A Invenção das Asas

A Invenção das Asas Sue Monk Kidd




Resenhas - A Invenção das Asas


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MARCIA 10/07/2014

Muito bom!
Um livro tocante, que fala de amizade, da luta anti escravidão no final do século XIX e da dificuldade em ser mulher. Super recomendado!!!
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Leitora Viciada 28/07/2014

É clichê, porém inevitável, dizer que não sei resenhar um livro que me comoveu bastante. A Invenção das Asas se tornou um dos meus preferidos ainda mesmo durante a leitura.
É meu primeiro contato com a autora Sue Monk Kidd. Havia apenas assistido à adaptação homônima para o cinema de seu romance A Vida Secreta das Abelhas - sem saber que o filme era baseado em livro. Após ter me apaixonado pela escrita da autora em A Invenção das Asas publicado pela Editora Paralela, espero em breve conhecer mais de Sue Monk Kidd.
É um livro de forte impacto, que conta histórias de mulheres fortes.

A autora, que mora na Carolina do Sul, desejava escrever um romance que contasse a história de duas irmãs. Durante uma visita ao Brooklyn Museum, em Nova York, ela descobriu sobre quais irmãs escrever. Ao ler as centenas de nomes de mulheres que contribuíram para a História na Galeria Biográfica, ela encontrou os nomes de duas irmãs que viveram em Charleston, Carolina do Sul: Sarah e Angelina Grimké. Ao ir embora, Sue Monk Kidd se perguntava: Como viveu tanto tempo na mesma cidade dessas figuras históricas sem conhecer nenhum vestígio delas?
Sarah e Angelina Grimké, duas das primeiras agentes femininas abolicionistas e duas das primeiras importantes pensadoras feministas americanas. Mulheres revolucionárias.

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada.
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2014/07/a-invencao-das-asas-de-sue-monk-kidd-e.html
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Manuella_3 10/09/2014

A Invenção das asas é um romance que comove, apaixona e aproxima o leitor do drama da escravidão. Fatos e personagens históricos são inseridos na ficção para recontar a história das irmãs Grimké, abolicionistas e feministas norte-americanas do século XIX. Lutando corajosamente pela liberdade dos escravos, as duas mulheres também empreenderam uma batalha contra a desigualdade de gênero.

Tendo como cenário a cidade de Charleston, no sul dos Estados Unidos, início do século XIX, a narrativa alterna os capítulos com as vozes de Sarah Grimké e Hetty ‘Encrenca’, respectivamente sinhazinha e escrava. Ao longo de mais de trinta anos acompanhamos a luta dessas mulheres, desde a infância, quando ‘Encrenca’ é dada para Sarah como presente de aniversário, para servir-lhe de companhia. A recusa de Sarah em apropriar-se da garota inicia a luta que travará até o fim de seus dias.

Sob a perspectiva de Sarah, a autora fala da eminente abolicionista que reivindicou mais que a libertação dos escravos: queria uma sociedade justa e a pacifica convivência entre brancos e negros, homens e mulheres. Ainda menina, horrorizada com as punições impostas aos escravos, demonstra claro interesse pela área jurídica, influenciada pelo pai (juiz conceituado), sonhando ser advogada. Coisa impossível para a época, quando as mulheres não tinham outro destino que não fosse um bom casamento, a criação dos filhos e os cuidados com a casa e a criadagem.

“Eu não sabia explicar à época como uma árvore mora dentro de sua semente ou como eu de repente soube que do mesmo modo enigmático algo vivia dentro de mim - a mulher que eu me tornaria -, mas eu parecia saber subitamente quem ela era.” (Sarah, p. 24)

Hetty ‘Encrenca’ - cuja alcunha é seu ‘nome de escrava’ - é uma personagem cativante, que transita entre a dor e a esperança. Ao lado da mãe, a escrava e exímia costureira Charlotte, alimenta o sonho da liberdade enquanto realiza pequenos atos de rebeldia, como escape e vingança contra as exigências e crueldades da Sinhá Mary Grimké.

