Graffiti Moon

Graffiti Moon Cath Crowley




Resenhas - Graffiti Moon


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Ana Letícia 02/03/2022

fofo demais
esse foi um livro que eu encontrei nessas feirinhas no meio do shopping com vários livros em promocao e pensei hm por que não?
zero arrependimentos! amei demais o livro. fofo na medida certa. romântico na medida certa. maravilhoso demais! super indico pra quem gosta do gênero casal adolescente apaixonado kkk
LuaTeresa 01/07/2022minha estante
Desculpa a pergunta mas pode me dizer se tem hot? Não gosto


Ana Letícia 01/07/2022minha estante
Não temmmm


LuaTeresa 01/07/2022minha estante
Ótimo. Obrigada




Viviane L. 08/01/2016

Melhor livro de todos os tempos
A primeira vez que li a sinopse desse livro, lembro que o desejei mais que tudo no mundo. Acredito que uma das razões para a gente amar um livro pela sinopse é justamente por ela sugestivamente nos fazer prever alguma coisa, então esse tipo de previsão pode ser poderosa. E isso mexeu tanto comigo!
...

O primeiro capítulo começa com a Lucy correndo pela cidade perseguindo uma pista atrás do Sombra com a ajuda de Al, seu chefe, após ele avisar que o Sombra e o Poeta grafitavam o outro lado da rua onde ficava o seu estúdio, e onde, coincidentemente, Lucy passava parte do seu tempo manipulando vidros. Mas outra vez ela os perdeu! Foi por pouco, por 5 minutos exatamente. Ela quer encontrá-lo porque, convenhamos, a atração começa com a afinidade, assim como o interesse pela curiosidade. Então por ela amar arte, é claro que ficaria curiosa sobre o cara com sensibilidade o bastante para pintar todos aqueles grafites maravilhosos que tanto diziam sobre ela. O que a gente super entende, acontece sempre com os livros. O Sombra parecia alguém ideal para ela, que a entendia, alguém que ela poderia se apaixonar. Mas o Sombra que ela projetava era só uma idealização bem “pés nas alturas”. Ela o endeusava quando ele era apenas um adolescente de dezesseis anos com problemas, um cara que se ela encontrasse, quando encontrasse, não sentiria nada de mágico nele, não o enxergaria. E é essa a grande pegada desse livro.

"Tenho que chegar a tempo. Tenho que encontrar o Sombra. [...] O cara que pinta no escuro. Pinta pássaros presos em muros de tijolos, pessoas perdidas em florestas fantasmas. Caras com corações feitos de grama e garotas empurrando cortadores de grama. Por um artista que pinta essas coisas, eu poderia me apaixonar. Completamente. "

É um livro de narração intercalada em três personagens (Lucy, Ed e Poeta), então você descobre que os problemas deles podem muito bem ser o de qualquer pessoa. Lucy, por exemplo, seus pais têm problemas, e deve ser um saco vê-los brigando e dormindo separados. Mas ainda assim ela tem os dois, diferente do Ed que só tem a mãe morando num bairro podre, e que se revira para sustentar a casa sozinha. Mas pior ainda é o Leo, o Poeta, tadinho, que mora com a avó e tem um irmão muito querido e bonzinho, porém mexe com besteiras (só que a parte da narração dele é só poesia, por isso “poeta”). Quanto a esses dois últimos, a vida deles não é ruim porque não têm a presença constante dos pais. É angustiante porque eles vivem em um ambiente hostil, aqueles bairros com traficantes cuja juventude é propensa a ser surrupiada por falta de oportunidade, e você fica vigiando a vida deles enquanto eles estão tentando remar contra a maré. Ficar angustiada porque eles estão pensando em tomar o caminho mais fácil quando é o caminho por onde eles nunca deveriam ir.

O livro pode servir como instituição, instrumento, mas ele é mais do que isso. O grande erro nas resenhas críticas é não considerarem o público alvo. É tudo sobre eles. Por exemplo, nesse livro, o Ed, o outro protagonista, tem dislexia, que é quando a pessoa não consegue escrever, não porque ela não sabe, mas porque simplesmente não consegue. E ele é tão mal interpretado por isso! Então os docentes, os discentes, apenas pensam que ele não quer nada com a vida. É tão, tão ruim ver que esse livro tem uma média de avaliação tão baixa no Skoob (contraditório para os prêmios culturais que ele ganhou lá fora). Porque ele fala sobre um personagem marginalizado, especial, e que poderia ser qualquer um. Pessoas que carecem de inspiração não precisam de personagens perfeitos, precisam de um reflexo do que elas podem ser. Querem algo mais...

Mas ao contrário do que eu devo ter demonstrado, o livro é tão leve! A narração é tão poética, tem forma, tem cheiro e cor. Por um lado temos a Lucy com seus vidros, o Ed com seus grafites, o Leo com suas poesias. O drama nem existe de fato, ele é só um detalhe (o que não deixa o livro muito pesado); o foco mesmo é na aventura de uma noite quando esses três se encontram, aí junta as duas amigas da Lucy, com mais dois amigos do Ed (incluindo o Leo), e temos aí três casais envolvidos em uma noite muito bagunçada. É quando a gente descobre que Lucy e Ed já se conhecem! Sim, e tudo começa a ficar divertido, mais divertido a Lucy ficar comparando o tempo todo o Ed com o Sombra e ficar jogando isso na cara dele. Numa noite mesmo acontece tanta coisa. Lucy e Ed se unem para encontrarem o Sombra, enfrentam uma festa, a presença psicológica de uma ex-namorada, são perseguidos a noite toda por um bandido muito malvado, e quando finalmente são alcançados, eu fiquei muito, muito nervosa com o quanto nossos pombinhos estavam expostos ao perigo. E então tem o grande erro da noite, e essa foi a parte – e talvez da história dos livros – em que eu torci por um final que não fosse aquele.

"Enquanto a gente caminhava para o cinema, eu mencionei O Sol É para Todos. Ele fez um silêncio maior do que o silêncio que estávamos antes. E agarrou minha bunda.

— Merda — gritou ele quando lhe acertei uma cotovelada no rosto. — Merda, acho que você quebrou o meu nariz.
— Você não devia ter pegado na minha bunda. Não se faz isso num primeiro encontro. O Atticus Finch nunca faria isso.
— Você tem namorado e está saindo comigo? — berrou ele.
— Não!
— Então que porra de Atticus Finch é esse?
— É do livro que a gente está lendo na escola.
— E você vem falar de livros? Comigo aqui sangrando pela rua? Merda. Merda."

Esta resenha não tem pontos negativos a apresentar, apesar da possibilidade de algumas pessoas mais exigentes o acharem simples pela forma que é escrito ou pelo enredo. Mas vale considerar aquele efeito fixo que ele causa na gente e na sensação de estarmos assistindo a um filme Indie, e vale também dizer que não existe uma forma de arrepender de ler esse livro. De qualquer forma tenho certeza de que lhe servirá, seja como passatempo, pela história ou pelo casal - principalmente pelo casal. Escolhi justamente escrever essa resenha porque Graffiti Moon é uns dos meus livros favoritos, e estou indicando esse livro porque ele vale a pena ser lido. Porque ele tem algo a dizer.

Obs: E porque ele é super romântico.


site: http://estilhacandolivros.blogspot.com.br/2016/01/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html
Alana.Freitas 08/01/2016minha estante
ah, eu amei esee livro também!! *-*


Viviane L. 08/01/2016minha estante
ele é perfeitinho demais. Vi até sua resenha lá. Li a um bom tempo e só fiz resenha agora, mas nunca esqueci ele. *-*




Sara.Caitano 13/01/2023

Graffiti Moon é uma pintura
Como artista, esse livro tocou em pontos muito especiais do meu coração. Ele é direto e sensível.

Me sinto acolhida com a forma que a Lucy fala sobre sua paixão por livros e me identifico com a forma como tudo inspira arte e poesia para o Ed e Leo. Ele me preencheu de vontade de sair pintando artes surrealistas e tirar todo o peso que tem dentro de mim.

É um livro curto e perfeito para se ler após uma ressaca ou simplesmente para dar um respiro de um livro longo ou um dia estressante. A leitura voou.

É como na própria sinopse diz, esse livro é uma pintura.
Hellen.Lily 13/01/2023minha estante
Que lindas as suas palavras




Ana Luiza 24/10/2020

Uma noite pode mudar sua vida
📚 A HISTÓRIA⠀

Lucy só tem um desejo para sua última noite de ensino médio. Ela quer encontrar Sombra, o misterioso graffiteiro cujas obras colorem e encantam muros por toda a cidade.⠀

Lucy tem certeza que Sombra é como ela, sensível, apaixonando por arte e romântico. Na cabeça da garota, eles são o casal perfeito e ela está determinada a encontrá-lo.⠀

Mas tudo que Ed não quer é que saibam que ele é o Sombra. Até porque ele tem maiores preocupações atualmente. Desempregado, com o aluguel perto de vencer e ainda de luto por seu amigo e mentor, Ed está prestes a cometer um crime.⠀

Ele pode ser um artista atormentado, mas não do jeito romântico que Lucy espera. E Ed sabe que ela vai se decepcionar com Sombra como se decepciou com ele no passado.⠀

Os caminhos de Lucy e Ed se cruzam na noite que é o começo do resto da vida dela e o fim das esperanças dele. Com seu mundo prestes a ruir, Ed aceita ajudar Lucy a encontrar o Sombra. Será que ela vai perceber que ele já está na frente dela? E Ed será capaz de confiar em Lucy novamente?⠀

📚 VALE A PENA?⠀

"Graffiti Moon" é um romance arrebatador. Mais que uma história de amor adolescente, encontramos aqui um drama sobre primeiros amores e decepções, futuros incertos e medos que angustiam algumas pessoas tão jovens. ⠀

Além disso, é um livro banhando em arte e que nos intriga com detalhes sobre graffite e arte em vidro. Realista, a narrativa também é engraçada e rápida de ler.⠀

Os personagens são fofos, cheios de personalidade e humanos, com quais nos identificamos com facilidade. Eu amei "Graffiti Moon" da primeira a última página, me emocionando bastante a cada capítulo. ⠀

É uma leitura excelente, que já estou com vontade de repetir e que recomendo bastante.

