Teresa Filósofa

Teresa Filósofa Marquês D'Argens




Resenhas - Teresa Filósofa


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Feline 11/10/2009

Teologia que dá pra levar para o banheiro
Livro pertinente para quem ainda tenta resolver a equação de ser cristão e gostar da vida sexual. Teresa tem essa mesma dúvida (pois é, há séculos atrás e ainda a mesma questão) e põe a mão na massa para achar uma resposta.
De sexo em sexo, de parceiro em parceiro, a obra tenta unir Deus e o Homem, sem necessáriamente passar pelo casamento e castidade.
É antes um livro em favor das religiões cristãs, já que propõe um meio termo entre a castidade e o hedonismo, mas tudo sob a tutela inquestionável do Deus cristão.
Há um resgate da santidade dos sentidos e da satisfação dos desejos como cumprimento da vontade divina para o homem, pois tanto os desejos quanto os sentidos são obra e orgulho divinos.
O livro tem tom de discurso várias vezes. Transa-se e se discursa com a mesma volúpia em Teresa Filósofa e o que mais se faz é discutir teologia, entre uma masturbação e outra.
Pode parecer um erotismo ingênuo, sujeitos que estamos a tanta pornografia atualmente, mas não deixa de ser delicioso.
Aos não-cristãos, Teresa Filósofa vai agradar do mesmo modo pela crítica ao falso moralismo e às loucuras teológicas em nome de uma castidade que divindade alguma exigiu.
Aos que procuram sexo, é diversão leve, apenas. Um tipo de narrativa de sexo que se preocupa tanto em dar tesão quanto em mudar o estado das coisas. Ainda assim, é um dos poucos livros sobre teologia que um homem solitário pode levar para o banheiro.
Patrícia 07/07/2010minha estante
Gostei da resenha! Boa definição p/ o livro!




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Alcir1 07/02/2023

É Bom de Verdade!
Superou todas as minhas expectativas. Incrível como um livro escrito no século XVIII esteja tão atual. Além da mordacidade com que o autor fustiga clérigos e homens de poder em geral, há toda uma delicada questão filosófica sobre a responsabilidade do homem sobre os atos por ele praticados, tendo em vista que tais atos seriam frutos da vontade da Entidade Suprema.
Bom de tudo isso é que o autor trata de delicadas questões filosóficas , ainda bem atuais, sem perder de vista o erotismo. Mas que fique bem claro ao leitor mais açodado, mesmo tendo como objetivo último da obra o aspecto fescenino das relações interpessoais, o autor reserva sempre uma carga de críticas ao comportamento dos personagens, especialmente homens. Outro bom viés do texto é que mostra aos desavisados um bom cardápio de variações em torno das práticas sexuais, sempre com os envolvidos saindo alegres e satisfeitos.
Sem dúvida, uma leitura adulta, mas de muito boa qualidade, especialmente para leitores dispostos a enfrentar discussões livres e abertas sobre temas que podem incomodar.
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Jéssica 29/04/2023

A capa é de um mal gosto colossal. O bizarro não é apenas relativo ao campo visual, mas ao interpretativo. Talvez esta ilustração seja capaz de angariar mais vendas, afinal este se trata de um clássico romance erótico. Porém, me recuso a acreditar que esta moça da capa seja a Teresa Filósofa.

Te digo que Teresa poderia ter alguns adjetivos interessantes e indiscretos, menos erótica e passiva.

Hipocrisia, é o recheio da história. Religião, fé, liberdade, prazer e castigo são discutidos a luz da sociedade europeia do século XVIII.

A libertinagem se esconde por baixo de batinas e combinações de missas. A luxúria não anda explícita? ela se esconde em discursos.

?A mania dos homens é a de julgar ações de Deus por aquelas que lhe são próprias? (pág. 100).

Adorei filosofar com Teresa.
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Leonardo.Broinizi 29/08/2022

Filosofia e erotismo de mãos dadas.
Um livro que, assim como O Mundo de Sofia, usa uma história como pano de fundo para discorrer sobre pensamentos filosóficos. Mas, diferente do outro, este livro aborta temas menos abrangentes e mais adultos: fala sobre sexualidade, pecado, regras sociais e etc.

A escrita é em primeira pessoa e gostei muito da forma, dando ar de uma linguagem simples e sincera.
É interessante ter em mente a época (séculoXVIII) e o lugar (França) em que a obra foi concebida. Leituras como está são boas fontes de análise sobre os pensamentos influentes da época.

Acho um bom livro, seja pra uma leitura despreocupada, seja pra uma leitura mais analítica (concordando ou discordando dos pontos de vista dos personagens, o leitor refletirá, que é o mais importante).
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DouglasCruz 28/06/2022

Uma grata e surpreendente leitura
Quando o livro me foi indicado pelo kindle e quando li sua sinopse, esperava encontrar um texto cheio de baixarias e sem qualquer reflexão. Feliz engano em que me encontrei.
O livro, muito além das cenas de lascividade, trata da hipocrisia dos homens e da sociedade de bem. De forma bem direta, dos cristãos.
Teresa busca conciliar os desejos carnais que possui e sua imagem perante a sociedade e a deus. De forma bem direta Jean-Baptiste Boyer d'Argens, reconhecido como autor da obra, faz duras críticas ao sistema que pune socialmente a mulher que cede a seus desejos, mesmo que estes sejam feitos em nome dos homens que estão a punindo. Parte do publico envolvido nas relacoes são membros da igreja, demonstrando como a religião não é sinonimo de santidade.
O livro não é um ataque a crença, mas sim a forma deturpada e controladora que a sociedade e as comunidades religiosas usam. Podando as liberdades individuais mesmo que essas não inflinjam incomodos aos outros.
Compreender que ?os sonhos não desfazem aquilo que o padre falou? parece ser o objetivo do livro
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Patrícia 07/07/2010

Algumas experiências sexuais narradas no livro, nada tem de novidade ou são extremamente picantes, aliás, algumas são até cômicas.
O que chama a atenção são os conceitos de prazer e a dualidade entre moral e religião.
E são nesses conceitos que embarcamos numa “viagem filosófica” sobre prazeres, religião, moral, sexo e etc.
Mesmo numa linguagem antiga podemos trazer aos tempos atuais reflexões de alguns preconceitos que ainda não foram desfeitos, do medo, costumes em relação ao sexo e a humanidade.
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Heurj 26/05/2010

O é de um autor desconhecido do secúlo 18, e fala de um padre seduzindo e se aproveitando de uma fiel, sendo contado por Teresa q é uma ex-freira e testemunha o ocorrido.
(Bem atual não ?)
Johnny 06/06/2012minha estante
Teresa Filósofa não é mais tido como de autor anônimo. Hoje já se sabe que foi escrito por Jean Baptiste de Boyer, Marquês D'Argens. Embora tenha origem num fato real, ocorrido no séc. XVIII, o livro é uma ficção, que aliás se tornou um best-seller naquele século e no século seguinte, inclusive no Brasil, onde chegou através de traduções de Portugal.




Carlos.Eduardo 06/12/2022

Teresa e a filosofia do prazer
Essa é a primeira vez que me dediquei a ler um livro desse gênero. Experiência deveras interessante, devo dizer. Teresa Filósofa é um livro bastante surpreendente, dentro do que se propõe. Há lascívia desde a primeira página, mas há também uma inquietação curiosa sobre a moral do sexo, se pudermos chamar assim.
Teresa, uma jovem que, desde que consegue se lembrar, sente impulsos que a levam a buscar o prazer carnal sem nem mesmo saber o que isso significa. Acompanhamos então a curiosidade da protagonista sobre o pecado da carne, mas também sua inquietação sobre o mundo.
As conclusões de Teresa são interessantes, a saber, a principal delas: se Deus tudo fez, ele também fez o prazer. Logo não é pecado nós entregarmos a esse prazer natural e voluptuoso vez ou outra, pois isso é da natureza e não estamos acima do criador para suplantar essa mesma natureza. Tanto o é que, quando nossa protagonista se vê privada da possibilidade de se dar prazer através da masturbação, quando encerrada no ascetismo do claustro monástico, seu corpo definha.
O livro é, portanto, não somente sobre o desabrochar sexual de Teresa, é também, principalmente, sobre seu desabrochar filosófico. Teresa é questionadora por natureza, curiosa por natureza e em nenhum momento nega essa característica.
Sendo um livro escrito no século XVIII, deve-se atentar que a linguagem e a moral expostas em sua narrativa não são necessariamente confortáveis ao leitor atual, mas mesmo assim é uma leitura que traz alguma diversão e certas reflexões interessantes.
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Valério 15/01/2019

Filosofia despudorada
"Imbecis mortais: Acreditais ser mestres em extinguir as paixões que a natureza colocou em vós: elas são obras de Deus. Quereis destruí-las, essas paixões, restringi-las a certos limites. Homens insensatos. Pretendeis, portanto, ser segundos criadores, mais poderosos do que o primeiro? Jamais vereis que tudo é o que deve ser e que tudo é bem, que tudo é de Deus, e que nada é vosso, é que é tão difícil criar um pensamento, quanto um braço ou um olho?"

Assim inicia-se "Teresa Filósofa" que dá uma antevisão do que virá filosoficamente. Mas pouco mostra do que virá pornograficamente. Ainda não chega ao nível de Marquês de Sade. Mas há relatos bem apimentados das relações dos personagens, o que foi suficiente para escandalizar os leitores à época da publicação - século XVIII
O livro relata a vida de Teresa e de algumas pessoas com quem ela conviveu, em uma carta endereçada ao Conde D. (muitos personagens não tem nome, como se para protegê-los da infâmia.)
Há uma forte reflexão sobre os desejos, especialmente os da carne, e o determinismo humano em ceder a eles.
A história é cativante e pesada, sexualmente.
Bem escrito, não se resume a apenas um livro pornô da idade moderna.
É leitura indispensável para os amantes (da literatura, para me fazer claro, especialmente depois de Teresa)
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Alice 11/07/2020

É uma daqueles livros inusitados que aparecem e te instigam a ler pois tratam de assuntos que apesar de ser diferente se você for olhar a fundo fazem bastante sentido juntos, o sexo, a religião e a filosofia, além do mais é um livro antigo e achei bem diferente a experiência, se estiver com a cabeça aberta para isso recomendo a leitura.
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ArthurAlves 29/12/2021

Diferente do imaginado
Leitura um tanto quanto leve, recheado de críticas e discursos filosóficos a respeito da religião e os prazeres da carne.
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Inlectus 24/01/2022

Interessante.
É um livro que deixará muitos religiosos, (católicos em especial), muito bravos, e de fato, tem muita filosofia velada nesse livro. Quem escreveu, não se declarou por receio.
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Alice 14/03/2022

Que filosofia seria essa?
Trata-se de um materialismo que integra o espírito ou o espiritual à matéria, com fins de desmistificar o que mantém o povo sob julgo social, sobretudo da Igreja. Teresa filósofa é um livro cujo fim é o defloramento. Ele que se, de início, é uma ameaça, passa a uma opção, uma festa.
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