A Menina Submersa: Memórias

A Menina Submersa: Memórias Caitlín R. Kiernan




Resenhas - A Menina Submersa


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Raquel Moritz 18/06/2014

Mergulhando num mar psicológico
A Menina Submersa: Memórias é um livro dentro de um livro. Imp, nossa narradora de vinte e poucos anos sofre de esquizofrenia desorganizada, assim como sua mãe e avó e não é uma fonte muito confiável para os acontecimentos que serão narrados. Mas é a única que temos.

Depois de chegar na última frase da última página, e ultrapassar (quase) todas as camadas da história, fiquei convencida do elogio sincero de Neil Gaiman para a obra de Caitlín: ela escreve como poucos. Ela escreve um terror que desafia sua lógica e seus conhecimentos de qualquer estrutura narrativa. Ela avança no futuro da história, retrocede no passado de sua personagem e, por vezes, mostra uma dica do que está acontecendo no presente. Ou não. Às vezes é apenas imaginação da Imp. Efeito colateral de uma mente perturbada.

Lugares assustadores podem existir no seu subconsciente. Dizer que o livro é intenso é pouco. É denso, tenso, psicológico, confuso, diferente, surreal. Não é engraçado, não é romântico, mas é sincero e tem uma história de amor. Não é o foco, mas é um baita background.

Espero que gostem da aventura. Eu adorei.

site: http://pipocamusical.com.br/2014/06/17/resenha-a-menina-submersa-caitlin-kiernan/
Beth_lol 22/12/2015minha estante
Amei a resenha e seu blog é sensacional. :)


Vivi 19/04/2016minha estante
Acabei de incluir na mesta deste ano :)


Jéssica Rodovalho 26/06/2019minha estante
Eu odiei esse livro, terminei ele na força do ódio. Até hoje não entendi o propósito da Eva Canning no livro. Muito confuso, só a edição que é bonita


Carols 28/08/2020minha estante
traduziu bem o livro, mto bom.


Nando Borges 25/12/2020minha estante
Pq vc parou com o canal?


Lucca38 26/11/2022minha estante
amo essas resenhas, são extremamente úteis, obr moça


Cream cheese 10/01/2023minha estante
Amei a resenha !! :)


Rafa Sotirakis 16/05/2023minha estante
Esse livro.. foi uma das maiores torturas literárias que eu já li. Do meio pro final eu comecei a fazer leitura dinâmica pq eu não suportava mais. Se não tivesse virado questão de honra acabar o livro eu já tinha desistido.


Perséfone 05/01/2024minha estante
Amei esse livro até fiz uma mini resenha no tik tok mas flopou Kkkkk fazer oq né




Beatriz 28/01/2015

Vou escrever uma resenha sobre um livro de fantasmas agora. eu digitei.
Imp sofre de esquizofrenia.
Imp esta escrevendo um livro, sobre os fantasmas que assombram sua vida, apesar de nem todos estarem mortos de fato.
Imp tem problemas em determinar o começo e o fim de historias.
Imp é uma artista e escritora.
Imp tem a ajuda de sua psicologa e de sua namorada Abalyn uma transexual.
Imp ve o fantasma de Eva, uma sereia que se afogou no rio Blackstone.

"Fantasmas são essas lembranças fortes demais para serem esquecidas, ecoando ao longo do dos anos e se recusando a serem apagadas pelo tempo" pg.23

Posso contar mais sobre a historia agora mas não vou, isso você vai descobrir quando ler a sinopse atras do livro, na orelha ou ler o livro em sí. Vou confessar; esse livro me assombrou, assombra e irá assombrar. Foi uma grande peça da minha vida, é delicado e brusco. Com todas as sereias, lobisomens, mulheres assassinadas ou que cometeram suicídio. É um conto de fadas para pessoas que ja cresceram que consegue ver o mundo com outras perspectivas. Tem toques de Lewis Carroll. Uma escrita que faz você realmente ficar submerso no mundo de IMP. É um livro totalmente diferente e tudo que eu ja vi e li, com uma temática que cumpre seu papel, que não falta coisas ou pensamentos. A leitura pode ser pesada em algumas partes, eu mesma demorei para ler.
Vou guardar no coração, as frases grifadas as historias e contos. Existe uma nova lente do prisma pelo qual enchergo o mundo graças a IMP.

ps: e enquanto eu viver levo comigo meu amuleto de sete

7/7/7/7
7/7
7
sete
7
7/7
7/7/7/7
VII
7

site: https://aquimerablog.wordpress.com/2015/11/12/a-menina-submersa-relatos-de-uma-assombracao/
lys 21/11/2019minha estante
Eu acho tão bonito quando uma pessoa fala que um livro tocou ela."Inventei você?" também fala de uma garota que sofre de esquizofrenia, mas o contexto do livro é totalmente diferente. Vai que você goste, está entre os meus desejados.


Pequeno Sol 31/10/2020minha estante
Li esse livro por recomendação sua :3


isapoirot 22/02/2021minha estante
eu tbm ?????


Ellen. 05/11/2021minha estante
esse livro é pra qual idade?




Marlonbsan 18/01/2022

A Menina Submersa
Imp tem uma condição que torna sua mente um refúgio nem sempre confiável, durante a viagem por ela, insere contos que escreveu, lembranças reais ou não sobre fatos, descrições sobre quadros e referências artísticas além de suas percepções sobre o mundo.

O livro é narrado em primeira pessoa, de forma não linear, pela Imp que está escrevendo um livro e contando a sua história. A linguagem é simples, porém há muitas referências que nem sempre são acessíveis, além de haver uma densidade considerável, principalmente nos momentos mais introspectivos.

No começo do livro, vamos entendendo um pouco a condição de Imp e os motivos dela ter uma percepção diferente sobre as coisas. Ela é uma personagem com várias camadas, tanto no seu passado quanto no que vem acontecendo, existem pontos interessantes e que me fez querer saber mais.

Mas com o passar do livro, a história toma um caminho mais ?fantasioso?, no qual a Imp relata alguns dos acontecimentos e como isso a afetava, trazendo várias referências como de alguns autores, histórias infantis. seres mitológicos e sobrenaturais, mas as referências que conhecia eram as com relação aos jogos citados, fora isso, o restante acabou me afastando da história.

A densidade, ao longo da leitura, parece que vai aumentando gradativamente, principalmente no período em que Abalyn não está na história, ficamos presos na mente de Imp e isso não me agradou tanto. Mas, para mim, a pior parte ainda foram os contos escritos por Imp, isso de haver um conto dentro do livro, por mais que traga algumas nuances, é uma digressão muito grande e me incomoda.

Com certeza é um livro muito complicado de se ler, já que Imp não é a personagem mais confiável, além de ter suas peculiaridades, o que pode tornar a leitura confusa, entendo as pessoas que abandonam essa leitura, assim como as pessoas que gostam das referências e se identificam com os conflitos.
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Sambook 06/10/2021

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Leitura densa, um pouco cansativa em algumas partes. Um livro interessante e cheio de referências artísticas, musicais, literatura, pinturas... Vale a pena ler com o celular ao lado para fazer pesquisa. Me senti dentro da mente da Imp, dentro dos seus transtornos e angústias. Fiquei feliz e satisfeita com o final, bem diferente do que tinha imaginado. Valeu a pena essa leitura!!!

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whosduarda 29/01/2022

...
IMP sofre de esquizofrenia desorganizada. Ela não é e não será uma fonte confiável de informações.
Suas memórias são verdadeiras na mesma proporção em que são falsas. É isso que temos e é isso que torna a leitura tão atrativa.

Durante todo o livro acompanhamos Imp e suas memórias, que ela gosta de chamar de fantasmas, que podem nos confundir e nos fazer refletir sobre o real e o falso.

