A Invenção das Asas

A Invenção das Asas Sue Monk Kidd




Resenhas - A Invenção das Asas


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Chelsea.Archer 22/08/2014

Emocionante
Livro que descreve com emoção e detalhes a época da escravidão nos Estados Unidos, a importância de enxergarmos o próximo como ser humano e a dedicação de uma verdadeira amizade.
Leitura muito gostosa onde a autora procura expor os pontos de vista dos personagens de forma detalhada e diferenciada.
Recomendo.
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Bruna 04/08/2014

Um livro forte e delicado. Levei dele duas lições: há diversos tipos de amor e que a vida está sempre mudando. A gente nunca sabe quando.
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Leitora Viciada 28/07/2014

É clichê, porém inevitável, dizer que não sei resenhar um livro que me comoveu bastante. A Invenção das Asas se tornou um dos meus preferidos ainda mesmo durante a leitura.
É meu primeiro contato com a autora Sue Monk Kidd. Havia apenas assistido à adaptação homônima para o cinema de seu romance A Vida Secreta das Abelhas - sem saber que o filme era baseado em livro. Após ter me apaixonado pela escrita da autora em A Invenção das Asas publicado pela Editora Paralela, espero em breve conhecer mais de Sue Monk Kidd.
É um livro de forte impacto, que conta histórias de mulheres fortes.

A autora, que mora na Carolina do Sul, desejava escrever um romance que contasse a história de duas irmãs. Durante uma visita ao Brooklyn Museum, em Nova York, ela descobriu sobre quais irmãs escrever. Ao ler as centenas de nomes de mulheres que contribuíram para a História na Galeria Biográfica, ela encontrou os nomes de duas irmãs que viveram em Charleston, Carolina do Sul: Sarah e Angelina Grimké. Ao ir embora, Sue Monk Kidd se perguntava: Como viveu tanto tempo na mesma cidade dessas figuras históricas sem conhecer nenhum vestígio delas?
Sarah e Angelina Grimké, duas das primeiras agentes femininas abolicionistas e duas das primeiras importantes pensadoras feministas americanas. Mulheres revolucionárias.

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada.
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2014/07/a-invencao-das-asas-de-sue-monk-kidd-e.html
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Fernanda 25/07/2014

“Meu corpo pode ser escravo, mas não minha mente. Pra você é o contrário.”
Um dos melhores livros que li esse ano, A Invenção das Asas conta a incrível história de Sarah Grimké e Hetty “Encrenca”. Sarah, uma garota de família escravocrata da alta sociedade de Charleston, que sonhava em ser advogada no início do século XIX, uma época em que mulheres não estudavam. E Hetty, uma escrava que foi dada a Sarah em seu 11° aniversário como dama de companhia. A história do livro narra, ao longo de 35 anos, a trajetória de duas mulheres que questionavam as regras da sociedade em que viviam, e que buscavam criar suas próprias asas.

A narrativa do livro é alternada entre as duas personagens, e podemos acompanhar com detalhes a vida tão diferente de duas mulheres que lutaram pelo mesmo objetivo: Liberdade. Sarah desde nova quis se tornar uma grande advogada, inspirado em seu pai, um juiz de grande prestígio. Ela vivia em uma época onde a única preocupação de uma mulher era ter um bom casamento e filhos, mas Sarah desde nova seguia o sentido contrário determinado pela sociedade e sempre se preocupou muito com questões abolicionistas, feministas e de igualdade social.

Encrenca desde nova foi alimentada por sua mãe Charlotte com histórias africanas sobre os negros e a liberdade. Ela sempre foi bem ciente do que não poderia fazer por ser uma escrava, mas sempre buscava burlar as regras impostas, a se rebelar como pode, e a criar as suas asas mesmo que aos poucos. A vida dela se cruza com a de Sarah Grimké quando, no aniversário de 11 anos de Sarah, Hetty “Encrenca” é dada de presente como dama de companhia. Sarah tentou recusar o “presente”, e chegou a escrever uma carta libertando Hetty, mas que de nada adiantou. E foi uma das primeiras vezes que ela percebeu o quanto não tinha voz alguma e que decidiu não só ser amiga de Hetty, mas também de libertar a escrava da única forma que podia: A ensinando a ler, o que era contra a lei.

