize, Declutter, and Simplify (Senhorita Minimalista: inspiração para economizar, doar e simplificar)”. Infelizmente o livro ainda não foi traduzido, mas as ideias servem para qualquer ser humano habitante deste planeta que precise urgentemente repensar seu estilo de vida.



O Minimalismo como estilo de vida não está diretamente ligado ao movimento artístico homônimo que começou na década de 1960 nos EUA e tem como premissa fazer arte com materiais mais simples e com formas geométricas retas, por exemplo. Mas, apesar disso, o estilo de vida minimalista se baseia sim em alguns conceitos do movimento e tem como principal objetivo tornar a vida mais simples e menos consumista, por opção, não por necessidade. Como consequência, os minimalistas reduzem as tralhas em casa, abrem mão de supérfluos, seguem uma alimentação mais natural, privilegiam produtos sustentáveis e sempre se perguntam se realmente "precisam de fato do artigo que pretendem adquirir". Para evitar tentações, por exemplo, os minimalistas evitam comerciais e só vão a uma loja já sabendo o que desejam comprar. Passear sem razão em uma loja de roupas, NECADIPITIBIRIBA!



Já sabendo resumidamente o que é ser minimalista, vale dizer que este post não tem a pretensão de fazer você leitor virar um, mas quer lhe convidar a pensar o seu estilo de vida e questionar: dá para simplificar? Neste caso o livro de Jay e outros que divulgam esta forma de pensar podem ajudá-lo na missão. Pode ser surpreendente o resultado, como manifestado pelos autores de vários best-sellers relacionados ao tema. Sem perceber, ao longo dos anos, os relatos destes autores testemunham a experiência da "ficha que caiu" bem a tempo de substituir a rotina do acúmulo pelas experiências de vida. Segundo a maioria deles a sociedade anda roubando o próprio tempo de vida, virando um pontinho em uma casa abarrotada de itens que muitas vezes sequer são utilizados. Guarda-roupas mundo afora andam ganhando status de museu com relíquias vazias, baseadas em desculpas emocionadas. Quem nunca disse em uma "faxina daquelas" que não iria doar ou se desfazer de algum item por que tem valor sentimental? Eis a solução de Jay: Fotografe o item e o guarde em um espaço na nuvem. Genial! Aliás, os minimalistas são a favor de equipamentos multifuncionais, ocupam menos espaço, e imprimem o mínimo possível, transformam documentos em arquivos PDF e guardam na nuvem também. Não usa algo por mais de seis meses? Doe! Alguém ficará feliz com o item que você nunca usou.



As soluções para simplificar a nossa vida se multiplicam nas páginas do livro surpreendentemente, com dicas realmente interessantes, e, que, a autora garante, a deixaram mais felize e com mais tempo para o que de fato tem valor na vida dela: a família. Mas, o livro não fala apenas de doar ou reduzir tralhas e papeis, fala de reavaliar o seu estilo de vida até na hora de dar e receber presentes, de aprender a "FAZER VOCÊ MESMO AS SUAS COISAS", de dar um estilo pessoal na sua casa, etc. Sobre este último ponto já se deu conta da quantidade itens de decoração produzidos em série nas lojas? Agora imagine quantas casas iguais, com o mesmo item não existem por aí? Ficou curioso para saber mais sobre o assunto?



O conteúdo deste livro fica disponível em inglês gratuitamente no blog da Francine. E, como este movimento já chegou aqui no Brasil, há opções em português de outros autores listados no final da matéria. Senta a pua e devore os livros, afinal olhar a vida de um jeitinho diferente sempre faz bem!



EM PORTUGUÊS:


O ESTILO DE VIDA MINIMALISTA
Autor: Joshua Michaels
Editora: Babelcub Inc
Páginas: 44



MINIMALISMO: SIMPLIFIQUE SUA VIDA
(MENOS É MAIS, LIVRE-SE DA TRALHA, MAIS TEMPO LIVRE)
Autora: Samantha R. Rodrigues
Editora: Amazon do Brasil
Páginas: 47



EM INGLÊS:



THE JOY OF LESS
Autora: Francine Jay
Editora: Anja Press
Páginas: 298



SIMPLIFY
Autor: Joshua Becker
Editora: Amazon do Brasil
Páginas: 46

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