As crônicas marcianas

As crônicas marcianas Ray Bradbury




Resenhas - As crônicas marcianas


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Geovana 18/05/2023minha estante
Legal sua resenha, Sidney ?
Eu já tinha ouvido falar desse livro, mas não cheguei a ler. É interessante.


Brujo 18/05/2023minha estante
Bem interessante, Geo!


Núbia Cortinhas 18/05/2023minha estante
Parabéns pela resenha! Super esclarecedora. ??????


Brujo 19/05/2023minha estante
Obrigado, Núbia! ?


Fred 27/05/2023minha estante
Me convenceu. Vou atrás desse carinha ??


Brujo 27/05/2023minha estante
Vale a pena, Fred!!


Ju Ragni 30/05/2023minha estante
Que resenha boa! Eu já conhecia o livro, mas não tinha me animado a ler. Agora já vou colocar na minha lista.


Brujo 30/05/2023minha estante
Obrigado, Jussara!!!!

O livro é realmente muito bom !!


bardo 12/10/2023minha estante
Aquele conto sobre a casa acabou comigo...




Franklin Moreno 28/12/2021

As Crônicas Marcianas
Bom, esse livro foi escrito nos anos 50. Vários dos pensamentos do autor estão fortemente ligados à questões e preocupações daquela época. É um livro que no começo eu não sabia o que esperar e no final eu não sei direito o que comentar, são crônicas da vida do ser humano em marte e várias refleções sobre a solidão, a questão ambiental e etc. É um bom livro.
Luiz.Neto 28/12/2021minha estante
Por coincidência, acabei de ver esse livro num site. Acho que é uma indicação literária do universo kkkkk


Franklin Moreno 28/12/2021minha estante
Pois então, o livro é bom sim, mas eu comecei a ler e terminei sem saber do que se trata. Fala do universo, da morte, do que importa pro ser humano, da destruição da terra, da natureza humana, fala sobre n coisas... eu só queria ter entrado mais na história.




Alex Felix 15/01/2010

Que viagem!
Desde que ingressei no mundo das vigens no tempo, interplanetárias e psicoldélicas (entenda-se, aqui, em leituras, apenas)com o Guia do Mochileiro das Galáxias, não lia um livro que me impressionasse tanto quanto "As crônicas marcianas".
A leitura é leve e o livro não fala nada além do óbvio: o homem é um animal capaz de destruir qualquer coisa ou planeta por onde passe.
Em cada crônica há referências à literatura terráquea (Edgar Allan Poe, por exemplo) e a toda uma história recheada de guerras, racismo e devastações que nos faz refletir sobre o porquê dessa nossa mania de querer conquistar o que não temos antes mesmo de aprender a cuidar do que já possuímos.
Este livro me fez rir e pensar. Ou repensar. Ou ratificar tudo o que eu já pensava, pois já desconfiava em minhas vigens interplanetárias reais o que Ray Bradbury confirmou em sua viagem literária fictícia.
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Well 10/04/2021

O Grande mar vermelho!
Numa performance artístico-poética, em As crônicas marcianas, Ray Bradbury passeia em uma história que mistura beleza, filosofia e sentimento. Esta obra é uma coletâneas de contos interligados.
O livro parte da premissa que Marte pode ser um planeta habitado pelos humanos, os quais lá chegando, encontram a já decadente civilização marciana; decadente no sentido de em extinção; com suas grandes cidades abandonadas e os mares mortos, para completar o cenário.
De forma melancólica, Bradbury desliza pelas linhas travessas da história abordando assuntos como: a arrogância do homem; a inconsequência; a imposição de valores culturais; invasão de território; entre outros.
O autor tem uma forma especial de analisar todas as bases da nossa civilização através de seu senso crítico e bem-humorado, como nos trechos a seguir:
Para finalizar, o livro é um banquete para quem ama ficção científica, filosofia e poesia; não necessariamente todas elas, pois cada um pode se servir do pedaço do bolo que deseja. É uma leitura rápida e fluida. Vale a pena.
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Devoradora de Livros 06/04/2024