É um livro detalhado, que nos força a ter atenção em cada linha, o que as vezes o torna cansativo mas com certeza é um livro muito prazeroso de se ler.
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Duda 17/06/2020

A Menina Submersa: Memórias
Esse definitivamente é o livro mais confuso que já li. No começo me perdi, inclusive abandonei por um tempo, e depois me arrisquei a terminar e tentar entender sem muitas expectativas. Na minha opinião, é uma leitura muito lenta e arrastada, e é preciso muita atenção para não se perder na história. A partir da página 90, onde surgiu o primeiro diálogo, foi quando tive mais compreensão do que estava acontecendo. Que aquilo que era narrado pela Imp, não eram memórias lineares, ou seja, memórias que nem ela mesma sabia que tempo realmente aconteceram e se de fato eram reais. Essa era a sensação que tive lendo, não sabendo distinguir o que era realidade e o que não era, e talvez essa tenha sido a proposta da autora, já que a personagem principal sofre esquizofrenia. E apesar de saber que as opiniões sobre o livro são divididas, que têm pessoas que amam ele e pessoas que nem se quer o entendem, eu me considero neutra (risos), pois não foi um dos melhores livros que já li e também ele não é ruim, só requer muita dedicação e paciência, além de tempo pois a leitura não é fluída.
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spoiler visualizar
Maria 01/12/2021minha estante
Na minha cabeça até a parte real da história pode ter sido coisa da cabeça da prot


Macys 01/12/2021minha estante
siiiim!!! exatamente o que pensei


Maria 01/12/2021minha estante
Aquela namorada dela real, as sessões com a médica, é tudo pra se desconfiar, a narrativa dela é muito suspeita


Macys 01/12/2021minha estante
é todo um mundo próprio da cabeça dela, não tive como pensar diferente


Maria 02/12/2021minha estante
Tudo muito lúdico




Lady Potato 19/03/2021

"Sempre há um canto de sereia que te seduz para o naufrágio"
No começo não entendi nada, quando achava que tava começando a entender me enrolava mais uma vez... E acabei sem entender quase nada.
É muito triste entrar na cabeça de alguém com esquizofrenia, a autora captou a dor da personagem em uma confusão de memórias muitas vezes falsas, que nos levam a um mar de confusões.
Um livro extremamente denso e necessário.
A leitura não é fácil, não é fluida, é completamente diferente de tudo que já li, e acho que todos deveriam ter essa experiência.
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Brenda.Cabral 10/06/2021

A Menina Submersa: Um livro que vai causar-lhe uma experiência de leitura que você nunca imaginou.
O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista Imp, uma mulher diagnosticada com esquizofrenia, onde ela conta a história da menina submersa, um de seus fantasmas. É um livro difícil de ler, que trata de assuntos pesados que podem ser gatilhos então não leia se estiver em um mal momento.
Eu realmente não sei o que pensar do livro, ao começo do livro eu consegui acompanhar, adorei as citações e referências que a Imp fala. Na metade começou minha confusão, vários momentos precisei voltar na leitura, além de acontecimentos me deram um mal-estar que nunca tive em uma leitura. No final achei que finalmente entedia a história, as coisas faziam sentido, só para chegar na última página e ver que eu nunca vou saber o que aconteceu na realidade. Pelo livro terminar assim, na minha opinião, esse é um dos livros mais bem escritos que eu já li.
A autora do livro consegue passar como a Imp se sente e faz-se perceptível na escrita quando ela está tomando seus remédios e quando não está, sem precisar nos contar. Acredito que ter momentos que eu entendia, momentos que não entedia, mal-estar e ao final não saber a verdade foi proposital, era esse o objetivo da autora. Amei também a forma como ela fala sobre a esquizofrenia e sobre sexualidade, é tão naturalizado e não levando o foco da história para isso que os torna apenas características dos personagens e não tudo o que eles são.
Para finalizar, realmente não sei se você vai gostar do livro, mas posso garantir que a sua leitura não vai ser algo que você esperava.
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Leandro Matos 11/08/2014

A MENINA SUBMERSA | MERGULHE NO OCEANO DE PALAVRAS E IMAGENS DE UMA MENTE ESQUIZOFRÊNICA
“Fantasmas são essas lembranças fortes demais para serem esquecidas, ecoando ao longo dos anos e se recusando a serem apagados pelo tempo.”

Com seu padrão meticuloso de qualidade, a editora carioca DarkSide Books entrega aos leitores brasileiros mais uma bela edição, recheada com detalhes precisos e curiosos para o nono romance da excêntrica escritora Caitlín R. Kiernan. O livro A Menina Submersa foi indicado em seis premiações e levou duas, dentre elas uma das mais relevantes para o gênero da fantasia, o Bram Stoker de 2013.

