O homem invisível

O homem invisível H. G. Wells




Resenhas - O Homem Invisível


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Craotchky 07/12/2023

O anel de Giges
O que você faria se fosse invisível? Essa pergunta lhe traz algum desconforto? Pois deveria.

O homem invisível infelizmente se limita a ser um livro de ação. Wells perdeu a oportunidade de explorar as possibilidades especulativas acerca do potencial filosófico, moral e antropológico de sua história. Diante disso, para mim o livro foi mais interessante quando contrastou as expectativas sobre as supostas vantagens da invisibilidade, perante a realidade das desvantagens implicadas por ela.

Para não denunciar sua condição, o homem invisível precisa andar sempre descalço e nu em um país de temperaturas rigorosas, o que faz com que esteja sempre resfriado e com muito frio. A fim de não ser descoberto, problemas práticos surgem: ele não pode carregar nada; só pode comer escondido; atravessar a rua se torna bastante perigoso; sair na chuva, neve ou neblina é impossível; não pode abrir portas sem sinalizar sua presença; e o pior: não pode tirar selfies!

O homem invisível é um livro apenas okay, e interessante enquanto ideia criativa. Porém, lamentavelmente não se pode esperar grandes reflexões na história. Neste sentido, recomendo o mito O anel de Giges, relatado por Platão no livro II da República. Este, ao menos explora a dimensão moral de uma tal condição....

[ Giges encontra um anel que lhe torna invisível. A partir da impunidade concedida pela invisibilidade, Giges, tomado pela ambição, mata o Rei, seduz a Rainha e comete outras ações moralmente condenáveis. Neste cenário, Platão reflete que qualquer pessoa poderia agir perversamente ao se perceber invisível, uma vez que essa condição lhe dá o poder de conquistar enormes vantagens ao agir sem ter sobre si o olhar vigilante e julgador da sociedade e, sobretudo, sem sentir sobre si a ameaça de qualquer punição jurídica/social, afinal "...ninguém é justo por livre iniciativa, mas por coação..." (A república, II, 360 c)

(No âmbito religioso algo análogo parece ocorrer: A escolha dita moral parece ser fortemente determinada por algum temor a uma punição divina, sem a qual talvez o indivíduo optasse por outro comportamento...)

Além disso, uma outra ideia pode se derivar desse contexto: o poder corrompe. Não é à toa que em O senhor dos anéis quase todos que vislumbram a posse do anel se deixam corromper pela poder por ele concedido. O poder corrompe na medida em que o indivíduo de posse dele se sente protegido, isto é, se sente em uma posição tal que nada o pode atingir. A impunidade será mesmo a mãe da injustiça? Ao que parece não é por princípios pessoais, mas por medo da punição e/ou outras consequências desvantajosas, que o indivíduo deixa de fazer coisas moralmente censuráveis. Será verdade também que uma certa ocasião (condição) pode fazer um ladrão?

Em 2014, no município pernambucano Abreu e Lima, após a polícia militar entrar em greve, incontáveis pessoas saíram às ruas, arrombaram e saquearam estabelecimentos comerciais e até a carga de alguns caminhões. Podemos especular com alguma segurança que a ausência da vigilância dos órgãos punitivos e a consequente sensação de impunidade no que
se refere a possíveis sanções judiciais, foram elementos encorajadores do comportamento execrável dos cidadãos da cidade. ]

obs.: Há vários vídeos das ocorrências em Abreu e Lima. Particularmente recomendo dois para quem tiver curiosidade:
https://www.youtube.com/watch?v=GZnROpcOAFU
https://www.youtube.com/watch?v=nzgZzWaBlUw
Flávia Menezes 07/12/2023minha estante
Que resenha! ????????
Sua análise e analogias nos fazem ter uma boa ideia do que o livro traz, mas já me senti frustrada pela ausência da exploração na ideia da questão que abre a sua resenha. Afinal? quem nunca pensou nisso, não é?
Parabéns! Excelente análise!


AndrAa58 07/12/2023minha estante
Bela resenha. Parabéns ???


