Condicional

Condicional Paulo Sérgio Moraes




Resenhas - Condicional


13 encontrados | exibindo 1 a 13


lidi 01/09/2022

Desfecho surpreendente
Ler Condicional me fez refletir sobre como ainda é prematuro o meu conhecimento acerca das questões que envolvem e afligem a comunidade LGBTQIAP+. Porém, Condicional nos leva a mergulhar nos sentimentos mais profundos de Lucas, e a completa instabilidade da sua mente perturbada por um erro do passado. É como se estivéssemos ali, observando silenciosamente as suas atitudes inconsequentes. Confesso que fiquei extremamente aliviada com o desfecho, pois durante a maior parte do livro eu quis segurar Lucas pelos ombros e sacudi-lo dizendo: REAGE, P0RR*! PARA COM ESSA MERDA! Mas pensando friamente, quem nunca esteve tão emaranhado em um relacionamento abusivo, a ponto de não conseguir enxergar o mal que aquilo trazia para a vida?
Ao fim, cada personagem teve o desfecho que mereceu. Reconstruções, posicionamentos e justiça.
Encerro Condicional com vontade de uma continuação?
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Moy 24/01/2022

??Sou o que eu quero ser, e os outros que procurem meu melhor ângulo para fotografar. Com uma boa lente, o controle adequado de exposição de luz e uma distância focal adequada, cada um que me defina e assuma seu risco.?


Livro maravilhoso! Um caso de amor de ódio pelo personagem Lucas. Na verdade mais ódio que amor, se bem que em tempos passados eu fui um pouco Lucas ? mas hoje sou uma pessoa melhor ???.
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@leitoralbino 16/06/2019

O que nos marca I @leitoralbino
É numa noite, em 26 de junho de 1997 onde coisas importantes acontecem.

Coisas que mudam o rumo de várias vidas.

É a noite da formatura do Lucas e do Vitor e tudo o que eles querem é pegar seu diploma, ir embora dali e encher a cara num bar com a Thaís e com o Cássio, o noivo de 40 e poucos anos do Vitor.

De boa vida, gay e uma bomba relógio, Lucas só aceita se formar em administração para agradar o pai, mas o seu sonho é ser fotógrafo publicitário. Na noite da formatura tudo o que ele quer é fechar este ciclo e encher a cara com os seus amigos, mas aí vem o seu pai colocando uma pressãozinha para que fique mais alguns instantes e com um presente: a sonhada máquina fotográfica que ele tanto desejara.

Após despistar o seu pai e ir com aproveitar a noite, Lucas ainda não está ao todo satisfeito com a noite por conta da presença de Cássio, o namorado de Vitor, seu melhor amigo e por quem nutre sentimentos mal resolvidos. A fim de agitar as coisas, Lucas tira do bolso um saquinho contendo êxtase, que divide com Thaís e decide por uma bala completa na bebida de Cássio, para que ele deixe de ser “sem graça”.

Cássio não se sente bem e resolve ir embora, Vitor está de acordo e todos entram no carro e seguem seu rumo, com Cássio ao volante. Durante o caminho, o veículo para num sinal vermelho da AV. Paulista e um motoqueiro se aproxima da janela do carro com uma arma anunciando um assalto. Com o emocional alterado pela droga, Cássio reage ao assalto furando o sinal vermelho e aumentando a velocidade do carro até que este capota e todos acordam no hospital com a notícia de que o namorado do amigo está morto. Lucas tira toda a culpa de cima dos ombros e um tempo depois decide ir atrás do assaltante em busca da câmera que se perdeu no acidente.



Retornando ao local do crime ele encontra Jota, o tal motoqueiro que promete lhe entregar o aparelho e por quem ele acaba se apaixonando, engatando um romance que dentre todas as condições para sua existência, Lucas mantêm em segredo dos amigos e para si mesmo os seus sentimentos.



[…]



Recentemente criei o hábito de ler alguns livros sem ler a sinopse, é algo como reservar a história toda como uma surpresa e ir descobrindo as coisas junto com as personagens. Com “Condicional” eu fiz isso. Eu conheço o Paulo já tem bastante tempo e sempre quis ler o seu livro por trazer personagens LGBT, mas nunca tinha parado para de fato conhecer a história desse trabalho em específico. Hoje posso dizer que todo esse tempo que passei esperando foi muito bem vindo. Foi necessário.



