A Invenção das Asas

A Invenção das Asas Sue Monk Kidd




Resenhas - A Invenção das Asas


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Michela Wakami 25/09/2020

Que livro maravilhoso, amei demais, meu Deus.
A escritora nos leva para realidade do mundo escravo, nos mostrando a crueldade daqueles dias e nos fazendo refletir sobre o assunto com muito afinco.
Ela também nos mostra a luta, das irmãs Grimké pela libertação dos escravos e pelos direitos de igualdade tanto dos escravos quanto das mulheres.
Baseado em fatos verídicos é um livro que vai mexer profundamente com você.
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Fernanda 12/03/2014

Resenha: A Invenção das Asas
Resenha: “A invenção das asas” possui uma narrativa profunda, sensível e sutil. O jeito como Sue Monk Kidd escreve é literalmente ‘de cortar o coração’ em todos os sentidos. O leitor se sente extasiado por poder acompanhar algo surreal e ao mesmo tempo tão realista. Mas principalmente por ficar sem palavras em diversos momentos, e mesmo depois de finalizar a leitura, a história não sai da cabeça tão facilmente. Cada trecho possui uma mensagem nas entrelinhas e leva a crer que sempre existe mais do que se pode imaginar.

Há uma divisão de seis partes na obra, entre os anos de 1803 à 1938. São momentos relevantes e desvendados com clareza e discrição. A narração se alterna entre Encrenca e Sarah. Hetty “Encrenca” Grimké se mostrou muito esperta, um tanto quanto engraçada, irônica e ousada desde pequena. É o tipo de personagem que se destaca logo no início e tem muito mais a ensinar ao longo dos acontecimentos. Encrenca era seu nome de berço (sendo que havia o nome oficial) e, com certeza, fazia jus ao nome e apesar de ser escrava, não se intimidava com qualquer coisa e era bem indelicada e observadora.


CONFIRA A RESENHA COMPLETA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2014/03/resenha-invencao-das-asas-sue-monk-kidd.html
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Paulo2093 08/01/2024

Uma metáfora para a vida
A invenção das asas

O título é uma metáfora, que significa que podemos "voar" para onde quisermos e como quisermos.
Sarah é uma garota branca que sonha em ser advogada e acabar com a escravidão. Hetty ( Encrenca) é uma garota negra que sinhá em ser livre.
Ambos os sonhos parecem impossíveis em início do século XIX, mas juntas, aprendem a torna-los possíveis e, para isso enfrentam todas as regras da sociedade em que vivem.
O livro não só retrata a escravidão negra dos Estados Unidos, mas também o preconceito para com as mulheres. Para os homens daquela época, mulher era para casar e ter filhos. Podemos ver como a religião era conivente tanto com a escravidão como a servidão das mulheres.
É um livro envolvente, onde a autora faz o leitor viver o período da infância até a fase adulta das protagonistas. Mostra como os escravos eram tratados e as leis que protegia os donos de escravos que podiam fazer o que bem entendesse com sua "mercadoria", seja mulher, idosos ou crianças.
Acredito que este seja o melhor livro que estou a ler este ano.
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Amanda Azevedo 10/02/2014

A Invenção das Asas — Sue Monk Kidd

A Invenção das Asas foi o meu primeiro contato com a autora Sue Monk Kidd, mas seu nome não era estranho para mim, pois já tinha ouvido falar — muito bem — de outro livro de sua autoria, A Vida Secreta das Abelhas. A minha primeira experiência com a autora foi maravilhosa, seu lançamento de 2014 traz uma história comovente e, baseada em fatos e personagens reais.

O livro é narrado, em primeira pessoa, sob o ponto de vista de duas personagens: Hetty — ou Encrenca — e Sarah. Os capítulos vão se alternando entre a narrativa das duas e, através deles vamos acompanhar a trajetória dessas mulheres ao longo de 35 anos. O fato de o livro ser em primeira pessoa enriquece a história, pois com isso é possível que o leitor se sinta mais íntimo das personagens. O vínculo criado entre leitor-personagem-história fica mais intenso.