Nath 07/12/2023minha estante
Wow! ? Caprichou na resenha ein! Arrasou! ????
Eu particularmente nunca tive vontade de ler esse livro, nem assistir as diversas adaptações em filmes também ?
Não sei porque, mas essa "vantagem/desvantagem" imaginativa de tornar-se invisível nunca me seduziu.. Nessa seara dos "super poderes" me atrai bem mais a telecinesia (aquele poder de mover objetos grandes com o poder da mente, como a Carrie a Estranha faz no livro do King! Eu adoraria ter esse "poder" da mente para jogar um carro inteiro na cabeça de um tarado escroto na rua ?????kkkkkkkk)

Sobre a ocorrência de Abreu e Lima em 2014, aqui em PE, sim!, excelente lembrança a sua ?

Eu lembro perfeitamente desse caso aqui no Estado, eu tinha 28 anos nessa época, estava terminando a minha faculdade de jornalismo e esse infeliz acontecido foi trazido inclusive para dentro da sala de aula pelos professores para debatermos juntos as implicâncias éticas e morais do ser humano nesse cenário.. aliás, até o meu pai, que é advogado, debateu bastante comigo esse acontecido na época. ?

Para todos aqui, para o meu pai, os meus professores e também meus colegas jornalistas da época a atitude das pessoas em Abreu e Lima foi moralmente lamentável.
Mesmo levando em consideração que nessa situação específica de 2014, eram todas pessoas muito humildes com baixo poder aquisitivo num município majoritariamente pobre do subúrbio; mesmo assim não se justifica o furto em massa aproveitando-se da greve da polícia.. como o meu pai mesmo me disse na época, lembro bem, se fossem pessoas furtando itens alimentícios de comida naquela situação para saciar a fome, até é compreensível sim o furto!
Mas as pessoas arrombaram as lojas para furtar televisores e equipamentos eletrônicos caros .. eu lembro bem que na época, a funcionária diarista da casa do meu pai, que sempre trabalhou duro a vida toda para comprar as coisas da casa dela, ela condenou o ato das pessoas em Abreu e Lima pela falta de valores morais de quem realizou o furto em massa durante a greve .

No entanto, o ser humano não é santo perfeito nos valores morais. Se eu pudesse ficar invisível, por exemplo, eu "aproveitaria" a invisibilidade do corpo e pegaria um avião


Nath 07/12/2023minha estante
** e viajaria o mundo todo de graça e conheceria todos os lugares do mundo que quero conhecer sem pagar nada.. enfim. Nesse sentido metafórico da invisibilidade eu também não seria tão moralmente perfeita assim ?


Tay 07/12/2023minha estante
Adorei a resenha! Eu coloquei esse livro para ler ano que vem e também esperava algo voltado a moral devido ao tema, mas também acho interessante apenas deixar a imaginação fluir como os problemas de ser invisível rsrs Obrigada pela indicação do livro de Platão, com certeza é um livro que, infelizmente, é atual e talvez até atemporal.


Craotchky 07/12/2023minha estante
Flávia, tentei trazer o que a obra infelizmente não traz: alguma reflexão. Obrigado.


Craotchky 07/12/2023minha estante
Obrigado, Andrea!


Craotchky 07/12/2023minha estante
Pois é, eu também imagino que tiraria algum proveito da invisibilidade: quem sabe ouvir uma conversa ali, ou como você disse, uma viagem acolá. E também aproveitaria pra atazanar alguém....
Mas talvez as desvantagens superem as vantagens...


Craotchky 07/12/2023minha estante
Obrigado, Tay. Espero que faça uma boa leitura quando a hora chegar. O bom é que se trata de um livro bem curto, fácil de encaixar em algum tempo que tiver disponível.


skuser02844 02/01/2024minha estante
Filipe, vc já assistiu o filme "O homem invisível" de 2020? É bem legal, num tom suspense/terror, em que a personagem do homem invisível trilha essa jornada de degeneração moral.


skuser02844 02/01/2024minha estante
Agora sobre o anel de Giges, propriamente. Meu primeiro pensamento foi o de sair andando pela orla, na madrugada, quando finalmente faz silêncio e eu posso ouvir o mar.
Você não imagina o quanto essa simples ideia me pegou, que diante de uma infinidade de possibilidades (e algumas transgressões maravilhosamente bobas, como não pagar o ingresso do cinema) eu tenha pensado a invisibilidade como a possibilidade de me sentir segura.
Enfim, acho que você tem toda razão, esse é um assunto bem mais profundo. Adorei sua resenha, dizer que é maravilhosa é uma redundância que cometerei mais uma vez. ?