“Condicional” me acompanhou nas diversas idas para algum lugar e vindas casa em alguns dia. Foi o famoso livro do ônibus. Inclusive foi numa volta pra casa que terminei de lê-lo e assim que cheguei em casa mandei uma mensagem ao autor, agradecendo-o por isso e criticando o Lucas por ele ser a anti herói que você tende a odiar muito e a se identificar muito também.



Acontece que todos os personagens são reais demais, a maior parte das cenas narradas são reais demais também e a escrita do Moraes foi hora como uma conversa e outra como a leitura dos pensamentos das personagens. Quando algo fictício é real demais às vezes a gente se assusta e tudo bem se assustar, pois é mais uma prova do poder que a ficção pode exercer sobre a gente.



Eu espero que vocês deem uma chance a essa história e tudo o que ela representa. Ela é importante por muitas coisas, que vão desde toda a representatividade que ele carrega – não apenas pelas personagens LGBT – , mas também por ser a materialização de um sonho e por tudo que ela pode, e vai, te fazer sentir.

site: http://www.tamolendo.com/condicional-paulo-sergio-moraes/?fbclid=IwAR3sLlmc0agrpSn2APqAGvn3VdFPUOoL4wPhk5iXw1J38x_iqePZ_X5pOeM
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ElvisHenri 07/02/2018

Romance intenso
Nessa história conhecemos Lucas, um protagonista infantil e fútil, que após uma série de acontecimentos se vê envolvido com o marginal Jota. Lucas é um cara sedutor e que sabe como ter qualquer um em suas mãos, mas ao conhecer Jota sua vida muda totalmente. Jota por sua vez é um ladrãozinho barato que comete pequenos delitos, e após esse acidente se vê envolvido com o playboy como eles nem imaginavam. Seus caminhos vão se entrelaçando, mas vão ter muitas pedras no seus caminhos.
Gosto dos personagens secundários, Thais é bem alto astral, Vitor é a Lupita dessa história. Acho que eles aparecem menos do que deveria. Tem o Cássio e seu filho Dudu ( esse eu detesto ). E o paizão do Lucas que é incrivel.
A história me prendeu do inicio ao fim e apesar de tudo eu torci pelo casal.
O final é surpreendente e tem uma reviravolta inesperada.
Fiquei com vontade de ler mais sobre esses personagens, saber o que acontece com eles após o fim. Gostei.
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Aninha de Tróia 29/12/2017

Maravilhoso! Fiquei anos com Condicional no kindle, mas se soubesse que seria tão bom, não tinha enrolado tanto, rs. O livro é curto e rápido de ler, mesmo com as divagações do Lucas. Lucas e Jota são personagens incríveis, que eu amei e odiei ao mesmo tempo. O final não foi o que eu esperava, mas foi o "certo" para os personagens. Amei completamente..
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Lorena Miyuki 07/06/2017

De tirar o fôlego
Como conta a sinopse, a história gira em torno da vida de Lucas e das pessoas que (infelizmente) fazem parte dela. Somos apresentados aos seus amigos no ato de sua graduação da faculdade de psicologia: Vítor é o mocinho bom caráter e Thais, apesar de espevitada, parece ser o ponto de equilíbrio do grupo. Vítor é quase casado com um cara mais velho, de nome Cassio, que inclusive tem um filho (Dudu) e que mais tarde entra na vida do protagonista para ficar. Em meio a bebedeira e consumo de drogas na comemoração da formatura, Lucas e Thais fazem uma besteira que se desencadeia numa tragédia que afeta a vida de todos de maneira intensa e irreversível.
Lucas é um personagem odioso na maioria das vezes - mas ao mesmo tempo isso é muito legal de se perceber, porque a escrita do Paulo transparece toda a personalidade do jovem de maneira muito clara e fiel.
[...]
Aliás, todos os personagens são muito bem delineados. [...]

O livro conta a vida desse pessoal todo por 10 anos corridos - entre 1997 e 2007. Existem várias menções a acontecimentos históricos da época (como a queda das Torres Gêmeas) e é bem assentado no período histórico em termos de uso de tecnologia e etc. São 10 anos bastante carregados de conflitos e reviravoltas a cada parágrafo! Sério, nunca li uma história com TANTOS detalhes e tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo! Quando você acha que a situação tá se ajeitando, respirando tranquilo... BOOM, no parágrafo seguinte explode uma bomba. E é assim o tempo todo. Por um lado é muito bom: você nunca sabe o que esperar, é um thriller de suspense e emoções e... E, por outro, você fica sem fôlego de acompanhar tanta desgraça. Eu demorei muito pra terminar a leitura, por vários motivos sim, mas um deles foi que eu precisava ter um momento de descanso.
[...]
De qualquer forma, é uma trama muito bem atada, com muitos detalhes, mas cada um ocupando seu devido espaço na história e sendo usado na hora certa. É um texto um pouco pesado, eu acho, e acredito que nem todo mundo vá gostar porque traz muitos elementos que eu mesma não gosto, como álcool, drogas, muito sexo e violência em demasia.