“Minha mamã era esperta. Não aprendeu a ler e escrever como eu. Tudo que ela sabia vinha do pouco de misericórdia que ela encontrou na vida.” (Hetty 'Encrenca', p. 9)

Com a impossibilidade de emancipar a escrava e tendo-a como dama de companhia, Sarah decide tratá-la da melhor forma, como a uma amiga. Liberta-a, então, da ignorância: com os poucos livros a que tem acesso, ensina Hetty a ler e discutir ideias, contrariando a lei que proibia a alfabetização dos escravos. Até que a esperta ‘Encrenca’ é descoberta escrevendo e Sarah é castigada com a interdição da vasta biblioteca do pai, único interesse e passatempo da garota. Não poderia ser pior.

Enfrentando uma gagueira de origem emocional sempre que precisa impor sua opinião, Sarah decide incutir na irmã mais nova, Angelina (Nina), suas convicções sobre a libertação dos escravos. Juntas, Sarah e Nina combatem preconceitos, enfrentam seus pais, irmãos e a sociedade escravagista do Sul. Recusam casamentos que as fariam bem aceitas na sociedade - e o que era esperado das mulheres, obviamente. Seguem para o Norte dos EUA, onde encontram espaço para reivindicar suas posições políticas e sociais, auxiliadas pelos apoiadores das novas ideias abolicionistas. Sarah e Nina não desistem de suas lutas em favor do que pensam. Poderiam muito bem permanecer quietas e obedientes, mas encaram a ira da sociedade e a perseguição religiosa.

Sarah, Nina e Hetty ‘Encrenca’ batalham o quanto podem, cada vez mais rebeldes, cada uma à sua maneira. Sarah é mais polida e comedida e, ao longo do tempo, amadurece e fica mais segura para mudar o jogo. Nina é atrevida e impulsiva, fala o que vem à cabeça e recusa-se, terminantemente, a ser domada pelos costumes e regras da sociedade da época. À ‘Encrenca’ cabe lutar (em segredo e perigosamente) pelos sonhos que acalentou com a mãe: o de comprar sua liberdade ou fugir, em último caso.

“Havia tanto no mundo para ter e não ter.” ('Hetty' Encrenca, p. 37)

Unindo as pontas dos extremos, a autora insere o leitor numa visão privilegiada dos sentimentos, pensamentos e argumentos das protagonistas Sarah e Hetty ‘Encrenca’. Embora tenha uma vida abastada e cheia de facilidades, a sinhazinha é refém das escolhas que não fez. A certa altura, ‘Encrenca’ pressiona sua ‘dona’: “Eu sou presa pelo corpo mas você é presa pela mente”. É uma frase que resume metade do livro.

A Invenção das Asas é um livro que rapta o leitor para uma viagem no tempo, em descrições perfeitas de uma época de medo, lutas, dor e preconceito. Um romance sinestésico, que exprime as sensações, a temperatura e os cheiros que cercam todos os personagens. Uma trama histórica, cujas personagens de fato existiram, delineadas com sensibilidade pela talentosa Sue Monk Kidd. É, ainda, um resgate documentado numa escrita irretocável, que apresenta aos leitores a coragem dessas mulheres que viraram o mundo de ponta-cabeça. Creio que todos deveriam conhecer esta história.

Resenha publicada no blog As meninas que Leem Livros:
http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2014/06/a-invencao-das-asas-sue-monk-kidd.html
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Fer 09/01/2020

Surpreendente e apaixonante
Ganhei esse livro e confesso que torci o nariz por não ser fã de romances. Mas trata-se de um livro forte, feminista, antiescravagista, antirracismo, que coloca sua heroína como uma mulher além do seu tempo. Amei. E amei mais ainda quando soube que era baseado em uma história real. Leiam até a última página.
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Portal JuLund 05/10/2015

A Invenção das Asas, resenha @EditoraParalela
Sarah Grimké é filha de um rico aristocrata e ao completar 11 anos ganha uma escrava de presente, Encrenca, uma menina de 10 anos, possuírem coisas tudo bem, mas possuir outra pessoa é algo inaceitável, só que não era esse o pensamento no século XIX.

Baseado em uma história real o livro segue o desenvolvimento de Sarah e Encrenca, claro que foram pincelados inúmeros detalhes para dar mais leveza à história de uma das maiores abolicionistas dos Estados Unidos.

