Dreeh Leal | @dreehleal 28/03/2018Esperava amar, mas nem consegui terminarLucy é uma amante a arte. Ela faz esculturas de vidro, mas seu amor platônico é por um grafiteiro que ela nem ao menos conhece a identidade. A arte de Sombra está espalhada pelas ruas da cidade, e ela sempre se encantou com a profundidade que ele expõe naqueles desenhos. Quando o ensino médio finalmente termina, ela sabe que deve comemorar de uma maneira inesquecível e encontrar o grafiteiro é seu principal objetivo, porém ela acaba a noite presa ao Ed.
Lucy inicia a noite comemorando com suas amigas, que tem planos melhores que o dela para aquela noite. Quando as visões de Jazz, indicam que o alvo de sua procura está no trio de garotos que acabaram de encontrar, ela se vê frustrada e presa a companhia de Ed. Os dois e conhecem a algum tempo e dois anos antes tiveram o primeiro encontro mais estranho da vida, que terminou com Lucy quebrando o nariz de Ed.
Mas inesperadamente os rapazes acabam salvando sua noite quando dizem saber onde Sombra e Poeta, seu fiel escudeiro, se escondem. A caçada se inicia, mas Lucy acabará descobrindo muito mais nessa noite do que a identidade dos artistas.
Gaffiti Moon é um livro que me atraia a algum tempo. Foi apresentada melhor a ele na retrospectiva da Editora Valentia uns três anos atrás e desde então só estava esperando uma boa oportunidade para ler. Não procurei nenhum resenha durante esse período, mas tinha altas expectativas com a história. Ele chegou pouco antes do casamento e mesmo enrolada, iniciei a leitura, mas não consegui engrenar. Depois que passou a correria peguei para lê-lo mais uma vez e novamente não avancei muito. Preciso dizer o quão frustrante é não conseguir finalizar uma leitura de pouco pais de duzentas páginas.
Se vocês me perguntarem o porque não me prendo a história, eu não saberia responder. Cath Crowley não criou uma história complexa ou cheia de mistérios. Com a narração feita de forma alternada entre Lucy e Ed, logo sabemos quem é o sombra e a história se concentra mais na aventura da noite e no desenrolar de pequenas tramas paralelas. A vida de Ed, por exemplo, está longe de ser tranquila.
Ed trocou os estudos pelo trabalho para ajudar a mãe com as despesas de casa, mas desde a morte do seu chefe, a quem ele também considerava um pai, ele passou a fazer pequenos furtos. Ele nunca foi pego por nenhum de seus delitos, mas se colocar em prática seu plano com Leo, estará prestes a se enrolar seriamente com a polícia. Leo é o cara dos poemas nada ortodoxos que acompanham a arte de sombra e preenchem algumas páginas desse livro. Um cara que faz tudo pelo amor, até se arriscar com a polícia.
Há alguns outro personagens, mas a verdade é que não foi cativada por nenhum deles. Exceto por Ed. Eu queria muito conhecer mais sobre sua história, a forma como ele iria solucionar os seus problemas. Inclusive aquela noite que se iniciou com uma buscaria por ele mesmo, mas que precisaria terminar com o confronto de seus sentimentos.
A história possui capítulos curtos e, como eu disse, possui pouco mais de duzentas páginas. A diagramação é confortável, com algumas gotas de tinta espalhadas ao longo das páginas. Nossa capa é uma das versões mais bonitas que encontrei. É mais conceitual, tem traços de grafite e combinam demais com a história.
Graffiti Moon fala sobre sentimentos, laços e arte. Não consigo definir o que me impediu de avançar de forma satisfatória nessa leitura, mas não desencorajo sua leitura. Leiam e se encantem por mim!
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http://www.maisquelivros.com/2017/12/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html