AndrAa58 02/01/2024minha estante
Felipe, fiquei remoendo a sua resenha. Será que é apenas o temor que nos faz controlar nossos impulsos mais baixos? Acho que preciso acreditar que não, ou não estaria remoendo, não é?
Então, Marcus Aurelius surge na minha mente. O cara era imperador, 'dono do mundo', e tinha um código de ética, justiça e conduta impressionantes. Se ele pôde... Quem sabe outro também não consegue? Tolkien nos mostrou o Frodo (um ser pequeno, alegre, ingênuo, praticamente uma criança) sendo capaz de levar o fardo e não se corromper...
Será que não está aí a nossa 'cura' existencial? Fortalecer princípios, valores, motivações ao ponto de integração na personalidade do indivíduo então não fará diferença a invisibilidade?


Craotchky 02/01/2024minha estante
Julia, assisti sim o filme e ele me surpreendeu; gostei muito (terror é dos meus gêneros favoritos!)
Essa sua visão da possibilidade da segurança é muito interessante, eu não tinha pensado por essa ótica. Penso que você tem razão e poderia ser uma possibilidade a ser explorada por alguém nesse contexto.
Obrigado pelo comentário pertinente.


Craotchky 02/01/2024minha estante
Andréa, certamente não é apenas o temor, pois sabemos que existem pessoas não têm fortíssimas convicções em princípios de conduta que asseguram a "boa" ação (boa entre aspas pois há o mérito da discussão do que exatamente é bom e mau).
Creio que o temor e os princípios são os principais norteadores de conduta, mas também creio que o temor pode ser mais decisivo em determinados contestos do que os princípios, e vice-versa.
Talvez eu mesmo remoa esse seu comentário por um tempo...


Craotchky 04/01/2024minha estante
Andréa, fiquei pensando sobre seu comentário e lembrei de algo que foge um tantinho do nosso ponto central, embora esteja no âmbito da pergunta: o que move a ação?; lembrei de um exemplo que certo professor usou para demonstrar que, em determinada circunstâncias, o sentimento consegue motivar uma ação de maneira mais eficaz do que conteúdos racionais. Partindo disso e inserindo no nosso debate, o temor/medo é um sentimento e os valores/princípios são resultados de assimilações racionais e são também articulados racionalmente, isto é, são conteúdos racionais.
O exemplo do professor é: imagine um fumante de há anos. Racionalmente ele sabe muito bem dos riscos de sua ação, dos graves perigos para sua saúde. Mesmo assim, esse conteúdo intelectivo é insuficiente para ele parar de fumar, portanto continua a fazer isso por anos. Um belo dia, ele é acometido por um grave problema de saúde em decorrência de seu consumo contínuo do cigarro. O infeliz quase morre. Após escapar da morte, seu médico o informa que dali pra frente, se ele não parar de fumar, provavelmente terá uma vida muitíssimo curta ao lado da esposa, filhos e netos. O que acontece? O indivíduo consegue largar o cigarro!!
É possível especular com alguma segurança que o temor/medo da morte e de não poder conviver com seus amados familiares caso não parace de fumar tenha sido o que moveu sua conduta (de parar de fumar). Por anos apenas uma deliberação racional não moveu sua ação nesse sentido, mas aparentemente agora um sentimento foi forte o bastante para tal.


Nath 05/01/2024minha estante
Sorry por me meter na sua resposta para a Andrea, mas já me metendo.. hihihih ?

Achei esse exemplo do seu professor usando o VÍCIO do cigarro meio falho! ..

Como eu mencionei acima a nicotina (cigarro) é uma droga (lícita) que VICIA seriamente o indivíduo que a consome!

Existem estudos comprovados que prova que o cigarro vicia tanto quanto várias outras drogas ilícitas, como cocaína, crack, etc..

Para uma pessoa fumante conseguir largar (vencer) o vicio (uso) precisa vencer a abstinência do vicio, e por isso mesmo muitas pessoas não conseguem parar de fumar mesmo sabendo dos graves riscos à saúde que corre (inclusive eu conheço casos dentro minha própria família de pessoas gravemente doentes e que mesmo assim mesmo durante o tratamento no hospital continuaram fumando! Mesmo sabendo que o uso so piorava ainda mais doença..

