Na casa do rei dragão

Na casa do rei dragão Stephen Lawhead



Resenhas - Na Casa do Rei Dragão


1 encontrados | exibindo 1 a 1


Cussa Mitre 23/08/2015

A primeira vez que li um livro do Stephen Lawhead foi o segundo livro desta série. Trabalhava numa biblioteca e ela havia comprado o acervo uma pessoa. Um dos livros era "Os Guerreiros de Nin", com uma capa maravilhosa, com um belíssimo cavaleiro de armadura completa sobre um cavalo empinando e um castelo ao fundo. Óbvio que peguei ele para ler antes de ir para a estante.

Anos depois, 14 anos para ser mais exato, eis que tenho a oportunidade de ler o livro e toda a saga, começando pelo "Na casa do Rei Dragão". Lembrando que a tradução é de português de Portugal, pois o livro não foi lançado no Brasil.

O livro conta a história de Quentin, um acólito (alguém que está sendo preparado para se tornar um sacerdote) do deus Ariel, que se envolve (por vontade própria) numa aventura da qual ele mesmo não tem nenhuma ideia de tamanho ao ser iniciada. Baseado em alguns sinais que ele havia percebido, Quentin acredita que sua vida está prestes a ser totalmente modificada, e quando um cavaleiro ferido aparece no templo, ele acredita que este é o "chamado" para esta mudança.

Quentin parte então em sua missão, que nada mais é do que completar a missão do cavaleiro ferido. Porém, ao "completar" sua missão, ele acaba embarcando em outra. No caminho, conhece várias pessoas, que virão a se tornar amigos e companheiros de jornada. Quentin vai aprendendo cada vez mais coisas sobre o mundo, os deuses e até mesmo sobre si.

O autor consegue descrever de forma muito interessante, dinâmica e empolgante as grandes batalhas e até mesmo a forma que a história vai sendo construída. A inclusão dos personagens é feita de forma suave, de tal forma que você vai realmente conhecendo cada um deles conforme a história vai sendo contada. O fator surpresa e fatos escondidos são muito bem trabalhados no livro, de forma que ao chegar num determinado ponto o autor lhe dá uma informação que muda bastante o sentido de um ponto anterior.

A história completa totalmente o arco e deixa um gancho para a próxima, sem que para isso deixe a história com tom de incompleto. A leitura pode ser considerada pesada pela tradução de Portugal, mas nada que atrapalhe quem gosta do estilo de aventura proposto.

O mundo de fantasia medieval não é clássico, com elfos e anões. De certa forma, o livro conta apenas sobre humanos, mas possui muitos tons de panteões de divindades e magia. Um detalhe é que o autor, talvez por crença cristão, coloca isso de forma "subversiva" na história, assim como C. S. Lewis. Porém, nada que deixe a história "chata" ou algo do tipo.

Vale totalmente a leitura!
comentários(0)comente



1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR