Nacqua

Nacqua Cristina de Azevedo




Resenhas - Nacqua


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Raquel Pagno 19/11/2014

Sobre Nacqua...
Na narrativa de Cristina de Azevedo, conhecemos Larissa, a protagonista/narradora dessa surpreendente história.
Larissa é guia turística em um resort em foz do Iguaçu. Meio afastada da vida social há algum tempo, certo dia ela aceita um convite para sair com um casal de amigos. Quando percebe que o casal levou mais um amigo, Larissa surta, pensando que é alguma armação para arrumar um namorado pra ela, e imediatamente ergue suas defesas e acaba quase discutindo com Saulo, o possível futuro namorado.
No entanto ela fica dias e dias sem conseguir tirar ele da cabeça. Ao mesmo tempo, sente-se doente, cansada além do normal e mesmo tendo ido ao médico, nada parece ser capaz de devolver a vitalidade de Larissa.
Eis que quando ela retorna ao trabalho, sente-se mal e acaba caindo na Garganta do Diabo...
E é exatamente aí que a aventura começa!
Em um primeiro momento, Larissa pensa que está morta, pois contrariando a lógica, sente-se bem debaixo d’água e consegue respirar normalmente. Não demora em que ela perceba que adquiriu guelras e que não foi só isso que mudou em seu corpo.
Larissa é então avisada de que, na verdade, é uma princesa e que o lugar onde se encontra é Nacqua, um reino sob as Cataratas do Iguaçu, cujo povo é destinado a proteger a humanidade de uma perigosa serpente que há séculos, foi aprisionada ali: M’boy. E adivinha quem aparece para ser o seu guardião? Isso mesmo, Saulo, que dias antes também havia caído nas cataratas.
Não bastasse, Larissa é também a princesa herdeira do trono de Nacqua e “receptáculo” do oráculo, que contém toda a sabedoria capaz de salvar o povo nacquariano de M’boy.
Os seres nacquarianos tem capacidades extraordinárias. Comunicam-se de forma diferente dos humanos (por viver na água, claro), através de uma espécie de telepatia. Aprendem tudo com uma velocidade extraordinária. Seus corpos, além de guelras e nadadeiras nas mãos, tem uma calda formada por tentáculos que eu imaginei se parecerem com algas, porém multicoloridas.
Quando Larissa aprende a se comunicar logo lhe é informado que a serpente, antes protegida por magia, está prestes a se libertar e destruir o reino, e que ela precisa se casar urgentemente para que o feitiço se renove e o povo de Nacqua torne a viver em segurança. Adivinha com quem ela resolve se casar? Sim, Saulo de novo.
Mas nem tudo sai como planejado, e a responsabilidade de salvar o mundo nacquariano recai sobre as costas de Larissa, separando-a do marido, por quem agora, ela está perdidamente apaixonada e é correspondida.
“Impressionante” é a palavra que define a força e a coragem de Larissa em determinados momentos da narrativa. Sem dúvidas uma personagem forte e decidida.
Já com Saulo... foi antipatia à primeira vista (ou, à primeira lida). Não consigo gostar dele (por questões de gosto pessoal e não que eu tenha achado algum defeito grave no desenvolvimento da personalidade). O que me incomodou no casal foi o excesso de melosidades. Ok, eu curto romances, embora seja bem mais chegada a um amor platônico e, de preferência, com final infeliz. Não tive paciência para o excesso de “meu amorzinho” pra cá e pra lá nos diálogos entre Larissa e Saulo e daí minha antipatia por ele.
Outra coisa que me incomodou, não apenas nesse livro, mas em muitos que li, é a mudança esporádica no tempo da narrativa, ou seja, enquanto em uma frase está se citando verbos no passado, na próxima tudo passa ao tempo presente. Isso sempre me deixa um pouco confusa. Ainda assim, é possível compreender o que está ocorrendo no momento normalmente.
Já Henrique, que posteriormente foi designado como guardião da princesa no lugar do Saulo, ganhou meu respeito e simpatia. Muito mais corajoso do que Saulo (quem ler o livro saberá que Saulo teve seus motivos para agir como agiu, mas eu esperava mais...), mais comprometido com a causa, talvez por estar em Nacqua a mais tempo do que o outro, Henrique é esperto, astuto e está sempre pronto para ajudar Larissa a salvar o mundo.
Outra parte muito interessante é que a autora mescla a lenda das cataratas do Iguaçu com a ficção do mundo nacquariano criado por ela. A história é nota 10 em criatividade, o livro não contém erros, e em determinados trechos a narrativa é tão intensa que nos deixa sem fôlego.
Recomendo muito a leitura, tanto para os amantes da fantasia, quanto para os curiosos que querem saber mais sobre essa lenda brasileira tão pouco conhecida em outros lugares que não a Foz do Iguaçu.


