Lilian 09/02/2017
De todos os contos que já li esse foi o mais imprevisível
De todos os contos que já li esse foi o mais imprevisível, o que geralmente é considerado uma qualidade, porém, trouxe um final totalmente inesperado e menos agradável. Por isso, confesso que não me agradou tanto, apesar de trazer um contexto bonito.
O conto se inicia em bem, onde conhecemos a jovem Aurora que recebeu uma vida agradável, feliz e divertida. Tem 19 anos, um namorado e a família perfeita. Ou seja, por aí já é perceptível que a jovem não tem muitos problemas, ou os mesmos estão escondidos.
O conto começa assim, induzindo o leitor a entender que a história não passa de um romance misturado com aventura, nada mais, nada menos. Ela nos traz a lembrança que Aurora será a madrinha de casamento de sua melhor amiga e, para esse dia tão esperado, as amigas vão à procura das vestimentas perfeitas para a ocasião. Para tanto, Aurora já encontra o seu, o vestido mais lindo da cor vermelho sangue. Seu namorado gosta disso, da cor, gosta dela e eles se amam. Por isso Aurora é feliz ao seu lado. O que pode estragar?
Frente ao casamento, por óbvio a bela Aurora chama a atenção. Ela deveria estar bem elegante, e por isso seu ex namorado se aproxima e logo Felipe sente ciúmes. Diante da crise de ciúmes, a jovem tenta convencer o namorado de que aquele ciúme é inútil. Porém, frustrado, o namorado se distancia, deixando Aurora sozinha. Percebi que foi um pouco rude por parte do rapaz, mas também não posso dizer que contribuiu para que as coisas acontecessem como aconteceram. É o que será explicado a seguir.
O ciúme desnecessário não atinge Aurora, agora ela só quer se divertir e resolve aproveitar o momento. Logo, a jovem se embriaga e posteriormente toma a atitude desagradável de querer conduzir um veículo sob efeito da bebida alcoólica, juntamente com seus pais no veículo. Porém, mal saberia a jovem que uma atitude poderia mudar um destino.
Ao contrário do que pensamos, que aquela noite tinha tudo para ser perfeita, nem tudo saiu como planejado nem pra mim tampouco para Aurora!
O único rumo que a autora quis tomar só pode ter sido querer transferir ao leitor sentimentos de reflexão, de nos fazer pensar em cada ato, atitude e iniciativa que tomamos. Esse conto carrega nada menos que um pedido de refletir mais acerca de nossas decisões. Nele, através dos personagens, autora desejou transmitir todo sentimento de perda que uma pessoa possa sentir, pois foi através do amor que ela fez isso, de modo que rompeu o sentimento mais lindo que o ser humano possa sentir. E isso por decorrência das condutas tomadas. Confesso que fiquei seriamente frustrada quando findei a leitura (apesar de curta, porque é um conto), mas ao mesmo tempo, compreendi o que a autora desejou passar através das páginas.
E mais uma vez, graças a esse conto, posso me lembrar que determinadas condutas que as vezes tomamos pode trazer consequências imprevisíveis. Apesar de comum isso ser dito por aí, infelizmente sempre é novidade para algumas pessoas, e as vezes elas chegam sem bater na porta.
Esse conto é indicado pra passar o tempo, como no meu caso, li antes de dormir e foi uma leitura bem rápida, mas agradável. A escrita da autora é leve e simples, mas toda organizada, sem erros e com diagramação harmônica.
site: http://www.leitorasvorazes.com.br/2016/10/resenha-77-aurora.html