LEIA A RESENHA COMPLETA E VEJA FOTOS DO LIVRO NO BLOG:

site: https://www.mademoisellelovesbooks.com/2020/10/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html
LuaTeresa 01/07/2022minha estante
Desculpa a pergunta mas pode me dizer se tem hot? Não gosto




dzlorean 14/04/2024

Depois de (atenção:) um MÊS e um pouquinho eu consegui terminar essa história de uma única noite que, honestamente, bem dramática e pedante em alguns momentos.
Aquele romance água com açúcar meio filosófico e com frases pra legenda de foto, etc, etc...
Num filme, ficaria uma graça.
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Brunna 05/05/2014

Tem adrenalina, humor, tristeza, sensibilidade e romance
Dois artistas fazem os muros da cidade onde Lucy mora ficarem mais bonitos, cheios de grafites e poemas. Sombra faz os incríveis desenhos e Poeta os completa com seus lindos poemas. Lucy é apaixonada pela arte dos dois. Na verdade, ela é completamente fissurada pelo misterioso Sombra, e há bastante tempo está querendo saber a identidade do responsável pelas belíssimas imagens. Lucy sonha com o dia em que ela encontrará Sombra: os dois conversarão sobre arte e então ela poderá comprovar que sempre esteve certa a respeito da personalidade do artista - ele é um rapaz inteligente e sensível.
Para encerrar oficialmente o ensino médio e compensar um ano de estudo pesado, Lucy encontrará suas amigas, Jazz e Daisy, para poderem virar a noite e se jogarem em uma aventura. Bom, essa é a intenção de Jazz, Lucy apenas a acompanhará. Quão grande é a surpresa de Lucy quando a noite dela realmente se torna uma aventura, e melhor: uma aventura a procura de Sombra! A única coisa que a garota não esperava é que essa busca pelo genial grafiteiro aconteceria ao lado de Ed, o cara com quem Lucy teve o encontro mais estranho da sua vida, que, aliás, terminou com um nariz quebrado e muito vômito. A adolescente não consegue ver o que está bem ao seu lado e terá outra grande surpresa.
Lucy é admiradora de boas artes, sabe o que quer e não leva desaforo para casa. É sonhadora e apaixonada por personagens fictícios ♥, ainda assim tem os pés no chão. Como não se identificar? Ed é enigmático e cheio de camadas. Ele largou a escola, está desempregado e prestes a roubar o departamento de artes da escola onde estudava. Com certeza Ed não é o Sombra dos sonhos de Lucy, e isso o impede de dizer a verdade para ela. Sim, Sombra na verdade é Ed (e isso não é spoiler), mas como gostar de um cara sem futuro, que vive correndo perigo e que é o oposto do esperado?
Graffiti Moon é narrado em primeira pessoa por três personagens diferentes: Lucy, Ed e Poeta. Os dois primeiros são tão sensíveis que a intensidade de seus sentimentos pode ser percebida logo nas primeiras palavras. É ótimo acompanhar os pensamentos e fantasmas dos dois. Os capítulos do Poeta são escritos em poemas mesmo, e eu não gostei deles. Não sei se foi porque, pelo fato de terem sido traduzidos (lógico!), acabaram perdendo a essência, ou porque eu nunca fui muito chegada a esse tipo de arte. Outro detalhe que não gostei na narrativa é o excesso de flashbacks. Exemplo pensado em dois segundos: Lucy está tomando sorvete e então ela começa a se lembrar do dia em que tomou sorvete com o pai e caiu um pouco da guloseima no tapete da sala. A enorme quantidade desse tipo de cena me incomodou demais.
O livro acontece em menos de 24 horas, no entanto, esse pouco tempo é recheado de adrenalina, humor, tristeza, sensibilidade e romance. Sem perceberem, Lucy e Ed vão abrindo espaço e se desarmando, a conversa entre dois torna-se uma libertação para ambos, e quando se dão conta eles já se aproximaram bem mais do que podiam imaginar.
A leitura é bem rapidinha e amei acompanhar as conversas e sentimentos dos personagens, os dramas internos e as passagens delicadas. A história é muito fofa e eu fui completamente envolvida pela relação da Lucy e do Ed, torci demais para que tudo desse certo no final, pois eles mereciam isso. Recomendo!

site: http://www.myfavoritebook-mfb.blogspot.com.br/2014/04/resenha-graffiti-moon.html
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The Serial Reader 05/05/2014

Amei como um cavalo desabando <3
"- A gente devia amar como um cavalo desabando (...)"

Lucy ama as pinturas do Sombra - um grafiteiro de identidade desconhecida, que faz obras maravilhosas pelos muros da cidade. Sombra faz o graffiti e o Poeta as poesias. Sempre perambulando pela cidade, Lucy tenta encontrar o Sombra, esse artista que tanto No último dia do Ensino Médio, Lucy decide mais uma vez, sair pela noite, tentando encontrar o Sombra, e acaba presa nessa busca com Ed, um garoto que largou a escolha há alguns anos, e que não tem um passado muito, digamos, amigável, com a Lucy. Nessa busca pelo Sombra, Lucy acaba descobrindo muito mais do que imagina, e vivendo uma noite que jamais vai esquecer.

"Quero me chocar com o Sombra. Deixar que a força desse impacto espalhe nossos pensamentos, para que um capture o pensamento do outro e o devolva como um punhado de pedrinhas brilhantes."
Graffiti Moon é um livro YA Coming of age, ou seja, é um livro classificado como Young Adult (voltado para um público de jovens adultos), que aborda o crescimento, amadurecimento, a ruptura com a infância e adolescência (o coming of age). É um dos melhores livros que já li desse gênero, e me marcou muito. O livro se passa em pouco menos de um dia - entre a noite de formatura de Lucy, e a manhã do dia seguinte - e contém uma carga muito grande de coming of age. Lucy termina o Ensino Médio, e como todos os jovens dessa fase, está incerta em relação à muitas coisas em sua vida, mas ela sabe com clareza com o que quer trabalhar: vidro. Lucy é uma artista de vidro, e aprecia toda forma de arte: literatura, pintura, arte no vidro e também o grafite. Há algum tempo, ela passou a admirar os grafites do Sombra, e consegue enxergar neles uma profundidade muito grande, e se identifica com muito do que ele pinta. Este sentimento se torna tão grande, que ela fica obcecada em encontrar o Sombra. Este sentimento se torna tão grande, que ela fica obcecada em encontrar o Sombra.

O Ed é um personagem que está um pouco perdido. Abandonou a escola, não sabe o que quer fazer, não tem ambições ou realizações que deseja buscar... não consegue enxergar nada no seu futuro. Trabalhava em uma loja de tintas, mas após a morte do proprietário da loja, uma das únicas pessoas com quem ele se sentia à vontade, que lhe passava a sensação de quem nem tudo estava perdido, tudo fica pior. Ele mora com a mãe em lugares pequenos e nada agradáveis, sempre contando as moedas para se sustentarem, mas ambos parecem não desejar saírem dali, daquele lugar e daquela situação. Estão parados, e a inércia os faz permanecer naquela situação, acomodados com as condições atuais.


A noite da formatura - em que Lucy e Ed saem a procura do Sombra - acaba sendo repleta de acontecimentos inesperados para todos: ela, Ed, Leo, Jazz, Daisy e Dylan. No livro acompanhamos essa noite deles, mais focada em Lucy e Ed, mas também abordando os outros personagens. É uma timeline curta, mas a autora conseguiu criar algo maravilhoso que se passa nesse curto período de tempo.

"Hoje ele joga nas nuvens, num esfumado, a palavra Paz, com letras sombreadas e onduladas. Engraçado como dois caras podem olhar para o mesmo grafite e ver coisas diferentes. Eu não vejo paz quando olho para esse pássaro. Vejo o meu futuro. Espero que ele só esteja dormindo."
Graffiti Moon não é um livro com muitos acontecimentos - é um coming of age focado no desenvolvimento de personagens. No decorrer do livro, percebemos mudanças em cada personagem, de uma forma tão sutil e bonita, que me tocou muito. A escrita de Cath é belíssima, poética! Ela tem a habilidade de criar frases simples, curtas e repletas de significados, que me lembrou o estilo John Green de criar frases impactantes. Uma história simples, que se passa em tão pouco tempo, em menos de 300 páginas... com uma profundidade tão grande! As cenas são marcantes, os diálogos são incríveis e muito inteligentes! Me surpreendi muito com o livro, e quando acabou queria ler novamente, queria ter mais cinquenta livros como este para ler e ler e ler sem parar. A leitura foi deliciosa, rápida e maravilhosa.

"Pintei um fantasma preso numa garrafa. Dei um passo para trás, para olhar o fantasma, e percebi que o triste não era que ele estava ficando sem ar. O triste era ele ter ar suficiente para a vida toda naquele espaço tão pequeno."

O livro é repleto de conteúdo sobre arte, principalmente arte australiana. O Persnickety Snark fez um post com algumas das obras citadas no livro, caso queira conhecê-las, basta clicar aqui. Recomendo esta leitura à quem goste de YA, Coming of age, livros sobre amadurecimento, com desenvolvimento de personagens, romance. Uma história linda, suave, e repleta de conteúdo sobre arte. Definitivamente preciso de mais livros da Cath Crowley! A edição e tradução da Editora Valentina ficaram impecáveis, como sempre.

PS: A autora, Cath Crowley, é australiana, e isso me levou a pensar que todos os livros de autores australianos que li, foram leituras incríveis. Se alguém tiver alguma sugestão de livros de autores australianos, por favor, deixe nos comentários.

5/5

Love always,
Francielle

site: http://www.theserialreader.com/2014/05/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html
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Fernanda 12/05/2014

Resenha: Graffiti Moon
Resenha: A edição de “Graffiti Moon” publicada pela Editora Valentina não poderia ter mais destaque, com características suaves, simbólicas e representando todas as emoções centrais do enredo. A narração é tão envolvente que passa diversas sensações ao leitor, seja de entendimento, por identificar-se com algo ou apenas diversão.

A trama expõe as complexidades e energias dos artistas de forma sutil e agradável, viabilizando cenas profundas e repletas de arte, desde o grafite, poemas até outras formas variadas. A personagem Lucy se encanta pelas realizações artísticas de duas pessoas, e está determinada a encontrar o emblemático “Sombra”. O Sombra, com seus desenhos numerosos e o Poeta, com suas belas palavras se complementam de uma forma mágica.



