O Artífice

O Artífice Tony Ferraz




Resenhas - O Artífice


34 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


lari 25/02/2022

INDESCRITÍVEL
eu amo esse livro em todos os sentidos, foi ele quem me tirou da ressaca literária e ler ele pela segunda vez foi uma coisa incrível, o plot twist é extremamente chocante, fiquei tão obcecada em achar o culpado tanto quanto o haryel.
comentários(0)comente



SAMUEL 06/05/2014

Filosofia zen-budista e taoísta em um romance policial envolto por mistério
“O Artífice” conta a história de um detetive e sua investigação acerca de um Serial Killer atuando em Londres, mas não é sobre isso. “O Artífice” trata do zen-budismo, de filosofia; mas também não é sobre isso. O Artífice é um livro sobre tudo, e sobre nada.

O detetive Haryel é um profissional competente, inteligente acima da média, e com um carisma mal humorado que desperta a empatia de qualquer leitor. Diante de uma série de assassinatos supostamente conectados, ele embarca em uma investigação perigosa que lhe ensinara conceitos jamais imaginados por ele, e que trará repercussões catastróficas em sua vida.

Em sua primeira publicação literária, o autor Tony Ferraz entrega uma história especialmente singular. Pois as prateleiras já estão cheias de romances policiais e mistérios envolvendo assassinos em série. Mas, quando o autor introduz elementos filosóficos e profundamente abstratos, traz um tom místico à obra.

O assassino é um sujeito frio, calculista, e profundamente enigmático. Não entendemos suas razões, mas queremos ouvir o que ele tem a dizer, espionar seus pensamentos e divagações mais íntimas. Um personagem complexo e misterioso. Em contraponto, Haryel é absolutamente racional e prático, e seus conflitos quando entra em contato com os ensinamentos de um Monge podem ser identificados em muitos leitores.

Por fim, Tony Ferraz mostra uma obra complexa, e ao mesmo tempo leve, dosando sabiamente a tensão de um thriller policial com a paz espiritual da filosofia zen-budista.

“O Artífice” deve ser lido e apreciado, pois é uma obra única e escrita por um autor brasileiro de muito talento.


site: http://desarranjocerebral.blogspot.com.br/2014/05/resenha-o-artifice-um-detetive-um-monge.html
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Belle 03/09/2014

Fenomenal (Resenha por devoradoradelivros.com)
O Artífice está à solta. Somente Haryel Kitten, o melhor detetive de Londres muito injustiçado pela imprensa, diga-se de passagem, sendo visto sempre como coadjuvante quando deveria ser protagonista pode pegá-lo. Esse foi o único nome encontrado pela mídia para definir o Serial Killer que vem fazendo grandes estragos na capital da Inglaterra. Isso porque todas as vítimas foram mortas por artefatos incrivelmente bem projetados e instalados, sem deixar nenhum rastro suspeito de quem poderia ser o criminoso. Uma a uma, pessoas estavam sendo assassinadas brutal e friamente por ninguém menos que um gênio, sem nenhuma ligação aparente entre as vítimas. Com exceção do cenário londrino em todos os crimes: à noite, sob a chuva.
Somente quando Haryel e seu parceiro, Paul, encontraram um colar Hindu no corpo de uma das vítimas é que a investigação pareceu tomar um rumo mais certo. O detetive encontrou um mestre budista que poderia ajudá-lo a compreender a filosofia e o que estava levando o assassino a matar todas aquelas pessoas visto que o Artífice era adepto desta religião e filosofia , mas o mestre parecia tão cheio de mistérios quanto os bilhetes com parábolas deixados junto das vítimas. Um trovão. Chuva. Haryel precisava correr contra o tempo para desvendar esse mistério enlouquecedor e impedir que mais um inocente fosse vítima dos artefatos mirabolantes do assassino.
Vou confessar que não estava muito animada com o fato de o livro envolver budismo e taoismo. Antes de iniciar a leitura, fiquei acho que vou ter que pular as partes que tratam disso, porque é algo pelo qual nunca me interessei. E eu estava redondamente enganada. A forma como Tony Ferraz nos insere nessa visão de mundo é muito sutil e extremamente envolvente: o maníaco é um adepto e o livro é cheio de parábolas que te fazem ter que ler duas ou até três vezes para entender cada uma, te fazendo refletir.
Eu, como fã de carteirinha do meu querido Sherlock Holmes, me surpreendi com esta narrativa. Haryel é extremamente cativante na sua ironia, e posso dizer que me identifiquei demais com ele: todas as perguntas que ele fazia ao mestre eu tinha vontade de fazer também. Sorria sozinha quando via que ele perguntava exatamente o que eu estava pensando.
A coisa é que: a trama é extremamente bem bolada. Fiquei me perguntando como alguém pode escrever uma coisa tão cheia de detalhes técnicos e filosóficos. Quando eu achava que a história tomaria um rumo, ela tinha uma reviravolta e ia para um lado completamente diferente. O livro é um mistério por si só, pois não é só a questão dos assassinatos, e sim, tudo que envolve a vida do assassino, do mestre, do detetive e de todos que se viram envolvidos nesse caso. A diagramação é muito bacana, achei a capa muito bonita e dentro o livro possui várias ilustrações de momentos narrados feitas pelo próprio autor da obra. É um livro fantástico de fácil leitura porém é necessário que você se deixe envolver por toda a profundidade do livro , que me surpreendeu até a última palavra. Estou extremamente ansiosa por uma continuação, que tem previsão de lançamento na Bienal do Rio, em 2015. Pode morrer até lá?