Isso porque tanto usuários de cigarro (nicotina) ou usuários de outras drogas mais pesadas (ilícitas) como cocaina, crack.. todos eles sabem dos graves perigos da droga no organismo humano ( o crack por exemplo já vicia gravemente no segundo uso da droga e destrói a vida do usuário em poucas semanas!) mas mesmo assim existem milhares de pessoas que usam e se deixam viciar e morrem rapidamente..

acredito fortemente que 90% desses casos (tanto do crack quanto da nicotina/ cigarro) são pessoas que desenvolvem questões psicológicas graves em algum momento da vida e que ao não conseguir lidar com suas próprias emoções e não conseguirem ajuda psicológica, acabam usando a droga como válvula de escape para suas questões emocionais não resolvidas.

Não a toa são nomeados de dependes químicos e precisam todos de tratamento psicológico para sair e vencer o vício.

Sendo assim, o lado racional do cérebro muitas vezes perde para o emocional, pois o emocional está quase sempre ligado as nossas vertentes mais viscerais e instintivas do ser humano.
E por isso mesmo ao serem REPRIMIDAS pela sociedade e não serem tratadas adequadamente por um profissional qualificado da área da saúde psicológica, acaba desembocando na não aceitação do próprio indivíduo por ele mesmo e também por seu meio social, resultando assim nessas supostas "válvulas escapes" sociais autodestrutivas como drogas/tráfico/crime, etc..
Ou seja, é um círculo vicioso alimentado pela própria sociedade, usando o lado mais vulnerável e visceral do ser humano, o emocional!, que mesmo o racional humano não consegue resolver. Triste.


Craotchky 05/01/2024minha estante
É uma espécie de quebra de braço: se o vício no cigarro for mais forte que o medo, ele vence. Se, pelo contrário, o medo for tão grande e o vício não tão forte, o medo vence.
Tudo talvez dependa dos graus de cada um.
No entanto, para drogas mais pesadas que o cigarro isso provavelmente não se aplica.


AndrAa58 09/01/2024minha estante
Bom dia, Filipe. Desculpe a demora. Tive que me afastar por alguns dias ? estou tendo que estudar MKT para a empresa e terapia cognitivo comportamental (para aprender a lidar com a minha maluquês RS mesmo sendo maluca beleza ?)
Ambas as áreas partem de uma mesma premissa "agimos irracionalmente", mesmo os que acreditam que somos 100% racionais ?
O MKT trabalha com gatilhos que nos fazem agir por impulso, efetuando as ações que desejam que tenhamos.
O fundamento da TCC parte do princípio de que quando ocorre um evento qualquer, pensamos algo sobre (aqui entram experiências, valores, crenças...), é justamente esse pensamento


AndrAa58 09/01/2024minha estante
É justamente esse pensamento sobre o evento que desencadeia emoções que serão as que comandarão as ações que tomamos.
A terapia age sobre os padrões de pensamento. Tendemos a acreditar que o pensamento é racional. Aprendi na marra que não são. Eles surgem na nossa mente sem nos darmos conta... Jung dizia que somos "possuídos" por pensamentos/ideias...
O que você acha? Estou tentando me convencer ou posso estar indo por um bom caminho? ?


Craotchky 09/01/2024minha estante
Pois é, é forte a tendência a associarmos a supremacia da razão sobre a sensibilidade. Hume é um que discorda dessa hierarquia.
Gostei dessa ideia de que podemos ser possuídos por ideias.
O que eu acho? Que existe uma coexistência das dimensões racionais e emocionais, que se relacionam e não podem ser independentes. Penso que são indissociáveis, estão imbricadas e se afetam mutuamente.


AndrAa58 11/01/2024minha estante
Obrigada,Filipe




Bunig 02/07/2022

Cômico, se não fosse trágico
Este foi meu primeiro contato com H. G. Wells e não foi tão bom quanto eu esperava. Ouvi por muito tempo as pessoas aclamando sua genialidade, e não que O Homem Invisível não seja genial, pois a ideia é bacana, a discussão levantada é interessante, mas essa obra não é tudo isso.

