Estação Carandiru

Estação Carandiru Drauzio Varella




Resenhas - Estação Carandiru


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Augusto 01/09/2013

Fiz o caminho inverso e li antes o "Carcereiros" (último livro do autor) e depois o "Estação Carandiru".
O dr. Drauzio Varella já havia chamado minha atenção com o primeiro que me chegou às mãos e o segundo apenas consolidou o que eu já pensava a seu respeito.

Me agrada muito a maneira franca como o autor descreve a própria experiência na Casa de Detenção. Especialmente porque ele não tenta se pintar como um super herói, ou como alguém inatingível, um "bastião da ciência". Neste livro (como também em "Carcereiros"), Drauzio é apenas... humano.
Fala com franqueza do medo que sentiu a princípio no ambiente prisional, da desconfiança inicial com que foi tratado pelos prisioneiros e funcionários, do enorme receio que teve diante da possibilidade real de contrair doenças graves (como a tuberculose) que afetavam inúmeros presos, das vezes em que caiu na lábia dos criminosos que se aproveitavam da sua inexperiência, das vezes em que pensou em desistir e até dos momentos em que sentiu-se limitado no seu conhecimento da Medicina.

Em relação aos apenados, o dr. não adota o discurso (algumas vezes) romantizado dos defensores dos direitos humanos nem tampouco reproduz a fala manjada e preconceituosa do senso comum. O que quero dizer é que Drauzio, procura, a meu ver, ser imparcial. Nem "demoniza", nem "beatifica" os "moradores" do Carandiru. Não generaliza, agregando-os todos à "casta dos monstros desalmados merecedores do lugar que conseguiram" no inferno chamado Sistema Penitenciário brasileiro, nem os faz parecer vítimas inocente do Sistema.
Não me entenda mal, o próprio Drauzio admite a existência de criminosos capazes de crimes tão bárbaros que ele próprio teve, em alguns momentos, dificuldade de tratá-los como exige a ética da profissão.

O autor inicia traçando um panorama geral da cadeia, tanto no aspecto físico (seus pavilhões, cada um com suas peculiaridades, suas celas, as "isoladas", as áreas de lazer, etc) quanto no aspecto organizacional, por assim dizer. Descreve muito bem os "códigos de conduta" que regem o comportamento da "malandragem" (como eles mesmos se autodenominam) dentro da Detenção.
Entender e atender ao que é considerado aceitável (e o que não é) pelos prisioneiros é essencial à sobrevivência dos novatos. A punição aos incautos é exemplar.
Interessantíssimo descobrir que os criminosos também possuem uma espécie de "moralidade" (distorcida em muitos casos, é claro, mas ainda assim moralidade) e que zelam por ela com unhas e dentes. Confesso que me surpreendi, por exemplo, ao saber que "desrespeito à mulher do próximo" é considerado delito gravíssimo. E não interessa se a mulher em questão é "prostituta de profissão" ("isso é lá fora..." - segundo eles), dentro da cadeia, em dia de visita, tem de ser respeitada. Ai de quem ousar sequer olhar pra senhora do outro.

Com maestria Drauzio Varella apresenta o leitor ao universo absurdo de um presídio e depois dessa apresentação inicial passa a uma coletânea de relatos das histórias de vidas de vários apenados. As tais histórias contadas são incríveis (algumas vezes no sentido literal do termo) e progridem até o final do livro, quando é narrada, de forma impressionante, com cores muito vivas e segundo o ponto de vista dos criminosos (sem farda) o já conhecido Massacre do Carandiru. O relato dos três últimos capítulos cumpre muito bem o papel de dar voz àquelas pessoas que, de outra forma, teriam sido emudecidas.

4 estrelas.
Cris 17/12/2013minha estante
Parabéns pela resenha, concordei com vc em tudo.


Augusto 21/12/2013minha estante
Muito obrigado, Cris!


Rosalba Moreira 28/09/2014minha estante
Adorei sua resenha, sintetizou muito bem essa grande obra. Terminei de ler esse livro ontem, e já entrou pra minha lista de favoritos.