Durante a leitura acompanhamos as lutas de ambas as personagens, e tudo o que tiveram de enfrentar ao longo dos anos, desde crianças. Com uma narrativa tocante e sensível aos fatos, nos comovemos com a narrativa pelos olhos de Hetty, nos mostrando com detalhes o sofrimento, a dor, as humilhações que os escravos passavam. E acompanhamos as lutas de Sarah, a sua busca na descoberta de como mudar sua realidade, tentando encontrar o seu caminho. Durante a leitura torcemos por sua vitória ao tentar aos poucos mudar aquela sociedade e buscando ter voz. Coisa que ela não fez sozinha, pois teve ajuda de sua irmã mais nova, Angelina (Nina), que compartilhou e foi inspirada por seus objetivos de vida.

Me surpreendi com a nota da autora ao terminar a leitura do livro, pois descobri que Sarah e Angelina Grimké realmente existiram! As irmãs foram as primeiras agentes femininas abolicionistas e umas das primeiras entre as importantes pensadoras feministas americanas. Sarah foi a primeira mulher nos Estados Unidos a escrever um manifesto feminista abrangente, e Angelina foi a primeira mulher a falar diante de um conselho legislativo. A autora conta a jornada dessas mulheres misturando fatos reais com uma boa dose de ficção, e foi realmente incrível acompanhar todas as lutas e conquistas das personagens desse livro.

A Invenção das Asas faz com que o leitor mergulhe em outra época, e sinta tudo o que as personagens sentiram durante a narrativa dos fatos, que é rica e detalhada. Uma história com personagens de muita coragem, mulheres heroínas que lutaram por voz, e que é impossível não admirá-las! O livro é cheio de acontecimentos, tem uma história ampla sobre a trajetória de cada uma, contém vários outros personagens que não mencionei e algumas reviravoltas. Seria impossível contar tudo isso em uma resenha, por isso, não deixem de ler. É um livro realmente marcante. Leitura mais do que recomendada!

site: http://viciosemtres.blogspot.com.br/
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Renata 23/07/2014

Muitas lições em um só livro!
Triste e profundamente humano, "A invenção das Asas" é baseado em personagens e fatos reais. O livro conta a história de Sarah Moore Grimké, feminista e abolicionista norte-americana. Narrada em primeira pessoa, a obra se alterna em relatos de duas mulheres separadas pelos níveis sociais, mas unidas pelo sentimento de opressão, por sonhos que parecem impossíveis e pelo desejo latente de serem, cada uma a seu modo, livres: Sarah e Hetty "Encrenca".

A primeira, pertencente à aristocracia abastada de Charleston, foi criada para ser a típica dama do século XIX. Apaixonada pelos livros, com o sonho de ser advogada e tendo ideias revolucionárias para a época, Sarah luta contra o aprisionamento de sua mente e crenças. Já Hetty, escrava com 10 anos de idade, foi o presente que Sarah recebeu, apesar de todas as recusas, no seu aniversário de 11 anos.

Através dos relatos de Hetty nos aproximamos do cenário doloroso da escravidão. Em algumas partes, os açoites, as punições, atrocidades e dificuldades nos parecem tão reais que sentimos o sofrimento de uma pessoa presa pela sua cor, mas que carrega na alma a esperança da liberdade. Hetty é cativante e graças a sua inocência o livro apresenta passagens mais leves e até engraçadas.

Igualmente somos levados a sentir a angústia de Sarah e a torcer por ela, que além de ser contra a sociedade escravista sonha com um futuro onde ela própria possa ser livre. Com Sarah, abraçamos sua causa e esperamos (torcemos mesmo!) que ela encontre seu senso de "pertencimento".

O livro é dividido em seis partes. Do começo ao seu fim, são 35 anos da trajetória de Sarah e Hetty. Além das duas, também nos apegamos a outros personagens, como é o caso de Angelina (personagem real da história dos EUA), irmã mais nova de Sarah que se unirá à luta para abolir a escravidão no sul dos Estados Unidos.

Juntas, as irmãs Grimké são hoje as primeiras mulheres abolicionistas norte-americanas. As duas tinham como objetivo a emancipação dos escravos e a igualdade de raças - ideia considerada extremista até mesmo para os abolicionistas.

Nesta obra, Sue Monk Kidd atinge profundamente o leitor pela riqueza de detalhes históricos, pela força dos sentimentos expressos e acuracidade de descrições de um período triste da história. Sue consegue ainda tocar em cheio o coração daqueles que mesmo em tempos atuais anseiam pela liberdade.

