Francine 05/07/2014Romance juvenil que nos inspira a sermos melhores...A querida parceira, Tais Cortez, me presenteou com a versão digital do seu segundo livro: O Último Homem do Mundo. Eu me vi ansiosa para lê-lo imediatamente e precisei me conter para dar conta de todas as minhas responsabilidades antes de, enfim, ter o prazer de me envolver nas palavras dela outra vez!
Narrado em primeira pessoa, neste livro conhecemos a protagonista Amanda, uma adolescente que vive um relacionamento conturbado com a mãe. Seu pai morreu há bastante tempo, quando ainda eram pobres, e sua mãe se dedicou à carreira de atriz para garantir o sustento. Logo Amanda passou a usufruir de uma vida repleta de mordomias devido à fama de sua mãe. Mas o luxo cobrou seu preço: mãe e filha mal se viam, pouco se entendiam e muito se distanciaram. Amanda é ressentida com a mãe, que se envolve em namoros constantes com pouca duração e parece mais interessada na sua profissão do que na filha.
Imaginem como Amanda reagiu quando, depois de ser expulsa, sua mãe a transferiu para um colégio interno de altíssima classe! Obviamente, Amanda não quer fazer nada conforme as vontades da sua mãe e, ao invés de uma excelente educação, julga que a intenção dela foi livrar-se da filha problemática. Gostei muito do destaque que a autora conferiu a esse relacionamento mãe-filha! Considero-o uma qualidade do livro. Tais aborda os conflitos familiares de forma muito adequada ao universo adolescente. Nada estereotipado, apenas coerente com os sentimentos confusos que uma adolescente geniosa, inteligente e teimosa poderia ter.
Mas o livro não traz somente o drama dos problemas familiares… Com uma narrativa fluída, divertida e sensível, Tais Cortez nos revela o encanto do primeiro amor! Quem diria que a Amanda, com seu jeito controverso, se apaixonaria justamente pelo playboy do colégio? Ricardo era o garoto dos sonhos! Lindo, popular e mulherengo. Okay, ele não era exatamente perfeito (haha), e talvez por isso Amanda o considerasse o último homem do mundo por quem se apaixonaria. Mas, assim como ela precisava da ajuda de diversas pessoas para conhecer melhor a si mesma, Ricardo precisava da ajuda dela para finalmente se tornar o "homem" que intimamente sempre desejou ser. De um jeito especial e inusitado, a vida deles se entrelaça e, da desconfiança, vemos nascer um romance cativante!
Quero, também, destacar o diretor do colégio: Alexandre. Ele soube valorizar as qualidades da Amanda acima dos seus erros. Além disso, lidou com tamanha sabedoria com a rebeldia dela que me senti feliz por reconhecer quão importante pode ser um educador assim. Espero que as nossas escolas tenham mais Alexandres!
Tais Cortez nos traz um romance adolescente com personagens bastante realistas e conflitos próprios da idade. É o tipo de livro que renderia um filme agradável de assistir! Sendo uma literatura juvenil, para os adultos há uma certa previsibilidade no enredo, mas – ainda que desconfiemos onde o livro nos levará – não perdemos a ansiedade de alcançar o desfecho. Não tenho dúvidas de que presentearei minha afilhada com este livro quando alcançar a adolescência, e acredito que pais e professores também deviam lê-lo.
O ponto alto da história são os valores apresentados e as possibilidades de problematizar várias temáticas do universo adolescente. Por isso, avalio O Último Homem do Mundo como excelente e o recomendo para qualquer leitor que procure uma obra suave, bem escrita e envolvente.
*Agradeço carinhosamente a parceira Tais Cortez, por me presentear com mais uma das suas maravilhosas criações. Desejo a você o sucesso que cada uma das suas páginas a faz merecer!*
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