Tempo de Mudanças

Tempo de Mudanças Lisa Jewell




Resenhas - Tempo de Mudanças


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Jenecy 01/02/2023

Muito bom
Uma trama inteligente, bem envolvente, a autora entrelaçou o enredo de maneira muito eficiente. Daquelas histórias que deixam o coração da gente quentinho, adorei !
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Bete 29/11/2022

Um pouco confuso no começo pra vc se achar nas histórias dos personagens, mas depois fica bem fluido e tranquilo.
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Vanessa Daflon 13/06/2022

Em alguns momentos você se pergunta onde a história de tantos personagens consegue se cruzar, até que eles começam a se complementar!
A história é diferente, instigante e me fez refletir. Pensei sobre nossos laços sanguíneos, irmãos, inseminação independente e tantos outros temas que se resumem a construir laços de amor e nos reconhecer no âmbito familiar.
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Elineuza.Crescenci 02/07/2021

Bem real
Tema: Leituras de Julho 2021 (1)
Título: Tempo de Mudanças
Autor: Lisa Jewell
País: Inglaterra
Páginas: 349
Avaliação: 2/5
Término da leitura: 2/07/2021
Ed Novo Conceito – SP - 2014

A Autora
Nasceu em Londres em 1968.
É muito conhecida por seus romances contemporâneos que se tornaram Best Sellers.


A Obra
Comprei o livro pois era barato e tinha uma capa atrativa pelo título e pelo desenho da capa.
Isso aconteceu lá em 2015. Tem tempo não é?
A história é contada a partir dos personagens isoladamente.
Cada um deles vivendo em situações de instabilidade e dúvidas quanto ao futuro ou quanto as decisões do presente.
Famílias e filhos que viveram conflitos com seus pais. Filhos que se isolam e não possuem amigos e os poucos que possuem são não são devidamente valorizados.
Pais que decidem por inseminação a partir de doadores e centros de doação de esperma.
Solução para problemas hereditários?
Problemas financeiros, morte, vida, doenças... o que as pessoas fazem diante de tantos obstáculos?
O que fazem para sobreviver?
O que fazem para se entrelaçar e unir?
Bom... é isso. Muito real.

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Gi 07/04/2020

Identidade,família, amor e perda
Três jovens com histórias diferentes, mas que se sentem igualmente perdidos. O livro é um grande romance, com tramas paralelas e bem entrelaçadas que atrai o leitor até a última página. Uma trama com um enredo complexo, que atravessa o tempo e relaciona os três estranhos,Lydia,Dean e Robyn de uma forma inusitada.
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Cris Aragão 12/03/2020

A cada capítulo um personagem diferente, a princípio é confuso e difícil de se situar na história; mas à medida que lemos fica tudo mais claro. Uma narrativa cativante.
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Patti Spissoto 02/10/2018

Muito confuso
Achei a história muito bonita... Mas são muitos personagens e todos contam sua história. No começo a gente fica perdido pra saber quem é quem, quem fez o que ou como acabou a parte do outro... Voltei várias vezes na ultúlt parte do personagem pra lembrar o que tinha acontecido com ele... Do meio pro fim a gente já se acostumou e a história fica mais fácil de ler...
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Deza Farias 01/06/2017

Amor & Ódio
Ai, esse livro ... Vivi um verdadeiro caso de amor e ódio por esse livro , porque ao mesmo tempo que eu queria lê eu também queria abandonar , dar pra entende ? Eu gostei do enredo do livro , mais achei muito massante , não acontecia nada de interessante até mais da metade do livro ... Quando foi chegando ao finalzinho foi que deu uma guinada , o livro é totalmente previsível , mais mesmo assim é uma leitura que depois você fica refletindo por muito tempo, como se a tivesse dissecando , porque é um livro que fala principalmente de SUPERAÇÃO, e todos os personagens tem uma historia de vida ,linda e instigante.
E eu indico muito essa leitura , porquê por mais que eu não tenha amado , acho que assim como todos os livros , vale muito lê e tira as próprias conclusões , porque cada um tem seu próprio ponto de vista , certo ?
Então leia de peito aberto , deixe as espectativas de lado e boa leitura !!!
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Portal JuLund 24/06/2015

Tempo de Mudanças, Resenha, @Novo_Conceito
Hey Pessoal! Tudo beleza? Essa semana preciso contar pra vocês da minha leitura de Tempo de Mudanças, da autora Lisa Jewell, que recebi de cortesia da editora Novo Conceito ao Portal, ele é do ano de 2014 e tem 352 páginas de pura inteligência literária, sabe porque?

