A Espada de Shannara

A Espada de Shannara Terry Brooks




Resenhas - A Espada de Shannara


45 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


Felipe.Macedo 02/09/2016

Sobre o livro em si
Sobre este livro, eu achei ele muito bom com uma ótima história em si, mas ele relembra muito o livro do Senhor dos Anéis, mesmo que foi inspirado nele. Nisso então acabou causando uns momentos do livro que relembra muitas cenas o que deixou a desejar. Um ponto importante também é que há muito descrição do cenário e pouco diálogos entre os personagens e também a passagem da história acontece num momento rápido. Mas é um livro recomendável para quem gosta do gênero e que não tem nada a perder.
comentários(0)comente



@ruthlunang 17/01/2021

A espada de shannnara
Antes de começar a ler esse livro, eu li algumas resenhas de pessoas revoltadas com a similaridade (pra não dizer cópia) com o senhor dos anéis. E realmente, eu nunca li os livros, mas só pelos filmes deu pra perceber que muitos elementos foram copiados na cara dura. E era inevitável pensar nos personagens de Tolkien em diversas passagens da espada de Shannara.

Por incrível que pareça, as partes que mais me prenderam e me deixaram empolgada com a leitura foram aquelas mais originais, o que mostrou que o autor tinha muito potencial de criar uma história completamente distinta. Além disso, parece até que o mundo inteiro era constituído basicamente de homens. A única mulher que apareceu poderia muito bem ter sido esquecida e não faria diferença nenhuma na história.

Apesar de tudo, não foi um livro ruim, mas também não foi uma obra de arte (ja que foi uma cópia). Como eo autor meio que conseguiu resumir o plot dos tres livros do senhor dos anéis neste livro, espero que o segundo livro da trilogia seja mais original, e sinceramente só vou ler porque eu já tinha comprado o volume hahaha.
comentários(0)comente



Barcelos 16/02/2016

Terry books: Irmão caçula de Tolkien!
Simplesmente sensacional!
Este livro tem uma pegada muito forte em tudo que vocês já viram em fantasia ÉPICA. Gosta de senhor dos anéis ou do gênero? Gosta de magia? Guerras? Jogo político? RPG?
Se você se enquadra em algum desses gêneros acima você vai amar o mundo que Terry Brooks o ambientou!

Sinopse: Há muito tempo as Grandes Guerras do Passado arruinaram o mundo. Vivendo no pacífico Vale Sombrio, o meio-elfo Shea Ohmsford pouco sabe sobre esses conflitos. Mas o Lorde Feiticeiro, que todos julgavam morto, planeja regressar e destruir o mundo para sempre. A única arma capaz de deter esse poder da escuridão é a Espada de Shannara, que pode ser usada somente por um herdeiro legítimo de Shannara. Shea é o último dessa linhagem e é sobre ele que repousam as esperanças de todas as raças. Por isso, quando um aterrorizante Portador da Caveira a serviço do mal voa até o Vale Sombrio, Shea sabe que começará a maior aventura da sua vida.

Gostei de muitos pontos no livro e 1 deles que mesmo sendo medieval ele se passa milhares de anos após ao que chamam de " as grandes guerras. Dito por eles o mundo quando surgiu já existiam as criaturas mágicas, porém por causa do homem e com seus anos de descrença eles desapareceram, depois que homem destruiu a si mesmo com guerras, passaram milhares de anos e vieram a tona as criaturas mágicas e novamente os humano. A tecnologia desapareceu, porém a magia esta novamente presente.
Esse fator acima pode fazer algumas coisas legais, como uma cidade perdida que a tempos atraz era da civilização humana, ou uma tecnologia perdida que agora acaba de ser descoberta (no caso da série do autor que se passa no mesmo mundo. A viagem- Terry Brooks).
Esse entrosamento único junto com todo o misticismo, história fantástica, magia absoluta não poderia deixar o livro melhor!
Além disso este mundo onde o autor ( Terry Brooks) criou Te instiga a descobrir mais e mais sobre esta terra de lendas, demônios, monstros, elfos,anões,trolls e etc...
Interessante também a idéia de uma ordem druida a muito tempo perdida que carrega quase todo o saber do mundo num castelo chamado Paranor. Até porquê eles são os únicos portadores e usuários da magia "branca.
comentários(0)comente



César L. Gomes 13/03/2015

Resenha: A Espada de Shannara – Trilogia Shannara #1 – Terry Brooks
Desde obras como O Único e Eterno Rei (T.H.White) e Senhor dos Anéis (J. R. R. Tolkien) o gênero da fantasia épica tem sido, ao longo dos tempos, transformado e influenciado varias gerações. Dessa forma, muitos autores tem se arriscado a escrever sobre a temática. No caso do livro em questão não poderia ser diferente. Lançado originalmente em meados da década de 1970, A Espada de Shannara, escrito pelo autor Terry Brooks compõe uma das sagas literárias mais reconhecidas pelos fãs de fantasia épica clássica e atualmente consta com cerca de 20 livros, subdividido em outros arcos e séries. No Brasil a primeira parte da saga, também conhecida como A Trilogia Original de Shannara, começou a ser publicada pela Editora Saída de Emergência, conseguiu unir os principais elementos do gênero da Alta Fantasia, criando um novo e vasto mundo.

Em a Espada de Shannara conhecemos o jovem Shea Ohmsford, um meio-elfo e habitante do Vale das Sombras, localizado nas Terras ao Sul, que levava sua vida normalmente junto com seu pai adotivo, Cruzade Ohmsford, e seu irmão, Flick Ohmsford, até que um dia um estranho andarilho, chamado Allanon, vem a sua procura. Esse revela que ele é o único descendente vivo do grande rei élfico chamado Jerle Shannara, e por conseqüente o único herdeiro de todo o seu legado. E como tal ele também é o único que pode empunhar a Espada de Shannara, a única arma já criada que tem a capacidade de destruir Brona, o Lorde Feiticeiro (Rei dos Espíritos), que quer dominar a terra e mergulhá-la em escuridão. Mas pra isso ele precisa ir a Paranor, lar do conselho dos Druidas, local dominado pelos servos de Brona, Os Portadores da Caveira e os Gnomos, para recuperar o artefato místico e evitar que uma nova Grande Guerra das Raças aconteça mais uma vez.