??
Pqp eu não aguentava mais ler esse livro. No início achei q seria bom, afinal foi sugestão do professor de português? mas eu não aguentava mais ler essa bomba

e foi por causa DESSE FUCKING LIVRO, q eu perdi o recorde de 82 dias seguidos marcando leitura ?

ou seja, não leia esse livro, só cai te dar dores de cabeça ?
niel 06/04/2024minha estante
eu tava assim lendo no meio fio


wiridia.ju 06/04/2024minha estante
Kkkkkkkkkkkkk, mds.




Francisco 26/06/2021

Os efeitos e causas da colonização em Marte
Publicado em 1950, esse livro consiste em uma reunião de crônicas de Ray Bradbury que se completam acerca da conquista de Marte e se passam entre 1999 e 2026, possuem referências cruzadas entre si e são ordenados de forma cronológica e publicados anteriormente em revistas diversas em anos diferentes. Dentre tais crônicas temos:

JANEIRO DE 1999: VERÃO DO FOGUETE (Rocket Summer)
Vinheta para o desenvolvimento das crônicas seguintes em que se anuncia o Verão do Foguete em Ohio, no qual um foguete tripulado é lançado rumo a Marte.

FEVEREIRO DE 1999: YLLA (Ylla)
Ylla K e Yll K formam um casal de marcianos que levam seu cotidiano como os demais casais de Marte. No entanto, Ylla passa a ter sonhos com um homem humano que chega a Marte, lhe conquista e lhe traz para a Terra. Logo, isso passa a atrapalhar sua vida conjugal.

AGOSTO DE 1999: A NOITE DE VERÃO (The Summer Night)
A população marciana passa a declamar versos de poemas e músicas em inglês com a aproximação dos seres humanos do planeta Marte.

AGOSTO DE 1999: OS HOMENS DA TERRA (The Earth Men)
A Segunda Expedição de humanos chega a Marte, são mal recebidos por todos os marcianos, mas são bem recebidos e mal interpretados em um hospício.

MARÇO DE 2000: O CONTRIBUINTE (The Taxpayer)
Com receio de uma Guerra Nuclear na Terra, um homem chamado Pritchard exige ir na próxima expedição à Marte.

ABRIL DE 2000: A TERCEIRA EXPEDIÇÃO (The Third Expedition)
Uma expedição de dezesseis pessoas chega à Marte e os marcianos utilizam um ardiloso plano para assassinar os tripulantes terrestres.

JUNHO DE 2001: ...E A LUA CONTINUA BRILHANDO (-And the Moon Be Still as Bright)
Todos os marcianos morreram de catapora e os membros da quarta expedição chegam a Marte. O arqueólogo Spender inicia uma exploração das ruínas marcianas.

AGOSTO DE 2001: OS COLONIZADORES (The Settlers)
Discussão sobre as razões e angústias humanas no que concerne à colonização marciana.

DEZEMBRO DE 2001: A MANHÃ VERDE (The Green Morning)
O colono Benjamin Driscoll tenta plantar no solo marciano para tornar sua superfície menos rarefeita.

FEVEREIRO DE 2002: OS GAFANHOTOS (The Locusts)
Detalhes sobre a chegada de noventa mil colonizadores à Marte

AGOSTO DE 2002: ENCONTRO NOTURNO (Night Meeting)
Ao dirigir por uma cidade morta em Marte, Tomás Gomez encontra um marciano chamado Muhe Ca e ambos discutem sobre o que significam as ruínas da cidade.

OUTUBRO DE 2002: A PRAIA (The Shore)
Chegada de pessoas de Nova York oriundos de subúrbios em Marte.

FEVEREIRO DE 2003: INTERMÉDIO (Interim)
Conclusão de uma cidade do Meio Oeste dos Estados Unidos em Marte.