[Resenha completa no link]

site: http://www.marcadocomletras.com/2017/06/review-duplo-condicional-remoto-e.html
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Fabio Shiva 15/12/2015

Ótimo thriller que prende a atenção do leitor do início ao fim!

É muito interessante perceber como a literatura tem um poder de catarse, de curar feridas, iluminar sombras e resgatar destroços dos cantos mais recônditos de nossa psique. Da mesma forma como me utilizei (e muito) desse recurso em meu livro “O Sincronicídio”, tive a impressão de vê-lo em ação também no livro do amigo Paulo Sérgio Moraes. O que só me faz louvar mais e mais esse penoso e maravilhoso ofício de escritor, que reinventa o mundo por meio de palavras!

Outro poder mágico da literatura é nos transportar para situações e lugares diferentes. “Condicional” possui uma trama policial que gira em torno de um amor bandido entre dois homens. O autor é muito feliz ao retratar esse universo de forma objetiva e “realista”, sem idealizar os personagens e apresentando-os como seres tridimensionais, portadores de luzes e sombras, qualidades e defeitos. Isso contribui muito para tornar a leitura ágil e interessante, com um desfecho surpreendente...

Recomendado!

https://www.facebook.com/groups/livrocondicional/


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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Barão 02/10/2015

Resenha Condicional (@meninoliterario)
Bom, estou aqui para falar um pouco sobre Condicional, primeiro livro do nosso querido parceiro Paulo Sérgio Moraes, que, para resumir um pouco para vocês, me deixou simplesmente sem fôlego, desde os primeiros capítulos (esse é um livro surpreendente!).
Cidade de São Paulo, no ano de 1997, após sair da sua formatura, Lucas, um rapaz que possui uma personalidade um tanto... Odiosa (vamos falar assim), com características um tanto narcisistas, ego enorme e um verdadeiro antirromântico, combina com Vitor e Cássio, que são um casal, e Thais, para festejarem a tão esperada formatura em uma boate. É ai que acontecimentos drásticos nessa noite irão mudar toda a vida dele e dos seus amigos.
Por ter estudado e ter se envolvido com Vitor, Lucas possui muita raiva por o amigo estar vivendo um relacionamento que sempre sonhou. Cássio, o namorado de Vitor, um cara mais velho, também se sente assim em ralação a amizade de Vitor com Lucas, o que torna o clima nessa noite um tanto que pesado. Após saírem da boate, os quatro amigos decidem ir para casa, já um pouco alterados, o casal na frente, Cássio no volante, Vitor no banco do carona, Lucas e Thais no banco de trás. Após pararem em um semáforo, surge um cara de moto e anuncia um assalto, Cássio querendo proteger o namorado arranca com o carro e em uma curva fechada, acaba capotando.
Um acidente, uma vítima, o despertar de um relacionamento inesperado e um final surpreendente!
Após acordar no hospital e já se preocupar se algo teria acontecido com o seu belo rosto, Lucas recebe a visita inesperada do assaltante, que aos prantos fala que não pretendia fazer mal algum e que foi ele quem chamou o resgate. Lucas fica sabendo também que Cássio veio a óbito e que os seus outros dois amigos estão respirando, já que bem é um estado que Vitor irá demorar a ficar. E se vocês estão se perguntando se as emoções desse livro param por aqui, estão enganados, pois muitas revelações bombásticas acontecem ainda...
O mais surpreendente de tudo é descobrir que o nosso “amado” personagem principal começa a ter sentimentos mais fortes pelo jovem Jota, o assaltante, que não "pretendia" fazer mal a ele e seus amigos. Com seu jeitão de homem do crime, Jota começa a derreter o coração duro de Lucas, que vai se apaixonando pelo cara, e sim, é aqui que toda a loucura do livro começa. Até onde o amor deixa de ser um sentimento e se torna uma condenação, capaz de transformar uma pessoa?
Não irei me aprofundar ainda mais por medo de dá um spoiler, e eu quero que vocês possam um dia ler e comprovar o quanto esse livro é surpreendente, sério mesmo! Bom, falando um pouco sobre a ideia do autor de mesclar um tema considerado tabu, a homossexualidade, com outros temas: crime, drogas, questão do preconceito familiar, prostituição masculina, o amor bandido (risos), foi uma coisa que eu achei incrível, porque comparado a outros títulos que tratam desse gênero, Condicional aborda mais essas questões do que só a temática do preconceito em si, o que para mim foi ótimo porque já comecei a leitura com receio de ser aquela velha questão do personagem ir lutar contra preconceitos.
A escrita do nosso parceiro Paulo Sérgio Moraes é outro quesito que temos que abordar aqui, ela é bem fluida e muito bem elaborada, com umas partes muito explícitas e até excitantes, então para aqueles menores de dezoito, não aconselho a leitura deste livro. Porém, para os +18 e que não têm problemas com esse tipo de texto, eu aconselho bastante, até porque você pode abrir mais os seus horizontes sobre esse tema.
Bom só para finalizar, eu tenho que agradecer pelo voto de confiança da parceria e falar que o FINAL DESSE LIVRO, meus queridos leitores, não é normal de SURPREENDENTE, tipo, eu tenho mania de tentar adivinhar o final dos livros que eu leio, porém, esse foi um "tapa na minha cara", porque eu não esperava esse final. Só uma coisa a dizer: LEIAM, porque é perfeito, eu favorizei o livro no skoob e queria poder dar mais de 5 estrelas!