Durante a leitura encontramos os relatos, as impressões e os sentimentos da mente conflituosa de India Morgan Phelps, ou Imp, como ela prefere que seja chamada. Em pouco mais de 300 páginas somos imersos em um verdadeiro oceano de imagens e acontecimentos, que vão construindo um mosaico da vida de Imp. Não é possível apontar uma posição clara com relação a narrativa não-linear. Ora em primeira, ora em terceira pessoa, há trechos que somos meros observadores, passíveis diante de fatos tão estranhos. O que por sua vez deixa a leitura pautada pelo interesse contínuo em entender sobre essa mente tão perturbada. Imp utiliza de improvisos, analogias e correções para relatar a sua história de fantasmas com sereias e lobos.

O carisma com a personagem é captado em poucas páginas. Tudo é muito subjetivo. A incerteza é presente e sobra espaço para interpretações daquilo que é apresentado. A personagem afirma, nega, se contradiz e se interrompe entre linhas. Tudo isso, é oriundo de um corpo que sofre com a ação dos medicamentos para o tratamento de uma esquizofrenia hereditária e que carrega, além disso, o pesado fardo de um fatídico drama familiar, uma maldição como Imp cita em suas memórias. Curioso observar que algumas particularidades pessoais da autora foram inseridas nas memórias de Imp e serviram como base, para uma melhor apropriação sobre alguns temas, como por exemplo, uma relação homossexual, a afirmação de gêneros contra uma transsexualidade latente, além do paganismo e da localidade utilizada na história.

Imp tem transtornos e obsessões. Algumas delas são direcionadas para músicas, números e principalmente para obras de arte. Existe toda uma simbologia e uma compreensão própria para Imp, no quadro Fecunda Ratis, onde se vê uma mulher vestida de vermelho (Chapeuzinho Vermelho?) ao chão cercada por criaturas da noite (ou lobos?) e na tela A Menina Submersa, uma mulher nua, observa de dentro de um rio uma floresta negra. Todas essas e outras além, são canalizações que Imp faz para dar algum sentido a sua verdade dos fatos. Interessante falar em fatos para com o livro, pois nem tudo é factual durante a narrativa. Essas obras citadas e seus respectivos pintores são coadjuvantes ficcionais do enredo, mas que denotam em sua criação, toda a inventividade da escrita de Caitlín. Por meio da metalinguagem, sua escrita é admirável e espantosamente instigante. É difícil apontar como Caitlín pôde escrever um livro estranhamente fascinante.

Lembro-me que na contracapa de um determinado livro do britânico Neil Gaiman, existe uma nota do consagrado escritor Stephen King, afirmando que Neil é “uma arca do tesouro de histórias. É uma sorte tê-lo em qualquer meio de comunicação.” Essa afirmação é plenamente aplicável a Caitlín, pois no desenrolar da obra, vão surgindo referências a lendas, mitos, contos de fadas, lugares estranhos e criaturas de diversas culturas, que nos impõe a obrigação de anotá-los para uma exploração mais detalhada. Dessa vez com menção do próprio Neil destacando justamente a escrita de Caitlín, entendo o quanto ele foi conciso em afirmar que “poucos escrevem como ela”. Uma declaração apropriada para a toda excelência da escrita apresentada nessas páginas.

“Nenhuma história tem começo e nenhuma história tem fim. Começos e fins podem ser entendidos como algo que serve a um propósito, a uma intenção momentânea e provisória, mas são, em sua natureza fundamental, arbitrários e existem apenas como uma ideia conveniente na mente humana.”

A Menina Submersa é um caleidoscópio de imagens. Um labirinto experimental de palavras sequenciadas. Uma metaficção forte e intrincada, que exige atenção e cuidado, daqueles que propuserem se aventurar em suas páginas. Uma vez iniciada a leitura, saiba que sua mente será tragada para um mar de lendas e criaturas, onde todo o engajamento será recompensado.