Bem, os três jovens descritos na sinopse, Lydia, Dean e Robyn, foram gerados através de doações genéticas anônimas, Robyn sabia desde sempre, Dean e Lydia descobriram já adultos e os três resolveram, por circunstâncias distintas, procurar seus irmãos em um site.

Leia a resenha completa em nosso portal!

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/tempo-de-mudancas-resenha-novo_conceito
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Jo 30/03/2015

Tempo de mudanças
Não foi assim um super livro (minha opinião), mas serviu para distrair a cabeça. Para quem está assistindo a novela Sete Vidas, o assunto é exatamente o mesmo: filhos de doadores de semen.

O livro narra a estória de quatro pessoas, nascidas de uma inseminação através de doador anônimo. Eles se encontram através de um site onde essas pessoas se registram e começam a se relacionar, até que também conhecem o tal doador. Bonitinho!
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Rosana 09/02/2015

Tempo de Mudanças -Lisa Jewell
Olá!

Confira a resenha do livro Tempo de mudanças, da autora Lisa Jewell.

Glenys Pike tem 35 anos e é casada com Trevor, cinco anos mais novo, a quem ama muito.Ela deseja ser mãe, mas descobre que o marido não realizará o sonho.

“No entanto, como ela acabara de saber, Trevor não era fértil.”

Sem que ele saiba, busca, com a ajuda do cunhado, uma clínica de fertilização. Tudo dá certo: nasce Lydia. Aos três anos perde a mãe, em circunstâncias duvidosas. Seu irmãozinho, também morre aos seis meses.

Quando perde o pai, Lydia fica sozinha. Ela sempre soube que o pai a detestava, além disso, tinha coisas não esclarecidas de sua infância que ela precisava descobrir. Era bem-sucedida , mas estava só. Hoje mora em Londres.

“O país de Gales era onde sua mãe tinha morrido,seu pai e seu irmão tinham morrido e sua infância tinha morrido…”

Lydia recebe, um dia, uma carta anônima e descobre que sua mãe recorrera a uma clínica de fertilização. O pai não era seu pai. Menos mal. Fez o teste de DNA e o nome do pai é o doador 32. Era um estudante de medicina francês que morava em Londres.

Robyn , vivia feliz com os pais e sabia que era filha de um médico francês. Não queria vê-lo, mas fazia medicina por conta disso. Ela arruma um namorado, Jack, que é escritor. Um dia ela o vê no reflexo do espelho e se sente igual a ele. Suspeitando que poderia ser seu irmão, afasta-se. Ela deduz isso por saber que o namorado não tinha pai e o ano de seu nascimento coincidia com o nascimento de um menino que era filho do doador francês. Esclarecidas as dúvidas, volta com o namorado. Faz o teste e fica tranquila pois havia sido uma mera coincidência.

Dean é, também, filho do doador de esperma. Perdeu a namorada, Sky, durante o parto. Está abalado,sem emprego e só. Certa noite, num bar, após ter bebido muito, foi levado por Kate à casa dela. Abriu seu coração, e com a ajuda dela inscreve-se, para acessar a lista no Registro de parentes de doadores, sobre a possibilidade de ter irmãos. Deu tudo certo.

Finalmente, Lydia, Robyn e Dean se descobrem irmãos, e são convidados a visitar o pai, Daniel, em uma clínica de repouso onde se encontra.

São três jovens com suas próprias histórias, e algo em comum: a procura das origens, descobertas e todas as surpresas que a vida lhes reserva.

É uma história interessante de buscas e revelações de segredos que irá descortinar novos horizontes para a vida de cada um dos envolvidos.

site: http://livrologos.com.br/2015/01/lisa-jewell-tempo-de-mudancas/
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kleris aqui, @amocadotexto no ig 29/12/2014

Acolhimento
O que mudaria em sua cabeça se você se descobrisse irmão biológico, digamos, de mais de cem crianças? Com o avanço da tecnologia médica e dos procedimentos artificiais, ter cem irmãos hoje é possível (vide o filme De Repente Pai). Mas, ok, Tempo de Mudanças não chega a esse ponto, aqui são apenas quatro irmãos e a forma com que seus genes acabam por aproximá-los. Lisa Jewell nos apresenta então às possibilidades do que antes era apenas um futuro incerto.

