z..... 23/01/2014
A leitura é agradável, com uma linguagem facilitada e com informações importantes e curiosas, direcionadas ao publico em geral. Vemos o processo de ocupação dessa região, ressaltando seu valor e a estratégia de colonização com a catequese a serviço disso. Portugal tinha terras em várias partes do mundo e patrícios em número insuficiente para essa ocupação, daí o envio dos missionários jesuítas que, espalhando a ideologia, procuravam fazer com que os povos nativos assumissem a identidade do colonizador. Um entrave foi o próprio desconhecimento sobre as populações que, designadas sobre um único nome (indígenas) na prática representavam uma multiplicidade de culturas, com suas ideologias e que nem sempre viviam de maneira pacífica entre si. A ocupação deu-se também com casamentos (forçados ou não) dos soldados portugueses com pares nativos. O que amarrou tudo foi a ideologia, por isso, nessa região, tanta diversidade (nem sempre natural daqui) mas com uma identidade assumida assim em razão da mistura com a história na região. O aspecto da ocupação portuguesa, roubando ou transformando a identidade do nativo em função da sua, foi o aspecto mais interessante que li na obra. Os jesuítas também estimulavam o serviço exploratório das riquezas a favor de seus superiores e assim a Amazônia, terra de muitos tesouros (visíveis com o esforço do trabalho) foi sendo ocupada... na prática e na real, tomada e saqueada. A Fundação de Belém deu-se pela necessidade de um entreposto inicial para garantir isso.