daricanedo 25/03/2021
Final merecido
Paraíso perdido encerra uma história iniciada lá atrás em 2010 com – pra mim o melhor livro, épico – A Batalha do Apocalipse.
No final da história, acompanhamos a caçada de Metatron – que eu jurava que era Jesus disfarçado no início – o famoso rei dos homens sobre a terra, o mais antigo e mais poderoso entre os anjos que recentemente fugiu de sua prisão no segundo céu. E agora quer retomar o controle do mundo desafiando todos os arcanjos, inclusive Lucifer.
Metatron foi (e ainda é, de certa forma) o líder dos sentinelas, um coro enviado à Terra por Deus no princípio dos tempos, com a função de proteger e instruir a humanidade. Quando os arcanjos decidiram acabar com os seres humanos, afundando o planeta na era do gelo, Metatron e seus asseclas se revoltaram, tornando-se inimigos do céu e sendo posteriormente acossados.
Antes de dar minha humilde opinião, preciso dizer que o Paraíso perdido é dividido em três partes, cada qual com uma atmosfera própria e personagens diferentes. O primeiro trecho se passa em Asgard, a dimensão dos deuses nórdicos, onde Denyel, o anjo exilado, acorda ao final de “Anjos da Morte”. A Centelha Divina, uma das arcontes de Gabriel, vai ao seu encontro com o objetivo de resgatá-lo e trazê-lo de volta ao plano físico, através da legendária Ponte Bifrost;
A segunda parte tem lugar aos dias anteriores ao dilúvio. Ablon, o Vingador, então um dos generais de Miguel, é ordenado a capturar Metatron e trazê-lo vivo aos Sete Céus. O segundo terço do livro destaca esse período, revelando um Ablon diferente daquele que conhecemos nas páginas de “A Batalha do Apocalipse”, ainda fiel aos seus chefes e as forças do paraíso.
Essas duas jornadas convergem na parte três, que finalmente explicará como Ablon, há trinta e cinco mil anos, conseguiu enclausurar Metatron, e como Kaira, Urakin e Denyel, no presente farão para enfrentar o Rei dos Homens sobre a Terra, um celeste muitíssimo mais forte que eles, invencível em vários aspectos. (resumo retirado da orelha do livro 3 hehehehehe)
Além de ficar muito feliz por ter completado esta trilogia, tenho a dizer que achei o final IN-CRÍ-VEL! Sempre recomendo os livros do Eduardo Spohr aos meus amigos que gostam de livros sobre anjos, no que se trata do tema, Eduardo é o melhor.
Filhos do Édem é uma ótima trilogia, cheia de artimanhas e te prende de uma forma a sugar sua alma pra saber o que vai acontecer, mas pra mim, nada supera A Batalha do Apocalipse que a única ligação da trilogia com o livro que eu vi foi na segunda parte onde explica um pouco mais da história de Ablon.
O final foi digno. O autor soube não deixar pontas soltas, em um livro cheio de pequenos detalhes, personagens e acontecimentos. A única coisa que me incomodou neste final foi a “ideia de continuidade. Muitos momentos de luta, me fizeram ficar tensa e atenta aos acontecimentos. Cheio de reviravoltas que me deixaram muito aflita, triste, feliz… enfim, uma profusão de sentimentos ao ler este final tão esperado.