Pra inicio de conversa é bom deixar bem claro que me surpreendi com livro. Antes de lê-lo tinha visto algumas resenhas a fora na blogsfera – muitas negativas – onde o pessoal afirmava que o autor tinha, supostamente, copiado sem dor e nem piedade outra grande obra do gênero fantástico épico, uma coisa que não consegui notar durante a leitura, já que a estruturas e as bases dos livros escritos sobre o gênero nos últimos 80 anos são quase todas similares, e afirmar que um escritor copiou e ideia de outro tornar-se algo bastante relativo e supérfluo (coisa de fãs ortodoxos).

Uma das coisas que chamou minha atenção em a Espada de Shannara foi mitologia explicativa utilizado por Brooks. Ao contrario do “modelo padrão”, se por assim dizer, de Alta Fantasia, onde a história se passa em algum lugar no tempo e no espaço marcado por um passado remoto e medieval, o primeiro livro que compõe a Trilogia de Shannara desenvolve-se em um mundo “futurístico”. Não, você não leu errado. Terry Brooks conseguiu unir os principais elementos da ficção cientifica em uma narrativa dentro do gênero da fantasia épica. Dá-se a entender em que ouve um grande conflito entre os países, que culminou com uma espécie de “Guerra Mundial Nuclear”.

Esse confronto bélico atingiu proporções tais que conseguiu a proeza de transformar toda a geografia anteriormente conhecida na terra e mergulhar a população remanescente da humanidade em uma nova era medieval, substituindo o avanço tecnológico por um tipo de ciência há muito tempo já esquecida, a magia. Em parte, como leitor, achei esse plot uma ideia bastante criativa. O ato de unir o passado e o futuro conseguiu dá certa originalidade a enredo. Por outro lado, também fica visível a presença de certa critica ao contexto histórico que a humanidade estaria passando durante a segunda metade do século XX, ou seja, a Guerra Fria – Tecnológica, ideológica e bélica – entre EUA e a URSS. (aka historiador falando)

Outra ocorrência peculiar foi que deu a se entender que o “redescobrimento da magia” pelos homens abriu as portas para o aparecimento de raças e criaturas que os seres humanos acreditavam que só existisse em lendas. Dessa forma, Trolls, Gnonos, Elfos, Gigantes são algumas raças que habitam o novo mundo que o autor propõe a criar.

A Espada de Shannara é narrado em terceira pessoa, o que faz que o leitor tenha uma noção mais ampla do enredo escrito por Brooks. A história vai se desenvolvendo de forma lenta e gradual, regada a muitas descrições e detalhes, que pode trazer descontentamento a alguns tipos de leitores sem muita paciência ou que não goste de um plot bastante “mastigado”. No entanto, como nem tudo são flores, Terry Brooks peca ao inseri inúmeros personagens e acontecimentos paralelos, que de certa forma deixam a leitura um pouco cansativa, mas nada muito preocupante. A primeira vista, o livro está bem traduzido. A diagramação está muito boa. E, particularmente, achei a capa bonita, que por sinal conseguiu retratar muito bem o “espírito” da obra.

Logo, a Espada de Shannara é um daqueles livros super recomendados para os fãs de Alta Fantasia, o que incluem guerras, lutas de espadas, aventura por lugares longínquos e magia. Vale constar que a MTV comprou os direitos de adaptação da trilogia para a produção de um seriado previsto para estrear no segundo semestre de 2015. Ressaltar-se que o no Brasil recentemente foi lançado o segundo o volume da trilogia, intitulado As Pedras Élficas de Shannara, e supostamente o terceiro e último volume The Wishsong of Shannara (sem tradução ainda em português) está previsto para ser lançando ainda esse ano.

Resenha originalmente publicada em:

site: http://www.perdidoempalavras.com/resenha-a-espada-de-shannara-trilogia-shannara-1-terry-brooks/
comentários(0)comente



CooltureNews 22/07/2014

CooltureNews
Sou do tipo de leitora que consome fantasia como quem toma sorvete, com vontade, ansiedade e me deliciando a cada página. Já havia ouvido falar de Terry Brooks e, claro, morria de vontade de conhecer seu trabalho, mas nunca que chegava por aqui. Até que em abril, a Saída de Emergência trouxe “A Espada de Shannara”, seu primeiro livro, em uma edição linda e cheia de detalhes.

A primeira cena do livro já te deixa em estado de atenção redobrada, com o autor dando um vislumbre do mal que cerca a história e introduzindo dois dos personagens principais da história num encontro inesperado em uma floresta escura. Uma ótima tática para fisgar o leitor desde o primeiro capítulo e no meu caso funcionou direitinho.

Quando percebi já estava devorando os próximos passos e conhecendo Shea Ohmsford, o protagonista dessa história. A primeira lida, ele não me pareceu um sujeito nada espetacular, assim como seu irmão, Flick. Os dois são chamados à aventura por Allanon, um homenzarrão um tanto suspeito, de grande sabedoria e que traz uma verdade cruel para Shea: ele é o último descendente de Shannara, um dos grandes reis élficos, e somente ele pode destruir o mal que se ergue ao norte, o Lorde Feiticeiro. Isso basicamente quer dizer que sua cabeça está a prêmio e que o destino do mundo está em suas mãos.

Deixando então o conforto de sua casa, parte em busca da famosa espada de seu ancestral, e a ele vão se juntando diversos personagens que irão auxiliá-lo em sua busca: Menion, o fiel e aventureiro amigo; Hendel, um anão corajoso e rabugento; Balinor, o valoroso comandante da Legião da Fronteira; Dayel e Durin, elfos habilidosos e representantes do rei élfico; Kelset, um troll misterioso e Panamon, um ladrão meio sem escrúpulos.