Leia a resenha completa em:

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/invencao-das-asas-resenha-editoraparalela
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Fernanda 25/07/2014

“Meu corpo pode ser escravo, mas não minha mente. Pra você é o contrário.”
Um dos melhores livros que li esse ano, A Invenção das Asas conta a incrível história de Sarah Grimké e Hetty “Encrenca”. Sarah, uma garota de família escravocrata da alta sociedade de Charleston, que sonhava em ser advogada no início do século XIX, uma época em que mulheres não estudavam. E Hetty, uma escrava que foi dada a Sarah em seu 11° aniversário como dama de companhia. A história do livro narra, ao longo de 35 anos, a trajetória de duas mulheres que questionavam as regras da sociedade em que viviam, e que buscavam criar suas próprias asas.

A narrativa do livro é alternada entre as duas personagens, e podemos acompanhar com detalhes a vida tão diferente de duas mulheres que lutaram pelo mesmo objetivo: Liberdade. Sarah desde nova quis se tornar uma grande advogada, inspirado em seu pai, um juiz de grande prestígio. Ela vivia em uma época onde a única preocupação de uma mulher era ter um bom casamento e filhos, mas Sarah desde nova seguia o sentido contrário determinado pela sociedade e sempre se preocupou muito com questões abolicionistas, feministas e de igualdade social.

Encrenca desde nova foi alimentada por sua mãe Charlotte com histórias africanas sobre os negros e a liberdade. Ela sempre foi bem ciente do que não poderia fazer por ser uma escrava, mas sempre buscava burlar as regras impostas, a se rebelar como pode, e a criar as suas asas mesmo que aos poucos. A vida dela se cruza com a de Sarah Grimké quando, no aniversário de 11 anos de Sarah, Hetty “Encrenca” é dada de presente como dama de companhia. Sarah tentou recusar o “presente”, e chegou a escrever uma carta libertando Hetty, mas que de nada adiantou. E foi uma das primeiras vezes que ela percebeu o quanto não tinha voz alguma e que decidiu não só ser amiga de Hetty, mas também de libertar a escrava da única forma que podia: A ensinando a ler, o que era contra a lei.

Durante a leitura acompanhamos as lutas de ambas as personagens, e tudo o que tiveram de enfrentar ao longo dos anos, desde crianças. Com uma narrativa tocante e sensível aos fatos, nos comovemos com a narrativa pelos olhos de Hetty, nos mostrando com detalhes o sofrimento, a dor, as humilhações que os escravos passavam. E acompanhamos as lutas de Sarah, a sua busca na descoberta de como mudar sua realidade, tentando encontrar o seu caminho. Durante a leitura torcemos por sua vitória ao tentar aos poucos mudar aquela sociedade e buscando ter voz. Coisa que ela não fez sozinha, pois teve ajuda de sua irmã mais nova, Angelina (Nina), que compartilhou e foi inspirada por seus objetivos de vida.

Me surpreendi com a nota da autora ao terminar a leitura do livro, pois descobri que Sarah e Angelina Grimké realmente existiram! As irmãs foram as primeiras agentes femininas abolicionistas e umas das primeiras entre as importantes pensadoras feministas americanas. Sarah foi a primeira mulher nos Estados Unidos a escrever um manifesto feminista abrangente, e Angelina foi a primeira mulher a falar diante de um conselho legislativo. A autora conta a jornada dessas mulheres misturando fatos reais com uma boa dose de ficção, e foi realmente incrível acompanhar todas as lutas e conquistas das personagens desse livro.

A Invenção das Asas faz com que o leitor mergulhe em outra época, e sinta tudo o que as personagens sentiram durante a narrativa dos fatos, que é rica e detalhada. Uma história com personagens de muita coragem, mulheres heroínas que lutaram por voz, e que é impossível não admirá-las! O livro é cheio de acontecimentos, tem uma história ampla sobre a trajetória de cada uma, contém vários outros personagens que não mencionei e algumas reviravoltas. Seria impossível contar tudo isso em uma resenha, por isso, não deixem de ler. É um livro realmente marcante. Leitura mais do que recomendada!

site: http://viciosemtres.blogspot.com.br/
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Renata 23/07/2014

Muitas lições em um só livro!
Triste e profundamente humano, "A invenção das Asas" é baseado em personagens e fatos reais. O livro conta a história de Sarah Moore Grimké, feminista e abolicionista norte-americana. Narrada em primeira pessoa, a obra se alterna em relatos de duas mulheres separadas pelos níveis sociais, mas unidas pelo sentimento de opressão, por sonhos que parecem impossíveis e pelo desejo latente de serem, cada uma a seu modo, livres: Sarah e Hetty "Encrenca".