Resenha por DevoradoraDeLivros.com

site: http://devoradoradelivros.com
comentários(0)comente



Taty Assis 24/09/2014

INTELIGENTE, INSTIGANTE E INIMAGINÁVEL!
Quando iniciei a leitura de O Artífice nunca passou pela minha cabeça o desfecho que ia ter. Sou apaixonada por livros policiais, então estava bem empolgada com a leitura, e tenho que confessar que fui completamente surpreendida. Desculpem-me o palavreado, mas caraca, o livro é bom demais!


Haryel é um ótimo detetive e foi designado a trabalhar no caso dos assassinatos que estavam acontecendo na chuvosa Londres. Os investigadores acreditam se tratar de um Serial Killer, pois há fatores comuns nos assassinatos.

Haryel entra de cabeça no caso, mas ele juntamente com sua equipe não consegue chegar a nenhuma conclusão de quem poderia estar cometendo os crimes, pois o assassino é muito astuto e não deixa pistas, a não ser bilhetes com mensagens filosóficas. Até que um objeto encontrado na cena de um dos crimes, dá o ponto de partida para encontrar o assassino.

"UM DETETIVE, UM MONGE BUDISTA E
UM ASSASSINO"

Gostei de Haryel desde o inicio, amo detetives, ainda mais quando eles tem um humor todo irônico.
Haryel é muito empenhando nos seus casos, e mesmo sofrendo perdas ele não desiste de procurar O Artífice, e mesmo se sentindo um pouco perdido em relação aos bilhetes deixados pelo assassino - confesso que até eu fiquei, pois não entendo muito (Leia-se NADA) de filosofia Zen-Budista e Taoista - e é por não compreender o significado de tais bilhetes, que Haryel busca ajuda do Monge Budista.

O Monge é muito sábio, mas como explicar para um detetive o que não pode ser explicado, e que só pode ser compreendido?

E por fim, o assassino. Bem, ele tem uma mente brilhante, mas acima de tudo é cruel, frio e calculista, não tem compaixão de suas vítimas, e sempre está um passo a frente de Haryel. E acreditem, tudo o que ele faz tem um propósito, nos levando a um final surpreendente, inimaginável, que nos faz querer gritar, brigar, surtar e ficar ansiando muito pela sequência, que infelizmente ainda não tem previsão de lançamento.. Snif, Snif! O assassino e o final, foram o ponto auge do livro pra mim, me surpreendi de verdade.