Leia a review completa do livro no link abaixo:

site: http://nerdpride.com.br/literatura/a-menina-submersa/
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Sabrina 21/10/2020

"O amor está observando alguém morrer"
Ao meu olhar A Menina Sumersa é um livro dentro de um livro escrito em nome do amor e não tem como não ser impactada diversas vezes pelas reflexões de Imp a protagonista de como ela mesma enfatiza "uma história de fantasmas. O livro nos traz pra dentro de sua história, ou histórias, de uma forma realmente densa e reflexiva, onde pensamos sobre o amor, sobre o que é ser "normal" e sobre como enxergamos o mundo e como lidamos com nossas experiências.
Fiquei encantada durante toda a leitura.
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Thayna 02/08/2015

Cansativo e confuso
Quando vi a sinopse do livro fiquei bastante empolgada pra ler, pois é a história contada por uma menina esquizofrênica, também achei a edição linda e logo comprei.
Foi bastante decepcionante, pois a história é bastante confusa, a menina esquizofrênica começa contando sua história mas logo se torna cansativo, pois constantemente ela narra um fato e depois diz que era mentira ou que não sabe se realmente aconteceu, tornando o livro um tanto confuso e desconfortável de ler, várias vezes tive que voltar algumas páginas e mesmo assim não consegui entender muito bem... É bastante difícil eu desistir de uma leitura, mas este livro é realmente cansativo...
Juliana Raasch 20/06/2017minha estante
Acabei desistindo de ler por ora... não aguentava mais. Muitooo cansativo e lento.


Lia Cavaliera 23/09/2017minha estante
Realmente livros que são feitos em fluxo de consciência não são para todo mundo. Esse livro é montável e tem uma personagem não confiável, mas são camadas e camadas de subtexto e simbolismo.
Enfim, realmente não é um livro para qualquer pessoa. Eu, por exemplo, amei e é um dos meus livros favoritos, releio todos os anos e sempre encontro coisas novas nele, que não percebi na primeira leitura. E, sim, é um livro que demanda certo estudo, um livro que te passa dever de casa. Não é pro público descompromissado, que lê por ler.
Tanto que ganhou um dos prêmios de terror mais importantes atualmente.
Mas, é aquilo, gosto é gosto...


Claudia Cordeiro 05/12/2019minha estante
Fujo de livro assim feito o diabo da cruz!




Analu 28/05/2020

Muito bom mas extremamente complexo
O livro é muito bom mas extremamente complexo, por se tratar de uma garota esquizofrênica, sua linha de raciocínio é muito instável, por isso é uma leitura bastante demorada.
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Qnat 06/08/2020

Um livro monólogo
Penso, por que escrever mais uma resenha deste livro, se há centenas já escritas?

Assim que eu clicar em "salvar resenha", meu texto estará no topo. Mas logo virá uma nova resenha, depois outra, e mais outra, até por fim soterrar nas páginas do skoob o que eu escrevi, até que algum "arqueólogo" de resenhas se depare com ela, sem garantia alguma de que vai se interessar a ler.

Percebi que, assim como a protagonista, escrevo para mim mesmo. Talvez seja meu caderno de anotações.
Tantas vezes não li uma resenha, ou qualquer texto meu, e discordei de mim mesmo?
Quantas vezes não tive interpretações paradoxais na lembrança de um mesmo livro?
E nem precisei ler o livro duas vezes. Só de se lembrar hoje, de um livro de ontem, tudo que penso dele muda.

É por isso, por essa discussão, que acho este livro incrível. É diferente, é original.

Há o efeito secundário: O livro é uma semente que, a cada capítulo, vai plantando o poder de se ver fantasmas...

Foi difícil acreditar que a autora não fez uma biografia. Nunca vi um personagem tão real.
A narração em primeira pessoa nunca é confiável, mas esta é declaradamente "esquizofrênica", contraditória, confessa ter uma péssima memória e deixa claro que não escreve para ninguém, então não terá cuidado algum com a narrativa. Bom, Kiermen foi genial em criar uma narradora assim, talvez a menos confiável de toda literatura.

Mas esta "diferença" talvez não agrade a todos. É como um monólogo o livro.

Jorge 06/08/2020minha estante
Excelente resenha. Esse livro ou é 8 ou 80.


Lucas 14/09/2020minha estante
eu li sua resenha e me fez ficar curioso para ler o livro




Queria Estar Lendo 04/05/2016

Resenha: A Menina Submersa: Memórias
Quando eu terminei de ler A Menina Submersa eu não sabia muito bem o que falar sobre ele e, ainda hoje, continuo sem saber ao certo como falar sobre ele.