A primeira, pertencente à aristocracia abastada de Charleston, foi criada para ser a típica dama do século XIX. Apaixonada pelos livros, com o sonho de ser advogada e tendo ideias revolucionárias para a época, Sarah luta contra o aprisionamento de sua mente e crenças. Já Hetty, escrava com 10 anos de idade, foi o presente que Sarah recebeu, apesar de todas as recusas, no seu aniversário de 11 anos.

Através dos relatos de Hetty nos aproximamos do cenário doloroso da escravidão. Em algumas partes, os açoites, as punições, atrocidades e dificuldades nos parecem tão reais que sentimos o sofrimento de uma pessoa presa pela sua cor, mas que carrega na alma a esperança da liberdade. Hetty é cativante e graças a sua inocência o livro apresenta passagens mais leves e até engraçadas.

Igualmente somos levados a sentir a angústia de Sarah e a torcer por ela, que além de ser contra a sociedade escravista sonha com um futuro onde ela própria possa ser livre. Com Sarah, abraçamos sua causa e esperamos (torcemos mesmo!) que ela encontre seu senso de "pertencimento".

O livro é dividido em seis partes. Do começo ao seu fim, são 35 anos da trajetória de Sarah e Hetty. Além das duas, também nos apegamos a outros personagens, como é o caso de Angelina (personagem real da história dos EUA), irmã mais nova de Sarah que se unirá à luta para abolir a escravidão no sul dos Estados Unidos.

Juntas, as irmãs Grimké são hoje as primeiras mulheres abolicionistas norte-americanas. As duas tinham como objetivo a emancipação dos escravos e a igualdade de raças - ideia considerada extremista até mesmo para os abolicionistas.

Nesta obra, Sue Monk Kidd atinge profundamente o leitor pela riqueza de detalhes históricos, pela força dos sentimentos expressos e acuracidade de descrições de um período triste da história. Sue consegue ainda tocar em cheio o coração daqueles que mesmo em tempos atuais anseiam pela liberdade.

“Meu corpo pode ser escravo, mas não minha mente. Para você, é o contrário.” - Hetty para Sarah.
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Fê Rodrigues 24/04/2014

[Resenha] A invenção das asas, de Sue Monk Kidd
Indicado pela Oprah em seu clube do livro, A invenção das Asas, romance-histórico escrito por Sue Monk Kidd; retrata, de maneira brilhante, a vida das irmãs abolicionistas Sarah e Angelina Grinké, que viveram durante a época da colonização americana. A narrativa nos é apresentada pelas duas personagens principais: Sarah Grinké, filha de uma família tradicional de escravocratas do sul dos Estados Unidos, e Encrenca, sua escrava que sonha em ser livre. O fato de termos os dois pontos de vistas ali apresentados já é uma mostra da personalidade e genialidade da narrativa de Kidd: ela tem o poder de deixar os leitores ansiosos pelos pormenores da história e, ao mesmo tempo, na torcida para que as duas protagonistas realizem os seus desejos.

Tudo começa com a sagacidade da pequena Sarah. Ela, que sempre gostou de estudar, sonhava em ser advogada e discutia por horas a fio com o seu irmão sobre os assuntos da sociedade. A menina sempre demonstrou uma tendência abolicionista e se tornou uma leitora sagaz, uma vez que seu pai neglicenciava propositalmente as suas idas à biblioteca da família. Ao completar 11 anos, Sarah vê sua vida mudada. Ela é obrigada a fazer parte da vida social da sua cidade natal e, como parte deste processo de crescimento, ganha de presente uma escrava, a miúda Hetty Grinké, chamada gentilmente por todos por Encrenca.