Nessa história cada um deles tem um grande papel a ser desempenhado, e suas trajetórias pessoais se encaixam perfeitamente no enredo construído por Terry.

Como esse é o primeiro livro do autor percebe-se que no decorrer da história há constantes quebras de ritmo e imensas paradas na ação para que se pudessem desenvolver os personagens. Nas partes onde se exigia um apanhado maior e complexo da história, o autor quase para o desenrolar dos fatos para passar parágrafos discursando ou fazendo monólogos dos personagens.

Ainda assim, a narrativa possui uma ótima desenvoltura nas partes mais interessantes e da metade para o final, a ação é quase continua, com diversas situações perigosas e reviravoltas surpreendentes.

Ironicamente, apesar de a ideia ser um tanto original, certas situações do livro dão a sensação de dejá vu para aqueles que já leram “O Senhor dos Anéis”. Claro, há muita coisa nova e original, principalmente o pano de fundo e desfecho da história, mas para mim foi difícil não pensar em Abismo de Helm e em certas situações que acontecem em “As Duas Torres”. A ironia está no fato de Terry ser um grande fã de Tolkien, ou talvez nem seja ironia, afinal.

Narrativa a parte, a arte gráfica do livro é impecável, ao melhor estilo de livros de fantasia antigos. A capa é bem representativa da história e dá a dimensão do ambiente onde se passa toda a jornada, com detalhes impressionantes. Além disso, há um mapa representando as regiões por onde nossos aventureiros passam, detalhado e fácil de compreender. E a tradução também é espetacular e digna de nota, pois conseguiu captar bem as ideias do autor e transportá-las para o universo da língua portuguesa.

Para fazer um resumo bem sucinto de tudo isso, “A Espada de Shannara” é um livro quase que obrigatório para quem gosta de fantasia ao melhor estilo bem contra o mal num universo repleto de criaturas míticas. A trama apresenta ideias novas e dá ao leitor uma ligação com realidade difícil de ser encontrada em outras obras do gênero. A leitura flui em algumas partes, enquanto que em outras fica um pouco truncada, mas nada que impeça de se chegar ao final ou deixe o leitor enfastiado.

Este é um livro que ansiei demais, li e gostei. Uma boa aquisição para qualquer estante de fantasia e nos apresenta todo um universo novo, repleto de novas histórias e pronto para ser explorado em todas as suas nuances.

site: www.coolturenews.com.br
comentários(0)comente



Isa 23/07/2014

A Espada de Shannara
Hoje vou contar um pouco sobre esse livro INCRIVEL ... Sim, para mim ele foi simplesmente indescritível, tanto que confesso que terminei de ler ele a um certo tempo, já fiz e refiz essa resenha inúmeras vezes (não por ele ser ruim, pq já comentei q é incrível) Demorei tanto pelo simples fato que me Apaixonei (aiai) não só pelo autor Terry Brooks, mas pelo livro também. Das vezes que escrevi a resenha, quando fui lê-la percebi que eu estava escrevendo mais do que deveria, e que se alguém fosse ler o livro já não teria tanta graça assim (Spoiler) ... hahahaha” ... Que feiio!!! Eu não gosto de ler resenhas com spoiler por isso evito escrever com tal, mas estava quase impossível gente, são tantas coisas, queria poder contar para vcs tudo, tudo mesmo!
Mas vamos ao que interessa antes que eu me empolgue novamente e daí vou ter que começar tudo de novo (mais uma vez) hahahahahahahaha.

Gostei muito do fato de que toda a saga ocorre num futuro remoto, e não num passado longínquo e mitológico, como ocorre na maioria dos livros desse gênero literário. Depois do colapso global que quase extinguiu a vida no planeta Terra, os sobreviventes de uma humanidade quase extinta, espalhados pelo mundo destruído, reencontram o caminho do progresso e da civilização. Gradativamente os seres humanos descobrem que outras raças povoam o mundo em clãs distintos. Gnomos, Elfos, Trolls, Anões, criaturas do mundo astral, seres alados, criaturas monstruosas saídas de antigos e atuais pesadelos... uma galeria de seres que abrangem o mitológico, comumente visto em outras obras do gênero, e outras criaturas saídas da imaginação fértil de Brooks, garantem um ritmo de aventura, ação e fantasia só visto na trilogia criada por Tolkein. (Acho que esse tbm foi um dos motivos de ter amado esse livro).
Brooks nos apresenta a vários personagens, alguns serão importantes, outros estão lá simplesmente para mover a história. Alguns personagens que você vai amar e os outros que você vai odiar. Os irmãos Shea (o meio elfo) e Flick (humano) Ohmsford e vivem uma vida tranquila em Shady Vale, temos também Allanon, o último dos druidas, um homem completamente misterioso, (ele me dá arrepios). Além desses, obviamente, há uma gama bem grande de personagens que, a medida em que a narrativa evolui, vão surgindo e ajudando a compor a saga. Achei o Lorde Feiticeiro (Lord Warlock) bem sinistro e apavorante. A sua aparição, apesar de ser lá pela metade do livro, é arrepiante. Ele faz uma aparição digna de Darth Vader, em Star Wars.

**********************
Flick Omsford estava voltando de mais um dia de trabalho quando foi abordado pela estranha e assustadora figura de negro no meio da floresta. O estranho queria ir para o vilarejo e sem opção Flick o guiou, mas com a impressão de que ele já conhecia o caminho. Quando um gigantesco vulto se assoma no céu o estranho o joga nos arbustos escondendo-os da visão da terrível criatura. O mais esquisito porém, é que chegando a hospedaria de seu pai, o estranho, que se apresenta como Allanon, um historiador que há muito viaja por toda a terra pesquisando o passado, diz ter vindo atrás de Shea. Apenas no dia seguinte ele esclarece sua vinda. Shea, o filho de uma humana e um elfo, é o último descendente da casa de Shannara e único herdeiro sobrevivente de um dos maiores reis que os elfos já tiveram, Jerle Shannara. Shea sempre soube que era adotado, e sempre teve dúvidas e curiosidade acerca de sua origem. Mesmo com a vantagem de ter o melhor das duas raças Shea se sente estranho com a notícia do estranho Allanon chega com terríveis e quase inacreditáveis notícias para Shea que fora criado em um vilarejo humano isolado, e sempre acreditou na História que aprendeu sobre as raças e suas guerras destrutivas. Segundo Allanon o Lorde Feiticeiro que manipulou a todos nas Guerras das Raças mais recentes está de volta, matando todos os descendentes de Jerle para evitar que a espada possa ser usada contra ele. A Espada de Shannara fora forjada com o poder e intuito de desarmar os poderes que o Feiticeiro tem sobre o reino dos espíritos e é a única esperança que Allanon tem de deter a guerra que vem sendo fomentada as escondidas.
**********************