A verdade é que o livro é bastante diferente do que estou acostumada e passei algum tempo absorvendo a história e me encontrando em como colocar em palavras as coisas que senti enquanto lia.

A Menina Submersa é contada a partir do ponto de vista da Imp -- India Morgan Phelps, que tem esse nome devido a India Wilkies, de E o Vento Levou. A Imp é esquizofrênica, filha e neta de possíveis esquizofrênicas, e começa a contar sua história de fantasmas para conseguir distinguir o que foi real ou não, do tempo em que conheceu Abalyn, sua namorada, e Eva Canning, seu fantasma.

"Suspeito que passamos muito mais tempo pensando sobre nossos pensamentos do que pessoas sãs. Ainda assim, não tinha me ocorrido que a forma como eu via o mundo significava que eu herdara a "maldição da família Phelps"."

Para começar, o livro segue um narrativa não linear. E não é o tipo de não linear como você está acostumado. Quando eu terminei o livro, acho que me senti um pouco como a Imp, confundindo as coisas e sem saber o que era real ou não. Isso foi uma das sensações mais marcantes e incríveis que tive com o livro, essa de ficar na dúvida, de absorver as informações que a Imp passa e não saber ao certo se elas são confiáveis ou não -- isso meio que me deixou maluca no final, quando as datas e os nomes e alguns fatos se contradiziam.

A narrativa segue a mente da Imp e devido a sua condição, pode estar mais claro ou mais confuso. Imp sabe que muitas coisas que vê ou que aconteceram não são factuais, mas isso não significa que não são verdadeiras. E por isso ela escreve sua história de fantasmas, embora esteja cheia de acontecimentos que podem não ter sido factuais, ela acredita que são verdadeiros e por consequência, o leitor acredita também.

Nunca saberemos se o sobrenatural é factual ou não na história dela, e é esse não saber, essa narradora nada confiável que é a Imp, que torna a leitura uma jornada tão inesperada.

"Fantasmas são essas lembranças fortes demais para serem esquecidas, ecoando ao longo dos anos e se recusando a serem apagadas pelo tempo."

Estar dentro da cabeça da protagonista foi uma coisa incrível. A maneira como ela forma pensamentos e como a história se desdobra e dobra de novo, como ela dá voltas e deixa sua personalidade tão evidente nas memórias que escreve deixa uma marca profunda na história.

A versão que tenho é a primeira publicada pela editora DarkSide, em brochura com aquela capa linda e uma diagramação maravilhosa, mas levei algum tempo para ler. O que venho dizer é que: não se deixe enganar pelo começo lento de A Menina Submersa, depois que você passa das cinquenta primeiras páginas o livro flui bem, facilmente e desenrola uma história impressionante -- confie em Neil Gaiman.

Embora tenha me arrastado um pouco pelas primeira páginas, enquanto era introduzida ao mundo da Imp e a escrita da Caitlín R. Kiernan, o começo do livro é a parte com as melhores frases, especialmente porque foca tanto em um diálogo interno da protagonista.

Não poderia deixar de indicar A Menina Submersa, especialmente para quem gosta de livros que mexem mais com o psicológico -- sem contar que o "livro dentro do livro", onde temos acesso a dois contos escritos pela Imp, são dois pontos altíssimos da história, em particular O Sorriso do Lobisomem, meu favorito. Aos fãs de horror -- embora a própria Caitlín diga que não escreve horror -- e aos fãs de thrillers psicológicos, esse livro é muito indicado também.

E para quem se bateu um pouco com as questões 23 e 24 do Desafio Eu e as #MulheresdaLiteratura, também deixo aqui que o livro traz uma protagonista homossexual, com uma namorada trans e é escrito por uma mulher trans. Se você quer expandir seus horizontes, é um bom lugar para começar e sair do ponto comum.
Allê 02/08/2016minha estante
Tirando todas as dúvidas que tinha sobre esse livro nas primeira 23 paginas que li. Muito obrigada, resenha incrível. Espero ter uma leitura um pouco mais ligeira que maioria das pessoas que deram aqui sua opinião sobre A Menina Submersa, estou apostando tudo nesse livro, e espero chamá-lo de favorito quando terminá-lo.




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