Embora o papel de Encrenca seja o de assumir o lugar de dama de companhia de Sarah, o presente a enfurece. Para ela, os seres humanos devem ser livres. E como libertá-los? Bem, já que ela não pode recusar a Encrenca, ensinou-lhe a ler. É claro que o seu ato trouxe várias consequências difíceis tanto para Sarah, quanto para Encrenca. Enquanto esta foi punida fisicamente, aquela foi proibida de ter contato com o seu maior bem: os livros.

A beleza da obra passa a transpor a narrativa: ela vai ao cerne de cada personagem. Além da força e determinação de Sarah e de Encrenca, deparamo-nos com Charlotte (mãe de Encrenca) e Nina (apelido carinhoso de Angelina Grinké, irmã mais nova de Sarah). Todas elas são fortes, batalhadoras, sonhadoras e, sobretudo, determinadas a encontrarem as asas que lhe darão a devida liberdade.

As irmãs - juntas ou não - quebram os paradigmas sociais ajudando os escravos a passearem, ensinando-os a ler, lutando por seus direitos. É claro que elas foram punidas por isso, chegando a ser expulsas de diversos tipos de comunidades a que pertenciam. Por outro lado, foi justamente que a colocaram em destaque como as primeiras abolicionistas americanas e inspiração para a obra de Kidd.

Encrenca e sua mãe - que são personagens fictícios - não têm menor importância. Elas são responsáveis por nos fazer refletir sobre as atrocidades cometidas contra negros feitos de escravos (seja em qual parte do continente isso tenha acontecido) e também nos fazem pensar se nós não estamos sendo escravos de nossa própria mente.

Historicamente falando, é interessante observar também como homens e mulheres se relacionavam e como a autora expressa isso nos diferentes núcleos, com os diferentes pares (irmãos com irmãs, pais e filhos, maridos e esposas, fiéis e reverendos, escravos e seus donos). Também é notável as diferenças entre as vertentes do protestantismo da época e as suas formas diferenciadas de olhar para a questão da escravidão.

A invenção das Asas é uma obra belíssima que enche a vida dos leitores com sua força e coragem. É uma leitura agradável que merece ser feita com todo o carinho e que nos leva a reflexões profundas sobre a nossa relação com o mundo.

site: http://nossocdl.blogspot.com/2014/04/resenha-invencao-das-asas-de-sue-monk.html
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Michelli Prado 27/08/2017

A visão de duas personagens: A escrava e sua sinhá. O objetivo? A liberdade!
Aquela historia que te faz repensar o sentido da palavra liberdade. Ao terminar senti orgulho por ser mulher e viver em uma época diferente, e que como podemos evoluir como pessoas ainda. Sarah e Encrenca nunca serão esquecidas no meu coração!
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Bruna.Patti 20/10/2017

A invenção das asas
Hetty “Encrenca” Grimké: uma menina que era escrava e foi dada de presente à uma outra menina de sua idade quando tinha 10 anos. Seu nome de “branco” é Hetty, mas tradicionalmente os negros davam nomes aos seus filhos que correspondiam às características percebidas de sua própria personalidade, por isso Encrenca. Sarah Grimké: filha de juiz, moradora da Carolina do Sul, abolicionista, e feminista. A obra em questão tem essas duas protagonistas, e retrata a vida das duas durante 35 anos. Baseado na figura histórica de Sarah Grimké, uma abolicionista e feminista que acreditava que os negros eram iguais aos brancos, no século XIX, na Carolina do Sul, altamente escravocrata e racista.

Hetty, quando tinha 10 anos foi dada como propriedade para a Sarah quando esta fez 11 anos, mesmo Sarah tendo sido contra a posse de pessoas. Desde pequena, Sarah acreditava que negros e brancos eram pessoas iguais e deveriam gozar dos mesmos direitos. Desde pequena, lutava para se libertar de uma sociedade conservadora, preconceituosa, inclusive para se libertar de sua própria família. Já Hetty, sempre sonhou com a liberdade, para si e sua mãe, Charlotte. Desde criança, acompanhava os castigos desumanizantes que os negros escravizados sofriam. Esse é um livro feminista, pois mostra a luta por liberdade e emancipação de duas mulheres, claro que em graus diferenciados. Podemos perceber isso com a fala de Hetty quando se dirige à Sarah:

“Eu sou presa pelo corpo, mas você é presa pela mente.”