No início da leitura eu estava achando o enredo e os personagens bem engraçadinhos e isso é algo que se mantém durante toda a narrativa. Cheguei até a entender esse livro como um tipo de comédia não intencional. Inclusive, no capítulo em que Griffin conta seus infortúnios, eu dei umas boas gargalhadas, pois coitado, se imaginou um tipo deus, mas deu tudo errado. E isso foi a única coisa que realmente me agradou na história.

E por falar em Griffin, o personagem principal é intragável. Essa arrogância e complexo de superioridade o fizeram in-su-por-tá-vel. Todavia, é incrível como, mesmo depois de tudo que aconteceu, ele não perdeu o otimismo e ainda se achava capaz de dominar o mundo.

Só pra finalizar, percebi que não tenho maturidade pra esse livro. Eu passava o tempo todo imaginando o homem invisível correndo pelado por aí, rolando pelado na terra, caindo pelado em cima dos outros e o p**** dele lá balançando, encostando nas pessoas. Custei a levar ele a sério enquanto era isso que se passava na minha cabeça.
Clari.Monise 02/07/2022minha estante
Hahahahahahaaha


larissa708 02/07/2022minha estante
Gente kakakakakakka, eu queria muito ler ele mas depois dessa kkkkk


Bunig 02/07/2022minha estante
Mas Larissa vai que, diferente de mim, você acaba curtindo? Hahahahah


larissa708 02/07/2022minha estante
Amg, mas depois que tu falou que imagina ele andando pelado KKKKKKKK, isso não sai da minha cabeça tão cedo Kkkkk


Bunig 02/07/2022minha estante
Me perdoaaaaa kkkkkkkkkkkk mas é que tinha vezes que não tinha como e eu ficava preocupada dele machucar kkkkkkkkkkkkkkkkkkk


Aline221 14/08/2022minha estante
Ainda não terminei o livro, mas é EXATAMENTE isso que eu fico pensando o tempo todo com ele pelado correndo de lá pra cá ?




Thamiris 18/05/2021

Loucura & Insanidade
O que mais me fez gostar da história não foi nem o enredo, a história em si, e sim, o que ela nos propõe: A reflexão e a formação de um pensamento crítico! A proposta do livro cheio de suspense acerca do forasteiro que chega envolto em ataduras(e que cá comigo, já sabemos quem é), a agitação do povo na vila curioso para saber mais do homem e o futuro pânico seguinte é algo que sequer chegou ao patamar de como foi ao vermos o protagonista principal(que recebe o nome do livro) e sua personalidade. Ele é muito bipolar e agressivo. Vejo muito na questão dele a mexida entre a loucura, insanidade e a impunidade. Com certeza recomendo, recomendo somente para ver o pensamento crítico de leitor se formar na cabeça de todos vocês que lerem. Foi algo que me chamou mais atenção do que a própria narrativa.
Arabe Sol 18/05/2021minha estante
Não tem nada a ver com os filmes ne?


Thamiris 18/05/2021minha estante
Confesso que nunca assisti o filme, mas acho que o filme mostra o que aconteceu do início, e aqui não ocorre.


Arabe Sol 18/05/2021minha estante
Aaaah ta


Arabe Sol 18/05/2021minha estante
Vou ler então hehehehhe




spoiler visualizar
Daniel Aguiar 30/03/2022minha estante
Bela consideração


Lari 30/03/2022minha estante
Obrigada!


Daniel Aguiar 30/03/2022minha estante
Qual próximo clássico irá ler?


Lari 30/03/2022minha estante
Boa pergunta! Ainda não decidi!




Laís 21/03/2017

O homem invisível, publicado por H. G. Wells em 1897, se passa em uma cidade de nome Iping, na Inglaterra. O livro irá narrar à história de um cientista que, em trajes estranhos, aparece em um hotel exigindo um quarto.

A cidade inteira passa a questionar a aparência do homem que ninguém sabe quem é, de onde veio e muito menos seu propósito ali. Mesmo diante da lareira, o homem se recusa a tirar seus trajes de inverno e, quando chamado, o homem age com total grosseria.

Esse é o cenário que somos inseridos no início do livro. O ápice da história acontece quando o homem invisível faz uma visita a um ex colega médico da universidade. É ali que, em abrigo, o homem explica tudo que vem acontecendo em sua vida desde que se tornou um físico e descobriu a formula para a invisibilidade.