CONFIRA A RESENHA COMPLETA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2014/05/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html
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ricardo_22 13/05/2014

Resenha para o blog Over Shock
Graffiti Moon, Cath Crowley, tradução de Marina Slade, 1ª edição, Rio de Janeiro-RJ: Valentina, 2014, 240 páginas.

O fim da vida escolar é mais do que um bom motivo para comemoração e a melhor maneira de se fazer isso é passar a noite em uma grande aventura. Lucy quer finalmente encontrar o grafiteiro Sombra, que deixou sua marca espalhada por toda a cidade e que ela, depois de se encantar por seus trabalhos, quer ter a chance de conhecer quem transforma a escuridão das ruas em paisagens coloridas.

Lucy só não deseja buscar por Sombra ao lado de Ed, o cara que tem evitado desde o fatídico encontro em que ela acabou dando um soco no nariz do garoto. Mas quando Ed diz saber onde pode encontrar Sombra, que faz seus trabalhos ao lado de Poeta, ela acaba aceitando a ideia e passa a se aventurar em busca da arte do grafiteiro e de quem sabe um grande amor para ao menos essa noite de comemoração.

“Senti saudade depois que ele foi embora. Quer dizer, o que eu sentia por ele não morreu porque ele pegou na minha bunda. No fim de semana depois do nosso encontro, fiquei desejando esfaqueá-lo com a minha caneta de patinho, e de olho no telefone, torcendo para ele ligar. Ficar com alguém é bem complicado” (pág. 51).
Graffiti Moon é um livro diferente e que ainda assim consegue surpreender. Surpreende por possuir o que o leitor pode ou não esperar, mas surpreende ainda mais por proporcionar um misto de emoções. Sendo mais que um romance adolescente, Graffiti Moon aborda momentos da vida urbana de uma única noite.

Além de sua edição tão bela e repleta de referências a arte urbana, o livro conquista por falar tão detalhadamente sobre a visão de artistas em relação a vida. Para isso, Cath Crowley explora três personagens bem distintos e que têm muito que passar aos leitores. Sozinhos, Lucy, Ed e Poeta seriam capazes de conduzir qualquer história criada pela autora, independente dos rumos tomados, já que suas personalidades são únicas.

Mas o principal ponto positivo está justamente no estilo escolhido pela autora para unir as três visões em uma única obra. Intercalando os capítulos, Crowley leva o leitor a conhecer os mais profundos sentimentos do trio. Conhecemos também o tom sentimental que Poeta retrata, apenas através de poemas, o que tem passado ao longo da história. Poucas vezes narrativas tão diferentes, unindo prosa e versos, se completaram tão perfeitamente.

Além disso, Graffiti Moon não é o tipo de história que facilmente se perde ao longo de seu enredo. Apesar de tantas situações para uma única noite, tudo é envolvente e está totalmente relacionado com o futuro desfecho que será apresentado ao leitor. Como exemplo dá para citar que tanto a festa inicial, como a busca pelo Sombra têm como aliados os diálogos e as reflexões marcantes. Tudo com humor, alegria, tristeza e aventuras pela noite.

site: http://www.overshockblog.com.br/2014/05/resenha-241-graffiti-moon.html
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Literatura 20/05/2014

Arte em palavras
Riscos clandestinos coloridos entre as paredes, palavras soltas pela cidade, pinturas abstratas marcadas pelas ruas. Este é o universo que Lucy, ao se libertar do ambiente escolar, mergulha com Ed – à contragosto - em em uma noite como nenhuma outra. Com cores fortes, abstratas e marcantes é que Cath Crowley criou o seu Graffiti Moon (Valentina, 240 páginas) . Pelas ruas grafitadas pelas tintas do Sombra e poesias urbanas do seu fiel escudeiro Poeta, Lucy dá o primeiro passo em direção ao autodescobrimento. Tentando esquecer o suposto divórcio dos pais, ela resolve aceitar o convite do carinha bonito da escola – cujo primeira tentativa de encontro deles terminou com o nariz quebrado do rapaz – para descobrir a verdadeira identidade do artista que transforma o cenário urbano a volta deles.

O Sombra é mais que uma figura real. É quase um objetivo a ser alcançado. Como se quando cruzasse os olhos naquele rapaz capaz de compor tanta beleza pudesse encontrar o amor e a cura dos males que a inocência da juventude povoa nossa alma. E nessa levada, sonora e leve, prosa em poesia, que o texto se desenrola. Percorremos uma galeria de arte em letras, vendo não só o ponto de vista de Lucy, mas do próprio Sombra e de Ed. Os personagens, que muita gente pode achar superficiais, se desvendam em camadas, desnudam-se, criam força e delicadeza com precisão. Tudo sim sem textos difíceis ou conceituais. Na realidade, com uma jovialidade tão maravilhosa e refrescante quanto esses jovens de 17 anos que compõe a obra.

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenha-graffiti-moon-arte-em-palavras/#.U3vlrPldWAU
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ELB 31/05/2014

Every Little Book
O Young adult Graffiti Moon conta a história de Lucy e Ed, dois adolescentes sonhadores que buscam as mesmas coisas na vida: ser feliz. Cada um com seus problemas e obstáculos, mas com o objetivo em comum de apreciar a beleza da arte.