Um ponto muito importante que podemos perceber no livro é a legitimação da escravidão por parte da igreja. Em alguns trechos em que a Sarah está na igreja, podemos perceber como os dogmas da igreja contribuíram para a perpetuação da escravidão no Sul dos Estados Unidos. Um exemplo que podemos observar, e que foi verídico, conforme informado pela autora, foi o fato de Sarah ensinar crianças escravizadas a ler na aula de catequese e ser punida pelo padre por conta disso. Sarah também tenta fazer a libertação de Hetty, da maneira como ela pode quando é pequena, ensinando a pequena Encrenca a ler.

Podemos perceber a visão que os escravos possuíam do Deus retratado pela igreja, por conta da legitimação da escravidão por parte da Igreja, nesse trecho de Encrenca:

“Carregava a imagem de Deus na minha cabeça. Um homem branco, segurando uma bengala como a sinhá ou evitando escravos como o senhor Grimké.”

A obra mescla capítulos em que a narração fica por conta de Sarah e outros capítulos que fica por conta da Hetty. Com isso, podemos ler e conhecer o lado da escravidão vivido e sofrido pelos próprios escravos. Quando elas são crianças ainda, podemos perceber como a Sarah tem direito a ter sonhos, perspectivas de vida, enquanto a Hetty tem a sua infância negada.

Podemos perceber a trajetória tão importante das irmãs Grimké, não somente a Sarah, mas também sua irmã Angelina, que foram abolicionistas e defendiam o direito da mulher e dos negros de serem tratados como iguais na sociedade. Repare, elas iam além do que estava imposto, visto que mulheres não poderiam falar em público, muito menos defender a ideia de que negros eram iguais aos brancos. Nessa época, o Norte dos Estados Unidos já condenava a escravidão, porém não existia a defesa de igualdade racial. Elas foram mulheres que abdicaram de riquezas, famílias em prol de perseguir seus sonhos de liberdade.

A metáfora estabelecida pelo título da imagem é sensacional. Os negros são tratados como criaturas dotadas de poder e mágica, na sua terra Natal e possuíam asas, que são cortadas quando são levados à força pelos diversos locais onde a escravidão ocorreu.

O livro é antes de tudo um livro sobre amizade, sobre amor entre mulheres, não no sentido sexual do termo, mas em relação a amizade, parceria, que é abordada de forma sutil e muito bem construída ao longo de toda a trama.

A autora é uma mulher branca, por conta disso, devemos refletir sobre o motivo de muitas autoras brancas conseguirem escrever sobre a época da escravidão e racismo, e fazerem tanto sucesso e gerarem comoção com suas obras, enquanto obras de escritoras negras não alcançam o mesmo sucesso. É necessário que cada vez mais as próprias protagonistas pertencentes às minorias marginalizadas sejam capazes de escrever sobre suas próprias histórias e alcançarem igual sucesso e comoção às escritoras brancas.

Recomendo fortemente a leitura, por todos os motivos já mencionados. Fecho a resenha com uma frase que me fez refletir muito acerca do conteúdo do livro, fala proferida pela Encrenca:


“Permanecer em silêncio frente ao mal é em si uma das formas do mal.”

LINK DO MEU BLOG ABAIXO:

site: http://abiologaqueamavalivros.blogspot.com.br/2017/10/a-invencao-das-asas.html
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Juliano 10/01/2018

Um carinho literário
Um romance lindo, para ser saboreado.
Sue tem um poder narrativo envolvente, sabe mesclar sua ficção com história de fato de maneira ímpar, sem que pareça forçado ou demasiadamente didático.
As vidas entrelaçadas da pequena filha do escravocrata (Sara) com a da pequena escrava (Hetty "encrenca") são de encher os olhos de lágrimas de alegria e tristeza. Ao passo que a autora retrata período da escravidão americana.
Vale da página virada.
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FabyTedrus 21/11/2018