"—Vamos morrer e nossa linhagem morrerá conosco. – Ele então tossiu, e Maggie lhe deu um copo de suco.
— Oh, bem, nunca se sabe – disse ela, despreocupada –, é isso que dá ser homem. Talvez haja um pequeno você por aí e você nem sabe. – Ela soltou uma risadinha, olhando para ele a fim de verificar se não tinha passado dos limites.
Ele fechou os olhos com força e sorriu de esguelha.
— Talvez – riu. Depois suspirou. — Talvez. Afinal, tudo é possível. "

Nossa entrada na história parte com a família Pike, quando Glenys decide ter um filho por inseminação artificial, já que seu marido, ao que tudo apontava, era infértil. Nasce Lydia. Em outra família, nasce Dean, e em outra, Robyn. O quarto filho do mesmo material genético é o mistério da trama.

Descobrir as origens ficou a critério de cada família. Lydia teve uns problemas com a sua, de maneira que uma perda significou toda uma quebra e o sentido de ter uma família sempre foi um ponto delicado para si; assim, ela só vem a descobrir com 29 anos. Já Dean soube com 18, o que não mudou sua vida em nada a princípio, ele era bem conformado com a mãe e não tinha lá muitas expectativas para achar que devesse ir atrás, isso até, que aos 21, sua namorada morre e deixa um bebê para ser criado.

Quanto à Robyn, sua família era bem aberta e unida, então cresceu sabendo sua origem e não ligando muito para o fato de que ela teria outro pai por aí. Mas só foi ao completar 18 que os pais decidiram lhe passar os documentos oficiais, para todo caso, de um dia Robyn mudar de ideia e querer saber mais a respeito. E o que a faz mudar de ideia... é um caso bem interessante que Lisa Jewel arquiteta (rs).

"Ela não sabia o que esperar. Era provável que fosse irreal imaginar que essas pessoas fossem particularmente interessantes só porque eram seus irmãos genéticos."

Há várias personalidades nesse livro para se voltar e muitos jogos de narrativa que Lisa soube usar. Cada capítulo traz um ponto/persona de que Lisa quer nos mostrar, assim ora estamos com Lydia, ora com Dean, senão Robyn, e até Maggie, uma amiga do doador Daniel, quem entra nessa jornada para reunir esses “filhos” antes que o câncer leve de vez a figura que deu material para que 4 crianças nascessem. A narração, no entanto, não segue conforme os pontos de vistas. Gostei disso, mostrou que Lisa tem uma voz narrativa bem segura pra ir e voltar e usa isso pra explorar diversos espaços da sua trama – além, claro, de dar suas pitadas de mistérios nela.

Gostei também das personalidades desenvolvidas. Não acho que Lisa foi óbvia ou caminhou por estereótipos, seus personagens na verdade são bem críveis. Muitos são egoístas, e às suas maneiras. A autora coloca isso na trama de um jeito que não evoca pena, nem raiva ou tristeza, não necessariamente; também não exige que eles mudem da água pro vinho, afinal, cada um resultou num reflexo subjetivo de suas criações e ideais, o que conserva um ponto bem interessante sobre identidade e a construção dela quanto a formar pessoas, o que gostaríamos de ser, como somos e por que assim somos.

Dessa maneira, posso dizer que a abordagem da autora foi mais que adequada, foi delicada. Ao mesmo tempo em que se entremeia toda essa questão de inseminação, família, amor, conexão, identidade, genética... Lisa vai além do óbvio, ela não faz disso uma polêmica.

"De repente, Lydia ficou atrapalhada com a ordem das prioridades. Como iria administrar isso? Em que sequência deveria viver os próximos poucos capítulos da sua vida? Realinhar-se com Dean, encontrar Robyn, e aí todos se juntariam com o papai Daniel como uma grande turma feliz? Ou encontrar individualmente cada participante desse cenário esquisito? Ela deveria conhecer cada um devagar ou marcar reuniões uma atrás da outra? Será que os outros estavam interessados em conhecer o “pai”? Ou só ela estaria? E, se fosse o caso, será que ele não ia querer perguntar dos “outros”? E como ela se defenderia? E a quarta cria? Deveriam esperá-lo se registrar?"

Jewell toca em diversas vidas e faz isso de um modo tão... lindo. Admirei muito de sua escrita (me deu um gostinho de quero mais *---*), que guarda leveza, simplicidade e essa sensação de acolhimento.

Achei o título bem apropriado – o original é The Making of Us, algo como “a fabricação de nós”, que ficaria bem esquisito se levado ao pé – por refletir bem essa ideia de expectativa e receio, que também foi bem capturada pela capa. Ela dá uma sensação contemplativa, sabe? Aquele ligeiro desconforto para um tempo de mudanças...

