História Zero

História Zero William Gibson




Resenhas - História Zero


6 encontrados | exibindo 1 a 6


Mateus 10/10/2021

Boa narrativa, mas senti falta de algo mais nos personagens, pareciam que estavam lá apenas para o plot seguir adiante.
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Marcos Pinto 11/08/2015

Um bom livro
Diferente do que faço normalmente, nessa resenha não colocarei aquele breve resumo inicial da premissa do livro. O motivo é simples: a rede criada pelo autor é tão intrincada que qualquer coisa que eu possa falar, sem promover spoiler, já se encontra na sinopse. Então, a leia atentamente, pois partiremos direto para a análise da obra.

De início, devo dizer que já conhecia a escrita do autor, então já sabia parcialmente o que esperar. Ao ler Neuromancer (resenha), tive contato com uma escrita inteligente e futurística do Gibson. Porém, assim como no primeiro livro, ele conseguiu me surpreender. E o motivo simples: o William mostrou saber trabalhar o presente, o que encontramos em História Zero, de maneira tão brilhante quanto trabalha o futuro no cyberpunk.

Nesta obra, o ponto alto é a intrincada rede de informações e objetivos criada. Bigend, que é um ricaço curioso, quer dominar um determinado setor industrial e para isso contrata algumas pessoas de áreas totalmente distintas. Essas pessoas farão investigações, cada uma em sua área. Contudo, as linhas começam a se enroscar de maneira inesperada e trará incômodo para algumas pessoas muito poderosas.

“Narrativa. Consumidores não compram produtos, mas narrativas” (p. 33).

Porém, o que chama a atenção são as áreas envolvidas em toda a rede: que passam por moda, marketing, produção de material militar e tráfico internacional. Você deve estar se perguntando o que isso tudo tem em comum. Mas isso você terá que ler para entender. E já aviso, você precisará ler com muita calma para assimilar tudo.

Outro ponto alto da obra, e que exatamente permite essa rede de intriga e interesses, é a escrita do autor. Cadenciada e muito detalhada, ele vai conduzindo o leitor pelos becos obscuros da sociedade. Com grandes e boas descrições, situa muito bem cada ambiente e personagem, além de deixar dicas para o desfecho do livro. Aliás, são essas dicas que fazem que seja necessária uma leitura calma e atenta. O autor não diz tudo claramente; ela vai até a metade do caminho e dá dica para o resto, cabe ao leitor chegar ou não. Se você ler rapidamente, sem prestar atenção nos detalhes, a obra se torna incompreensível.

Porém, a escrita excelente e detalhada do autor, que foi uma das maiores qualidades da obra, também foi o seu único defeito. Parece contraditório, mas não é. No ápice do livro, no momento de maior ação, essa mesma escrita que deixou a obra inteligente, deixa o auge um pouco mais lento. Como o autor esmera-se pelos detalhes, ele acaba esfriando um pouco os picos que deveriam ser de ação. Contudo, não é nada que afete a qualidade da obra de maneira tão significativa. Mesmo com esse detalhe, a leitura me deixou muito satisfeito.

“O sal da terra nunca lhe diz que é sal da terra. As pessoas que caem em armadilhas não sabem disso” (p. 72).

O autor também merece os parabéns pela gama de personagens incríveis que criou. Enigmáticos, conturbados, confusos, desesperados, exagerados... Humanos. Extremamente reais e problemáticos, Gibson consegue desnudá-los através das palavras. Entre uma página e a outra, é possível entender suas dores, suas motivações e principalmente suas neuroses. Mesmo em terceira pessoa, a aproximação com cada integrante da trama é enorme.

Como a cereja do bolo, a editora Aleph entrega mais uma excelente edição aos fãs. A capa é bonita e reflete bem o conteúdo da obra. A tradução e a revisão estão perfeitas, o que já é padrão da editora. A diagramação, por sua vez, está bem simples, mas agradável.

De uma maneira geral, a leitura me agradou muito e eu, certamente, lerei outras obras do Gibson. Sua narrativa madura e inteligente me ganhou sem dificuldades. Se você também está procurando uma obra nesse estilo, certamente essa é uma excelente opção. Contudo, se o objetivo for apenas uma leitura para passar o tempo, é melhor deixar esse livro para um momento de maior concentração.

“Ler, sua terapeuta havia sugerido, provavelmente havia sido sua primeira droga” (p. 121).


site: http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2015/07/resenha-historia-zero.html
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Grazi Comenta 16/05/2015

Gostei, mas não gostei '0'
Quem leu minha resenha de Reconhecimento de Padrões, sabe que não me dei muito bom com a escrita de Gibson nessa trilogia. Pulei do primeiro livro ao terceiro porque foi-me dito que os três livros podem ser lidos independetemente um do outro. E podem. Não há prejuízo na compreensão da trama, mas eu diria que para a compreensão da intenção de Gibson como um todo, a experiência de ler pelo menos dois dos livros, é melhor.

Acho que pode ter passado pelo choque da narrativa do primeiro, eu acabei me acostumando e assim a leitura de História Zero foi muito mais agradável. Eu já esperava cenas longas com descrições gigantescas, recheadas de diálogos profundos e algumas passagens que mais parecem palestras científicas. Gibson até parece mais confortável neste último livro, elaborando e contando melhor suas ideias.

A trama segue a mesma linha de RdP, analisando as mudanças que a tecnologia e as propagandas causaram na sociedade e as influências no indivíduo. Mais uma vez temos Bigend contratando alguém com uma habilidade peculiar. Dessa vezes é Hollis Henry e ele está interessado em encontrar o designer de um tecido de alta qualidade. Ou seja, este livro se foca nos bastidores da moda.