Sarah Grimké é filha de um aristocrata, um juiz de grande renome e proprietário de escravos. Hetty é uma das escravas na propriedade da família Grimké, em Charleston, Carolina do Sul. A princípio, elas podem parecer bem distintas, mas existe algo em comum dentro delas: uma inquietação, uma insatisfação, e isso fará toda a diferença.

A história tem início em novembro do ano de 1803 com o aniversário de 11 anos de Sarah e o seu presente é uma escrava, a Encrenca, que tinha apenas 10. Desde o primeiro momento, Sarah tem repudio a essa ideia de ganhar uma pessoa de presente. Desde muito nova ela demonstrava ter ideias abolicionistas. Mas além de muito jovem, ela era mulher. Então, até certo tempo, suas vontades e seus pensamentos, eram quase que completamente ignorados. E, muitas vezes, quando ela tentava mudar, um pouco, a realidade ao seu redor, ela era punida por isso.

‘“Mamãe, por favor, deixe... deixe-me devolver Hetty pra você.” Devolver Hetty. Como se ela fosse minha. Como se ter pessoas fosse tão natural quanto respirar. Apesar de toda a minha resistência em relação à escravidão, eu respirava aquele ar doente também.’ — Página 21

No livro, a autora resolveu dar voz a Sarah Grimké, mas ela não travou essa batalha sozinha. Juntamente com sua irmã mais nova, Angelina, elas se tornaram uma das maiores abolicionistas dos Estados Unidos. A diferença de idade entre Sarah e Angelina — ou Nina — é grande — treze anos —, então a Angelina demora um pouco para aparecer na história, mas nem por isso sua presença deixa de ser marcante.

Na infância e início da adolescência, o desagrado da Sarah em relação à escravidão é forte. Mas, por volta dos seus dezessete anos, percebemos que, por mais que esse fato ainda a incomode bastante, as suas tentativas de alterar algo dessa realidade, ameniza um pouco. Mas como sua irmã, Angelina, nutre os mesmos anseios de mudança, elas acabam reunindo forças e descobrindo a coragem e potencial que possuem, e assim elas se unem ainda mais e abraçam a causa juntas.

É inevitável que a narrativa se torne triste em alguns momentos. E isso acontece por vários motivos: as punições que os escravos sofrem; a tristeza que os assola quando um deles é vendido, pois eles criam laços, mas em um dia qualquer um deles pode ser levado para outro lugar e nunca mais terão notícias uns dos outros; e a situação de desalento que as irmãs Grimké se encontram algumas vezes, como elas abriam mão das coisas para continuar seguindo o que elas tinham como objetivo maior em suas vidas.

“Escolhi o arrependimento com o qual poderia viver melhor, só isso. Escolhi a vida à qual pertencia.” — Página 256

Por mais que a narrativa seja triste em alguns momentos, o livro nos apresenta uma história bonita. E digo isso pelo fato das personagens continuarem acreditando mesmo diante das dificuldades. Vez ou outra a crença que elas depositavam na mudança vacilava, e isso é normal. Quando queremos que algo aconteça, mas o resultado demora aparecer, ficamos desiludidos, às vezes. Mas mesmo com os obstáculos elas não deixaram seus desejos morrerem, mesmo que o desânimo as assombrasse em alguns momentos, elas continuaram tentando. Talvez o grande segredo esteja justamente nessa palavra: tentar. A mudança pode não acontecer nem no momento, nem do jeito que você espera, mas da sua coragem, da sua vontade, vai resultar algo.