site: http://meninoliterario40.blogspot.com.br/2015/10/resenha-condicional.html
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Horroshow 21/06/2015

Até onde você iria por uma promessa de amor?
Resenha por Arthur Lins

"Eu tenho uma história legal sobre esse livro: A forma como ganhei ele. Eu estava participando de um debate num grupo de leitura no Facebook, quando acabei chamando a atenção do Paulo Sérgio, autor do livro. De repente, o Paulo resolveu presentear uma amiga e eu com o seu livro “Condicional”. Foi uma situação inusitada e prazerosa, afinal não é toda dia que se ganha um presente de um desconhecido, ainda mais sendo um livro. Um bom livro, por sinal.

É 1997, em São Paulo, e é na comemoração de sua formatura em administração que começa a história de Lucas. Um rapaz inteligente, bonito e com uma personalidade digamos... um pouco ácida. Porém, seguir na carreira não é bem o plano do jovem, que quer ser um fotógrafo de sucesso. Mas o dia ainda não tinha nem começado e logo sua vida tem uma reviravolta que deixará sequelas por toda sua existência."

(... Leia mais no link abaixo)

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2014/06/condicional-paulo-sergio-moraes.html
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Arthur 17/03/2015

Condicional
Eu tenho uma história legal sobre esse livro: A forma como ganhei ele. Eu estava participando de um debate num grupo de leitura no Facebook, quando acabei chamando a atenção do Paulo Sérgio, autor do livro. De repente, o Paulo resolveu presentear uma amiga e eu com o seu livro “Condicional”. Foi uma situação inusitada e prazerosa, afinal não é toda dia que se ganha um presente de um desconhecido, ainda mais sendo um livro. Um bom livro, por sinal.

É 1997, em São Paulo, e é na comemoração de sua formatura em administração que começa a história de Lucas. Um rapaz inteligente, bonito e com uma personalidade digamos... um pouco ácida. Porém, seguir na carreira não é bem o plano do jovem, que quer ser um fotógrafo de sucesso. Mas o dia ainda não tinha nem começado e logo sua vida tem uma reviravolta que deixará sequelas por toda sua existência.

"Eu até curtia culpar o acaso, mas precisei ceder e entender que nada tem a ver com predestinação. Existe escolha. Existe reflexo da escolha. Ah, e também existe o tempo que liga uma coisa a outra."