É a partir dessa premissa que a história se desenvolve e muitos poderão dizer que é uma premissa bastante semelhante com a de O Senhor dos Anéis, mas aconselho-os a não julgar precipitadamente a obra de Terry Brooks. O mundo de Shannara, que está apenas começando a ser desvendado nessa história guarda surpresas incríveis para os desconfiados. É incrível conhecer nesse primeiro momento Shannara e é inegável que a cada capítulo a curiosidade e a surpresa aumentam, curiosidade urgente de conhecer as demais trilogias e o que mais esse mundo guarda de novidades. Se Terry Brooks começa com algumas semelhanças ao universo, ao molde de Tolkien é apenas isso porque ao fim notamos o quanto o mundo cresceu dentro do próprio autor, com suas próprias criações e possibilidades.


E é isso pessoal, sou uma amante de literatura fantástica, e não esperava menos desse livro (já havia lido algumas sinopses e reportagens em alguns blogs e sites) ... Sem dúvida Terry está em segundo lugar no meu Ranking particular de “Escritores Favoritos da Isa” hahahahah. Recomendado a todos, desde os apaixonados pela fantasia épica e alta clássica quanto aos que ainda não se arriscaram no gênero.

E aqui os Títulos dessa perfeita trilogia
Trilogia Shannara - Terry Brooks
1- A Espada de Shannara
2- As Pedras Élficas de Shannara
3- The Wishsong of Shannara

**OBS: Escrito em um período de 8 anos, que cruzam o final dos anos 70 e início dos anos 80 , Terry Brooks criou o impressionante reino de Shannara. No entanto, infelizmente, o trabalho de Brooks, muitas vezes, tem sido injustamente chamado de uma pálida imitação do Senhor dos Anéis, de Tolkien, porém com um jeito futurista.Não sei se é pela variedade de raças, pela missão ou por qualquer outro motivo. Mas é um comentário de um leitor leigo e que não sabe apreciar as obras da trilogia Shannara.Devo lembrar que Tolkien não inventou o gênero, ele o reinventou. Suas obras são baseadas em lendas nórdicas, celtas e de outras culturas, que ele tomou como alicerce de suas histórias.


site: http://surtosliterarios.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