ABRIL DE 2003: OS MÚSICOS (The Musicians)
Crianças brincam e merendam em uma cidade em chamas enquanto os bombeiros tentam apagar o fogo.

JUNHO DE 2003: FLUTUANDO NO ESPAÇO (Way in the Middle of the Air)
Samuel Teece é dono de uma loja de ferragens e discute com seus amigos e empregados negros que organizaram-se para irem àMarte.

2004-2005: A ESCOLHA DOS NOMES (The Naming of Names)
O nome das pessoas das quatro primeiras expedições à Marte nomeia a geografia desse planeta.

ABRIL DE 2005: USHER II (Usher II)
O perito em literatura William Stendhal discute a queima de muitos livros em 1975, em sua casa assombrada em Marte, análoga à casa de Roderick Usher em um conto de Allan Poe.

AGOSTO DE 2005: OS VELHOS (The Old Ones)
De como Marte se tornou agradável à migração de idosos.

SETEMBRO DE 2005: O MARCIANO (The Martian)
Saul LaFarge e sua esposa Anna recebem a visita de seu filho Tom que havia morrido na Terra e agora está em Marte. Posteriormente, os LaFarge descobrem que trata-se de um marciano disfarçado.

NOVEMBRO DE 2005: A LOJA DE BAGAGENS (The Luggage Store)
O reverendo Peregrine discute com o proprietário de uma loja de bagagens o fato de que muitos colonos em Marte querem retornar à Terra para ajudar em seus conflitos.

NOVEMBRO DE 2005: A BAIXA ESTAÇÃO (The Off Season)
Sam Parkhill e sua esposa Elma montam um negócio de venda de cachorro-quente. Recebem grandes porções de terra marciana do governo e esperam muitos clientes da Terra. Mas iniciou-se uma Guerra Nuclear nesse local.

NOVEMBRO DE 2005: OS OBSERVADORES (The Watchers)
Um colono testemunha a Guerra Nuclear na Terra e retorna para ajudar amigos e parentes.

DEZEMBRO DE 2005: AS CIDADES SILENCIOSAS (The Silent Towns)
Walter Gripp vive sozinho em Marte depois de todos os outros retornarem à Terra. Um dia recebe ligações de uma mulher chamada Genevieve e decide procurá-la.

ABRIL DE 2026: OS LONGOS ANOS (The Long Years)
Hathaway, o médico da quarta expedição está em Marte com sua família e recebe a visita do Capitão Wilder e sua tripulação, que terão uma grande surpresa.

AGOSTO DE 2026: CHUVAS LEVES DE VERÃO(There Will Come Soft Rains)
Em Allendale, na Califórnia, uma casa repleta de máquinas governa-se mesmo após a morte de todos que moravam na casa durante a Guerra Nuclear.

OUTUBRO DE 2026: O PIQUENIQUE DE UM MILHÃO DE ANOS (The Million-Year Picnic)
Fugindo da Guerra Nuclear na Terra, duas famílias dão origem a uma nova geração em Marte.

Com certeza esse é um livro bastante avançado para sua época e possui muitas reflexões sobre as atitudes humanas. A escrita de Ray Bradbury sempre me agrada por unir, na maioria das vezes o fantástico e o horror. Contudo, sua escrita é muito poética, mas "As Crônicas Marcianas" é um livro recomendadíssimo para os fãs de ficção científica, embora esse não seja meu livro de contos favorito do autor. Gostei mais de um outro livro de contos do mesmo autor chamado "O País de Outubro".
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su fern@ndes 18/11/2010

Marte!
E pra lá foram os negros, dando uma banana para os brancos apesar de chamá-los de senhor até o fim. E pra lá foi o sujeito inconformado com a destruição de seus livros, principalmente os do mestre Poe. E pra lá foi gente em busca de velhas memórias, mesmo com um preço a ser pago. E pra lá foi gente ainda capaz de sonhar com um recomeço.
Darlam 04/02/2012minha estante
que pena que eu abandonei era um ótimo livro,faltava poucas paginas pra mim terminar.mas tive que devouver pra escola, porque eu havia pegado emprestado


Sandro 15/01/2017minha estante
Maravilhosa sua resenha! :)




Alhos 06/07/2023

Marcando pq lembrei só agr dessa jóia
Adorei as crônicas que são recheadas de paisagens novas e imaginadas diante de uma distopia. Achei incrível as críticas que os contos carregam e o mais engraçado é que ele escreveu esse livro antes do homem pisar na lua pela primeira vez, e ainda é sobre Marte, isso seria algum tipo de "previsão"? Não sei, mas leiam essa obra do Ray Bradbury, foi o primeiro livro que lí dele há tempos atrás e pretendo, claro, ler mais livros desse autor. E adorei a referência que ele fez ao Poe com " A queda da casa Usher". É isso, LEIAM ESSA OBRA!!!
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Thiago 13/10/2022

Atemporal e reflexivo!
Bom, lendo As Cronicas Marcianas pude perceber que esse grande autor faz jus a ficção científica! Aqui temos vários contos com personagens diferentes que no final se completam no mesmo universo, com críticas a cultura norte americana da época podemos sentir um pouco da necessidade humana de dominar outros lugares, a guerra nuclear, o racismo velado da época e o pensamento limitado da raça humana, ótimo livro, recomendo.
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belaffig 13/03/2021

"Qual seria o cheiro do Tempo?"
Que experiência sensacional foi mergulhar nesse livro. Minha segunda obra de Ray Bradbury depois de "Fahrenheit 451" deixa uma marca muito maior que a primeira e de formas tão amplas que é até difícil colocar em palavras. Mas vou tentar.
Primeiramente: que exercício de imaginação incrível. A escrita de Bradbury é concisa, mas cada palavra milimetricamente escolhida causava um impacto, um peso únicos. Ele conseguiu fazer a descrição de todo um outro planeta e modos de vida de um modo sucinto e ainda fantasioso, imaginativo; sem contar na carga dramática e emocional que permearam o livro de ponta à ponta e raramente deixaram a desejar.
É difícil dizer sobre o que esse livro fala. Sobre Tudo, acho. Com T maiúsculo. "Crônicas Marcianas" fala sobre as constantes do universo, a fragilidade da História (humana), o Tempo e a validade dele, a Solidão, nossa Solidão, pois nada mais somos do que Solitários, pegos no meio de algo, estranhos se cruzando no meio das noites. E, claro, sobre a inabalável capacidade do ser humano de destruir tudo ao seu redor na sua busca por familiaridade (trazendo, assim, evolução?) Assim que cheguei na metade do livro, me lembrei de uma resenha que vi do filme "Pulse" (de 2001, de Kiyoshi Kurosawa), que dizia: "A última coisa que a humanidade vai saber fazer junta é perecer." Aqui, essa frase não carece de verdade; mas seu "contrário" também é válido: a humanidade não sabe fazer nada mais junta além de destruir. Como diz meu personagem favorito do livro no meu conto favorito do livro, "Os homens da terra têm talento para acabar com coisas grandes e belas".
Como falar de um livro que fala de tanta coisa? É melhor experiencia-lo. Era difícil imaginar que final ele podia tomar, mas quando chegou, pareceu ser o único plausível. A completude e complexidade de um estudo sobre os seres humanos em todos os seus âmbitos possíveis e inimagináveis termina com a mais assustadora e irremediável das conclusões: tudo que a humanidade conquistou são cinzas ao vento. E apesar de o terceiro ato da obra ter decaído um pouco em notas individuais (e um adendo pessoal: eu não acho que dá para lê-los fora de ordem ou sozinhos e ainda conseguir sentir a magnanimidade da obra), é impossível não dar os máximos elogios para um livro tão universal, surrealmente real e... humano.
Marcelo 30/03/2021minha estante
??????????