A dedicatória que veio com o livro dizia: “Arthur, que o amor seja incondicional e nunca uma condenação!”. Pois é, dizem que o amor é cego, não é? E é justamente nesse ditado que Lucas se perde. Ele apaixona-se por um criminoso, porém essa paixão além de corroê-lo, também prejudica seus relacionamentos, sobretudo com seus amigos mais próximos. Para leitores que gostam de bons tramas psicológicos, poderiam deduzir que a paixão do Lucas foi uma síndrome psicológica, como aquela em que as vítimas se apaixonam por seus sequestradores. Ou que a paixão que se desenvolveu foi uma atração física tão forte que poderia perdurar por anos a fio, confundindo-se com amor. Amor, sentimento este que duvido muito que tenha acontecido. Mas essas especulações acerca do livro são um reflexo nada mais de uma construção psicológica bem consistente. Detalhe este o mais proeminente do livro. A personalidade do Lucas é forte, cheia de conceitos sobre si e sobre o mundo, o seu egocentrismo exacerbado parece ser uma reação de defesa à motivos, talvez, superficiais, o seu distanciamento consciente de seus amigos o faz cometer ações que prejudicam a todos. Ele construiu um mundo próprio dentro de si, onde seus desejos predominam, mesmo que seja tarde da noite e corra risco de vida. Suspeito que tal aprofundamento psicológico teve um espelho real, pois Lucas parece real, vivo.

"Olhando para o Lucas que gosto de ser, apresento-me no papel daquela que gosta de seduzir e curtir com um cara que não encha o saco depois. Estou tão certo que não há nada melhor que isso, que me posiciono e jogo limpo."

Muito blábláblá em relação à Lucas, se ele existisse estaria adorando esse falatório. “Bem ou mal, mas falem de mim.” Não poderia deixar de mencionar outros 2 personagens que aparecem pouco, mas são marcantes. E também com personalidades consistentes, vozes próprias. É quase possível ouvir, em cada diálogo, e notar a diferença nas vozes quando cada um entra em cena. Vitor é o melhor amigo do Lucas e parece ser a personalidade antagonista. Como o Yin-Yang. Vitor é o moço bom, aquele para casar e até que ele tentou. E o Lucas, bom... eu não iria gostar muito de tê-lo como amigo. Também temos a efusiva Thaís, que parece ter saído dos meus sonhos. Garota animada e parece ser bem determinada, mas sua personalidade careceu de mais ações, acho mesmo que ela deveria ter aparecido mais. Mas sabe como é, quem manda é o autor.

Lendo agora a resenha, parece que não deixei bem claro o tema do livro. E para mim, o tema do livro parece ser: Até onde você iria por uma promessa de amor? E eu também não disse por quem Lucas se apaixona, mas acreditem, esse cara é muito problemático. Jota é seu nome e parece ser extremamente improvável que um rapaz como Lucas se apaixonasse por um cara como ele. Mas, repito (e quem já sentiu sabe), o amor é cego mesmo. Deixo que você descobra por si só quem é o Jota.

"Em tão poucos meses seria possível desenvolver um sentimento eterno por outra pessoa? Sempre me perguntava isso, a resposta era sempre a mesma: não."

A leitura do livro vale muito a pena. E ele representa muito mais do que uma história de amor conturbada, mas é um belíssimo e moderno exemplar de uma literatura florescente. A literatura GLS parece se fortificar a cada dia, e talvez seja porque existem pessoas que querem contar histórias, mas, mais importante ainda, existem pessoas que querem ler e se identificam com essas histórias. O mundo GLS não deve ser segregado, mas viver em conjunto como uma faceta multicultural que possui suas próprias nuances. Esse mundo possui sentidos pouco explorados e a literatura é um meio extraordinário para que mais pessoas conheçam e desmistifiquem os conceitos pré-estabelecidos de suas mentes. Pois se o amor é cego, ele também não conhece limites.

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2014/06/condicional-paulo-sergio-moraes.html
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Ben Oliveira 05/03/2015

Condicional, romance escrito por Paulo Sérgio Moraes e publicado no Brasil em 2013, de forma independente, é um desses livros com uma narrativa tão gostosa e envolvente que fica difícil defini-lo em gêneros. A obra com temática LGBT está repleta de drama e ação, só não tem muito romance – para quem é fã de livros gays com personagens melosos e amores fantasiosos. Quem sabe num futuro livro sobre o personagem Vitor?

A narrativa se inicia em São Paulo, no ano de 1997, no qual o leitor é apresentado ao protagonista e narrador Lucas, um anti-herói. Narrada em primeira pessoa, sob o ponto de vista e emoções de Lucas, Condicional impressiona justamente pelo personagem fugir do clichê de mocinho gay, sempre disposto a ajudar a todos e a encontrar o amor perfeito. Cada trecho do livro mistura o protagonista contando sua própria história, aos diálogos oblíquos e instigantes, seus pensamentos distorcidos, sentimentos ácidos e o egocentrismo, de alguém que é capaz de estragar a vida de todos ao seu redor, desde que esteja feliz.