Sinto que poderia escrever sobre esse livro e seus personagens durante horas a fio. Porque a partir das escolhas que fizeram, é possível absorver uma infinidade de coisas. É a história de duas mulheres lutando não somente contra a escravidão, mas lutando também pela igualdade racial e pelos direitos das mulheres. É a história de duas escravas incapazes de aceitarem a situação que se encontravam. É uma história intensa escrita por pessoas de coragem.


site: http://www.lendoecomentando.com/
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spoiler visualizar
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Ri :) 18/09/2021

Trouxe inúmeros pontos para refletir sobre feminismo, interseccionlidade, patriarcado e as avenidas opressoras que o racismo percorre com tanta facilidade. Recomendo!
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Kelly.duarte 09/06/2023

Li esse livro depois de ver alguém no Instagram indicando, ele estava no meu radar há anos, realmente é um bom livro, mas esperava algo mais, não sei o que, mas esperava. Porém é uma história ótima para quem quer ter algum contato com a época da escravidão, e conhecer sobre pessoas que tentaram melhorar a vida dos escravos e serem pessoas a frente de seu tempo, e que por serem mulheres ficaram esquecidas.
Paulo2093 08/01/2024minha estante
Eu também tive essa mesma sensação de esperar algo mais. No início Sarah e Encrenca pareciam tão fortes e donas de si, mas foram esfriando e se entregando, para só no final decidirem suas vidas, já com mais de 40 anos.




Vinder 30/08/2023

Ótimo livro sobre 2 cidadãs estadunidenses que lutaram pelo direitos das mulheres e pelo fim da escravidão nos Estados Unidos. Romance com viés histórico que vale a pena!
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Ari Phanie 15/01/2022

"Você tem razão, a única salvação é aquela que nós mesmos nos damos."

Eu esperava que essa fosse ser uma leitura comovente como a sinopse anuncia, mas não esperava a intensidade e carga emocional que a história traz. Foi uma leitura extremamente difícil, do começo ao fim.

A história é ambientada no sul escravocrata de 1800 e tem como protagonistas duas garotas; Sarah, filha de uma família conservadora e rica, e Hetty "Encrenca" escrava na casa dessa família. As meninas desenvolvem um laço quando Hetty é "dada" de presente para Sarah em seu aniversário de 11 anos. Muito antes dessa data, Sarah tem um entendimento sobre a escravidão que é totalmente contrária ao que seu ambiente dita. E sua luta contra esse sistema se inicia exatamente nesse período, que é quando ela começa a ensinar Hetty a ler e escrever. Hetty por outro lado entende desde que nasceu que a escravidão não é natural e não é justa, mas há muito pouco que ela pode fazer. Sua mãe Charlotte, no entanto, é a inspiração que ela precisa pra ser audaciosa nesse mundo opressor. As duas garotas tem sonhos, e o cerne deles é ser livre, então vamos acompanhando as duas nessa luta durante vários anos de suas vidas. E nenhuma das duas tem vidas fáceis. E é extremamente angustiante ver toda a dureza e perversidade que fazem parte da vida da Hetty; uma vida com pouquíssimas e fugazes distrações, mas diárias humilhações, trabalhos forçados e punições. Eu sentia uma raiva intensa em cada capítulo da Hetty e isso não é novo. Cada vez que leio sobre a escravidão não tem como não se enfurecer. Estupidez e crueldade criam muitos monstros disfarçados de "cidadãos de bem" que só seguem as convenções sociais. Mesmo vivendo nesse mundo, Sarah era contra tudo que a cercava. Era contra a escravidão de pessoas e contra a desigualdade de gênero. Mas suas opiniões e seus sonhos estavam sendo constantemente esmagados, e ela vivia em uma eterna frustração, até que resolve sair de Charleston indo para o Norte onde seus ideais abolicionistas encontravam eco. Mas mesmo em um lugar supostamente avançado em algumas coisas, continuava atrasado em outras. A história das duas protagonistas é incrível, e cheia de dores e medos, mas elas conseguem trilhar seus caminhos em busca da liberdade sonhada desde crianças.

Esse livro foi uma grata surpresa, e também me surpreendeu saber que Sarah Grimké realmente viveu, e foi uma grande e influenciadora abolicionista e sufragista que viveu - ao lado da sua irmã Angelina - para essas duas lutas. Hetty é totalmente ficcional, mas a história dela poderia ser a de qualquer outra garota negra que nasceu naquele período de tempo. Como ela, todas aquelas mulheres negras foram guerreiras com corpos acorrentados, mas não suas almas. E graças à Deus, houveram exceções como Sarah e Angelina Grimké entre a escória.