Lucy é uma adolescente de 16 anos que acaba de completar o ensino médio. Vive com seus pais, ambos artistas (o pai é um comediante e a mãe é escritora). Ela respira arte todos os dias, vê significado nas coisas mais simples, ama trabalhar com vidro e sonha com o seu príncipe encantado.

(...) Leia mais no blog!

Resenha feita pela Luiza, postada no ELB!

site: http://www.everylittlebook.com.br/2014/05/resenha-graffiti-moon.html?showComment=1401556508653#c1645491431062154199
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Rafa 03/06/2014

Resenha - Graffiti Moon - Cath Crowley
Arte!

Esta é uma palavra que define perfeitamente Graffiti Moon.

Comecei a ler este livro todo empolgado, já nas primeiras páginas pude verificar que os personagens são bem marcantes e tem um linguajar bem envolvente, partindo deste princípio gostei, uma poesia difícil de se encontrar nos romances juvenis de hoje em dia.

É noite, fim do período escolar e Lucy está totalmente desesperada para conhecer Sombra, um grafiteiro apaixonado pela arte. É muito excitante ver Lucy superinteressada pelas obras de Sombra, algo que só é bem entendido quando se sabe o significado das imagens noturnas feitas pelo Sombra. De alguma maneira Lucy conhece bem as pinturas e o reconhece assim que vê um.

Ed já levara um soco de Lucy outrora (parece marrenta, eu sei), mas para mim ela é super fofa e uma garota normal, mesmo assim Ed ajuda Lucy a encontrar o Sombra, aliás ele e seu "amigo" Leo diz conhecer os artistas que ela sonha todo dia em conhecer, especialmente o Sombra. Lucy encara o desafio como uma aventura noturna a procura de sua paixão. O leitor vai ficar irritado, agonizando para que a personagem principal abra seus olhos, porque quando verdades são reveladas dificilmente o leitor se safará de sofrer com suas emoções, juntando a isso a poesia tomada pelo Poeta tornará ainda mais fadado a amar esta história.

Este romance não foi feito apenas para jovens leitores se divertirem, Graffiti Moon consiste em surpreender e entreter, foi o que aconteceu comigo, me emocionei com Lucy, confesso que fiquei confuso algumas vezes com seus sentimentos, mas Crowley soube explorar bem seus personagens, denotando suas essências.

A capa com o relevo do título é realmente uma arte linda, a moça retratada como a personagem Lucy tão bela, se assim posso dizer maravilhosa, gotas de tintas espalhadas pelos capítulos, a intercalação das vozes dos personagens é um fator que me agradou, ainda melhor, os pontos de vista me fizeram ver a noite de várias formas: o vidro nas mãos de Lucy, o Sombra desenvolvendo sua arte e o Poeta complementando a obra do Sombra. Achei a obra totalmente tocante!

É possível que se você ainda não ame a arte, comece a apreciá-la de verdade depois de ler esta arte. Um livro apaixonante que vai te surpreender. Não só recomendo para os leitores juvenis, mas a todos os apaixonados pela arte.

site: http://www.leiturasvivas.com/2014/06/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html
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Núbia Esther 20/06/2014

“Quase sempre, quando observo os trabalhos do Sombra e do Poeta, vejo algo diferente do que as palavras me dizem. É disso que gosto na arte, o que você vê às vezes diz mais sobre quem você é do que sobre o que está na parede. Olho para o grafite e penso que todo mundo guarda algum segredo, algo adormecido, como esse pássaro amarelo. ” página 24.

Acho algumas artes com grafite muito bonitas, entretanto sou totalmente contra a cultura do vandalismo cultuada por muitos. Pintar áreas não destinadas para essa atividade, modificar à revelia bens públicos e privados, pior que isso só o que é feito pelos adeptos das pichações, que além de contribuírem para sujar as cidades, não respeitam nem os trabalhos alheios, distribuindo rabiscos sem sentido como se só isso importasse. Talvez a adrenalina de trabalhar sob o risco de ser pego seja uma busca inevitável para alguns (como o Poeta bem exemplifica em uma passagem), mas acho que assim perde-se o foco no que realmente é importante: a arte. Tendo isso em mente, sabia que era bom começar a leitura de Graffiti Moon sem esperar muito da história, afinal, havia o risco de nem mesmo rolar empatia com o personagem principal. Afinal, tinha todo esse lado da ilegalidade da arte com grafite que era impossível relevar. Mas a narrativa da Crowley é cativante e com uma história envolvente e ótimos personagens, ela conseguiu superar essa barreira e no fim, me vi acompanhando avidamente as aventuras de Lucy e Ed.

Sombra é o cara que pinta pássaros presos em muros de tijolos, pessoas perdidas em florestas fantasmas, caras com corações feitos de grama e sendo podados por garotas empurrando cortadores de grama. Um artista pelo qual Lucy Dervish poderia se apaixonar. E um encontro na noite de formatura do ensino médio colocará Sombra e Poeta no radar desse grupo de amigos reunidos à força por Jazz em um encontro triplo. Daisy e Dylan e sua falta de romance no namoro, Jazz e Leo e a paquera eminente e Ed e Lucy. Com Ed, Lucy teve o primeiro encontro mais esquisito de sua vida, um encontro que terminou com um nariz quebrado. O nariz do Ed. É Jazz que também decide que todos devem partir em busca do Sombra e do Poeta, e quando ela descobre que Leo e Ed conhecem os artistas misteriosos, a busca está armada. Mas, é claro que em meio à festa, encontros com pessoas barra pesada e um plano que além de ter tudo para dar errado não é nada ético, a busca que começou em grupo, acaba virando uma busca de Lucy e Ed. A última pessoa com quem Lucy queria passar a noite, mas que guarda uma verdade que Lucy não consegue enxergar. Pinturas espalhadas por toda a cidade, diálogos eloquentes e a revelação da alma artística desses dois adolescentes são só alguns dos pontos altos da trama criada por Crowley.