No ano em que a história começa, Lucas está se formando em Administração. Depois da festa, na qual o personagem não parece dar a mínima para aquela bobagem e tudo o que tem em mente é a própria diversão, Lucas se encontra com seus amigos Thais e Vitor (acompanhado do namorado Cássio). O pontapé de Condicional é este, amigos bebendo, tomando ecstasy e se divertindo.

Ao desenrolar da narrativa, Lucas revela cada vez mais sua podridão de caráter, o que o torna um ótimo protagonista para se acompanhar, graças à impulsividade e às atitudes autodestrutivas. O problema se dá quando Lucas se comporta como uma bomba-relógio, prestes a explodir a qualquer minuto e levando para o ar todos os seus relacionamentos.

Com o risco de revelar informações demais com este texto e tornar a leitura maçante (se é que é possível), pretendo não contar os segredos e o desenvolvimento da trama, mas uma coisa eu posso garantir, a história realmente é imprevisível, emocionante e surpreendente, como sugere o seu texto da contracapa. Quando se trata de um personagem egoísta e cético, tudo pode acontecer.

Condicional traz sim momentos românticos, pelo menos não no sentido tradicional, mas da maneira que Lucas se interessa. Da mesma forma que a noite de formatura do personagem principal não acabou do jeito que ele esperava, outro personagem também não teve a noite dos seus sonhos, Jota. Morador da periferia, em busca de ganhar dinheiro fácil, o rapaz cruza o caminho de Lucas, mudando suas vidas e as dos amigos para sempre.

“Condicional retrata uma turbulenta relação que surgiu à sombra de desejo, descobertas, medo e crime. Momento em que o amor deixou de ser um sentimento e virou uma condenação”, com esse trecho da sinopse do livro, o autor define exatamente a essência da narrativa.

Fica difícil ao leitor simpatizar com o protagonista, pois o público está acostumado a se identificar com heróis. Durante a leitura de Condicional cria-se uma relação de desejar acompanhar a vida, os conflitos dramáticos e as besteiras do protagonista, da primeira até a última página do livro, ao mesmo tempo em que não é possível derrubar uma lágrima por ele, tamanha a sua cara-de-pau, frieza e estranhamento. Ao mesmo tempo em que o narrador descreve sua história de amor e ódio, mal ele se dá conta – ou talvez não se importe com o que os outros pensam – que ele foi condenado pelas suas atitudes e que os leitores gostam de suas aventuras por curiosidade e esperança de que Lucas possa melhorar, não de que ele possa comover nem mesmo a própria consciência.

Se Lucas não é digno de pena e Jota com suas escolhas erradas também não toca ao leitor com o seu mundo de drogas e criminalidade, os amigos – favoritos efeitos colaterais das falhas de caráter do protagonista – sabem de que tudo há limites. Thais mesmo sendo divertida e independente tem uma personalidade parecida com a de Lucas, mas não chega a ser tão destrutiva quanto ele. Já Vitor é o típico personagem retratado em narrativas com temática gay, mas geralmente no papel de protagonista – o romântico utópico e bonzinho que mesmo quando faz algo errado, é perdoado pela sua inocência e docilidade.

É engraçado como os ideais distorcidos de Lucas e o seu envolvimento com Jota não surpreendem tanto quanto poderia, quando na vida é fácil encontrar pessoas que fazem de tudo para suprirem suas carências emotivas e preencherem seus vazios com mais vazios, tudo em nome de um amor. Amor que nem sempre é amoroso e saudável, mas marcado pela paixão burra, cega, surda e muda. Quando a atração sexual e instintos ganham vida própria e a cabeça se torna um mero ornamento. Até que a pessoa se toque que, na verdade, vive uma ilusão, arquitetada pelas suas próprias expectativas, desejos e fantasias, ela está condenada à infelicidade e nem mesmo sabe disso. E como muitos condenados, a pessoa corre o risco de repetir os mesmos erros de novo e de novo, até perceber que não foi vítima, mas o único culpado por estragar com a própria vida, em troca de sentimentos baratos.