Anderson 01/07/2020

Mais um livro incrível do Ray B.
"Olhem caras, é tudo nosso! Tudo isto!"

Como diz o titulo, esse livro é composto de várias crônicas tendo como tema central, Marte. Algumas crônicas se passavam em Marte, outros na Terra, entretanto todos foram super incisivos em falar da colonização e da capacidade humana em destruir absolutamente tudo que habita. Assim como em fahrenheit 451, a escrita do Ray Bradbury foi um dos pontos altos do livro, fazendo com que a leitura fluísse super rápida. É impressionante como o autor consegue transitar entre temas e criar diálogos tão inteligentes e atuais. A questão dos refugiados, racismo e a colonização européia não foram deixados de lado nesse livro e ao comparar esses temas com a colonização de Marte, o autor fez minha mente explodir. Espero ler em breve mais livros desse autor e recomendo a todos que façam o mesmo!
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João Lucas 25/06/2020

Mais que uma obra de Ficção Científica
Uma história que trate sobre a invasão de Aliens à Terra é algo bem comum, mas e quando é ao contrário? Em As Crônicas Marcianas, Marte é invadida por humanos com o intuito de colonizarem o planeta. Mas a obra trata também sobre assuntos tão presentes na sociedade que fazem da obra um clássico de Ray Bradbury.
As crônicas originalmente haviam sido publicadas em revistas Pulp Fiction, mas no inicio dos anos 50 elas foram reunidas em um livro por seu criador que acabou costurando as histórias para que elas ficassem interligadas. Tudo começa na Terra com o lançamento do foguete rumo a Marte e em seguida várias crônicas se passam no planeta vermelho. Umas são na visão dos terráqueos sobre o planeta e seus habitantes, outras na visão dos marcianos sobre os humanos.
Como é da escrita de Ray Bradbury, há muitas passagens tocantes e outras bastante irônicas, já que o autor usa a história para criticar a humanidade através de assuntos como racismo, imperialismo e meio ambiente. Bradbury também critica a visão do ser humano de se acha superior quando comparado a outras especies.
Um dos pontos mais altos da história é uma crônica que fala sobre a decisão que vários negros tomam de embarcarem juntos para Marte e muitos brancos não entendem o que eles estão fazendo e porque iriam para lá. Para os negros trata-se de uma questão de liberdade, pois eles entendem que isso é algo importante para suas vidas. Há outra crônica sobre uma casa mal-assombrada que existe em Marte. Essa história faz referência ao universo de Edgar Allan Poe, escritor que Bradbury era fã. No fim, toda a história trata sobre poder e arrogância. É um belo livro que faz você refletir muito depois de terminada a leitura.

Fato interessante é que Bradbury imaginava nos anos 50 que o homem chegaria a Marte no final do século XX. Ainda não conseguimos chegar, mas em breve teremos nossas próprias crônicas marcianas pra contar.
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Diego Rodrigues 20/12/2021

"Os homens da Terra têm talento para acabar com coisas grandes e belas."
Um dos maiores nomes da ficção científica, Ray Bradbury nasceu em 1920, na cidade de Waukegan, Illinois. Começou publicando em fanzines e, nos anos 40, já vendia seus contos para revistas de ficção científica. Além de contos, escreveu romances, poesias, peças de teatro e roteiros para TV e cinema. Na literatura não se limitou ao scifi e se aventurou por gêneros como o terror e o suspense. Em 1953, publicou "Fahrenheit 451", uma das peças fundamentais da distopia e que o consagrou mundialmente. Ao longo de sua carreira angariou prêmios importantes como American Academy of Arts and Letters (1954), o Daytime Emmy Award (1994) e o Pulitzer (2007).