Os narradores efetivos dessa história são Ed e Lucy, Leo (o Poeta, que cria palavras para as imagens de Sombra) colabora com poemas que entremeiam alguns capítulos. E com protagonistas que vivem no mundo das imagens, seja Ed e suas pinturas e a busca incessante pelos tons certos de tintas, ou Lucy e seus trabalhos em vidro, a história de Crowley transborda simbolismos. A narrativa é imagética, transformando o romance em uma experiência quase sinestésica. Além disso, o texto flui. A aventura de Lucy e Ed foi de apenas uma noite (ou melhor, uma madrugada), mas foi tão repleta de detalhes que é como se conhecêssemos os personagens de tempos idos, seus medos, anseios, sonhos. Conseguir isso em um romance curto é um motivo mais do que válido para dar uma chance a história. É como bem dito por Melina Marchetta na capa traseira da edição brasileira: “(…) somente uma noite louca na companhia deles é pouco, muito pouco. ”

[Blablabla Aleatório]

site: http://blablablaaleatorio.com/2014/06/17/graffiti-moon-cath-crowley/
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Camille 13/08/2014

Diferente do que eu imaginava. - Beletristas.com
Sinceramente, seria difícil Graffiti Moon não ser diferente. Primeiro imaginei algo para o romântico, super fofo, mas com arte no meio. Fui perguntar para uma amiga o final do casal e a resposta (insistente) foi que o livro não era sobre isso.

Então esperei algo absolutamente filosófico. Quando comecei a ler, achei um pouco dos dois, um tanto de arte e uma escrita que eu descreveria como "empolgante", ainda que não seja exatamente isso.

Por sinal, estou tendo dificuldades para entender sobre o que o livro é na visão dessa amiga, a Fran. Para mim, a história que começa com Lucy, uma garota que está no ensino médio, parece um pouco como todas as outras.

Isso porque: ela está no ensino médio, ela foi apaixonada por um cara gato e ela é boa com arte. Só não esperava que sua arte fosse com vidros, seus pais tivessem uma rotina do jeito que tem e que ela tivesse a personalidade forte que tem.

Eu imaginei que ele fosse fazer o estilo bad boy, ainda que artista. Mas definitivamente não pensava que ele fosse do jeito que é - e paro por aqui porque qualquer coisa sobre ele pode estragar a graça.

Poeta e Sombra são incríveis. Foi inevitável simpatizar com eles. As amigas de Lucy também merecem destaque, a personalidade delas chamou minha atenção, fez-me rir e deu um ar leve a história.

Não que Graffiti Moon vá muito para o ar filosófico. Achei um tanto introspectivo e, como todo livro assim, acredito que tudo funciona muito mais a partir da experiência das pessoas. Digo, a Fran provavelmente percebeu coisas que eu não notei e vice-versa.

Entretanto, se você me perguntar rapidamente: e aí? Vale comprar o livro? Respondo com um sorriso no rosto que sim, vale. Por quê? Porque Cath Crowley consegue nos prender a atenção e mal sentimos as páginas passando.

Você vai se apegar ao Poeta e ao Sombra. Mas não só a eles. Tem Bert, por quem é impossível não se apaixonar (e, se me permitem, para mim foi o melhor de toda a narrativa). Jazz e Daisy, cujo namorado não poderia ser mais relapso. Até mesmo a mãe de Ed encanta, nas poucas vezes em que aparece.

É uma história cujos detalhes, as entrelinhas, são importantes. E eles vão sim ter um significado especial para cada leitor. Um livro que consegue fazer isso, definitivamente merece destaque.
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Livy 07/09/2014

Cheio de poesia...
Graffiti Moon da autora australiana Cath Crowley, me deixou curiosa. Desde que vi que a Editora Valentina iria lançar o livro, me vi ansiosa para conferir se seria tão bacana quanto parecia. A premissa me me pareceu muito interessante, e foi quando concluí a leitura que vi que o livro é bem mais fofo do que imaginava, não esperava por isso.

Conhecemos, em capítulos alternados, Lucy e Ed. O livro se passa em primeira pessoa, alternando entre ambos. O interessante é que a história do livro se passa totalmente em apenas uma única noite. O ensino médio já terminou e esta noite Lucy vai sair com sua amiga Jazz e a recente amiga Daisy, e virar a noite se divertindo. Elas estão em um lugar para comer, e Jazz, que tem um quê de vidente, anuncia que os próximos garotos que entrarem pela porta são os garotos com quem as três amigas irão ficar naquela noite. Lucy que não gosta muito de se envolver com qualquer garoto, não gosta muito da ideia. E para sua surpresa entram realmente três rapazes na lanchonete: Ed, Leo e Dylan.