No fim das contas, trata-se de esperar para ver o que atitudes vão repercutir lá na frente. Foi-se o tempo em que a medicina era vista como a revolucionária, quando não, perigosa, enquanto lidar com o dom de dar ou brincar com a vida (como na novela brasileira O Clone, que tratou dos procedimentos médicos por um aspecto mais ético-social). Pelo que eu soube, em breve teremos em nossa tela uma novela que nos envolverá nesse mesmo tema do livro. Enquanto isso, Lisa Jewell é uma boa pedida pra entender o que nos espera quando o assunto é inseminação artificial, doadores anônimos e irmãos biológicos.

Até a próxima!

site: http://www.dear-book.net/2014/12/resenha-tempo-de-mudancas-lisa-jewell.html
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Dany 08/10/2014

E se um recomeço fosse possível?
Quando eu comecei Tempo de Mudanças, não tinha muito conhecimento sobre seu enredo além da sinopse que acabara de ler na contracapa. Então, ao abrir o livro e começar a lê-lo, tudo parecia uma nova descoberta para mim. Os personagens, a história, a trama principal... Tudo era novo e instigante e eu não pude deixar a leitura de lado até que o sono ou as obrigações do dia me forçassem a isso.

De um lado da história temos três jovens que levam vidas diferentes, porém, sem saber, partilham da mesma origem. Lydia, Dean e Robyn foram concebidos numa clínica de fertilização e agora na vida adulta, podem decidir, em meio a vários problemas pessoais, se querem ou não conhecer seus possíveis irmãos e irmãs em um site especializado para crianças produzidas artificialmente.

Do outro temos Maggie, uma bondosa mulher da meia-idade que acabou se apaixonando por Daniel Blanchard, um misterioso francês, que acaba adoecendo e em seus últimos dias confessa a ela que foi doador para uma clínica de fertilização nos anos 80 e 90 e que certamente tem filhos por aí. Assim, Maggie se vê numa busca frenética por esses filhos, para que Daniel possa vê-los antes de partir.

Por tratar de um tema novo para mim, foi uma das poucas histórias que li esse ano que gostaria que fosse para as telas (pequenas ou grandes). Fiquei imaginando o livro todo o tempo como uma minissérie da BBC. Podia até mesmo visualizar os atores, os cenários (ruas e bairros de Londres) e as cenas. E foi divertido fazer isso. Acho que desejo mais livros assim.

O best-seller da inglesa Lisa Jewell, para mim, foi um daqueles livros dilema. Do tipo que você não quer que acabe, porque a história é muito boa e lhe prende como nada, entretanto, também é do tipo que você quer saber o final, porque as coisas precisam se resolver!

Bem, no fim das contas, em Tempo de Mudanças o que realmente importa não é como a história se finaliza até porque, essa parte ficou bem aberta a possibilidades , mas como ela se desenvolve. O rumo que as coisas vão tomando, as complicações e as resoluções que se dão. É isso que torna a escrita de Jewell tão cativante: a capacidade de criar conflitos que são reais e que envolvem o leitor.


Confira a resenha na íntegra em:
http://euqueleio.com.br/resenha/tempo-de-mudancas-de-lisa-jewell
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Manuella_3 10/09/2014

Que importância tem a consanguinidade nas relações familiares? Se você não fosse filho biológico, gostaria de conhecer seus pais? Como premissa de um bom drama, não é spoiler falar que o tema do livro é a doação de sêmen e os filhos gerados a partir desses doadores. Daniel é um francês que está morrendo e confidencia à sua amiga Maggie que fora doador de sêmen na juventude. Sabendo que tem quatro filhos biológicos, seu último pedido é que estes sejam encontrados. Maggie, que nutre uma paixão secreta por ele, não quer deixar de ajudá-lo nesta última aventura. Lydia, Dean e Robyn têm mais em comum do que imaginam. Uma certa inquietação com a vida, como se faltasse alguma ligação comprovada com as pessoas próximas, uma peça faltando nesse jogo, insatisfação. Não se conhecem e suas vidas estão prestes a se cruzar. Cada um está passando por um momento delicado, enfrentando alguma dificuldade que pede mudança urgente.

Lydia vive numa casa imensa, tem uma conta bancária recheada, é bonita e bem sucedida, mas sofreu muito na infância. Suas dores estão bem guardadas e parece que ela se fechou para os relacionamentos: falta-lhe um amor, só tem uma amiga e... um sentimento de inadequação comovente. Dean é um garoto de 21 anos que vive a ansiedade da chegada da primeira filha. Tenta conviver com Sky – a namorada temperamental - da melhor forma, mas o destino preparou uma amarga surpresa para ele... Robyn tem 19 anos e está começando a faculdade de medicina. Apesar de se sentir feliz em família e segura quanto à sua imagem, algo está errado e ela não sabe exatamente o quê.

Apesar do início um pouco confuso, logo o leitor pega o ritmo e sente-se confortável: afinal, são capítulos intercalados por cinco personagens, o que dá mais agilidade à trama e amplia a visão do leitor sobre cada conflito particular. É bom conhecer os pensamentos e sentimentos dos personagens, remexer em seus passados e, em alguns momentos, sentir na pele a dor que experimentam.

Adorei Lydia, desde o começo. Foi a personagem que mais despertou a minha simpatia – e também compaixão. Gostei da melancolia que ela carrega. Apesar da vida que permite muitos luxos, Lydia não é deslumbrada, pelo contrário. Sua vida metódica e organizada não é preenchida: faltam amigos, amores, familiares. Uma infância solitária fez dela uma mulher com baixa autoestima e bastante introspectiva. Os outros personagens são interessantes (especialmente Dean), mas sem o brilho dela. Não gostei da capa, embora tenha uma ligação com o final da história. Achei que leva o leitor a imaginar um romance bem feminino, quando, na verdade, esconde um bom e curioso drama contemporâneo.

Atribuí quatro estrelas à leitura, por não despertar emoções tão fortes quanto gostaria. Acho que a autora poderia criar mais tensão entre os capítulos, explorar um pouco mais as reflexões que cada personagem fez até o final da história. Senti falta de frases mais impactantes. Entretanto, são preferências minhas. Lisa Jewell conseguiu contar uma história interessante e, com certeza, lerei outros livros seus.

"... e se lembraria do rosto deles, dos olhos, dos três procurando em cada um seja lá o que havia faltado na vida deles até então: a sensação vital de reconhecimento." (p. 312)

Resenha publicada no blog Ler para Divertir:
http://www.lerparadivertir.com/2014/05/tempo-de-mudancas-lisa-jewell.html
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Poesia na Alma 23/07/2014

Resenha - Tempo de mudanças
Essa semana só tem resenha por aqui. Devido as viagens do Mochila literária, atrasei algumas coisas, mas já vou colocando tudo em ordem! E uma das leituras que fiz de frente pro mar (leituras de verão) foi Tempos de mudanças, Lisa Jewel, Novo Conceito, 349 páginas.

Em um hospital em Bury St Edmunds, Daniel Blanchard está morrendo. A amiga Maggie May é sua companheira nesta jornada até o fim: senta-se ao seu lado todos os dias, segurando-lhe a mão e ouvindo histórias de sua vida, seus arrependimentos e seus segredos: os filhos que nunca conheceu e que, provavelmente, nunca conhecerá. Lydia, Dean e Robyn não conhecem o pai e também não se conhecem. Ainda... Todos eles estão passando por uma fase de mudanças e de dificuldades: Lydia carrega as cicatrizes de uma infância traumática e, embora seja rica e bem-sucedida, sua vida é solitária e confusa. Dean é um jovem sobrecarregado por uma responsabilidade imprevista, cuja vida está indo para lugar nenhum. E Robyn começou a faculdade de medicina, mas sente que alguma coisa não está certa. Três jovens com histórias muito diferentes, mas que se sentem igualmente perdidos e à procura de alguma coisa, como se faltasse um elo para dar sentido às suas vidas. E então, quando eles percebem que seus caminhos estão se cruzando, tudo começa a mudar...

Por mais que tenhamos muitas teorias para a morte, lidar com ela não é fácil! Não somos educados para isso; e, acredito, mesmo que fossemos, ainda seria difícil! Se eu já começo falando de morte, então pode esperar um bom drama do livro! Em certos momentos, lembrei-me do filme As pontes de Madison.

Daniel está apenas esperando o último suspiro e tem um grande segredo para revelar aos seus três filhos. Primeiro, eles não se conhecem, ou seja, não sabem que são irmãos! Mesmo assim, os instintos de que existe algo a mais que a própria razão pode explicar os ronda.
Lydia, Dean e Robyn estão prestes a descobrir o motivo de sentirem saudades sem explicação racional; de sentirem um vazio perturbador mesmo quando estavam acompanhados.

A autora vai intercalando sobre a vida dos quatro personagens e seus relacionamentos, traz a importância do amor da família e como os laços de sangue podem superar qualquer distancia. É um livro emocionante e que nos faz refletir; lido com o barulho do mar, confesso que fiquei mais emotiva!


Indico para todas as idades e famílias; sem restrição! A mudança é sempre necessária em nossas vidas e eis a grande lição do livro. Contudo, apesar de ter gostado, achei que em certos momentos, a narrativa ficou pesada, cansativa; e se esse era o intuito, a autora conseguiu!

http://poesianaalmaliteraria.blogspot.com.br/
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