Publicado originalmente em 1950, "As Crônicas Marcianas" pode ser considerado o primeiro grande salto na carreira do autor. O volume é composto por 26 contos interligados que retratam a colonização de Marte pelo homem. Ainda faltavam quase 20 anos para que Neil Armstrong pisasse na lua, mas o desconhecido já instigava a imaginação no que diz respeito ao espaço, e Bradbury não estava imune a isso. Cada conto aqui narra um capítulo dessa "colonização", desde a decolagem do primeiro foguete até o último, o que torna um pouco difícil falar sobre esse livro sem dar spoilers. Apenas para citar alguns exemplos, vamos conhecer aqui a história de um homem foi pra Marte para plantar árvores, outro que inaugurou a primeira barraquinha de cachorro-quente do planeta vermelho e um terceiro que resolveu dar vida a casa de Usher (sim, aquela do conto do Poe).

Com uma escrita afiada e concisa, Bradbury constrói uma intrigante narrativa, ora bem-humorada, ora melancólica, que nos impele a avançar conto a conto em busca de respostas. O protagonista aqui não é o povo marciano e nem suas tecnologias, mas sim a condição humana, que é revirada e analisada por todos os ângulos pelo autor. "Fahrenheit" só seria publicado três anos mais tarde, mas aqui Bradbury já fomentava o universo do romance. Guerras, críticas sociais, política, questões ambientais e a incrível capacidade que o ser humano tem de deixar um rastro de destruição por onde quer que passe, esses são apenas alguns dos temas que surgem ao longo da leitura. Divertido, mas não desprovido de levantar reflexões, "As Crônicas Marcianas" é um ótimo exercício para questionarmos qual o nosso papel enquanto espécie "evoluída".

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Evy 16/01/2022

"Os homens da terra tem talento para acabar com coisas grandes e belas".
Várias coisas me conquistaram nesse livro de Ray Bradbury e o colocaram entre os meus favoritos. Eu já era apaixonada pela narrativa de Bradbury desde Fahrenheit 451, mas depois de Prazer em Queimar e agora As Crônicas Marcianas, isso se consolidou.

Neste compilado de contos que por seguirem uma linha temporal contínua fazem com que pareça muito um romance, Bradbury nos apresenta a colonização humana em Marte. Após eventos terríveis que estão para eclodir na Terra, a população se volta para Marte como forma de escapar dos problemas. Porém, o planeta vermelho não é desabitado e com a chegada dos primeiros foguetes, um choque cultural se instala.

Fica evidente a crítica que Bradbury constrói sobre a sociedade terrestre em relação à marciana, e que o foco do livro é muito maior nos conflitos da nossa própria civilização do que no fato de existir vida em Marte. Enquanto os humanos se apresentam como individualistas e simplórios, os Marcianos são seres inteligentes e com uma cultura muito mais desenvolvida.

"Olhando para tudo isto, sabemos que não somos assim tão geniais; somos crianças excitadas, gritando com nossos foguetinhos de brinquedo e átomos, barulhentos e vivos. [...]É uma lição objetiva de civilização. Vamos aprender com Marte".

A forma enigmática com que vamos sendo levados a conhecer Marte, seus habitantes, suas invenções e a forma como se relacionam, é simplesmente a parte mais genial dessa obra pra mim e o que realmente me prendeu na leitura. Foi difícil não devorar o livro do começo ao fim, já que li em LC com o Grupo "Entre Nós" e tinha metas de leitura.

Com uma narrativa super envolvente, Bradbury nos apresenta contos impressionantes ("mind-blowing") e que ficarão na sua memória por algum tempo, personagens interessantes e tudo isso dentro de um contexto que vai fazer você refletir sobre muitas coisas importantes. Não dá pra destacar contos favoritos, pois todos são muito bons. Vale ressaltar ainda que esse livro foi publicado em 1950 com temas ainda super atuais e traz apresentação de nada menos que Jorge Luis Borges, um verdadeiro fã desta obra.

"Os foguetes chegavam como gafanhotos, em enxames, formando nuvens de fumaça rosada. E dos foguetes corriam homens com marretas nas mãos, para modelar aquele mundo estranho até um formato conhecido, eliminando toda a estranheza"

Disto isso, recomendo muito a leitura.
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