JuanSoulAxel 01/09/2021
Nostalgia, Ação, Mitologia E Muito Mais
Terceiro livro da saga Filhos do Éden, Paraíso Perdido, nesse livro vemos a conclusão da saga dos anjos Kaira, Urakin e Ismael em busca de impedir e derrubar Metraton, O Rei dos Homens Sobre a Terra. A história se desviou, propositalmente, do seu rumo principal por diversas vezes. Passando até mesmo por Asgard, para onde o anjo exilado, Denyel, havia padecido.
A história, de fato, superou minhas expectativas. Quando eu vi um resumo informando que teria nesse livro uma mistura de mitologias, eu pensei que iria ficar até algo confuso, mas foi longe disso. Até mesmo para mim, que não sou expert em mitologia grega ou nórdica - entendo somente o básico, nunca cheguei a me aprofundar - consegui assimilar tudo que foi passado pelo meu querido amigo Eduardo Spohr. Vi algumas pessoas colocando como ponto negativo isso do autor ter colocado muitas mitologias em uma só história e ter confundido os leitores, mas eu discordo disso. Concordo que para sentir a nostalgia de ver personagens como Sif, Siegfried, Thor precisaria de ao menos um simples conhecimento sobre Mitologia Nórdica, mas o autor deixou bem claro e informou bem aos leitores sobre a situação das quais se encontrava a história e os personagens de Asgard. Ah, e também a Mitologia Grega foi citada; Hermes aparecendo e tomando uma surra do Denyel foi ótimo para mim.
Como é de costume do Eduardo, a história não foi nos contada somente por intermédio dos personagens principais. Foi muito interessante o autor ter colocado também uma história do passado contando como Metraton havia sido preso; mais interessante ainda foi saber que quem o colocou no exílio e desbancou os seus companheiros foi Ablon, Ishtar e Orion, personagens já conhecidos para quem leu A Batalha do apocalipse. Quando começou a voltar no passado a não sei quantos zilhões de anos atrás, eu pensei: "Ah, não! Já vai perder o rumo da história principal". Mas não. A história teve muita ação de todos os lados da história, tanto da parte de Ablon, quanto da parte de kaira.
Algo que não costumo gostar que o autor fez nessa saga e fez também no seu livro best seller é dizer que um personagem estar morto e logo após colocar o personagem de volta na história. Isso não atrapalha a história de forma alguma e ele só usou disso duas vezes, pelo que me recordo; mas me incomodou um pouco. E também a batalha final onde de um lado se encontra as valquirias e do outro os mirmidões, eu esperava que tivesse um confronto mais duradouro. Foi muito bom, não tenho muito o que reclamar; mas eu esperava que o autor tivesse gasto mais páginas detalhando essa guerra.
O final foi ótimo, uma excelente conclusão para uma série magnífica. Eu fiquei apegado por todos os personagens, até mesmo senti empatia por Metraton, o vilão. Ismael e Levih, anjos dos quais vimos morrer anteriormente pelas mãos de Cerberus, mesmo mortos, ainda ajudaram Kaira por meio de palavras no seu confronto final, ótimos personagens. Inanna, que foi Introduzida enquanto a história estava no passado, sendo contada por Ablon e Ishtar; ela teve uma participação boa e acabou falecendo em combate. Yaga, personagem que subestimei e odiei nos livros antecedentes, me surpreendeu muito e se sacrificou para que a lança de Nod não parasse em mãos erradas. E Denyel, meu personagem favorito, o badass mais clichê de todos os tempos ala James bond, também morreu em combate. Numa cena épica onde ele sabia que se matasse Sophia, ele também morreria; e mesmo assim, ele o fez. Atirou com a beretta, sua antiga arma - da qual ceifou muitas vidas com ela - em Sophia; falecendo logo após.
O milagre da vida, realmente foi um milagre que acabou por salvar Kaira de Metraton no final: o seu filho, fruto do amor com Denyel. Metraton fora incapaz de matar uma gestante, afinal, era o que ele mais prezava, resguardar o seu Paraíso Perdido.
Eu amei esse livro e gosto muito do autor, realmente não consigo entender os hates que alguns têm com ele. Talvez seja devido a um outro autor ter o comparado a J.R.R. Tolkien, não sei. Mas eu amo demais seus livros e vou comprar os outros livros de Filhos do Éden também. Pois, pensava eu que esse fosse o último, mas como o próprio Eduardo falou no início do livro "O curioso é sempre assim. Sempre termina. E sempre recomeça".