Essa foi à única parte do livro em que o foco da história estava voltando totalmente para a fala do protagonista. É aonde percebemos que o mesmo é motivado por uma personalidade completamente narcisista. O homem vive uma constante divergência de sentimentos – em alguns momentos acredita que a invisibilidade seja uma benção, em outros, sente como se fosse uma maldição.

A história possui uma abordagem misteriosa, aonde o leitor não sabe direito o que esta acontecendo – aspecto que me despertou uma imensa curiosidade. O autor narra com certo tom de humor e em momentos tive a impressão de que estava ouvindo a história, como se estivesse numa conversa. Achei uma narrativa bem dinâmica e descontraída, principalmente considerando o ano de publicação da obra. O livro traz como base uma critica as pessoas que, embora muito poderosas, não tenham maturidade para tal.

Quanto à edição da Zahar, essa foi a minha primeira experiência com uma edição comentada – e eu adorei. A maioria das minhas marcações foram feitas nas notas, que realmente complementaram a história e ajudaram a me contextualizar em termos, datas ou locais em que eu não conhecia. É uma opção realmente legal pra quem quer ler clássicos! Como são livros mais antigos, muitas vezes nós não sabemos muito sobre a época. Com certeza vou adquirir mais edições assim!

site: https://www.instagram.com/_maniadelivro/
Laís Quintela 21/03/2017minha estante
tenho tanto pe atras com edições comentadas ?


Viviane @resenhasdaviviane 22/03/2017minha estante
Laís eu gosto muito das edições comentadas, tiram muitas dúvidas :D


Laís 23/03/2017minha estante
Eu passei a gostar muito também, Viviane! Foi o meu primeiro livro deles comentado e eu simplesmente adorei.


Laís 23/03/2017minha estante
Laís, xara, não tenha pé atrás não! São excelentes!!




Joao804 18/02/2022

Apesar de ter gostado mais de "A máquina do tempo", é livro agradável. Wells mostra mais as desvantagens do que as vantagens de ser invisível.
Luis Paz 25/02/2022minha estante
Eu achei muito enrolado esse livro. Terminei ele hoje e enrolei muito muito pra ler.


Luis Paz 25/02/2022minha estante
Oq você achou se "a máquina do tempo" tô querendo ler


Joao804 26/02/2022minha estante
Eu achei melhor que esse. Mas também é meio enrolado. Um 3 estrelas e meia. Não muito mais que esse.




FlaviosParanhos 15/07/2020

Nunca mais...
O HOMEM INVISÍVEL

Vou começar só contextualizando um pouco, está livro foi lançado em capítulos de um jornal, e isso pode explicar certa particularidades da estória, e essa será a única desculpa que darei.

Aqui vai oque pensei do livro, a primeira metade parece uma comédia pastelão sem graça, o protagonista é insuportável, chato, chiliquento, mal educado, egoísta e doido. A população ao redor tem uma ignorância peculiar, que pode ser perdoada pela época e por ser uma cidade pequena. Na segunda metade do livro os momentos engraçados e tenho certeza que não foram engraçados de propósito acabam, o sujeito narra como ficou invisível, e conta seus planos para o futuro. Aí o livro tenta impor um lado aterrorizante, mas sinceramente? Até para a época que foi lançado é um livro sem graça, tiro como exemplo os milhares de outros livros muito mais interessante e inventivos lançados muito antes ou durante o lançamento do mesmo. Eu não gostei deste livro, não recomendo, porém sou da opinião de que só lendo algo para se ter uma real avaliação. Porém dando meu ponto final, nunca mais lerei este livro na vida.
Renato Paniagua 15/07/2020minha estante
Esse eu tinha vontade de ler, mas fiquei decepcionado com as resenhas. Como se o autor quisesse formular um suspense sobre quem é a figura, mas a própria capa já dá o spoiler. Acho que ainda é bem lido por se tratar de H.G.


Mara Flores 17/07/2020minha estante
Não li o livro. Mas vi o filme lançado recentemente e que foi baseado nessa história. De repente, você acha mais bacana, já que ele foi adaptado para a atualidade. Pontuação 7.1 no IMDb :)


FlaviosParanhos 17/07/2020minha estante
Olha eu fui muito criticado por essa resenha, mas não mudou uma linha. Eu esperava algo minimamente perto de Frankenstein mas encontrei uma comédia mal feita. Agora sobre o último filme que saiu, realmente parece ser muito bom.




Vanessa2056 23/01/2022

Mas era só isso?
A história é boa, mas não é algo excepcional (para a época do seu lançamento foi muiiiito. Não tirem o mérito desse fato, porque ele importa).
Esse livro parece que seguiu aquilo do "você só conhece de verdade alguém, quando dá poder a ele" e é isso que acontece com o homem invisível. Ele se torna egoísta, desumano, maldoso, sem escrúpulos e ainda tem a ilusão de que por está invisível ele pode agir da forma que bem entender e que isso não terá nenhuma consequência porque ele pode simplesmente sumir sem pagar por nenhum dos seus atos. Cada pessoa pode ter uma reação diferente ao personagem e podem inclusive aceitar ele como uma vítima. Isso é bem interessante, inclusive.
E sobre o Wells, ele explicou de modo bem simples sofre a física e a óptica, explicou o processo da invisibilidade e tal. Embora fosse formado em Geologia, ele estudava muito sobre química, física e biologia. Pouco antes de sua morte, recebeu o título de Doutor em ciências ??.
É um bom livro pra conhecer o gênero da ficção científica na literatura (mas sem esquecer a mãe suprema, Mary Shelley com Frankenstein). (Lembra um pouco a escrita da Mary também)
Pam 27/01/2022minha estante
Foi bem esse o sentimento que tive também: foi só isso a história? Kkkkkkkk


Vanessa2056 27/01/2022minha estante
Se o título fosse outro, ainda rolava um pouco de suspense né? Mas nem isso kkkkkk o título já é o spoiler


Pam 28/01/2022minha estante
Huahdhshhdhs exato, fiquei meio sem graça ?




Laura 04/12/2021

Não faço ideia do que esse livro era pra ser, mas posso afirmar que deu errado em tudo que se propôs a entregar.

A narrativa não é cativante, quase não existe descrições de espaço ou de outros personagens, o Homem Invisível é apenas um folgado insuportável (mesmo sabendo sobre a dureza da vida como invisível).

Acredito que seria muito mais interessante se a história fosse narrada pelo próprio Griffin, para que pudesse entender melhor o seu lado.

Cheguei ao final sem tirar nenhuma conclusão ou reflexão sobre a história, o que realmente me decepciona.
Isa 04/12/2021minha estante
Para, eu amei ): kkkkk


samarelooo 28/12/2021minha estante
Concordo DMS com vc. Só passei ódio com esse livro (principalmente com aquele maníaco do Griffin) chegou no final foi bem mediano. Enfim, não mudou nada na minha vida


Marianna.Calazans 30/12/2021minha estante
Que livro chatooooo kkkk




Arthur 08/04/2021

Um sci-fi bom para época!
O livro é curto, mas com boas explicações e de fácil entendimento. Gostei do fato de mostrar o lado negativo de um " super poder".

Tiveram alguns momentos onde achei um pouco cansativo, o autor repetia alguns trechos mudando apenas a perspectiva e pelo personagem principal ser arrogante.

Apesar disso recomendo a leitura!
Priscila.Xavier 08/04/2021minha estante
Eu não estou conseguindo ler nada,como faz?


Priscila.Xavier 08/04/2021minha estante
Como começar a ler?


Arthur 08/04/2021minha estante
Aqui no skoob não tem o livro não. Mas se você tiver o Kindle Unlimited ele esta disponivel




Bernardo 31/03/2021

Eu posso ficar invisível! Isso transcenderia a mágica.
Uma obra muito imersiva!
O homem invisível surge tão misteriosamente para nós, leitores, quanto surge para os cidadãos da Iping.
Durante minha leitura, me peguei diversas vezes imaginando como seria se eu pudesse ser invisível. Isto é graças a forma como o autor retrata este conceito no livro, trazendo esta figura para problemas mundanos que a invisibilidade pode criar.
Será que a liberdade (ou impunidade) de ser invisível nos faria pessoas melhores ou piores?
Dal Farra 01/04/2021minha estante
Incrível!!!


Dal Farra 01/04/2021minha estante
Me deu vontade de ler




nerdolachato 26/10/2023

Cativante!
Uma leitura envolvente que realmente estimula a imaginação de maneira excepcional. Este livro oferece uma poderosa lição sobre como a arrogância que acompanha o poder eventualmente leva à decadência.
Eadlynss 26/10/2023minha estante
Seu nick é engraçado, e junto com o ícon de Snoopy, ficou um engraçado simpático, kkkkkkk


nerdolachato 26/10/2023minha estante
kkkkk obrigado! :D




Aline Teodosio @leituras.da.aline 12/01/2018

Bom, mas podia ser melhor
A chegada de um homem totalmente enfaixado, de luvas, chapéu e óculos escuros causa frenesi entre os habitantes da pequena Iping. A surpresa se torna ainda maior quando eles se dão conta que o homem é invisível.

O livro inicia com um ritmo interessante, que nos desperta a curiosidade para saber o que aconteceu ao homem e o que ainda irá lhe acontecer. Lá pela metade do livro a leitura torna-se um pouco maçante e depois fica bastante eletrizante. As últimas páginas são de tirar o fôlego.

Incomodei-me, entretanto, com dois pontos: 1. O capítulo que explica a experiência que o deixou invisível, pois sou lenta mesmo pra esse negócio de ficção científica. E, 2: achei que a premissa do livro daria belas discussões acerca do psicológico do personagem. O livro ficaria bem mais interessante se o autor tivesse explorado de forma mais minuciosa as dores, mazelas e tormentos do homem.

Por falar no homem, nem dá pra sentir empatia por ele, porque, ô personagem nojento.

Enfim, apesar dos pesares, esse meu primeiro contato com Wells foi satisfatório. Indico.
Luize 12/01/2018minha estante
Tive exatamente as mesmas impressões.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 12/01/2018minha estante
Pois é.. A gente fica com um pouquinho de frustração por esperar um aprofundamento psicológico e não ter. Mas mesmo assim, foi uma leitura interessante.




LarissaVeloso 14/03/2024

A batalha de Griffin contra o mundo
Com certeza esse livro quando foi lançado superou as expectativas dos leitores de ficção científica por tratar de coisas além do seu tempo (achei genial como abordaram conceitos da refração da luz no livro) mas como romance achei que deixa bastante a desejar ?

A história é muito arrastada e as reviravoltas do livro me deixaram incomodada!! Fora que o protagonista é muito chato (com certeza intencional pelo autor)

3 estrelinhas e meio para esse clássico. ???????
Ricardo 14/03/2024minha estante
Então não vale a pena ler?


LarissaVeloso 14/03/2024minha estante
Não indicoo




Rauecker 20/03/2024

O Homem Invisível
Segundo contato com a escrita de H.G. Wells, e ele mantém a ciência como foco nos seus contos de fato e consegue não ser nada complexo quanto a isso, nas explicações científicas é fácil entender e viajar, diferente de Verne, que vez ou outra é técnico além da conta.

O enredo segue a trajetória de um cientista que ficou completamente invisível, depois de muitos estudos e experimentos ele finalmente consegue alcançar seu objetivo e daí sai todo o desenrolar da obra. Que na minha opinião é o ponto baixo do livro, a forma como é contada e o caminhar da história não me agradou, não por ser confuso, nem por ter algum tropeço ou outro, mas por ser bem chato mesmo.

O protagonista, o homem invisível, é um completo sociopata babaca, quando alcança seu objetivo e toda a liberdade que a forma traz o cara fica incontrolável e com diversas atitudes que nos deixam a pergunta ?cara, para que isso?!?. E as pessoas que tentam o perseguem é uma mais quadrada que outra, por diversas vezes eu me perguntei ?não é possível que ninguém vai jogar um saco de farinha na cara desse sujeito, ou uma lata de tinta que seja?, enfim, meio decepcionante.

Após ler ?a máquina do tempo? do mesmo autor e depois se deparar com essa obra, deve ter ajudado a me frustar um pouco, levando em conta que na máquina do tempo achei tudo perfeitamente colocado.

No mais eu recomendo a leitura, a mensagem que Wells passa é boa, a ideia é ótima. Só fica a desejar mesmo no desenrolar. Dá para encarar tranquilo.

Citação preferida:

?É uma região bárbara - E os homens são uns porcos.?
Sassá 25/03/2024minha estante
A leitura não é ruim, mas também não é super legal. Não nos deixa com vontade de ?devorar? o livro.


Rauecker 25/03/2024minha estante
Perfeito!!




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