01/08/2014

Quando você pensar que livro de fantasia não é para você, que é uma leitura lenta, chata e muito descritiva, pegue A Espada de Shannara e prepare-se para longas horas de muita diversão e aventura. Não se deixe intimidar pelas mais de 500 páginas ou pelas enormes descrições, acredite, isso vai fazer toda a diferença na experiência de leitura!
Tudo começa com a visita de Allanon ao Vale Sombrio à procura de Shea Ohmsford, um rapaz metade elfo, metade humano. Sendo um estudioso e viajante muito respeitado, embora muito misterioso, Allanon avisa ao jovem Shea que sua vida corre perigo, pois o Mal está à espreita. Último descendente vivo de Jerle Shannara, Shea é o único que pode empunhar a mítica Espada de Shannara para, então, poder destruir o Lorde Feiticeiro que, há muito tempo, está reunindo forças para destruir o mundo que eles conhecem e escravizar todos aqueles que sobreviverem.
Para isso, ele precisa embarcar em uma viagem imediata para poder resgatar a Espada, que se encontra na fortaleza dos Druidas, bem ao centro das terras que são divididas pelos quatro pontos cardeais. Flick, seu irmão adotivo e grande companheiro de aventuras, decide acompanhá-lo e eles partem em direção a Leah, para procurar conselhos de Menion, um amigo de Shea e príncipe do reino, bem imprudente, embora seja grande conhecedor da região para a qual os irmãos Ohmsford estão seguindo.
Logo fica claro que Shea corre grande perigo, pois Portadores de Caveira, servos do Lorde Feiticeiro, estão à sua procura de modo a garantir que ele jamais chegue a empunhar a espada. Rapidamente Shea, Flick e Menion são tragados para uma perigosa floresta e um mortal pântano, contando apenas com a experiência de Menion, a coragem de todos e as Pedras Élficas, que possuem poderes mágicos protetores, mas que, novamente, só funcionam nas mãos de Shea.
Eles são salvos misteriosamente e juntam-se aos anões, onde encontrarão o habilidoso Balinor, que também é um príncipe, o rabugento anão Hendel e os irmãos elfos Dayel e Durin. Juntos, esse peculiar e corajoso grupo seguirá em direção à fortaleza para não só resgatar a Espada, como também garantir a segurança de Shea e de todos os outros habitantes do mundo. Mas o caminho não será nada fácil. Lutando constantemente contra gnomos (inimigos mortais dos anões), trolls e Portadores da Caveira, ficará cada vez mais difícil manter a sanidade e a integridade para alcançarem seus objetivos.
Suspeitando de que Allanon não está lhes contando toda a verdade, esses bravos guerreiros terão de se dedicar de corpo e alma à uma batalha iminente pela própria existência, lutando contra o desconhecido e contra o mal absoluto. Será que, se Shea realmente empunhar a Espada de Shannara, ele será capaz de salvar a todos, até a si mesmo? Qual é o preço que Shea, Flick, Menion, Balinor, Hendel, Dayel, Durin e Allanon terão de pagar?
A Espada de Shannara foi uma leitura que demorou, não vou mentir, mas, uma vez estabelecida uma meta diária, foi fluindo perfeita e maravilhosamente. Todas as descrições precisas e longas de Terry Brooks foram valiosas para que eu me sentisse totalmente dentro da história, que eu erguesse um mundo ao meu redor e sentisse como se estivesse diante do nosso grupo de guerreiros favoritos, a apenas passos de tocá-los nos ombros e acompanhá-los nas aventuras. Confesso que em alguns momentos me senti desmotivada a continuar lendo, mas me esforcei e o final foi incrível!
É uma história cuidadosa e brilhantemente escrita; conforme adentramos a narrativa excepcional de Brooks, percebemos que este mundo que ele cuidadosamente retratou em A Espada de Shannara nada mais é, na verdade, do que nosso próprio mundo, mas em um futuro muito distante. Após duas guerras de raças que devastaram a superfície, deixando pouquíssimos sobreviventes separados nos extremos das terras, o Lorde Feiticeiro ameaça dizimar de uma vez por todas tudo o que conhecem. Contando com a existência de trolls, gnomos, anões, elfos e druidas (grandes magos da cultura celta), o ambiente é totalmente mágico e a aventura corre solta.
Apesar dos capítulos imensos, nós quase não sentimos o tempo passar, pois não há um momento sequer em que tudo fique monótono; não há uma só cena sem que nada aconteça. A leitura é quase ininterrupta (afinal de contas, ninguém é de ferro) e o desfecho é surpreendente. Quando finalmente entendemos qual é o propósito da Espada de Shannara, é algo simples, mas genial! Fiquei muito apegada a todos os personagens, principalmente ao mau humorado Hendel. Senti-me parte da história de tal forma que foi difícil fechar o livro e dizer adeus a esses seres tão maravilhosos.
Com uma diagramação linda, que começa com uma fita dourada saindo da capa do livro e conta com um mapa bem grande das terras nas quais a aventura se desenrolará, dá para acompanhar a história tranquilamente. Todo o trabalho foi excepcional, mas não perfeito. Encontrei muitos erros de revisão e digitação, o que me deixou bastante alarmada, principalmente pelo tamanho do livro e pela impecabilidade dos outros elementos que o compõem. Mas, mesmo assim, não conseguiu apagar minha paixão pela história e pelo desenrolar dessa enorme viagem.
A Espada de Shannara foi uma deliciosa surpresa, super bem escrita e que me fez ficar animada para apostar mais no gênero de fantasia! O próximo livro está previsto para ser lançado em Setembro deste ano e eu mal posso esperar para conferir uma nova parte dessa história maravilhosa e tão empolgante. Nem dá para acreditar que este livro foi publicado em 1977! A escrita é bem atual e fácil de se desenvolver e esse mundo criado por Terry Brooks ainda permanecerá em mim por muito tempo.
Mais do que indicado para qualquer pessoa que goste de uma aventura, perigos, magia e história. E uma dica: Brooks escreveu Shannara depois de ler O Senhor dos Anéis; então pode ser que, se você for fã de Tolkien ou tiver curiosidade para conferir a obra dele, mas lhe falte coragem, A Espada de Shannara é uma ótima opção e perfeita para quem quiser começar a se arriscar no detalhado mundo da fantasia!

site: http://onlythestrong-survive.blogspot.com.br/2014/07/resenha-espada-de-shannara-terry-brooks.html
comentários(0)comente



Felipe Miranda 15/07/2014

A Espada de Shannara - Terry Brooks por Oh My Dog estol com Bigods
A obra fantástica de Terry Brooks não foi uma leitura fácil ou rápida, não estou me referindo a vocabulário ou ambientação, o grande peso negativo de Shannara foi seu ritmo lento e sua narrativa extremamente detalhista em diversos momentos. Felizmente, quando o cansaço me abatia algo interessante me prendia e engatava a trama de forma espetacular. Sim, essa resenha será um misto de amor e ódio.

As duas Grandes Guerras deram um fim à soberania da raça humana, há dois mil anos os homens isolaram-se nas Terras do Sul ignorando os problemas que vieram a assolar o restante do mundo. A fim de se reerguer após todas as percas catastróficas, eles pouco se importaram com as novas raças que passaram a habitar as Terras do Norte, Leste e Oeste. Trolls, Gnomos, Elfos e Anões, desenvolveram-se e ergueram civilizações próprias. A fim de um melhor relacionamento entre as raças, um conselho de mentes geniais peritas nas artes mais antigas e poderosas do mundo fora organizado. O Conselho dos Druidas seria o responsável por estabelecer paz e ordem. Obviamente, sempre há alguém esperto demais que se convence de algo irreal e passa a lutar pelo lado errado da força. Surgiu assim o Lorde Feiticeiro, o Druida rebelde Brona, e a primeira Grande Guerra das Raças. Situaram-se no cenário fantástico? Pois bem, agora todos correm perigo novamente. Uma terceira Grande Guerra é eminente e promete ser a mais avassaladora de todas. Diferente do que todos acreditam, o Lorde Feiticeiro não fora destruído. O Reino da Caveira é seu domínio e o Herdeiro da Espada de Shannara, filho da Casa de Shannara é a única esperança de salvação.

Desde que fora adotado quando pequeno Shea Ohmsford vive tranquilamente no Vale Sombrio, trabalhando na hospedaria de seu pai juntamente a seu irmão Flick. Quando ele se depara com o famoso andarilho das quatro terras, Allanon, em uma de suas viagens a trabalho, Shea tem sua vida mudada completamente. O jovem garoto descobre que é descendente de Shannara e consequentemente herdeiro da espada. Um filho perdido que terá que empenhar-se para salvar o mundo. O Lorde Feiticeiro vem perseguindo e matando todos os descendentes de Shannara e apesar de não saber a localização de Shea, o inimigo tem conhecimento de sua existência. É uma questão de tempo até seus emissários o encontrarem. E destruí-lo. Quando a segurança é ameaçada e os irmãos se convencem parcialmente da veracidade das palavras de Allanon, Shea e Flick fogem na calada da noite seguindo instruções do já ausente andarilho. Em busca de ajuda, um grupo de coragem e com membros valiosos é formado. Inicia-se assim uma verdadeira caçada à Espada de Shannara, a única arma capaz de destruir o Lorde Feiticeiro. A única regalia que as raças possuem contra o verdadeiro mal. A espada só pode ser usada por um herdeiro real e a segurança de Shea é indispensável durante toda a jornada que busca resgatar a arma.