A Invenção das Asas - Sue Monk Kidd
Li há pouco tempo uma resenha que contava o começo do livro quando, no seu aniversário de 11 anos, Sarah ganha a Hetty 'Encrenca', uma escrava de presente, e no dia seguinte, faz uma carta de alforria, que é negada pelos seus pais. Tudo começa por ai, inclusiva a minha curiosidade de ler o livro e alias, que livro!
A história é mistura realidade e ficção, as duas realmente existiram o que faz tudo ser ainda mais intenso. É um livro muito atual em vários quesitos, por mais que ele retrate uma realidade de 1800. O foco é a abolição da escravatura, mas vai além disso também falando de outros tipos de liberdade e igualdade. Sarah era filha de um juiz aristocrata e foi uma das mulheres pioneiras na luta contra a escravidão e favor do feminismo.
Foi um prazer ler a história delas, me emocionei, chorei e senti um orgulho danado de mulheres como elas.
Leitura altamente recomendada!
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Camila 14/04/2014

A Invenção das Asas
A primeira das nossas protagonistas é Sarah Grimké, uma garota branca, filha de uma família escravocrata da alta sociedade de Charleston, no Sul dos Estados Unidos, em pleno início do século XIX. Com apenas 11 anos, Sarah é uma garota muito inteligente e madura. Enquanto todos estão dormindo, ela entra furtivamente na biblioteca do pai e seu sonho é se tornar uma advogada. O problema é que Sarah vive em uma época em que as mulheres mal são alfabetizadas e a ideia de uma mulher se tornar advogada é considerada ridícula.

A segunda protagonista é Hetty "Encrenca" Grimké e não... ela não é parente de Sarah. A presença do sobrenome é apenas para indicar que Encrenca pertence à família Grimké, porque a garota não passa de mais uma escrava da casa. Com praticamente a mesma idade de Sarah, Encrenca leva uma vida miserável, sem direito a uma infância. Tudo o que ela conhece é trabalho duro e castigos. Sua mãe e seu pai trabalhavam juntos na lavoura e se apaixonaram, mas então Charlotte foi levada para a casa da família para trabalhar como costureira, levando Hetty em seu ventre. A pobre garota nunca conheceu o pai!

Apesar de viveram na mesma propriedade, as histórias dessas duas garotas começam a se entrelaçar na festa de aniversário dos 11 anos de Sarah, quando sua resolve colocar um laço no pescoço de Encrenca e dá-la de presente para a filha, que agora já é uma mocinha e merece ter a sua própria dama de companhia. Isso obviamente deveria ser motivo de alegria para a garota, mas ela simplesmente recusa o presente, dizendo que se sente perfeitamente bem sem uma dama de companhia, mas a verdade é que a ideia de ter uma escrava a incomoda profundamente. Forçada a escrever cartas de desculpas a todos os presentes e ainda aceitar o presente, Sarah começa a desenvolver suas ideias contra a escravidão, ideias estas que vão moldar toda a sua vida. Encrenca sabe que sua vida não será fácil, mas acredita que um dia os negros deixarão de ser escravos. Sua mãe desde cedo a ensinou a burlar as regras e não aceitar docilmente a sua condição e é isso que ela faz.

Ao longo de todo o livro vamos acompanhando o crescimento dessas duas garotas. Em um determinado momento elas se afastam, mas os capítulos alternados permitem que a gente acompanhe o que acontece com as duas ao mesmo tempo. A relação entre elas é o mais próximo de uma amizade que se podia esperar de uma garota branca e uma escrava negra naquela época!

E o resultado é um livro incrível, extremamente delicado e emocionante! Sarah é uma personagem de uma força incrível e sua luta é admirável. Ela não se preocupa com o que vão pensar dela, ela só quer fazer aquilo que acredita se o certo. Encrenca é demais também. Ela nunca desiste, é atrevida e corajosa. As duas personagens me conquistaram.

A trama é muito bem elaborada. A narrativa em primeira pessoa que se alterna entre Sarah e Encrenca deixa tudo mais real. Os sentimentos das personagens são muito fortes e isso é passado perfeitamente por meio da narrativa. Para que a gente possa acompanhar tantos e tantos anos na vida das personagens há pequenos saltos no tempo, mas tudo é tão bem escrito que não perdemos nada. E o final é emocionante!! Terminei a leitura com lágrimas nos olhos! Mas podem ficar tranquilos que, apesar de ser um livro emocionante, não é daqueles que fazem a gente se acabar de tanto chorar! rs....

site: http://wp.me/p2GfHf-2zN
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