Condicional é o primeiro romance do escritor Paulo Sérgio Moraes. Uma estreia marcada por acertos! É possível perceber como sua experiência com teatro e cinema o ajudaram a tornar a narrativa mais interessante, notando o cuidado com a escrita e com a experiência de quem está lendo, como se nenhuma palavra estivesse fora do lugar e não houvesse nada em excesso e nem em falta, dosada na medida certa. Paulo Sérgio Moraes prova que independente da obra e personagens serem gays, nada impede que a literatura seja de qualidade e possa impressionar qualquer pessoa, independente de sua orientação sexual, visto que diante de questões universais e pontos que deixam a história irresistível, um homem gostar de outro homem torna-se mero detalhe. Tão encantador quanto o adorado e aclamado O Terceiro Travesseiro, do escritor Nelson Luiz de Carvalho, a narrativa repleta de conflitos dramáticos e cenas de ação tem muito potencial para ser adaptada ao cinema e teatro.

site: http://www.benoliveira.com/2014/02/resenha-condicional-paulo-sergio-moraes.html
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Paulo Sérgio 23/11/2014

Blog Segredo Entre Amigas - Wellyson Gomes
Em Condicional somos apresentados a LUCAS, um rapaz bonito, jovem, vaidoso, inteligente, aspirante a fotógrafo e um tanto quanto arrogante e egocêntrico. Talvez egocêntrico não seja o adjetivo mais apropriado, tendo em vista que a relação dele consigo mesmo já superou as barreiras do egocentrismo há muito tempo. No dia de sua formatura, tudo o que Lucas mais queria era sair daquele lugar e encher a cara com seus amigos VICTOR, THAÍS e o nem tão amigável CÁSSIO, namorado do Victor.

Em um ato de irresponsabilidade, mas quem sou eu para julgar, Lucas acaba fazendo algo que poderia passar despercebido se não fosse uma ação criminosa sucedida por uma tragédia que acaba mudando completamente o destino da história.

Ao voltar a cena da tragédia para buscar sua câmera, Lucas "conhece" JOTA, um jovem delinquente que dará rumo a toda a trama.



Antes mesmo de começar a dar minha opinião sobre o primeiro romance do autor, eu já sei que não conseguirei ser muito técnico e nem saberei por onde começar, o que não deixa de ser um bom sinal, afinal, só fico assim após a leitura de um livro extremamente incrível.

Como já deve ter ficado bem claro ao ler a sinopse e o pequeno resumo no início do post, Condicional trata sobre um romance gay e conturbado entre Lucas e Jota. E é aí que você me pergunta: Ai, Wellyson, outro romance gay? NÃO!, Condicional não é apenas mais um romance gay. O livro se destaca exatamente por fugir completamente do clichê do rapaz gay em busca de sua alma gêmea.

Os personagens são muito bem construídos e possuem características completamente distintas. Dentre eles temos o protagonista LUCAS, que já descrevi para vocês antes. VICTOR, melhor amigo de Lucas e o cabeça do grupo. THAÍS, uma garota tão complexa que não consegui formar uma opinião sobre ela. JOTA, um marginal 'enrustido' e bem problemático. E CÁSSIO, um coroa ranzinza que só fez uma coisa boa durante todo o livro.

A variedade de personagens é tão grande que se torna impossível não se identificar com pelo menos um deles. E por mais difícil que seja admitir isso, eu consegui me ver em muitos traços e atitudes do Lucas, o que não é algo que eu possa me orgulhar. Porém essa ligação com o personagem me fez abrir os olhos para muita coisa e mudou minha perspectiva sobre mim mesmo.

A escrita de Paulo Sérgio Moraes é algo extremamente fácil de se adaptar. A leitura é estranhamente leve se você levar em consideração a linguagem pesada usada pelo autor. Ele consegue te prender de uma maneira capaz de te desligar do mundo, te fazer perder a estação e chegar atrasado no trabalho (não que isso tenha acontecido comigo). Durante a leitura podemos encontrar alguns trechos com uma linguagem extremamente sexual. Porém, esses momentos foram tão bem dosados, que mesmo te fazendo imaginar a cena com todos os detalhes, não se torna algo vulgar e nem consegue tirar sua atenção do foco principal do livro
Essa fascinação por um bandido é perigosa, mas será que pode ser possível? A paixão e o amor podem mudar uma pessoa?
Condicional consegue ser completamente imprevisível, até mesmo para aqueles curiosos que insistem em dar aquela espiada na última página antes de começar a leitura (não que eu tenha feito isso). O livro é carregado de uma história de amor brutal, impulsivo e autodestrutivo, capaz de destruir tudo o que ousar cruzar o seu caminho.