Fantasia que se preze tem que ter um elenco de personagens incríveis, certo? Terry Brooks não economizou nesse aspecto. Shea e Flick deveriam ser os personagens principais mas em determinado momento da trajetória todo o grupo se divide e a trama cresce absurdamente. A narrativa é feita por diversos pontos de vista e deixa a leitura dinâmica, viciante e reduz consideravelmente o cansaço descritivo. Allanon é intrigante. Ele sabe muito mais do que ousou revelar para seus companheiros e a pulga atrás da orelha persiste até os capítulos finais. Admito que a curiosidade em saber seus segredos não me permitiu largar o livro em incontáveis capítulos. O impetuoso príncipe Menion Leah conquistará a confiança de Flick e dos leitores a cada página. Ele é meu personagem favorito e por mim ganharia um livro único e especial. Menion só está nessa jornada pela amizade de Shea e é honrável cada passo mortal que ele dá. Não posso deixar de mencionar a dupla de amigos que Shea fará enquanto vaga sozinho pelas Terras do Norte, Panamon e Kelset serão surpresas agradáveis e surpreendentes.

Rios, cavernas e florestas repletas dos mais originais e assustadores perigos marcam presença no enredo. Turnos de vigia, invasões à acampamentos inimigos, uma profecia que afirma a morte certeira, traições, loucura e pedras élficas como única proteção. Os capítulos finais são deliciosamente bem dosados, o cenário finalmente muda de cavernas/florestas para um reino ameaçado com direito a uma batalha sangrenta e até o despertar de um amor verdadeiro. Como Shea será capaz de derrotar o Lorde Feiticeiro se na maior parte de sua jornada ele parece ser o único a ter dúvidas sobre tudo?

site: http://www.ohmydogestolcombigods.com/2014/07/resenha-espada-de-shannara-terry-brooks.html
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Melissa Meira 29/10/2016

Cansativo do início ao fim / A Espada de Shannara - Terry Brooks
Ler a Espada de Shannara foi um desafio. Quando decidi ler o livro tinha uma ideia completamente diferente da história. Acabei me deparando com uma narrativa extremamente cansativa, detalhista e sem foco na continuidade dos acontecimentos. De inicío resolvi forçar a leitura, pensando que em algum momento a história iria engrenar. Engano meu. Fui perdendo o interesse a cada parágrafo repetitivo e logo me vi pulando alguns capítulos.

A verdade é que a Espada de Shannara não tem um enredo novo, é clichê de uma forma negativa, a história se parece com um monte de outros livros já redigidos por aí. Além de tudo, os personagens estão sempre "andando em círculos" no que se diz respeito aos problemas que lhes acontece.

De qualquer forma ainda vou tentar ler a continuação dessa trilogia, até porque eu já comprei mesmo ...
Fernando Lafaiete 29/10/2016minha estante
Que pena que você não gostou Melissa. Eu adoro esse livro. Mas é aquela coisa, experiência de leitura é algo muito pessoal mesmo!


Melissa Meira 30/10/2016minha estante
Acredite, eu queria ter gostando! kk. Fiquei bem decepcionada, esperava que fosse uma história fantástica, mas a forma que foi escrito não me conquistou.




LT 28/11/2016

Vamos falar sobre esse livro que... Bem, vamos lá!

Logo no início nos deparamos com dois personagens fortes, Shea e Flick. Tudo ia bem até que um ser chega para encontrar Shea, seu nome é Allanon.

Allanon apareceu com a ideia de salvar Shea, já que ele descobre que é metade elfo e tem que ir atrás da Espada de Shannara. Algo acontece e Allanon abandona os dois para ire sozinho, mas deixa um amigo para ajudá-los, Balanor. Mas... quando ele chega, é um pouco tarde demais, pois quem queria pegar Shea já chegou e eles vão ter que sair do Vale sombrio para se salvarem.


“Você é o filho da Casa de Shannara; somente um filho mestiço, no entanto, e bem distante da linha direta de ascendência que pode ser traçada através dos últimos quinhentos anos. Eu o conheci quando criança, Shea, antes de você se trazido para o lar dos Ohmsford como filho. Seu pai era um elfo. Um homem muito bom. Sua mãe era de raça humana. Ambos morreram quando você era muito novo, e então foi entregue a Curzad Ohmsford para ser criado como sendo parte da família. Mas você é descendente de Jerle Shannara, apesar de ser um descendente distante e não ter o sangue puro dos elfos.”

Para chegar ao seu destino eles vão pedir ajuda a Menion, que é de um reino vizinho, Flick não confia nele mais é a melhor saída. Quando voltam a ver Allanon, ele os coloca junto a um anão, dois elfos e um príncipe humano, para que ajudem Shea a chegar a Paranon, seu destino. Por um tempo é só caminhada e o livro é um pouco previsível, a partir dai, tudo começa a ir, em uma certa "camera lenta". Junto a eles, aparece uma mulher, mais nada mais que uma, apenas ela. Será que ela vai ajudá-los? Quem ela é, de fato? Será que eles vão chegar e destruir o Lorde feiticeiro?

A história é um pouco cansativa, mais você vai descobrindo outro mundo, não sou muito ligada nesse tipo de leitura, mais consegui ler até o fim. A escrita, as vezes é morosa, bastante descritiva, folhas amareladas, boa revisão. Pra quem gosta do gênero, tenho certeza que vai adorar. É uma história de fantasia medieval cheia de mistérios e com todos os elementos essências para o gênero, mas como disse, para mim foi um desafio lê-lo por não estar acostumada a este estilo literário.

Quer saber como se deu o desfecho? Se quem apareceu queria realmente proteger ou prejudicar Shea? Descubra lendo...