O Artífice é daqueles livros que quando acabamos de ler fica vários dias na cabeça, o livro é tão instigante, que é impossível não se envolver e tentar entender o porquê de todos aqueles assassinatos, o porquê daquele final arrasador e o porquê de uma pessoa ter aqueles propósitos.
O livro foi uma doce surpresa pra mim, tá talvez tenha sido uma doce surpresa sanguinária, mas não deixa de ser surpresa rs E é a primeira vez que leio um livro que aborda a filosofia Zen-Budista e Taoista, e apesar de nunca ter estudado sobre o assunto, não ter conhecimento sobre ele, fiquei mega intrigada; então para amantes de filosofia, tenho certeza que vocês vão ADORAR esse livro, e para aqueles que não curtem muito filosofia não fiquem com receio de ler o livro, deem uma chance e vão ver o quanto o livro é surpreendente e inteligente.
Amei o livro, estou fascinada pelo desfecho que o livro teve, e só tenho que parabenizar o autor por ter essa mente tão brilhante e por ter me mostrado algo novo e inusitado.
Super recomendo!

"Sábios são os que buscam a sabedoria,
loucos são os que já a encontraram."


site: http://aculpaedosleitores.blogspot.com.br/2014/09/resenha-o-artifice.html
comentários(0)comente



Liu 26/08/2021

Bom mas podia ser melhor, bem interessante e inovador as frases, bem que eu senti vontade de surtar junto com ele
comentários(0)comente



T.C 29/08/2016

"Sábios são os que buscam a sabedoria, loucos são os que já a encontraram”
Na fria e chuvosa Londres, um assassino que mata através de armadilhas extremamente elaboradas vem enganando a polícia. Haryel Kitten é um detetive competente, inteligente e irônico, é ele que vai tentar desvendar o mistério da trama. O assassino não deixa pistas exceto por bilhetes de conteúdo Zen-Budista e Taoista que informam seu paradeiro. Obrigando Haryel o policial responsável a procurar um monge budista para decifra-los, quanto mais ele se aprofunda na investigação menos compreende o que está acontecendo.O detetive fará tudo para montar esse quebra-cabeça,o qual resultará repercussões catastróficas em sua vida.
comentários(0)comente



Mari_0451 30/01/2022

Artífice
De acordo com o dicionário, "artífice" é um trabalhador, operário, artesão que produz algum artefato ou que professa alguma das artes. E essa é a característica principal do nosso assassino. Nenhuma vítima é morta de maneira comum. Todas sofreram por uma armadilha bem elaborada e instalada pessoalmente pelo serial killer; todas elas possuem um toque de arte, por mais macabra que seja, e contribui para algo maior.

Haryel é o detetive designado ao caso. Ele e seu companheiro procuram por pistas quase que invisíveis, já que as vítimas parecem não ter ligação nenhuma, enquanto o "demônio" trabalha na sua obra de arte principal.

O livro é coberto por uma arte marcial e filosofia que trabalha o corpo e a mente daqueles que se entregam à ela, conhecida como Tao. Quando Haryel encontra um colar na cena do crime, o médico legista indica um sábio que, por sua vez, explica sobre essa vertente ao detetive. Por fim, Haryel precisa abrir sua mente para essa nova forma de pensar, se quiser alcançar seu assassino e impedir que ele realmente mate todos ao seu redor.

MINHAS CONSIDERAÇÕES: O livro é carregado de mistério e metáforas, exigindo um pouquinho de atenção dos leitores para não se confundirem. O Tao é explicado apenas pelas falas daqueles que o praticam, tornando ligeiramente confuso, porém o plot final e a última cena são de tirar o fôlego, me fazendo dar 4 estrelas para esse livro sem ao menos pensar duas vezes.
comentários(0)comente