site: www.raquelpagno.com
Cristina 19/11/2014minha estante
Obrigada Raquel.




Herick 20/11/2014

Resenha - Nacqua - OReino Escondido.
Nacqua - O Reino Escondido, conta a história de Larissa, uma bela moça que desconhece suas origens paternas. Já no inicio da leitura somos levados ao cenário de uma das maiores maravilhas naturais do mundo, as Cataratas do Iguaçu. Larissa trabalha como atendente de um hotel próximo as Cataratas, e nas horas vagas atua como guia turística, e ama seu trabalho. Larissa tem muita indisposição e dificuldade em conseguir dormir, mas numa noite Larissa é convidada para sair pelos amigos Vanessa e Henrique, que se preocupam muito com a amiga. E é neste passeio que Larissa conhece Saulo, mas não gosta nada das intenções dos amigos, e resolve voltar para casa, e após chegar em casa recebe uma ligação com a noticia de que Saulo caiu acidentalmente em uma das quedas das Cataratas. Larissa se sente muito mal por não ter dado ao menos a oportunidade de se conhecerem, mas logo tudo passa, e os dias para seu aniversário vão se aproximando, e os amigos resolvem comemorar a data com Larissa, próximo as Cataratas. Estão todos se divertindo, menos Larissa que sente uma atração pela água e sem ao menos saber como e por que, se vê caindo nas quedas (Isso não é Spoiler!),ao alcançar as água, Larissa desmaia, e não vê mais nada. Um turbilhão de pensamentos ocorrem por sua mente, pensando que havia morrido do mesmo modo que Saulo, Larissa acorda em um aposento ao fundo do rio, mas algo acontece, no lugar de pernas Larissa encontra uma cauda, não como de uma Sereia, como raízes entrelaçadas. Logo Larissa descobre que uma antiga lenda indígena é real, a lenda de Naipi e Tarobá, um casal de índios que fugiram da temida serpente M'Boy, junto a isso, também descobre ser filha do rei e rainha de Nacqua, cidade sub-aquática construída sob a prisão de M'Boy, onde os Nacquanianos tem por missão proteger tudo e todos. Larissa tem que aprender a viver novamente, pois os atos como andar, falar e ter relações em baixo d'água é totalmente diferente dos humanos terrestres. Larissa também encontra Saulo, e descobre um imenso amor por ele, logo o romance surge, e aí já sabem... Mas como nem tudo são flores, ou melhor, algas... O poder que Nacqua possuí de prender M'Boy está se esvaindo e só existe uma forma de a fazer se refortalecer novamente, com um novo reinado. A partir daí fui designado não contar, mas posso dizer que uma grande, não, uma imensa aventura acontece. É tudo muito bem bolado, como a autora Cristina nasceu e cresceu em Foz do Iguaçu, ela é muito boa entendedora do assunto, é algo que realmente revolucionou a literatura fantástica brasileira. Outro ponto que eu super amo, mas quase em momento algum do nosso cotidiano somos informados, é sobre as lendas e cultura indígena, a autora soube muito bem explorar toda a cultura envolta disso. As piadinha como disse para a própria autora, são ótimas, e acontecem em momentos menos esperados, momentos tensos, eu tinha que parar a leitura para rir e só depois prosseguir. Ah, outra coisa é o final, ah, que final. Notas da autora que Nacqua poderá sim tem continuação, mas não é nada totalmente confirmado.

Um pouco sobre a edição do livro. As folhas são levemente amareladas, como eu amo. Espaçamento e tamanho da fonte também é ótimo, sem contar nos detalhes de inicio de capitulo

site: http://readingwithafox.blogspot.com.br/2014/11/resenha-nacqua-o-reino-escondido.html
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