Entre Leo e Jazz surge uma química imediata; e Daisy e Dylan têm a chance de se entender, já que são namorados mas estão meio brigados. O problema é com a Lucy: ela conhece o Ed e não tem uma lembrança muito boa dele, assim como ele dela. Más impressões, alguns enganos aqui e ali.

Mas para Lucy nada disso importa. Ela não quer saber se terá que aguentar Ed a noite inteira, pois tudo o que ela realmente quer é conhecer o famoso artista grafiteiro Sombra. O misterioso artista espalha pelos muros e paredes da cidade sua arte que, Lucy entende, transborda de emoções e sentimentos. Ela tem uma paixão pelo misterioso Sombra e sua arte, e acredita até mesmo estar apaixonada. Como ela tem uma alma artística, ela sabe que Sombra é incrível e muito inteligente. Sonha em conhecê-lo e, quem sabe, ter um romance com ele (é inacreditável). E quando ela descobre que os rapazes conhecem o misterioso artista, ela então parte junto a Ed, em um tour dos trabalhos dele, em busca do sonho de Lucy.

Enfim, não vou contar muito os detalhes da história porque acabarei contando o livro inteiro. Graffiti Moon tem uma história simples, que basicamente é a aventura de Lucy e Ed noite a dentro à procura do Sombra. Não somente Lucy e Ed tem sua aventura, mas todos os personagens do livro têm seus assuntos pendentes e problemas para resolver, tanto com o passado, quanto com o presente. O que é legal é que, ao fim da noite, com o raiar de um novo dia, todos acabam encontrando seu caminho, e se encontrando de alguma forma.

O que gostei muito no livro é que a vida que Cath Crowley retrata é muito real. Os personagens (nenhum deles) não tem uma vida perfeita. Lucy mora com os pais, mas eles não moram exatamente juntos. Ela ama mexer com sua arte em vidro e é fascinada por arte. Ed mora com a mãe, que batalha para sustentar o lar, já que o pai os abandonou. Ed é um cara sofrido, que deixa aflorar sua dor e tudo aquilo que pensa ou sente de uma forma muito bonita. E ele tem dificuldade em ler, não consegue se concentrar nas palavras, e por isso teve dificuldades na escola e a abandonou antes de concluí-la (no livro não fica claro o porque de sua dificuldade, mas eu realmente creio que com um pouco mais de conhecimento, o que não foi o caso no livro, ele poderia ter tido ajuda, já que parece sofrer de dislexia), mas é muito inteligente. Leo é um cara sensível que adora escrever poesias, mas teve uma vida bem difícil. Com pais brigando o tempo todo, com bebida envolvida, ele os larga e vai viver com a avó, que supre sua necessidade de carinho.

Nenhum dos personagens é perfeito, ou tem uma vida maravilhosa, mas o que achei bacana é que nenhum deles se rende ao crime, à bebidas ou outros meios de "fugir" da realidade. Eles não enfrentam situações fáceis, mas vivem. De longe meu personagem preferido é o Ed. Eu adorei o modo como ele se expressa, como ele é tão verdadeiro e simples. Já com Lucy me irritei muito. Logo de cara achei a obsessão dela pelo Sombra muito exagerada. Em muitos momentos ela chega a desprezar o Ed, ou qualquer envolvimento com outros rapazes, pelo simples fato de nenhum deles ser tão bom, ou tão inteligente, ou não amar tanto arte quanto o Sombra. Achei ela um pouco preconceituosa neste sentido, afinal, se ela não dá espaço para conhecer ninguém realmente, como pode julgar desta forma? Além de que uma pessoa sensível como ela me irritou muito com seus mimimis.

Por outro lado, tenho que confessar que até o fim da noite ela acaba dando uma trégua e aprendendo a enxergar o que realmente importa. Percebe que o que ela acha ser perfeito não é realmente tão ideal. E entende que, muitas vezes, o que mais vale a pena está ao alcance de nossas mãos, não em uma ilusão. No fim achei mega fofo o romance de Ed e Lucy, suas descobertas, seus anseios e sonhos.

O que mais gostei no livro, na verdade, é a expressão dos sentimentos através da arte. Ao decorrer de todo o livro, é como se eu pudesse respirar toda esta arte, como se pudesse ver com o coração tudo o que os personagens estão vendo e sentindo também. Gostei do modo como a arte toma contornos e formas abstratas, junto aos sentimentos dos personagens, e como cada expressão tem seu significado e seu peso. Em muitos momentos me senti maravilhada com os pensamentos de Ed ou Lucy, e tudo isso através do amor pela arte, quase como uma poesia. E eu cheguei à conclusão de que gostei muito da narrativa de Cath Crowley, pois eu gosto muito quando o autor sabe explorar bem os sentimentos e pensamentos dos personagens, e foi o que ela fez.

Graffiti Moon é um livro, em suma, bem fofo. Não tem uma super história, em muitos momentos chegou a ser até bem simples, mas é bacana justamente por esta simplicidade. Apesar de alguns poréns no livro, e apesar de não ser um dos meus preferidos, me proporcionou uma leitura agradável e rápida, e me senti bem ao terminar a leitura, pois o fim é muito amor.

site: Confira mais resenhas: http://nomundodoslivros.com
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