Moonlight Books 30/03/2014
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Richelle Mead entrou em minha vida de leitora com a série Bloodlines (confira resenha de Laços de Sangue aqui), gostei muito e logo em seguida comecei a leitura de sua outra série, Academia de Vampiros e posso dizer que ambas me deixaram muito feliz. Eis que a Editora Paralela anuncia o lançamento de Tabuleiro dos Deuses, primeiro volume de uma série adulta, A Era de X, desta talentosa escritora e eu não poderia deixar de conhecer esta nova vertente de seu trabalho.
Clima distópico, intrigas e conspirações estilo as melhores investigações da CIA e FBI e ainda uma pitada de misticismo e religião, some tudo isso e mergulhe em Tabuleiro dos Deuses.
O mundo não é mais o mesmo, após ser infestado pelo vírus Mefistófeles em pleno século XXI, teve sua população dizimada, entrando então na Era do Declínio, um período de cinquenta anos onde sua principal meta foi a busca pela cura deste vírus tão nefasto. Vencida a degeneração, surge uma época de ressurgimento, a Era da Renovação, onde a formação mundial atual deixou de existir e agora o país mais estável e seguro para viver é conhecido como RANU, formado por partes dos antigos Estados Unidos e Canadá. Lá a tecnologia, segurança e qualidade de vida é a melhor possível, no entanto algumas coisas dos tempos antigos foram banidas e qualquer tentativa de ressurgimento é tida como crime. Na RANU não são permitidas religiões, nem cultos a nenhuma espécie de Deus, as igrejas não tem ídolos, são apenas templos onde a nova filosofia de vida é pregada. Um povo cético, que preza razão acima de tudo, embora as eleições iminentes para o consulado prometam uma nova era, a Era de X.
Neste cenário, que a princípio parece proibitivo e até mesmo ditatorial, conhecemos Mae Koskinen, uma mulher oriunda das castas mais nobres desta era, mas que renunciou a sua herança, para servir o país, Mae é uma pretoriana, a elite dos soldados da RANU. Perigosa e mortal, mas nem por isso insensível, Mae pode ser uma máquina de matar, mas possui também seu lado frágil. Quando perdeu Porfirio, seu ex-amante, passou por momentos turbulentos, cometeu atos insanos e foi punida com uma missão nada louvável para um pretoriano, ser guarda-costas de um homem conhecido como Justin March.
Justin já foi parte do governo, trabalhando na divisão especial que investigava o surgimento de novas religiões, sua principal função era a de banir tudo que fosse ligado ao misticismo, usando de sua inteligência notável para desacreditar estas manifestações, no entanto, um dia sua vida foi salva por um Deus, e ao admitir isso para seus superiores foi condenado ao exílio. Quando uma série de assassinatos misteriosos e com toque sobrenatural toma conta da RANU, Justin é trazido de volta para descobrir o que está acontecendo, e assim poder provar suas teorias sobre a existência de forças além da razão.
Justin e Mae sem saber quem são, acabam envolvendo-se, mas logo ao serem oficialmente apresentados, preferem esquecer a noite de paixão que viveram e levar adiante a missão que estão incumbidos, mas não será fácil, a atração entre ambos é palpável e no xadrez dos deuses, eles foram eleitos como peças chaves deste imenso tabuleiro. Sim! Os deuses estão mais vivos do que nunca e querem voltar, Mae e Justin são especiais e seus representantes, embora a dupla nem imagine o que estas entidades querem deles. Está montado o Tabuleiro dos Deuses.
Este é um livro interessante e diferente, eu como fã de distopias fui capturada logo nas primeiras páginas, adoro estes mundos novos que surgem a partir das besteiras que a humanidade comete, tudo ganha ares tão além da imaginação, que a aflição toma conta de mim nessas leituras. No entanto está sociedade que inicialmente mostra-se tão séria, logo revela-se como sendo bem tolerável, as pessoas aqui gostam de uma vida boa, regada de bebidas e sexo, e claro muita tecnologia, tirando o aspecto da proibição da religião e o controle acirrado da natalidade, é tudo bem liberal, até mesmo os pretorianos, tão temidos, são na verdade os maiores baladeiros que já vi...
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