"O preconceito de cor é a base de tudo. Se não for consertado, as dificuldades dos negros continuarão muito além da abolição."
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Zanucoli 21/01/2022

Leiam
Sarah e Angelina foram revolucionárias.
5 estrelas são pouco para essa história.
"Permanecer em silêncio frente ao mal é, em si, uma das formas do mal.
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Quequel 02/05/2021

Eu não sei como descrever essa história.
A leitura flui incrivelmente bem, a escrita é ótimo e os capítulos mais curtos, com dois pontos de vista tornam a experiência ainda melhor.
O livro é meio que uma biografia ficcional da Sarah Grimké e, mesmo sendo ficção, a história é muito real e evoca muitas emoções no leitor.
Eu não consigo nem começar a descrever tudo que eu senti lendo esse livro, não é uma leitura onde você acaba o livro é pronto, você fica pensando nele depois.
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Laísa 13/08/2020

Recomendo!
" o que é moralmente correto um homem fazer é moralmente correto uma mulher fazer ." Carta sobre igualdade dos sexos Sarah Grimke
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Pripec 22/06/2014

Meu corpo pode ser escravo, mas não minha mente.
Esta parte do livro em que coloquei como título, foi a mais marcante para mim.
Uma fala de Hetty Encrenca: " Ela estava presa como eu , mas presa por sua mente, pela mente das pessoas em volta dela, não sei. Na Igreja Africana, Sr. Vesey dizia: " Cuidado , você pode ser escravizado duas vezes, uma vez pelo corpo e uma vez pela mente". Tentei dizer isso para ela ( Sarah ) . Falei " Meu corpo pode ser escravo, mas não minha mente."
Não vou colocar como spoiler pois é uma parte do livro que não revela nada que possa atrapalhar ou interferir na leitura de outras pessoas.
Todo o livro é divido entre as narrações em primeira pessoa de Sarah e Hetty, a branca e "sua escrava", uma amizade complicada, um amor de certa forma escondido até delas duas.
Muitas partes me comoveram e é difícil saber, que apesar de se tratar de uma parte da história americana, ela pertence a humanidade.
Me surpreendeu a luta também , além da escravidão, pelo direito da mulher.
Após o fim do livro existe uma nota da escritora, que para mim foi muito importante. Mostra uma grande pesquisa realizada por ela para poder escrever este romance e os detalhes históricos agregam ao leitor muitos conhecimentos sobre o tema da abolição.
Indico este livro como forma não só de lazer e prazer a leitura, mas também como forma de reflexão e conhecimento da História da nossa humanidade.
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Natalia Noce 04/01/2021

Esse é o segundo livro que leio da autora e assim como A Vida Secreta das Abelhas foi maravilhoso.

Nossas personagens principais são Hetty "Encrenca", uma menina nascida escrava, e Sarah, uma das crianças da casa grande. Apesar de estarem no mesmo local a vida inteira seus destinos efetivamente se cruzaram quando aos onze anos Sarah ganhou Encrenca como presente de aniversário. Sarah mesmo tão nova já abominava a idéia da escravatura e se recusava a ter um ser humano como propriedade e Encrenca só queria ser livre.

Vemos a vida dessas duas personagens se desdobrarem durante todo o livro, as dificuldades e crueldades da vida de escravo de Encrenca e as limitações que Sarah, uma menina super inteligente e cheia de sonhos, tem por ter nascido mulher. A linda amizade que surge entre as duas é o que nos leva ao ponto final da trama, é muito lindo ver seus caminhos e o que no fim as duas conseguiram conquistar.

Outro livro cheio de sensibilidade e amor da Sue Monk Kidd.
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Tili Oliveira 05/11/2014

Choro e orgulho
Eu simplesmente chorei! Do começo ao fim do livro.
Umas vezes o choro foi de agonia, outras de alegria, outras de desespero, até que, no final, eu chorei de gratidão por ser mulher, negra, feminista e livre.
Inventar suas asas, sim, é possível!
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