A Cultura do Renascimento na Itália

A Cultura do Renascimento na Itália Jacob Burckhardt




Resenhas - A Cultura do Renascimento na Itália


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Marcos606 08/09/2023

Usando subtítulos programáticos (a descoberta do mundo e do homem; o desenvolvimento da individualidade; o Estado como obra de arte; o sentido de humor moderno), Burckhardt analisou a vida quotidiana da Itália renascentista, o seu clima político e o pensamento da sua mentes excepcionais. Suas fontes – muitas vezes crônicas e contos contemporâneos – estavam impressas e prontamente disponíveis, mas frequentemente ignoradas pelos historiadores. Ele os abordou com questões recém-concebidas em mente. Embora Burckhardt enfatizasse muitos contrastes entre a Idade Média e a Renascença, ele não subestimou as conquistas medievais. Seu conceito de história não deixava espaço para a ideia de que a Renascença ou qualquer outro período foi caracterizado por um progresso geral em relação à época anterior. Se a arte de Rafael apresentou o Renascimento no seu melhor, o mecanismo engenhoso e implacável da política renascentista lembrou a Burckhardt “o funcionamento de um relógio”. Aqui ele percebeu os primórdios do Estado moderno, um instrumento de precisão de controle de massa, sem consideração pela liberdade criativa dos indivíduos e das minorias.
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Matheus Nunes 23/12/2023

Dante foi para Burckhardt o que Shakespeare foi para Harold Bloom.
Esse livro é realmente uma obra completa sobre o renascimento italiano. Os séculos 14,15 e 16 são aqui esmiuçados rigorosamente, e as vezes até demais. Não é que a escrita do Burckhardt seja hermética, mas é que por vezes o autor parece ter alguma dificuldade em explicar uma ideia de forma clara e objetiva, partindo assim para vários caminhos que se estendem ao ponto de parecer repetitivo, e de fato são. Isso fica bem evidente principalmente no ultimo capitulo sobre a Moral e Religião.

Discordo de algumas das opiniões do autor, sobretudo quando ele parece usar a reforma protestante e o movimento da contrarreforma como uma espécie de bode expiatório para responder duas questões principais que ele mesmo levanta:
1 - Porque a Itália não desenvolveu o seu teatro ao ponto de gerar o seu "Shakespeare italiano"?
2 - E porque os italianos não foram os fundadores da reforma protestante?

São questões que de fato são interessantes, mas eu acho que ele força um pouco a usar sempre a mesma resposta da reforma protestante vinda dos países do norte e da contrarreforma. Segundo a opinião dele a Itália no renascimento sempre esteve a um passo da grandeza total, mas ai vieram esses eventos intrometidos e acabaram com tudo.
Fora isso o livro é realmente muito bom, nenhum aspecto e personalidades dos três séculos do renascimento ficam de fora do olhar atento do autor.
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