Augusto 15/10/2014minha estante
Obrigado, Rosalba. Gosto bastante dos livros do Dráuzio. Parece que há ainda mais um pra chegar abordando o mesmo tema.


Marília 13/08/2015minha estante
Excelente resenha! Também li Carcereiros e sou apaixonada pelo tema abordado. Meus Parabéns!!!


Augusto 19/08/2015minha estante
Muito obrigado, Marília. O tema era novidade pra mim. Fui apresentado a ele pelo Dráuzio e aí não tem como não ficar interessado.


skuser02844 22/02/2021minha estante
Excelente!


Lrss. 04/04/2021minha estante
ia escrever uma resenha, li a sua e desisti kkk cirúrgica


Augusto 04/04/2021minha estante
Não! Escreva, Larissa!
Mas obrigado. Rs


Fernanda309 16/09/2021minha estante
Que resenha ótima. Adorei


Belizário 04/01/2023minha estante
Essa resenha é digna de prefácio de nova edição, viu.




Clio0 27/03/2024

Estação Carandiru é um relato contido com alguns fatos selecionados da vida na então maior penitenciária brasileira dentro do límite urbano.

Varella refere-se especialmente às condições de saúde existentes no local, bem como as várias doenças e outras condições presentes durante sua estada lá. São casos de mordidas de ratos, silicones mal implantados, doenças degenerativas e ferimentos dos vários atos violentos.

Há também uma boa quantidade de observações do quotidiano como a limpeza, as religiões praticadas, as relações de poder e homossexualidade. Visto que o autor não é um sociológo, essas retém como característica a graça da peculiaridade.

É uma boa leitura para aqueles que querem matar a curiosidade, porém deve-se tomar certos depoimentos com um grão-de-sal. Afinal, todo mundo puxa a sardinha para seu próprio lado.
Thays.Leticya 30/03/2024minha estante
Estou criando coragem para ler esse livro.




Alê | @alexandrejjr 06/07/2021

Uma cicatriz brasileira

A violência é uma chaga com a qual os brasileiros vivem e convivem cotidianamente. Ela se tornou tão natural a ponto de criar uma espécie de anestesia moral diante dos nossos olhos. Para a grande maioria, a crueldade não choca. Para uma importante minoria, essa é uma realidade que deveria pertencer apenas à ficção.

O livro “Estação Carandiru”, lançado pelo médico oncologista Drauzio Varella em 1999, é um trabalho que parte da minoria citada no primeiro parágrafo. É por um sentimento de indignação, mas além disso, de dever, que Drauzio traz à luz, como poucas obras nacionais de não ficção já fizeram, uma realidade esquecida, ignorada por quem prefere ficar calado diante daquilo que despreza.

Para falar de um espaço tão alarmante quanto a cadeia, é necessário o mínimo de base empírica. De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional, o Depen, o Brasil tinha no primeiro semestre de 2020 um total de 678.506 presos, o que lhe concedeu a terceira posição no ranking da população carcerária mundial. É desesperador. Os dados mostram que, diferente do que pensam os “cidadãos de bem” que proliferam as mentiras que afundam o país numa espiral de ignorância, a maioria desses presos cometeu crimes envolvendo tráfico de drogas, entre taxas que variam de 35% a 40%. Portanto, não, a maioria dos presos no país não são estupradores e assassinos em série - o que, infelizmente, não impede que a malandragem envolvida com drogas não tenha cometido tais crimes. Sigamos.

Em “Estação Carandiru”, Drauzio aborda a mazela da desumanidade, essa que aflige a quem a sociedade elege e julga como escória. Todos sabemos que as prisões brasileiras não servem e nunca irão servir para ressocializar quaisquer presos. Elas existem, como herança escravocrata, para apenas um propósito: separar os indesejáveis. E nesse universo particular vive mais um dos tantos “Brasis” que temos. A cadeia possui códigos morais invioláveis com penas capitais. E é aí que entra o olhar humano, alheio à anormalidade do cárcere, do médico voluntário que vai trabalhar para diminuir os casos da epidemia de aids que assolava o então maior presídio da América Latina, a Casa de Detenção de São Paulo, popularmente conhecida como Carandiru. Em meio a traficantes, assaltantes e estupradores, Drauzio descobre como a vida é constituída de infinitas possibilidades. Afinal, como é possível viver - ou melhor, sobreviver - em um ambiente infestado de doenças, ratos e baratas e onde a morte é a saída menos indolor para enfrentar a passagem do tempo? Uma resposta possível está neste livro.

Em meio às histórias cômicas coletadas pelo médico, contadas com uma prosa elegante e instigante, os leitores se deparam com personagens tão reais e palpáveis que parecem furtados ironicamente da ficção, da imaginação de uma mente criativa. No entanto, é a realidade que torna o livro indispensável para qualquer um que julgue ter um pensamento humanista, pois é o lugar inimaginável do outro - do preso, do criminoso, do pária social - que Drauzio apresenta, não deixando morrer na memória coletiva essa cicatriz que a sociedade brasileira não consegue curar.

Adaptado em 2003 para o cinema pelas mãos habilidosas de Fernando Bonassi, Victor Navas e Hector Babenco, este último também diretor, o filme “Carandiru” dá uma boa noção da grandeza do livro. Antes de ser leitor das histórias da Casa de Detenção, fui espectador. Inúmeras vezes. E fico feliz de ter visto e lido sobre o universo das prisões brasileiras, pois assim posso lembrar que meus olhos não percebem a pequenez do meu mundo.
heloisa helena 06/01/2022minha estante
Perfeito!


Alê | @alexandrejjr 10/01/2022minha estante
Obrigado por ter lido, Heloisa!




Amyjuby 30/09/2023

Very interessante
Foi uma leitura muito interessante. Nunca tive muito conhecimento sobre lugares como esse e como vivem essas pessoas, então foi tudo muito "novo".

O local e suas histórias são bem diferentes, mas legais, gostei bastante de saber mais sobre.

É uma leitura que vale super.
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Marlonbsan 04/10/2022

Estação Carandiru
O médico Drauzio Varella realizou um trabalho voluntário na antiga Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru, onde conviveu com pessoas que seguiam as regras da população carcerária e conheceu um pouco mais sobre a história de cada um.

O livro é narrado em terceira pessoa, dividido em capítulos curtos, a linguagem é simples, mas com densidade considerável.

O início do livro busca nos localizar, então detalha muito como era o Carandiru, os locais e como tudo ali funcionava, apesar de ser interessante, era uma parte extremamente maçante. Outro ponto que deixava a leitura um pouco complicada, era o deslocamento do verbo na escrita, assim, algumas frases só fariam sentido depois.

Com o passar da leitura, quando passa a falar sobre o sistema carcerário e todas as nuances do mundo do crime, a leitura fica ainda mais interessante, vemos como é um ambiente hostil e perigoso, como também há milhares de regras, uma sociedade à parte. Podemos perceber a dificuldade de ressocialização e facilidade de corromper ainda mais os seres humanos que estão ali.

As condições precárias das instalações também são relatadas, assim como as estratégias feitas pelos próprios detentos para sobreviverem e a conhecida superlotação. O livro ainda melhora bastante o ritmo na reta final, quando o foco passa a ser mais a vida dos detentos, como foram parar lá ou como sucumbiram por conta de suas ações.

Como médico e ser humano, Drauzio analisa fatores de risco e conta histórias de presos que passaram pelo Carandiru, não os julga por seus atos, apenas faz o seu trabalho e sua pesquisa. Coincidentemente, dia 2 de outubro completou 30 anos do Massacre de Carandiru, que também é brevemente relatado no livro.
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annacsfraccaro 07/06/2023

Estação Carandiru: Reflexões
É uma leitura muito rápida, por mais que seja uma leitura pesada.
Comecei a ler esse livro por indicação de um professor e digo que foi uma grata surpresa.
É um livro para refletir ??que a gente pune o crime, mas não sabemos o motivo que ele ocorre, que o sistema judiciário e carcerário do Brasil não quer achar a motivação do crime, o que importar é punir.
É interessante ver que essa história de polícia e ladrão é muito mais uma invenção, até porque não é porque você é polícia que você é o certo/bonzinho, nem tudo é preto no branco.
Muitas coisas faltam no Brasil, e uma delas é descobrir porque as pessoas cometem crime.
Drauzio foi impecável nesse livro, trouxe outra visão sobre tudo.
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Renata Almeida 06/05/2020