triz 25/12/2016

"Sábios são os que buscam a sabedoria, loucos são os que já a encontraram"
O artífice nos traz uma história ambientada em Londres, onde um detetive assume o caso de um serial killer um tanto diferente. Suas vítimas não parecem possuir ligações, e os bilhetes deixados na cena do crime revelam-se textos confusos. A história toda possui grandes ligações com a filosofia zen-budista e taoísta, visto que o próprio criminoso segue esse modo de vida.
Não esperava muito dele ao começar. Em parte porque não costumo ler livros policiais brasileiros, em parte porque o começo não me cativou nem um pouco. Demorei bastante para realmente me empolgar nessa leitura. A escrita do Tony Ferraz foi uma coisa que não me agradou muito. Parece muito impessoal, descreve demais o clima, as chuvas, de um modo que não me parece tão dinâmico, mas nada que impedisse de prosseguir.
A melhor coisa desse livro, que me fez dar 3 estrelas para ele, foram as falas e parábolas do mestre budista. Só quando ele apareceu é que eu quis continuar a leitura. O conhecimento do autor sobre as religiões orientais é muito bom. Adorei ler os ensinamentos do sábio, as falas tão bonitas (embora algumas vezes reinasse a sensação de que todos os personagens só falavam aquilo para que o mestre conseguisse dar aquelas respostas). É muita filosofia envolvida, e é legal, para alguém que não sabe muito da oriental, ver como os filósofos do ocidente seguiram um rumo parecido no pensamento.
A trama policial, no entanto, não foi tão empolgante como o esperado. Nós sabemos quem é o assassino logo na metade (o próprio livro nos revela isso), então temos que ficar esperando o detetive descobrir, cometer burradas e essas coisas. Isso me desanimou um pouco. Outra coisa foi a falta de carisma nos personagens. Não consegui gostar de nenhum, com exceção do mestre (o que deve ser só pelas falas dele mesmo), o que deve ser culpa da narração tão distante e impessoal usada. Achei interessante relacionar um trecho da fala da cigana com a música Tempo Perdido de Legião Urbana.
A história teve um desfecho legal, na minha opinião. A primeira coisa que fiz ao fechar o livro foi soltar um "rá" para a cena final e notar que "meu deus, eu usei muito post-it nesse livro."
Em uma conclusão, foi um livro mediano, com falas simbolistas e trechos com ensinamentos muito bacana de se ler. Indico-o principalmente graças às falas e os diálogos. Foram lindos.

"― Por que você insiste em salvar o escorpião, quando você sabe que sua natureza é agir com agressividade, picando-o?
― Porque ― replicou o velho ―, agir com compaixão é minha natureza"

"Porque com os olhos abertos, você vê o que se passa a sua volta, com os olhos fechados, você vê o que se passa dentro de si mesmo"
comentários(0)comente



Karina 29/07/2014

Um Detetive, Um Monge Budista e Um Assassino
Como diz na capa, Um Detetive, Um Monge Budista e Um Assassino. Livro muito bom, com muita ação. O livro narrado em terceira pessoa, conta a história do detetive Haryel Kitten, que foi designado para desvendar os assassinatos de um Serial Killer, a única coisa que ele sabe é que esse assassino comete os crimes nas noites chuvosas e por meio de armadilhas. Nos corpos, tem algumas inscrições que o detetive desconhece por esse motivo ele pede ajuda para um mestre budista, que acaba por passar ensinamentos valiosos, só resta saber se o detetive vai pôr em pratica ou não...
comentários(0)comente



Susuzinha0 17/01/2018

O artifice
"Sábios são os que buscam a sabedoria, loucos são os que já a encontraram”

Eu não sei definir meu grau de satisfação em relação a esse livro, trata-se de uma historia de
um assassino que mata através de armadilhas e ele é mega calculista, todo planejado e sempre um passo a frente do detetive Haryel e da policia de Londres, quanto mais o detetive tenta entender toda essa situação, mais coisas acontece, podemos dizer uma corrida contra o tempo, uma leitura envolvente, cheia de suspense,que realmente te prende, e fica claro que
manter a calma é essencial, o final prova isso, se detetive não tivesse se desesperado em dados momentos, talvez tivesse evitado certas coisas, achei que o final deixou a desejar, acho que como todo livro, a gente vai criando vários finais na nossa cabeça, pois pensei, poxa quero entender, isso, isso e isso e ficou um ponto de interrogação, mais pelo jeito temos o segundo livro pra tirar todo esse nó, mais enfim ótima leitura, super recomendo.
comentários(0)comente