Resenhista: Analuiza Amorim.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Gui Campos 07/02/2017

Enrolado!
Comparações com Tolkien à parte, gostei muito da história mas o autor parece querer deixar tudo chato e tedioso. Muita enrolação, muita repetição, didatismo demais e nenhum mistério. Poderia ter 200 páginas a menos. Espero que o próximo seja melhor.
comentários(0)comente



Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 17/04/2017

Já Li


Terry Brooks começou sua carreira de escritor enquanto estudava Direito na Wahington and Lee University. Ele conta que, em um determinado período da sua vida, quis largar tanto a faculdade quanto a carreira como advogado, mas seus pais e amigos da época o aconselharam a fazer as duas coisas ao mesmo tempo (ser advogado e ser escritor), até que uma das profissões "vingasse". Por muitos anos, Terry Brooks escrevia seus livros após o expediente de trabalho ou entre aulas da faculdade e isso me inspirou, afinal, minha vida de escritora é exatamente assim.


A Trilogia Shannara começou a ser escrita em 1977, quando o primeiro volume, "A Espada de Shannara", foi publicado. Terry Brooks abertamente se inspirou em "O Senhor dos Anéis" para escrever sua primeira trilogia de fantasia e as referências à obra de J. R. R. Tolkien são visíveis por toda a obra.

O cenário da trilogia se passa após um holocausto que dizimou a Terra como a conhecemos, devido à radiações químicas e nucleares do que Terry chamou de A Grande Guerra. Depois deste evento, o planeta voltou para uma era pré-industrial, muito parecida com a Idade Média. Assim, o planeta foi dividido em quatro partes e cada uma destas partes abrigou um povo específico depois da Grande Guerra, de acordo com os hábitos e vida e biologia de cada um. Assim, temos predominantemente quatro habitantes do mundo: elfos, anões e gnomos, trolls e os humanos.

O protagonista deste livro é Shea Ohmsford. Ele, mestiço de humanos com elfos, vive tranquilamente em uma aldeia com seu irmão completamente humano, Flick, e o pai deles. Um dia, um estranho misterioso chamado Allanon intercepta Flick na estrada da aldeia e exige que seja levado a Shea. Lá, os dois irmãos descobrem que Shea é o último descendente da família élfica Shannara e, por isso, tem o dever de proteger a Espada de Shannara.

A dinâmica entre Shea e Flick é inegavelmente parecida com a existente entre Frodo e Sam. Assim como Frodo, Shea aceita sua missão sem muito planejamento e age conforme os eventos lhe são apresentados. Assim como Sam, Flick é uma personagem coadjuvante, por vezes, mais atuante e mais relevante do que o próprio protagonista, permitindo e facilitando que este último alcance seus objetivos na trama.

A primeira parte do livro, para mim, foi cansativa. Allanon é um historiador e, quando encontra Flick e Shea, resolve contar a eles todos os eventos da Grande Guerra, para contextualizá-los da importância de Shea resgatar a Espada de Shannara na cidade élfica de Paranor. Contada em forma de diálogo, a história de eras de duração tornou-se monótona. Além disso, Allanon não responde perguntas e é grosseiro o tempo todo, o que também acaba tornando-o cansativo a princípio.

Passada esta parte, a narrativa torna-se ainda mais parecida com "O Senhor dos Anéis" pois os dois irmãos saem em sua missão de encontrar a Espada e rumam para a distante Paranor. Para isso, eles contam com a ajuda do amigo de Shea, o príncipe Menion. Menion e Flick não se gostam e isto provoca ora momentos divertidos da leitura, ora momentos repetitivos. Menion, no entanto, é uma personagem carismática, divertido e sarcástico, um ótimo contraponto à teimosia e desconfiança de Flick.

A Espada de Shannará servirá para combater Warlock, um mago poderoso que quer destruir a todos os povos (as semelhanças com Saruman também são diversas). Warlock se vale de seres alados noturnos assustadores para atrasar Shea (também muito similares aos Nazgûl). Como proteção, Shea e Flick tem as instruções esparsas e misteriosas de Allanon e as Pedras Élficas, que serão mais exploradas no segundo volume da Trilogia.

Ao longo da narrativa, os dois irmão acabam se separando de Menion, que adquire uma trama própria correndo em paralelo à trama do protagonista. Ambas as estórias focam na necessidade deles de fazerem aliados e recrutarem um Exército para combater Warlock e seus maléficos trolls. Assim, Shea e Menion correm atrás do apoio de elfos, anões e gnomos, bem como se outros humanos.

Para mim, a leitura foi agradável, porém, não extraordinária. As semelhanças com a obra de Tolkien foram tantas que, em um dado momento, senti como se estivesse lendo um spin-off de "O Senhor dos Anéis" e não uma obra, teoricamente, original. Os elementos épicos em si me agradaram - a busca pela Espada, a estória perdida dos elfos, a Grande Guerra, etc. - mas os acontecimentos da trama não, pois os achei óbvios e esperados. A leitura vale pelas personalidades de Shea, Flick e Menion, que foram personagens bem escritas e interessantes, ainda que sem um grande aprofundamento de suas características.

Terry Brooks, posteriormente, escreveu os eventos cronologicamente anteriores aos eventos de "A Espada de Shannara", em três livros publicados a partir de 2006: "A Gênesis de Shannara", "Lendas de Shannara" e "O Primeiro Rei de Shannara". Existem, também, contos sobre o mesmo tema que são pequenas estórias paralelas aos livros e uma série de TV baseada no segundo livro, "As Pedras Élficas de Shannara". Ou seja, para quem gostar deste universo de Terry Brooks, conteúdo não faltará.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2017/04/ja-li-40-trilogia-shannara-vol-1-espada.html
comentários(0)comente



Isadora 27/04/2017

27/04/2017

Não consegui engatar na leitura. Irei abandonar por enquanto, talvez eu retorne mais tarde.
comentários(0)comente



Paulo 11/06/2017

Humildade. Uma simples palavra que significa muito. Nem sempre nós conseguimos compreendê-la de fato. Humildade implica austeridade, sinceridade e a compreensão de que todos nós temos limites que nem sempre somos capazes de superar. É com essa pequena palavra que eu começo minha resenha de A Espada de Shannara. Algumas vezes culpamos o autor ou o tradutor por um livro pelo qual não fomos capazes de compreender. Este foi o caso aqui. Eu não gostei de A Espada de Shannara. Porém eu compreendi que Terry Brooks escreveu em uma outra época (o livro foi publicado pela primeira vez em 1977) e ele foi o pioneiro no gênero de fantasia.