"Carandiru, a cidade dos prisioneiros."
Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como Carandiru.
Foi estabelecido em 1920, e havia 9000 detidos nas décadas de 1980 e 1990.
Drauzio Varella, médico voluntário, conta sobre suas experiências em meio ao caos da enfermaria, relatando as histórias de detentos cujo direito de sobreviver depende inteiramente do detido, em um dos presídios mais perigosos do Brasil, e o local do massacre: 111 presos foram mortos, a realidade nua e crua de dentro dos portões do presídio paulista.
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joaoggur 30/10/2023

Cacofonia de mundos; dialética de versões.
Drauzio Varella, que na minha mente não passava de um médico que vez ou outra dava as caras na televisão, mostra sua habilidade em chocar o leitor. O choque se dá, indubitavelmente, pelo fato de não ser um livro composto por hipérboles; tudo em ?Estação Carandiru?, por mais que tenha adaptações para caber em um meio literário, é verídico.

O cuidado do autor com as palavras é imenso; os humaniza, mas não os inocenta. Tal como Amado fez em Capitães da Areia, temos a plena noção dos crimes de cada um dos presos descritos, mas a descrição de seus pensamentos, de suas angústias, fazem com que tenhamos uma simpatia por eles.

Independentemente da afeição que adquirimos pelos ?personagens?, não há como não ficar completamente chocado com os últimos dois capítulos. Drauzio descreve, na visão dos presos, o que realmente aconteceu. A minucia do relato deixa o leitor sem palavras. O mais triste é pensar que os responsáveis pelo massacre ainda estão livres.

A recomendação é inevitável. Um livro que necessita-se de estômago; a desumanidade deve ser ingerida com doses homeopáticas. Senão, não aguentamos.
skuser02844 15/11/2023minha estante
Exatamente o que pensei na época em que li, certamente ele humaniza, mas não inocenta ningúem. Também acho que a intenção não foi a de gerar uma simpatia ingênua, do que ele é equivocadamente acusado. Além do que, Dráuzio é um excelente cronista! ?




Myrelle.Paiva 20/09/2020

Drauzio nos mostra todo o funcionamento do presídio e a rotina dos presidiários. Esse livro me fez pensar que nós acabamos esquecendo que presos também são pessoas, que possuem necessidades, aflições, dificuldades e que ainda merecem ter seus direitos respeitados. Um ótimo livro que me fez compreender uma realidade que muitos de nós possivelmente nunca viveremos, e que trás mais uma certeza de que o sistema carcerário brasileiro é extremamente falho e corrupto... não ajuda na reabilitação e destrói qualquer perspectiva de vida que existe em seus detentos.
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Layla.Ribeiro 15/03/2021

Desafio literário 2021- Livro de não-ficção
É um tipo de livro que nos tira da nossa zona de conforto, nos mostrando como funciona o sistema prisional, além de ser uma aula de empatia com o próximo. Drauzio se mantém imparcial durante toda sua obra, vemos relatos tantos dos detentos, como dos carcereiros e de outros funcionários, somos apresentado ao sistema prisional falido, como acumuladores de pessoas e poço de desumanidades, na qual tem suas próprias leis onde rege a lei do mais forte. Os relatos são bastante fortes e os relatos sobre o maior massacre prisional do mundo, ocorrido neste presídio em 1992 me destruiu completamente e me fez refletir muito. Eu já gostava de Drauzio Varella, mas o ser humano que ele é, o verdadeiro exemplo de fazer o bem sem olhar a quem, me deixou mais encantada sobre a sua pessoa. Recomendo fortemente esse livro.
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Otávio - @vendavaldelivros 17/04/2022

“O convívio, mestre persistente, havia ensinado ao carcereiro-traficante o mandamento supremo da marginalidade:

- O crime é silêncio.”

É natural para quem cresceu nos anos 90 ter lembranças sobre o Carandiru e a cobertura midiática das rebeliões dos complexos prisionais espalhados pelo Brasil. Particularmente, uma das minhas primeiras memórias de matérias impactantes sobre violência vem das memórias do massacre do Carandiru. É sintomático que um livro publicado há 23 anos tenha tanta similaridade com nossa realidade atual e em como evoluímos pouco nas últimas décadas na reforma prisional.

Drauzio Varella ganhou fama por ser a referência médica do Fantástico e da Globo por muito tempo. Figura incrivelmente simpática e humana, o Dr. Drauzio tem uma história importante e significativa atendendo em presídios muito tempo antes dessa fama. Foi esse trabalho, por sinal, que rendeu ao médico material para três livros sobre essas experiências.

Estação Carandiru foi o primeiro desses livros e retrata as experiências e percepções do médico sobre todo o contexto social que formava o Complexo do Carandiru, o maior complexo prisional da América Latina a época, que chegou a abrigar até 9 mil presos ao mesmo tempo.

Narrado de forma fluída, direta e simples, Drauzio demonstra todo seu talento como escritor expondo a realidade, sem tradução com viés e utilizando expressões e frases dos próprios presos, sempre contextualizadas. O texto é direto, muitas vezes cru, mas extremamente fácil de ser lido. Para quem viveu os anos 90 é fácil identificar os contextos sociais e culturais da época, o que transforma o livro em uma janela para um passado recente.

Dos problemas com drogas até o surto de HIV, finalizando no massacre realizado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo em 92, o livro não esconde nada e traz muito do olhar dos próprios presos, independente dos crimes cometidos, fiel à realidade e mostrando que a vida nunca pode ser enxergada apenas no preto e branco, mas sim como um universo acinzentado. Grande leitura e experiência, extremamente recomendado para quem quer entender um pouco mais sobre os caminhos de violência que formam o país que vivemos.
Priscilla Tinoco 05/05/2022minha estante
Esse está nos meus desejados!


Otávio - @vendavaldelivros 06/05/2022minha estante
Livraço, Priscillinha, tio Drauzio entrega o que promete.


Priscilla Tinoco 06/05/2022minha estante
Entrega sempre! Ahahaaha




Leticia Jatobá 16/01/2021

Carandiru
O que chama a atenção na história toda é como dentro da cadeia a vida é organizada. A hierarquia precisa ser muito bem definida, o respeito prevalece, carcereiros tem a sua hora de falar e os presos também.
É muito interessante por mostrar a realidade das penitenciárias. Conforme as histórias dos presos vão sendo contadas, uma nova perspectiva surge e acaba sendo ótimo para sair de uma bolha social que somos envolvidos.

No final, é relatada a versão dos presos sobre o massacre de 1992.
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Sabrina.Maria 27/05/2021

Esse livro carandiru retrata o dia a dia de um dos maiores presídios de São Paulo, até hoje o carandiru é lembrado, pelo massacre que todos sabemos que aconteceu.
Mas o interessante nesse livro é a forma que é narrado, pela visão do escritor, Dr Dráuzio, mas também colocando a visão e contando um pouco da vida dos detentos.
Mostrando como lá dentro eram os próprios presos que organizavam tudo, e a hierarquia que existia lá dentro e que ainda existe em vários presídios.
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Clara 18/07/2022

Denúncias do limite da alma humana condensados em um livro no formato de relatos, escrito por uma pessoa extraordinária, que sabe equilibrar brutalidade e delicadeza em uma mesma linha. Visceral, triste, importante, mas acima de tudo, NECESSÁRIO. Todo brasileiro deveria ler.
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Ana Luiza 07/05/2020

Estação Carandiru, Drauzio Varella
Apesar de ter tido familiaridade com o sistema carcerário, as narrativas do livro ainda me impressionaram bastante, talvez por se dar da perspectiva de um médico, e da necessidade de cuidado humano. O livro é de leitura fluida, que apesar de narrar muitas barbaridades, não desperta aversão e, por outro lado, também não romantiza o problema da criminalidade.
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