Com um final surpreendente e de tirar o fôlego, a obra entrou para a lista das minhas melhores leituras de 2014 e está, até agora, se mantendo no topo.
[...]Fiquei um tempo observando meu amigo com o namorado dele, Em tão poucos meses seria possível desenvolver um sentimento eterno por outra pessoa? Sempre que me perguntava isso, a resposta era sempre a mesma: NÃO.[...]
Em questão física o livro não surpreende muito. Embora a capa consiga te chamar para a leitura, o interior do livro não conta com nada de especial. Páginas brancas, diagramação e espaçamento simples e uma fonte consideravelmente grande. Não que isso vá tirar algum mérito da obra, mas ninguém pode negar que umas páginas amareladas e uma diagramação diferente sempre dão um 'Q' a mais ao livro.

Se você conseguiu chegar até aqui, com certeza já deve imaginar que eu com certeza dei 5 estrelas (até porque está lá no começo) e indico o livro. Porém, para quem eu indico o livro? Esse livro está longe de ser um YA que muitos estão acostumados e é carregado de uma linguagem 'pesada', então eu o indicaria para aquele leitor mais maduro e cabeça aberta e que tenha vontade de embarcar em uma aventura perigosa, romântica, sensual e talvez com uma pitada suicida.

site: http://www.segredosentreamigas.com.br/2014/09/ta-na-estante-premiada-condicional-294.html#.VHI7WIvF81a
Wellyson 24/09/2015minha estante
Olha, que resenha maravilhosa. haha.




Vini Birkheuer 14/08/2014

Resenha Voyaager
Antes de ganhar do autor um exemplar, eu já havia pesquisado sobre o livro, e virado fã de primeira viagem. Confesso que o slogan que mencionava Amor Bandido me passava a imagem de tiroteio com parcerias no amor e na morte, mas, o livro me surpreendeu por um lado mais humano e eficaz.

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A Historinha ...

Era uma vez...Um guri chamado Lucas (no começo até gostei dele), que era amigo de Vítor (meu personagem favorito) e Thais (uma tontinha camarada). Lucas e Vitor são gays. GAYS. Dane-se seu conceito de não querer ler depois de saber a sexualidade dos mesmos, porque a história é mesmo boa. Lucas é preso em algo leviano, de não querer se pertencer a alguém afetivamente, e não apoia o relacionamento de Vítor (com quem já teve uns pegas na faculdade) com um quarentão que ele detesta- Cássio. Ai, no ápice da história Lucas e Thais aprontam, e acontece algo inesperado. Lucas conhece um bandido J, e começa a fazer o inimaginável por ele, sem prestar atenção em quem está perdendo de seu circulo fraterno. Pá, não conto mais nada.

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A Crítica
História boa. Livro pequeno. Queria que ele tivesse 300,400 páginas, para mim explorar mais esse mundo condicional. Tudo acontece muito rápido, e isso é bom para quem tem pressa de saber o que irá acontecer, ele não faz rodeios. O autor não nos traz expectativas, porque a história é repleta de acasos do destino, capazes de tudo com os personagens. Excesso de palavrões, muitas vezes imprecisos, portanto, se você for um maníaco religioso com Sandra, trate de me entregar seu exemplar. Marta, mãe do anti-herói ou vilão Jota, podia dar certo, um drama na dose certa deixaria-a tinindo. Quanto ao final, eu semi-aprovo. Uma porque foi excepcional o destino de dois dos personagens. Dois porque deixou alguns peixes fugirem.

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Personagens
Lucas, é mimado e nojento. Mas fez com que apoiássemos na dissipação de seu amor incondicional.
Vitor, é o cabeça da turma, quando perdeu ***********, fez de tudo para recompensar este ******* no além.
Thais, deve ser uma periguete da fraternidade Kappa. Louca, louquinha. Gente boa.
Seu João, o que mais sofre com as rebeliões do filho rebelde, mas o apoia quando este se assume gay.
Jota, de longe, meu personagem favorito. Burrinho, e enrustido. Abre o zíper toda hora. Ele é estranho, devia consultar-se no Vitor.
Dudu, no começo eu juro, que imaginei ele como um garotinho baixinho rechonchudo, e não prestei atenção que ele tinha 16/17 anos.
Wagner é um badboy apaixonado por ***********.
Martins é um fotógrafo executivo. Torci que ele ficasse com *****************. Acertei, cabeçudos.

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