Paula Juliana 15/09/2014

Resenha: O Artífice - Tony Ferraz


''Agora, nada mais restava, pois seu coração não tinha mais aquela esperança e seus olhos eram cinzas como o mais intenso nublado do céu, e tudo isso porque alcançara a verdade. Agora, ele possuía o maior dos conhecimentos, o conhecimento que lutara muito para alcançar. Ele sabia que o caminho escravizara, mas a verdade dava liberdade e ele estava liberto.''

Estou ainda um pouco chocada com o fim do livro, O Artífice do autor nacional, Tony Ferraz. Optei por vir correndo fazer a resenha, ainda no calor do momento. A mensagem fica cutucando minha mente, e ao mesmo tempo, me questiono, será que entendi mesmo? Ou estou fazendo aqui exatamente o que o livro me diz para não fazer? Eu, aqui, pensando! Tentando entender se eu o compreendi! E não é que o nosso Mestre Budista não estava certo!?! Ele riria da minha cara e me chamaria de Tola!

Devaneios a parte de uma leitora louca! Não é que sábios são mesmo os loucos! Ou os loucos que são sábios?!

''Sábios são os que buscam a sabedoria, loucos são os que já a encontraram.''

Entraram no clima?

Londres! Assassinatos. Um assassino muito inteligente e astuto. Tempestades. O Artífice tem um propósito. E quem será capaz de desvendar essa mente?
Um detetive. Um homem brilhante. Um homem que é realmente bom no que faz. Será que ele conseguirá pegar esse assassino, que constrói as suas próprias armadilhas, Artesão de destinos?
Enquanto Haryel Kitten, o detetive, tenta desvendar essa pilha de corpos macabros, o assassino pinta sua própria tela!

Um caminho sem volta! Um mistério! Sobrenatural?!? Um Serial Killer! Um detetive que quanto mais tenta entender, menos entende nada! Um monge Budista, um mestre! E O Artífice!

''Viva a vida, pois ela é muito preciosa. A verdade é que cem milhões não valem um minuto sobre a terra.''

Nessa resenha venho apresentar um livro incrível. Comecei lendo, O Artífice, pensando que seria mais um dos meus gostosos romances policiais - pois, sim! Eu sou viciada neles! Todo essa atmosfera de desvendar as coisas, ir montando o quebra cabeça na minha mente, e no fim, se tiver sorte e muito atenção, conseguir matar a trama antes do grande mistério ser desvendado, são coisas que me deixam fascinada. Mas essa obra ela vai muito além do simples esquema assassino/policial, ela vem mostrando toda uma filosofia que para mim era até a leitura, desconhecida.

''Aí que está o problema, detetive Kitten: no ''entender o assassino''. Você já começou em uma batalha perdida, se esse homem é como você descreve, nunca vai conseguir vencê-lo, porque ele é liberto e é guiado pelo Tao. Podes lutar como quiseres, tentar entender como quiseres, mas nunca vais dominá-lo, porque ele tem a força do grande todo.''

Como o título mesmo nos conta, temos um assassino, um mestre budista e um detetive. A grande jogada do enredo, e que conhecemos a filosofia Zen, que vai muito além da meditação, é uma visão diferenciada do mundo. E como nós, leigos, vamos entender uma mente assim?! A obra mostra, entre tantas outras coisas que, é aí que está nosso erro. Nós tentamos compreender tudo, pensar em tudo, controlar tudo. E então as coisas nos controlam.Perdemos a essência!

''Para o zen, experimentar a realidade diretamente é experimentar o nirvana. Para experimentar a realidade diretamente, é preciso desapegar-se de palavras, conceitos e discursos. E, para desapegar-se disso, é preciso meditar.''

O Nirvana, é o estado de libertação. Então na obra somos levados a conhecer uma filosofia diferente. É diferente da minha. E por isso eu me pegava, concentrada, lendo e relendo, certos trechos, tentando sentir a palavra e não entende-la. Mas meu cérebro, é muito racional, esse livro foi um desafio novo, foi uma descoberta nova, foi uma agonia boa, no sentido que além de me tirar da minha zona de conforto, me fez querer visualizar a história com vários tipos de olhares.

''Quando um homem que segue o Ch'an está com fome, ele come, quando está com sede, ele bebe, quando quer andar, apenas anda e quando quer dormir, apenas dorme. Agora, vocês, fazem todas as coisas ao mesmo tempo se distanciando cada vez mais da simplicidade, da verdadeira essência das coisas. Quando querem andar, ficam pensando, quando querem escutar, preocupam-se em ver, quando querem conhecer, preocupam-se em entender. Como você quer escutar alguma coisa se preocupando com o que ela aparenta? Como você quer descansar se se concentra mais em pensar? Sendo assim, você, meu amigo, perde o sentido real das coisas, sua essência. Escuta enganado pela orelha, vê enganado pelos olhos, pensa enganado pelo cérebro. Quem faz vinte coisas ao mesmo tempo não faz nenhuma.''

Alguns Personagens:
Paul e Thomas, personagens que gostei muito de conhecer. Paul mesmo, me fez rir, adoro personagens que mesmo em momentos de tensão, conseguem dar um certo equilíbrio ao clima!
Cheung Chizu! O nosso Mestre!
'' - Por que - replicou o velho -, agir com compaixão é minha natureza.''
Ele me ganhou pela sabedoria, pela paciência, pelas muitas metáforas que me deixaram de cabelo em pé e principalmente pela bondade!

O livro é muito maduro, muito bem escrito e muito, muito inteligente. O tipo de livro que você acaba e não deixa você, tenho certeza que essa história foi marcante o bastante para permanecer comigo por muito, muito tempo. É um livro para ler e reler, e reler mais uma vez. E não tentar entende-lo, ou cataloga-lo. Sinta a mensagem, se delicie com o mistério. Pule da cadeira, morra de aflição. Grite e se descabele, porque tem horas que realmente dá tudo errado e fique chocada, lá sentada, olhando para a parede e pensando naquele final!

''Quem te garante que você não poderia matar? Você não se conhece, não sabe do que é capaz. Antes de chegar ao fim do nosso quadro, você vai descobrir o que o seu eu é capaz de fazer e o quanto ele é responsável.''

A alma. O acreditar da nossa mente. O que existe? Tudo? Nada? O vazio? Qual o segredo do Universo?Qual é a verdade?
O se libertar! O não pensar, o simplesmente sentir! A essência das coisas! O homem que só enxerga aquilo que quer ver. O simples '' não ser, calmo e eterno, límpido e plácido''. A FORÇA. A Paz! O Artífice!

''- O que é? Isso foi demais para você? Pra sua força? Você é patético...''

Paula Juliana


site: http://overdoselite.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Lys 28/10/2014

Surpreendente do início ao fim!
Primeiramente queria mencionar que esse livro foi uma experiência diferente e marcante para mim. Trazendo elementos da filosofia zen budista e taoísta, pude conhecer a filosofia, a qual somente tinha ouvido falar. No começo me senti um pouco perdida e fui buscar fontes de informação sobre a mesma, mas quero deixar claro que isso não atrapalhou de forma alguma a leitura, muito pelo contrário, apenas a enriqueceu. Quem não optar por esse caminho que fiz, também não precisa ficar preocupado pois, conforme a história vai avançando, tudo vai ficando claro.
Adorei conhecer o Haryel. Um detetive dedicado e muitas vezes irônico, que busca desvendar a série de assassinatos que estão ocorrendo. A trajetória dele é muito interessante de se seguir, principalmente após um acontecimento importante, que faz ele se aproximar mais do sábio Cheung Chizu. Este, por outro lado, tenta passar o máximo de seus conhecimentos para Haryel, o que o faz crescer nitidamente dentro da história.
Quanto ao assassino, este posso dizer que foi muito bem construído. Desde os pensamentos, até as armadilhas loucas que ele concebia. Achei muito digna a alcunha que ele recebeu, pois realmente ele fez jus. Apesar de estar falando de um assassino, ao final do livro só consegui pensar em como ele foi brilhante em todos os momentos.
Quanto ao final, o que posso dizer? Bem, uma das coisas que mais me deixa presa em livros deste gênero é o fato de passarem mil finais pela minha cabeça, só pra eu chegar na última página e ver algo completamente diferente. Isso me deixa muito feliz e no caso de "O Artífice" foi o que me conquistou de vez. Fiquei boba quando li a última palavra da última página e comecei a me perguntar "Por que acabou?". Essa sensação de quero mais ficou comigo e não saiu daqui até agora!
Recomendo muitíssimo a obra, vale cada minuto que você passa pendurado nela. E quem for ler, se puder, siga o conselho do autor e leia à noite! Com certeza se tornou um dos favoritos da minha estante!
comentários(0)comente



Gabes_Ricci 26/06/2023

Passa o tempo bem
O livro é legal, mas acho que os personagens foram planos (?), tipo, parece que faltou mais personalidade neles, tirando o mestre e o detetive o resto do povo pareceu genérico.
Mas amei os ensinamentos do livro! Mesmo que eu não tenha entendido a maioria e mais apliquei a mesma lógica de quando tento ouvir música estrangeira, não entendo as palavras mas sigo a batida!
Os mistérios do livro misturados com os ensinamentos xintoistas (?) foi uma coisa bem diferenciada, e algo que curti demais, o toque no final também foi muito bem colocado, por mais que um pouco frustrante.

(Infelizmente esqueci de add antes de escrever, mas por favor considere que dei 3.5??, o final mereceu pelo menos meia estrela)
comentários(0)comente



Kelly Brandão 12/01/2017

*O Artífice - Tony Ferraz*

" A polícia Londrina está tendo que lidar com um serial killer que mata através de armadilhas muito bem elaboradas, usando materiais de fabricação própria que não podem ser rastreados. Diante do mistério envolvendo os crimes, Haryel Kitten, um detetive habilidoso, é convocado para se unir ao time que investiga os motivos dos crimes e o assassino. Para isso, ele pede o auxílio de um monge budista, pois o assassino demonstra utilizar como referência para os crimes, preceitos budistas.
O processo investigativo é bom. O assassino é inteligente, não conseguimos encontrar qual a ligação entre as vítimas, mas .... fiquei um pouco incomodada com algumas coisitas. Primeiramente, a história se passa em Londres, o detetive é Londrino, mas o autor não conseguiu passar as características de um Londrino ao personagem. Achei os diálogos muito 'abrasileirados', principalmente os diálogos iniciais.
Passado essa impressão, me deparo com a confusa transação de cenas. Em várias partes ela acontece de forma repentina e isso me deixou muito confusa. Outra coisa que me deixou emputecida foi a maneira como descobri quem era o assassino. Definitivamente não gostei. Até minha filha de 6 anos é capaz de identificar quem é o assassino. Gostaria de poder explicar isso melhor, mas não consigo fazer sem dar spoilers.
Algumas informações sobre o assassino também me incomodaram, na verdade me tirou o sono, pois fiquei sem entender como aquilo era possível. Terminei a leitura deste livro por volta da 1:40 da manhã e fiquei boa parte da madrugada imaginando possíveis justificativas, mas não encontrei nenhuma que fizesse sentido.
Agora o final ..... misericórdia !!!
Eu fiquei tipo "não pode ser !!!" Gostei muito do final, a engenhoso e dá abertura para diversas interpretações. Fiquei muito brava, sério, mas gostei do final.
De um modo geral, gostei do livro, pois fiquei extremamente curiosa no decorrer da trama. Era difícil demais ter que interromper a leitura, a curiosidade foi muita, mas não é um livro espetacular. as falhas que citei acima tiraram o brilho da história, achei fraco e previsível, exceto pelo final é claro !
comentários(0)comente



34 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR