Carta aos Romanos

Carta aos Romanos Karl Barth




Resenhas - Carta aos Romanos


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Hélio 28/02/2021

Comentário da Carta aos Romanos de Karl Barth
O teólogo suíço karl Barth que é amado e odiado no meio teológico é considerado por muitos autores o maior teólogo do século XX.
Este livro comentando a Carta do apóstolo Paulo aos Romanos foi a sua primeira e mais importante obra e a que lhe deu maior notoriedade. Esta obra foi publicada pela primeira vez em 1919, mas foi a segunda edição em 1922 que deu maior destaque a teologia de Barth.

No contexto desta publicação predominava na Europa o liberalismo teológico, um movimento que surgiu no século XVIII na Alemanha, tendo por pai o teólogo alemão Friedrich Schleiermacher e Ruldolf Bultmann como uma das figuras mais importantes deste movimento. O liberalismo teológico nega as Escrituras ser a Palavra de Deus, nega que Jesus é Deus, nega a ressurreição de Jesus, afirma que Jesus morreu na cruz apenas como um mártir e não para perdoar pecados, entre outras heresias.

O liberalismo teológico que vinha sendo muito nocivo ao cristianismo sofreu um duro golpe com a crítica feita por Karl Barth, causando espanto e indignação no meio teológico. "O teólogo católico Karl Adam afirmou que a publicação do livro foi como uma bomba lançada no playground dos teólogos". Mas é importante lembrar que o liberalismo teológico como movimento histórico e intelectual ele não existe mais, porém, deixou seus herdeiros que estão infiltrados nas igrejas, universidades e seminários de teologia.

Nesta obra percebemos a forte influência que Barth recebe da teologia dos reformadores, a exemplo de Lutero, Calvino e também do pensamento de Soren Kierkegaard, filósofo dinamarquês, citado por Barth diversas vezes. Há muito conteúdo proveitoso neste comentário de Barth, porém, há alguns pontos que requerem um maior cuidado, como por exemplo, mesmo Barth fazendo varias vezes uma defesa da ressureição de Jesus Cristo, nas páginas 312 e 313 dar para entender que ele nega a ressurreição de Jesus como um fato histórico. Assim como não concordamos em tudo com nenhum teólogo, com Barth não seria diferente. Mas isso não significa que não seja importante estudar a sua teologia.

Mesmo eu possuindo boa parte de sua obra em livros impressos e que pretendo ler em breve, esta obra foi o meu primeiro contato com os seus escritos. Eu só conhecia Barth através de outros autores, alguns que li o criticavam, outros o elogiavam, e a partir destas leituras eu tinha um certo preconceito por achar que sua teologia não se diferenciava muito da teologia dos liberais.
No entanto, ao começar a ler Karl Barth e não apenas comentários de outros autores sobre ele, tenho percebido que ele foi um homem piedoso e que sua obra tem grande relevância teológica sendo de fundamental importância para todo estudante de teologia.
Claire Scorzi 28/02/2021minha estante
\o/


vicki4you 04/03/2021minha estante
Olá ,
como você está? Meu nome é Srta. Vicki Dickson, vi seu perfil hoje e me interessei por você, quero que envie um e-mail para meu endereço de e-mail privado (vdickson200@gmail.com) porque tenho um assunto importante que quero compartilhar com você




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Rafael Mota 17/09/2023

Deus... a alteridade suprema e inalcançável que nos alcança na pessoa de Jesus!
Não tenho vocabulário para descrever esse livro... é a segunda tentativa de leitura e dessa vez cheguei até o final...vou levar uma vida para metabolizar tudo... seguem dois trechos que resumem as idéias que mais me marcaram:

"Deus é um problema para o homem porque Ele é a solução. Ele é, não o homem."

"iver “Paulinamente” é viver livre; é estar oprimido por Deus, de todos os lados, mas é, também, saber que se está por ele guardado em todos sentidos, é ser constantemente lembrado da morte mas, continuamente encaminhado para a vida; é ser desalojado do aconchego das acomodações e libertado dos com- promissos e do enclausuramento das coisas triviais para, [galgando os patama- res de horizontes mais amplos], consciente e em abundante vida, contemplar a eternidade. [Viver “Paulinamente”] é ver a clareza do perdão dos pecados, ven- do nesse perdão [concedido exclusivamente por Deus em sua plena liberdade] a incomparável diretriz de nosso procedimento ético; é viver fundamentalmen- te abalado, temendo todas grandezas relativas, tudo quanto [no mundo] tem algum valor, isto é, temendo todos valores reais, estabelecendo porém, relacio- namento objetivo com todos eles. Viver “Paulinamente” é estar firmemente acorrentado a Deus, gozando, por isso mesmo, da maior tranqüilidade com respeito a todas indagações, a todas exigências e a todos mandamentos que não emanem diretamente de Deus, é ser completamente independente de todas imposições que não sejam exclusivas e privativas de Deus — e de Deus somen- te — de sorte que fica assim resolvida, relativizada, toda ordem [mandamento ou regulamento], toda imposição e toda autoridade; ficam destituídas [de im- portância, significado e poder] todas as semelhanças divinas neste mundo — [sejam Tronos], Poderes, Potestades"
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