“Meu corpo pode ser escravo, mas não minha mente. Para você, é o contrário.” - Hetty para Sarah.
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MARCIA 10/07/2014

Muito bom!
Um livro tocante, que fala de amizade, da luta anti escravidão no final do século XIX e da dificuldade em ser mulher. Super recomendado!!!
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Pripec 22/06/2014

Meu corpo pode ser escravo, mas não minha mente.
Esta parte do livro em que coloquei como título, foi a mais marcante para mim.
Uma fala de Hetty Encrenca: " Ela estava presa como eu , mas presa por sua mente, pela mente das pessoas em volta dela, não sei. Na Igreja Africana, Sr. Vesey dizia: " Cuidado , você pode ser escravizado duas vezes, uma vez pelo corpo e uma vez pela mente". Tentei dizer isso para ela ( Sarah ) . Falei " Meu corpo pode ser escravo, mas não minha mente."
Não vou colocar como spoiler pois é uma parte do livro que não revela nada que possa atrapalhar ou interferir na leitura de outras pessoas.
Todo o livro é divido entre as narrações em primeira pessoa de Sarah e Hetty, a branca e "sua escrava", uma amizade complicada, um amor de certa forma escondido até delas duas.
Muitas partes me comoveram e é difícil saber, que apesar de se tratar de uma parte da história americana, ela pertence a humanidade.
Me surpreendeu a luta também , além da escravidão, pelo direito da mulher.
Após o fim do livro existe uma nota da escritora, que para mim foi muito importante. Mostra uma grande pesquisa realizada por ela para poder escrever este romance e os detalhes históricos agregam ao leitor muitos conhecimentos sobre o tema da abolição.
Indico este livro como forma não só de lazer e prazer a leitura, mas também como forma de reflexão e conhecimento da História da nossa humanidade.
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Jéssica 11/06/2014

A Invenção das Asas, da escritora Sue Monk Kidd, é um livro tocante, sublime e emotivo. Um livro tão absolutamente magnífico e que toca o leitor de uma forma impressionante e você irá embarcar nessa jornada em busca da liberdade.

Sarah Grimké é uma a garota rica, filha de um jurista e que possui status na sociedade, mas ela não gosta como sua família e a sociedade impõem regras e repudia à escravidão. No dia de seu aniversário de 11 anos recebe de presente uma dama de companhia, a escrava Hetty ''Encrenca'', e essa companhia se torna mais firme do que Sarah imaginava.

Sarah e Encrenca, duas garotas de classes sociais totalmente diferentes e que possuem um único objetivo: serem livres. Ambas desejam à liberdade e acabam tornando-se amigas. Em uma época onde à mulher era apenas vista como esposa e que devia obedecer cegamente a igreja e ao marido, mas Sarah não concordava com isso e seu sonho era ser uma juíza, mas esse cargo era destinado apenas aos homens.

“As pessoas dizem que o amor fica manchado por uma diferença tão grande quanto a nossa. Eu não sabia ao certo se os sentimentos da srta. Sarah vinham do amor ou da culpa. Eu não sabia se os meus sentimentos vinham do amor ou da necessidade de segurança. Ela me amava e tinha pena de mim. E eu amava e usava a srta. Sarah. Nunca foi simples. Naquele dia, nossos corações estavam puros como jamais estariam.”

A brutalidade e a violência que os escravos eram submetidos, sendo castigados e açoitados, me fizeram chorar em alguns momentos. Os escravos eram obrigados as piores situações e nunca poderiam exercer qualquer direito e objeção pessoal. A forma como Sue Monk Kidd narra todos esses acontecimentos foi intensa e triste, porém percebemos em como Sarah gostaria de colocar o fim na escravidão e ao longo da narrativa iremos acompanhar a jornada dessa menina em busca da abolição.

A história é alternada entre Sarah e Encrenca, o que nos possibilita ver os dois lados de uma classe social, enquanto que Sarah possui conforto, riqueza e luxo, Encrenca enfrenta as dores da escravidão, como a fome, a jornada excessiva de trabalho para uma garota de 10 anos, a desvalorização pessoal, exploração e o castigo por ser desobediente.

O apelido ''Encrenca'' foi dado a Hetty por causa que ela nasceu antes do tempo e também pode ser considerado porque a escrava não tinha papas na língua. Ela é forte, corajosa e destemida. Já Sarah é uma garota inteligente, bondosa e guerreira, e junto com Encrenca irá em busca da igualdade das mulheres.

Para quem não sabe o livro é baseado na história real de Sarah Moore Grimké, uma figura histórica e que foi uma americana abolicionista. Ela buscava à igualdade das mulheres e o fim da escravidão. E foi considerada também como feminista, já que diversas vezes desafiava a igreja e era contra as leis de seu país.

''Se você precisa errar, erre pela audácia. Esse foi o slogan que criei para mim mesma.”

Em A Invenção das Asas acompanhamos a história de Sarah e Encrenca por mais de 30 anos, ou seja, vemos como duas crianças destemidas se transformam em mulheres guerreiras e corajosas. E durante todos esses anos nunca desistiram de seu objetivo crucial: a liberdade.

Um livro que irá tocar o leitor de várias formas e emocionando com a história dessas duas mulheres que queriam apenas serem livres e poder exercê-los. Você vai se surpreender com a forma que Sue Monk Kidd traz um narrativa sensível e ao mesmo tempo forte.

Quotes:
"Escolhi o arrependimento com o qual poderia viver melhor, só isso. Escolhi a vida à qual pertencia."

"Um escravo tinha que ser como o Espírito Santo: não se vê, não se ouve, mas está sempre por perto, a postos."


site: http://www.leitorasempre.com/2014/04/resenha-invencao-das-asas-sue-monk-kidd.html
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Felipe Miranda 06/06/2014

A Invenção das Asas - Sue Monk Kidd por Oh My Dog estol com Bigods
Baseado em contextos históricos reais e tantos outros apenas ficcionais, A Invenção das Asas constrói uma narrativa capaz de deixar qualquer leitor com o coração apertado de início ao fim. É lindo.

A estória é ambientada no século XIX, em uma época onde mulheres eram destinadas apenas a esfera doméstica e não podiam estudar. Os escravos eram pessoas de cor e valiam três quintos de uma pessoa branca. Situaram-se? Pois bem, Sarah Grimké faz parte da elite da Carolina do Sul e, como manda a tradição, aos onze anos recebera de presente uma escrava: Hetty "Encrenca" Grimké. Sarah e Encrenca são nossas protagonistas, e intercalam narrativas durante a trama. Ambas cultivam o mesmo desejo: serem livres.

Aos quatro anos de idade Sarah presenciara o açoitamento de um escravo, barbarizada desde então, ela sofre de um problema de dicção: ela gagueja em situações onde sente-se vulnerável. Sarah anceia pelo conhecimento, em ser Jurista, e discorda de incontáveis padrões que são seguidos à risca pela sociedade aristocrata a qual pertence. Ela é uma mulher solitária e inadequada para as exigências sociais da época. Ela ensinará Encrenca a ler e cultivará pensamentos de igualdade para com os escravos. Preciso dizer que ela sofre repressões quanto a isso? Sarah passa boa parte da narrativa tentando se encontrar, na dúvida de qual caminho seguir, como agir para mudar a realidade que a sufoca. As amarras que a impossibilitam de ser livre são predominantemente as de sua mente.

Encrenca sabe decorado os pecados de um escravo: roubar, desobedecer, ter preguiça e fazer barulho. Mas sempre encontra um meio de burlar algum desses, afinal, você se rebela do jeito que pode. Um escravo deve estar sempre pronto para servir e ao ser destinada à Sarah, Encrenca não dormiria mais com sua mãe, Charlotte. Mas no chão, na porta do quarto de sua nova dona. Diante os castigos e desaforos da sinhá, os escravos são levados a acreditar que Deus evita pessoas de cor. E nós, leitores, percebemos que qualquer alegria descrita no enrendo é por instinto de sobrevivência, e não de satisfação. As amarras que impossibilitam Encrenca e Charlotte de serem livres são as do corpo. Pois as amarras de suas mentes não existem, já criaram asas e voaram para longe. Para um lugar seguro.

A estória é dividida em seis partes que separam determinados espaçamentos no tempo em ordem cronológica. Ou seja vamos acompanhar Sarah e Encrenca desde crianças até tornarem-se mulheres. Um crescimento que vai além do corpo. Nenhum problema envolvendo sua voz impedirá Sarah de tornar-se uma das primeiras pensadoras feministas americanas. Ela defenderá não só a voz das mulheres como o abolicionismo dos escravos. É impossível não abraçar suas crenças e torcer por suas vitórias. Como já mencionei, Sarah Grimké foi uma heroina que realmente existiu, e boa parte de tudo que fora retratado no livro de fato aconteceu, obviamente com a liberdade criativa da autora para preencher lacunas e enfeitar determinados aspectos. Ao final do livro temos uma nota enorme da autora com tudo que foi real ou não. É um relato de coragem de encher os olhos.

Não vou afirmar que se trata de uma estória que fará qualquer leitor chorar. O que vou afirmar é o seguinte: é repleto de sentimentalismo e eu chorei. O relacionamento de Charlotte e Encrenca é de uma beleza tão pura, tão humana, toda a rotina de segredos, confissões e esperança que elas constroem durante a trama me fisgou de uma forma inexplicável. É de uma riqueza de detalhes e particularidades envolvendo estórias africanas e retalhos em cochas que nem ousarei explicar. Como se já não bastasse a trajetória de vida da Sarah, a autora nos presenteia com Encrenca, a cereja do bolo, a outra metade da laranja.

Apesar dessa resenha enorme, não mencionei incontáveis aspectos, personagens, acontecimentos e reviravoltas. A Invenção das Asas é apaixonante, tocante e totalmente envolvente.

site: http://www.ohmydogestolcombigods.com/2014/06/resenha-invencao-das-asas-sue-monk-kidd.html
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Adriano 03/06/2014

Ela costumava dizer: "se você precisa errar, erre pela audácia". Ela foi audaciosa
Hoje, trago para vocês, os leitores mais lindos do mundo, a resenha do livro A Invenção das Asas, escrito pela norte-americanada Sue Monk Kidd. O livro foi oferecido a mim pela Editora Paralela, como cortesia para leitura e resenha!

Segundo Olavo Bilac, em seu poema parnasianista Profissão de Fé, o trabalho do poeta transcende a "inspiração" e almejando a excelência deve fazer uso da "transpiração". Isto posto, provo meu argumento de que certamente a Sue Monk Kidd transpirou muito para conseguir criar essa obra que beira a perfeição. Escrever um livro histórico, acima de tudo, faz o escritor virar aluno e com isso, torna seu dever de escrever mais complexo, ao passo em que, mesclar história (real) com a imaginação (fictício) não é abordagem fácil.

Como deixei claro acima, o livro é histórico e aborda uma importante lacuna da formação sócio-cultural norte-americana: a escravidão. O livro aborda a influência de duas personalidades abolicionistas e feministas numa sociedade que julgava natural o ato de se escravizar outrem. Posteriormente, a autora toca noutra sistemática interessante: a igualdade de gêneros e evidencia traços que realçam o quão preconceituoso ainda é o mundo em que vivemos.

A história inicia em novembro de 1803, quando Sarah Grimké (personalidade real) completava 11 anos. Nesse dia, a mocinha ruiva e desengonçada ganhou um presente: a escrava Hetty (personagem fictício), também chamada de Encrenca, para ser sua dama de companhia. Desde pequena, a sinhazinha já se recusava a possuir outro ser humano e por isso, logo cedo foi considerada a ovelha-negra da família. Impotente diante dos desmandos da família escravocrata eis que a moça aceita o presente e passa a desenvolver amizade e carinho pela escrava.

Sarah nunca se enquadrou naquele modelo de sociedade. Ela não tolerava que a igreja e os ricos produtores rurais julgassem a escravidão como a vontade divina. Enquanto todos viam os escravos como objetos, ela os via como humanos, detentores de sentimentos e angústias; medos e alegrias. Pensando nisso, a menina transgride as normas quando decide ensinar Encrenca a ler.

No livro, torna-se cada vez mais nítido que Sarah era uma moça diferente e que se inquietava com tudo aquilo mas era impossibilitada de fazer algo. Além disso, o livro aborda os castigos que a Sinhá aplicava aos escravos infratores e a forma como eles eram desrespeitados e invadidos pelos "educados brancos". Se achar no direito de possuir alguém, é na minha opinião uma das maiores provas da ignorância humana. Eu fui tocado pela narrativa da autora e em muitos momentos me peguei criticando todo aquele sistema.

" Para uma mulher, nada existia além da esfera doméstica e aquelas florzinhas gravadas em cadernos de arte. Uma mulher aspirar ser advogada - bem, possivelmente, seria o fim do mundo. Mas uma semente se tornava uma árvore, não?"

Desde o começo os capítulos são intercalados, portanto conhecemos a visão dos fatos por Sarah (que por um lado, representa a elite e por outro os abolicionistas) e Encrenca (que representa o explorado e escravizado). A Sue representou no livro, todas as emoções e inquietações das meninas. Ainda com 11 anos uma delas ganha um ser humano e a outra já é escravizada sem nem ao menos saber o porquê do mundo ser assim.

Os anos se passam, Sarah desenvolve maior criticidade e passa a sonhar com algo que não lhe assiste: ser juíza de direito. Até então, esse titulo só pertencia aos homens. E em pleno século XIX só convinham as mulheres, exercer tarefas femininas como bordado, pintura, música e esperar por um marido. Sarah nunca concordou com esse sistema.