Leia mais no blog!

site: http://oclubedameianoite.blogspot.com.br/2015/05/resenha-historia-zero-william-gibson.html
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TamiresCipriano 23/04/2015

#3 - História zero
Livro que instiga de início ao fim, uma verdadeira obra de tudo meramente "calculado" e bem feito.

A Aleph lançou o último livro da trilogia Blue Ant, sendo os anteriores Reconhecimento de padrões e Território fantasma.

"- Mas nem todos segredos são informações que pessoas estão tentando esconder. Alguns segredos são informações que estão ali, mas que as pessoas não podem ter." Pág 224.

Quando iniciei a leitura, fiquei embasbacada, ainda não li algo do autor, mas ele, com toda certeza tem o talento nato de "dar" uma palestra, ao mesmo tempo em que desenvolve uma história e tenta - muitas vezes conseguindo - passar o conhecimento ao leitor.

Não é o primeiro livro da Alpeh que leio que foi escrita a um tempo com uma certa tecnologia criada pelo autor, que por incrível que pareça, têm "semelhanças" com o atual.

A questão de moda no livro não se referência somente no que se veste, mas o que realmente as pessoas são.

Infelizmente, não sabia que este era o terceiro livro e quando descobri já estava na metade do livro e mesmo que tenha começado pelo errado, tentarei procurar a ler os outros, também acho que cada livro têm suas respectivas finalidades...

Pelo que pesquisei, um dos personagens : Hubertus Bigent aparece nas três história. Sim! Em história zero ele aparece e contrata pessoas como a Henry que não sabe ainda se deve ou não trabalhar para ele.

"- Quem nasce na lama morre na bicharia - disse Bigend, sentado atrás de uma mesa branca Ikea bem básica[...]" Pág 327.

O autor mostra esta disputa capitalista. O nosso personagem Bigent não parecia ser de todo mal, mas como o conheci somente em História zero, não posso falar muito, mas tenho que dizer que ele foi capaz de grande admiração em partes.

Para você que deseja iniciar uma leitura com William, sente-se e procure um espaço de tempo maior para degustar esta obra espetacular, mesmo que seja um pouco difícil compreender e as vezes pode achar um pouco... monótono, mas não se preocupe, Gibson escreve desta forma, como se estivesse dando uma aula pra você no maior detalhe possível com características e ainda, envolvendo uma trama com um fim maravilhoso e sem igual.

Quero agradecer a Aleph que enviou o exemplar com todo carinho e tenho que parabenizar pela maravilhosa edição.

Avaliei em quatro pelo fato de não ter o total relacionamento/entrosamento com o livro, pois, como li o terceiro acabou ficando lacunas a serem preenchidas, mas se você gosta de uma verdadeira obra, uma meticulosa trama deste mundo real que vai fazer refletir, podem procurar este livro, melhor ainda, procure o catálogo da editora Aleph.

Saiba mais no blog:

site: http://de-tudo-e-um-pouco.blogspot.com.br/2015/04/resenha-historia-zero.html
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Café & Espadas 22/04/2015

História Zero
Posso afirmar que História Zero me caiu bem. Mesmo que eu não tenha lido os dois primeiros livros da série Blue Ant – Reconhecimento de Padrões e Território Fantasma -, posso realmente afirmar isso. Aliás, todo designer deveria ler. Nesse nosso mundo todos sabemos que os grandes peixes sempre querem devorar os cardumes que mais se destacam para saciar sua fome (de poder).

Além disso, o mundo dita regras e todos nós as seguimos – embora não todas elas. E é basicamente disso que o livro trata. Seguimos modas, padrões; inconscientemente somos bombardeados de novos objetos de desejo e sempre acabamos presos na teia do consumismo.

William Gibson nos faz pensar no quanto uma sociedade decadente se preocupa em estar na moda; o mais pobre dos mendigos sempre vai ter algo que cause inveja nos outros – um cobertor mais felpudo ou uma caixa de papelão mais resistente à chuva. A necessidade de ter vem muito depois do “eu quero ter”.

Em História Zero temos novamente Hubertus Bigend sendo o manipulador da história. Ele é o típico mestre de marionetes que faz com que as pessoas ao seu redor hajam conforme o plano traçado. Em busca de um tecido especial, que poderá lhe dar controle total na fabricação dos uniformes militares dos EUA, Bigend contrata a jornalista e ex-roqueira Hollis Henry para descobrir quem é o misterioso designer do tecido.

Além de Hollis, temos Milgrim. Ele é tradutor e ex-viciado em drogas, e irá ajudar Hollis em sua busca. Milgrim parece ter um passado não muito bonito e tem Bigend como financiador de sua recuperação contra as drogas; além de possuir habilidades que surpreendem a muitos.

Ao conhecer a trilogia Blue Ant, somos obrigados a repensar o nosso conceito sobre estética e moda. Mesmo aquela pessoa que não se importa nem um pouco se vai usar uma calça listrada com uma blusa xadrez vai parar para pensar em como a moda influencia nossas vidas. Talvez essa seja a crítica principal de toda a história. Você é o que você veste e, aos olhos da sociedade, isso é o que há de mais valioso.

Aqui o “high tech, low life” é percebido em cada entrelinha e Gibson sempre se preocupa em explicar, nos mínimos detalhes, o seu ponto de vista. Por vezes cansativa, a leitura deve ser lenta e persistente para que nada passe despercebido aos olhos.

Quanto à edição de História Zero, a Editora Aleph optou por fazer uma coisa simples e minimalista em toda a trilogia, porém tudo ficou sofisticado e digno de se ter na estante. A editora sempre nos surpreende com seus lindos trabalhos!


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Fernanda 06/04/2015

Resenha: História Zero
CONFIRA A RESENHA NO SEGREDOS EM LIVROS:

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