Nick 18/11/2020
Nostálgico, divertido e diferente.
Para todos os fãs anciosos pelo sexto livro das Crônicas, (meu caso) um consolo. Apesar de ter sido escrito e publicado logo após a Tormenta da Espada, é de se esperar nos dias de hj que se leia o universo extendido das Crônicas de Gelo e Fogo após concluir a obra principal, então aqui vai um dica: temine as Crônicas, leia Fogo e Sangue e só então leia Cavaleiro dos Sete Reinos, para ter a melhor experiência (se vc tiver força pra tantos livros).
Um livro diferente eu diria, começando por ser um conto, na verdade, três contos em um livro só. A escrita acompanha o padrão das Crônicas: detalhista e sempre em desenvolvimento, nada é à toa. Mas este livro não é diferente apenas por ser alguns contos reunidos, Cavaleiro dos Sete Reinos se passa em uma Westeros de paz. Há uma tensão no ar pela recente Rebelião Blackfyre (algo muito presente indiretamente principalmente no terceiro conto), mas guerra não há, então mesmo em tempos duros como um período medieval dar pra notar uma diferença em como as coisas funcionam, as pessoas confiam um pouco mais uma nas outras e há um educação melhor, mais gentileza, algo muito raro pra quem conhece as Crônicas.
Dunk (o protagonista) é um jovem recém armado cavaleiro, sozinho e em busca de sustento. Atrapalhado, porém sábio, mesmo assim se metendo em várias encrencas acaba iniciando várias aventuras de arriscar seu pescoço tipo Forrest Gump. Prato cheio pra qualquer fã lotado de nostalgia.
Há uma presença muito forte dos Targaryan nesse livro, principalmente no primeiro conto, visto que se passa 90 anos antes da rebelião de Robert Baratheon e a Casa Targaryan ainda domina os Sete Reinos. Referências a Fogo e Sangue são notáveis.
É isto, o livro não foge ao padrão das Crônicas, então a qualidade de leitura está garantida, recomendo fortemente. Amei esse livro.