Já Encrenca foi privada desde cedo de ter objetivos e ambições. Como se as asas que lhe permitissem voar fossem-lhe tiradas antes mesmo de zarpar voo. Algo que me admira em Encrenca é sua ironia e sarcasmo diante do que lhe incomoda. Ela brinca com as situações mais tensas.

A autora abordou 35 anos da vida de Sarah e Encrenca, ou seja de 1803 até 1838. Nesse período, Sarah ganha mais uma irmã: Angelina Grimké. Nina, como é chamada, possui a mesma visão abolicionista e feminista de Sarah, no entanto possui um pouco mais de audácia e coragem que a irmã para colocar em prática suas crenças.

Juntas, Sarah e Nina serão duas das personalidades abolicionistas mais importantes do século XIX. Aclamadas pela massa sofrida e odiadas pela elite burguesa as duas rodam os Estados Unidos procurando soldados para sua causa. Posteriormente, a causa ganha tantos adeptos que elas também dão voz ao sentimento de igualdade dos sexos e passam a defender o direito da mulher de estudar e de ser tratada socialmente tão capaz quanto um homem.

O livro é incrível!
Encrenca enfrentou a dor da perda, mas também descobriu seu talento e sua coragem. Sarah, por sua vez, encontra sua chance de mudar o mundo quando se junta à causa abolicionista, se tornando pioneira na luta pelos direitos do negro e das mulheres!

Em um romance envolvente, a autora de grande sucesso Sue Monk Kidd, conta uma história emocionante sobre o poder das asas da imaginação!

site: http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/2014/06/resenha-invencao-das-asas-sue-monk-kidd.html
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Rafaela 02/06/2014

Lindo!
Não sou muito boa com resenhas, e como já tem muita gente explicando mais ou menos a história vou só comentar que a leitura vale muito a pena,o livro é lindo!

Adorei também a forma como a Sue escreveu, mesclando fatos reais com ficção, colocando a história em primeira pessoa mostrando o pensamento das duas personagens principais.

A escrita é deliciosa, prende sua atenção e você nunca quer largar o livro.

Um dos melhores livros que li na vida...
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Leticia 22/05/2014

Leitura que te prende
Já havia assistido o filme baseado no livro da Sue Monk Kidd. Este foi o primeiro livro que li desta autora.
Simplesmente perfeito.
A história de Encrenca e sua " Dona " é sensacional.
Ela te prende do início ao fim.
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Veneella 18/05/2014

Inspirador
Impressionante, real e terrivelmente humano. Esse foi um livro tão marcante que eu continuava pensando na história todas as vezes em que tinha de fechá-lo. Com uma desenvoltura incrível, Sue nos transporta a um período onde as pessoas se tornavam mercadorias por conta da cor de sua pele e de seu gênero, trazendo uma das questões que mais gosto de discutir fervorosamente: O que nos dá o direito de julgar o valor de uma pessoa?

Na história temos Sarah Grimké, filha de uma prestigiosa família escravagista, uma mulher que desde pequena almejava mais do que a sociedade lhe permitia. Branca, rica, livre no papel, mas fadada a ser reprimida por uma cultura que via a ela, e a todas as mulheres, como mais um objeto feito para servir ao homem. Sem voz e sem possibilidade de escolha, vemos seus sonhos serem destruídos, sua determinação quebrada e domada como a um animal, enquanto apenas um fio de esperança se mantém. Através dela, vemos que, muitas vezes, nossos grilhões estão na mente.

“… Por que Deus coloca desejos tão profundos em nós…se não dão em nada?” (…)
“Deus nos enche de todos os tipos de desejo que vão contra a normalidade do mundo. Mas o fato desses desejos com frequência não deem em nada, bem, duvido que seja obra de Deus.” Ela me penetrou com seus olhos e sorriu. “Acho que sabemos que isso é obra dos homens.”

pág. 239

Do outro lado da moeda temos Hetty “Encrenca”, uma jovem escrava que foi dada de presente à Sarah em seu 11º aniversário. A mãe da personagem, Charlotte, é uma escrava esperta que se recusa a aceitar seu destino e que, com o passar dos anos, passa o mesmo sentimento para sua filha. Hetty então se torna uma mulher forte e decidida, e uma das únicas amigas de Sarah. Dessa união incomum, ambas tiram forças para ir contra as correntes que as prendem, e se tornam revolucionárias a sua própria maneira.

Depois de um tempo, desci pro porão. Quando mamã viu meus olhos vermelhos, ela disse: “Ninguém pode escrevê num livro o quanto ocê vale”.

pág.101

Durante a leitura, nos vemos divididos entre dois tipos de prisões e questionamos o significado de liberdade. Com uma escrita marcante e característica, a autora nos traz uma história sobre superação, luta e determinação. Ambas as personagens se tornaram escravas da sociedade e, em certo momento, até mesmo acreditaram nisso. Se você ouve algo com frequência, acaba acreditado nisso.

Como se a história em si já não fosse surpreendente, ela ainda é baseada em personagens reais. Em suas notas, a autora fala sobre como descobriu a história de Sarah Grimké e sua irmã Nina, duas irmãs que foram revolucionárias nas lutas contra a escravidão e em prol dos direitos da mulher. Ela comenta ainda como nunca havia escutado falar das duas irmãs, mesmo morando na mesma cidade em que residiam, e em que se passa a história, e como isso ainda demonstra o quanto as conquistas femininas são repetidamente apagadas da história.

Uma leitura sensacional, real e inspiradora, A Invenção das Asas me fez refletir muito sobre vários aspectos pessoais e sociais. O quão longe dessa realidade nós realmente estamos? Que outras formas de prisões não inventamos e não mantivemos desde essa época? Será que evoluímos tanto quanto pensamos? Essas são apenas algumas das reflexões retiradas do livro e que agora permeiam meus pensamentos indefinidamente.

site: http://www.itrandom.com.br
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Dreeh Leal | @dreehleal 09/05/2014

A invenção das Asas - Sue Monk Kidd
No inicio do século XIX a escravidão era uma triste realidade e a nossa protagonista Sarah Grimke tinha pensamentos avançados demais para sua época. Nascida em Charleston - uma cidade da Carolina do Sul, EUA, filha de um jurista fazendeiro e uma exemplar madame da sociedade aristocrata, ela causou muito barulho. No seu aniversário de 11 anos, Sarah ganha um presente inesperado: uma dama de companhia, ou melhor, uma escrava. Para ela, ter a posse de outra pessoa era algo inadmissível! Sendo assim, ela fez tudo que estava ao seu alcance devolver ou se desfazer deste presente. Tudo em vão. Sim, desde tão nova Sarah já tentava fazer a diferença. Se fosse homem e se esquecesse das questões antiabolicionistas, ela poderia ter dado muito orgulho a sua família. Ela gostava de estudar, e tirando um pequeno problema para falar em publico, ela expressava suas opiniões muito bem. Mas era uma mulher e por isso envergonhou sua família ao se expressar e defender os escravos.


Hetty “Encrenca” Grimke tinha 10 anos quando encheram ela de laços cor de lavanda e a levaram para a sala para ser dada como presente a Sarah. Ela também não gostou de ser afastada da mãe e de ter que servir na casa grande. Mas que validade a opinião de uma escrava tinha? Nenhuma. Encrenca era filha da costureira da família e era tão tinhosa quanto a mãe. Orgulhosa e com a língua solta, ela sempre se metia em confusão. E quem disse que ela se importava com isso? Ela queria era viver além das migalhas que lhe eram oferecidas.

A história começa a ser narrada em 1803 e vai até 1838, sendo o livro dividido em 6 partes que discorrem, cada uma, sobre um determinado período da história. Ele começa na infância e termina na fase de meia idade delas, mostrando ao leitor as barreiras e aventuras que cada um enfrentou em suas vidas e o rumo que cada uma seguiu. Apesar de a autora ter uma escrita muito gostosa, foi difícil me prender a leitura. Em alguns momentos eu devorava cada páginas, em outros eu tive que lutar contra a vontade de pegar outro livro. Esse foi o único motivo para eu não ter dado 5 estrelas ao livro.

O que mais me surpreendeu quando eu finalizei o livro, foi saber que 80% dos personagens são pessoas reais. Pessoas que não existiram, mas que fizeram a diferença neste mundo! A autora fez uma enorme pesquisa ao escrever esse livro, mas ele não é uma bibliografia de Sarah Grimke, apenas uma história muito inspirada em sua vida. Ele se manteve fiel aos acontecimentos da vida de Sarah – como o fato de ter ganhado uma escrava -, mas se permitiu modificar algumas datas para que eles se encaixassem melhor ao seu enredo e claro, como isso é uma história de ficção, muitas passagens são criações dela.

Eu não sou uma pessoa muito ligada a politica ou a história, mas sou um ser humano e só de pensar em todas as atrocidades que eram cometidas naquela época, o meu sangue ferve. E não falo apenas dos escravos. Era uma época onde não existia o direito de expressão, onde não era permitido pensar fora da caixa e se fosse você fosse uma mulher, nem pensar era permitido a você.

Portanto, esse é um livro que eu indico a toda e qualquer pessoa, mas se você gostaria de conhecer mais sobre o período da escravidão ou curte politica e história, esse é um livro imperdível para você.

site: http://www.maisquelivros.com/2014/05/resenha-invencao-das-asas-sue-monk-kidd.html
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Fê Rodrigues 24/04/2014

[Resenha] A invenção das asas, de Sue Monk Kidd
Indicado pela Oprah em seu clube do livro, A invenção das Asas, romance-histórico escrito por Sue Monk Kidd; retrata, de maneira brilhante, a vida das irmãs abolicionistas Sarah e Angelina Grinké, que viveram durante a época da colonização americana. A narrativa nos é apresentada pelas duas personagens principais: Sarah Grinké, filha de uma família tradicional de escravocratas do sul dos Estados Unidos, e Encrenca, sua escrava que sonha em ser livre. O fato de termos os dois pontos de vistas ali apresentados já é uma mostra da personalidade e genialidade da narrativa de Kidd: ela tem o poder de deixar os leitores ansiosos pelos pormenores da história e, ao mesmo tempo, na torcida para que as duas protagonistas realizem os seus desejos.

Tudo começa com a sagacidade da pequena Sarah. Ela, que sempre gostou de estudar, sonhava em ser advogada e discutia por horas a fio com o seu irmão sobre os assuntos da sociedade. A menina sempre demonstrou uma tendência abolicionista e se tornou uma leitora sagaz, uma vez que seu pai neglicenciava propositalmente as suas idas à biblioteca da família. Ao completar 11 anos, Sarah vê sua vida mudada. Ela é obrigada a fazer parte da vida social da sua cidade natal e, como parte deste processo de crescimento, ganha de presente uma escrava, a miúda Hetty Grinké, chamada gentilmente por todos por Encrenca.

Embora o papel de Encrenca seja o de assumir o lugar de dama de companhia de Sarah, o presente a enfurece. Para ela, os seres humanos devem ser livres. E como libertá-los? Bem, já que ela não pode recusar a Encrenca, ensinou-lhe a ler. É claro que o seu ato trouxe várias consequências difíceis tanto para Sarah, quanto para Encrenca. Enquanto esta foi punida fisicamente, aquela foi proibida de ter contato com o seu maior bem: os livros.

A beleza da obra passa a transpor a narrativa: ela vai ao cerne de cada personagem. Além da força e determinação de Sarah e de Encrenca, deparamo-nos com Charlotte (mãe de Encrenca) e Nina (apelido carinhoso de Angelina Grinké, irmã mais nova de Sarah). Todas elas são fortes, batalhadoras, sonhadoras e, sobretudo, determinadas a encontrarem as asas que lhe darão a devida liberdade.

As irmãs - juntas ou não - quebram os paradigmas sociais ajudando os escravos a passearem, ensinando-os a ler, lutando por seus direitos. É claro que elas foram punidas por isso, chegando a ser expulsas de diversos tipos de comunidades a que pertenciam. Por outro lado, foi justamente que a colocaram em destaque como as primeiras abolicionistas americanas e inspiração para a obra de Kidd.

Encrenca e sua mãe - que são personagens fictícios - não têm menor importância. Elas são responsáveis por nos fazer refletir sobre as atrocidades cometidas contra negros feitos de escravos (seja em qual parte do continente isso tenha acontecido) e também nos fazem pensar se nós não estamos sendo escravos de nossa própria mente.

Historicamente falando, é interessante observar também como homens e mulheres se relacionavam e como a autora expressa isso nos diferentes núcleos, com os diferentes pares (irmãos com irmãs, pais e filhos, maridos e esposas, fiéis e reverendos, escravos e seus donos). Também é notável as diferenças entre as vertentes do protestantismo da época e as suas formas diferenciadas de olhar para a questão da escravidão.

A invenção das Asas é uma obra belíssima que enche a vida dos leitores com sua força e coragem. É uma leitura agradável que merece ser feita com todo o carinho e que nos leva a reflexões profundas sobre a nossa relação com o mundo.

site: http://nossocdl.blogspot.com/2014/04/resenha-invencao-das-asas-de-sue-monk.html
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