O protagonista da história é Shea Ohmsford, um jovem que vive no Vale Sombrio ao lado de seu amigo Flick. Certo dia, Flick encontra um estranho vestido de capuz o qual Flick leva até sua vila. Este estranho revela ser Allanon, um druida conhecedor da história do mundo. Ele veio até o Vale Sombrio em busca de Shea. Segundo ele, Shea tem um destino a cumprir: ele é o único ser no mundo capaz de brandir a poderosa espada de Shannara. Essa espada é a única arma no mundo capaz de ferir Brona, o lorde Feiticeiro que planeja destruir os quatro reinos, dominando o mundo, levando-o à beira da escuridão. Shea não acredita a princípio, mas quando ele vê perseguido pelos Portadores da Caveira, ele sai atrás de Allanon, que havia desaparecido dias antes. Shea, Flick e seu aliado Menion Leah, príncipe de Leah precisam correr até Callahorn onde de lá eles partirão em busca da espada de Shannara, guardada na Fortaleza dos Druidas. Mas, os aventureiros descobrirão que Allanon é um homem de meias verdades e aquilo que ele não diz pode representar um perigo mortal.

Pois bem, aqui temos um autor que ajudou a difundir o gênero de fantasia em uma época em que muito pouco era produzido. Minha maior dificuldade com essa obra foi a escrita. Brooks tem um estilo de escrita muito diferente daquela que estamos acostumados. A maneira como ele conduz a história é mais devagar e descritivo. Sua narrativa é em uma terceira pessoa, mas em um estilo onde podemos saber o que todos no cenário estão pensando, falando e sentindo. Não tem um ponto de vista fixo, o autor escolhe quem ele se refere. Mesmo os capítulos sendo curtos, os parágrafos são muito longos e descritivos, tornando a leitura extremamente cansativa. A escrita do Brooks remete aos clássicos de Tolkien e Edgar Rice Burroughs. A forma como Burroughs escreve A Princesa de Marte lembra muito o estilo de escrita do Brooks. A minha recomendação àqueles que pretendem se embrenhar no universo de Brooks é não subestimar a leitura do livro. Ele não é um livro simples, apesar do enredo ser bem jovial e aventuresco. A trama é linear e não existem plot twists que estamos tão acostumados nos dias de hoje. A Espada de Shannara vai fornecer aos leitores tudo aquilo que eles esperam de um livro do gênero.

A ambientação é muito interessante. Brooks mistura o estilo tradicional de fantasia com alguns elementos de ficção científica. Neste primeiro volume não dá para perceber esta presença de maneira muito forte. O autor deixa para trabalhar estes elementos mais posteriormente. Senti que Brooks quis explicar demais a ambientação e isso acabou prejudicando a dinâmica da história. Muitos capítulos acabam servindo apenas para explicar algum aspecto da história do mundo. Allanon é usado para dar estas longas palestras. Entretanto, tudo o que conhecemos dos universos de fantasia e até de RPGs de mesa estão presentes neste livro: gnomos, elfos, druidas, feiticeiros, trolls. O fato de Brooks ter esgotado todas as suas explicações neste primeiro livro pode ser um sinal de que em outros livros ele não terá a necessidade para tal.

Um elemento que me incomodou muito foi a ausência quase total de mulheres em qualquer papel no enredo. Salvo a prometida de Palance, roubada por Menion, não existem mulheres. Nenhuma... Isso remeteu aos pulps da década de 1920 quando as histórias eram centradas no homem branco defendendo a verdade, a justiça e o American way. Shea tem muito desses herois antigos e as mulheres acabam se tornando secundárias ou desprovidas de importância. O próprio Brooks reconheceu o problema e procurou amenizar isto em títulos posteriores da série. Não pensem que o Brooks é um machista; nada disto, ele apenas repetiu a postura seguida por outros autores.

Os personagens são bem trabalhados apesar de o foco da história ficar mais em Shea e Allanon. Existem alguns desenvolvimentos feitos neste livro, mas A Espada de Shannara demonstra o quanto Terry Brooks era muito verde na época em que escreveu o livro. Este é mais um fator atenuante: este foi o livro de apresentação do autor que foi selecionado pelo próprio Lester del Rey que ficou encantado com a maneira como ele movia os personagens de um ponto a outro. Lester adorou também a ambientação. É impossível não comparar A Espada de Shannara com Senhor dos Aneis de J.R.R. Tolkien. As duas obras são parecidas e Brooks admitiu ter se inspirado no mestre da fantasia. Ambos cobrem uma jornada em que um artefato poderoso é o diferencial em uma guerra entre o bem e o mal. Porém, enquanto Senhor dos Aneis vai adotando uma postura sombria ao longo da trilogia, Brooks mantém o espírito de aventura tão típico de sua obra. A construção de mundo também é muito bem feita por ambos os autores, mas Brooks não se preocupa em criar toda uma língua específica que caracterize uma raça. Vamos nos lembrar de que Tolkien era um emérito professor de literatura e línguas antigas.

A Espada de Shannara é um delicioso mergulho a um modelo de escrita que já não se vê nos dias de hoje. Eu tive dificuldades em lidar com essa escrita, mas isto não age em detrimento da obra. A ambientação é fenomenal e deixa muito a ser trabalhado em outros volumes da série. Brooks é um autor fenomenal e devemos toda esta febre de fantasia a ele que foi pioneiro na escrita de obras do gênero.

site: www.ficcoeshumanas.com
comentários(0)comente



45 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR