Resenhas - O Ócio Criativo

Lívia 28/03/2024

Sofrível em ideias
Fui recomendada à leitura desse livro referente a uma entrevista de um conhecido sociólogo italiano. Apesar de já ultrapassado no tempo (livro 99), acabo de ler e achei um tanto quanto absurda muitas de suas ideias, vejo certo desrespeito com relação ao cristianismo (catolicismo em específico) e percebo também uma confusão de ideias numa análise ideológica. Alguns pontos são até interessantes, mas entendo que é muito repetitivo. Terminei de ler porque não concordo com sua ideologia e tive curiosidade em entender seu pensamento. Comprovei o que já imaginava, contradições e fantasias se misturam em suas ideias de mundo.

Junior.LOpes 13/02/2024

Incrivelmente atual
Domenico de Masi escreveu esse livro em 2000 e não há como negar que toda a transformação do trabalho se aplica até hoje, livro essencial para entender como o pensamento neoliberal naturalizou absurdos nas relações de trabalho que temos hoje, com o avanço da tecnologia deveríamos trabalhar menos horas por dia, ter tempo para consumir a sociedade e se retroalimentar de conhecimento.

Fabio.Henrique 11/01/2024

Na hora certa
Tempo perfeito, para mim, ler esse livro. Acabei de ser demitido e esse livro veio como uma luva para dar estímulo e não me preocupar com os próximos passos que posso dar com a oportunidade que tenho nas mãos.. Tempo.

Fabiane.Jansen 17/12/2023

"O Ócio Criativo", escrito por Domenico De Masi, explora a ideia de conciliar trabalho e lazer para promover uma abordagem mais equilibrada e produtiva à vida. De Masi argumenta que o ócio não deve ser visto apenas como um momento de descanso, mas como uma oportunidade para estimular a criatividade e a inovação. Ao abordar temas como a sociedade pós-industrial e a busca por realização pessoal, o autor propõe uma reflexão sobre a importância de integrar momentos de ócio em nossas vidas para alcançar um equilíbrio mais significativo.

Murillo 12/11/2023

Os adolescentes deviam ler esse livro para sair do celular.
Questionam a qualidade do tempo nas redes sociais, onde se passa "horas sem perceber". Mas não fazem muita coisa para mudar a realidade de passar o tempo livre sendo sugados.

Este livro, em resumo, é um conselho de um sábio italiano napolitano, bon-vivant, estudioso e respeitoso: "Aprenda a passar seu tempo livre fazendo coisas que o agrada e que é proveitoso para as pessoas ao seu redor"

Vou citar um trecho da página 330 na qual sublinhei com a alma:
“Para cada um de nós, tempo livre significa viagem, cultura, ero-tismo, estética, repouso, esporte, ginástica, meditação e reflexão. Significa, antes de tudo, nos exercitarmos em descobrir quantas coisas podemos fazer, desde hoje, no nosso tempo disponível, sem gastar um tostão: passear sozinhos ou com amigos ir à praias, fazer amor com a pessoa amada, adivinhar os pensamentos, os problemas e as paixões que estão por trás dos rostos dos transentes, admirar os quadros expostos em cada igreja, assistir a um festival na televisão, ler um livro, provocar uma discussão com um motorista de táxi, jogar conversa fora com os mendigos, admirar a sábia beleza de uma garrafa, de um ovo ou das carruagens antigas que ainda passam pelas ruas. Balançar numa rede, que, como já disse, me parece encarnar o símbolo por excelência do trabalho criativo, perfeita antítese da linha de montagem, a qual foi o símbolo do trabalho alienado. Em suma, dar sentido às coisas de todo o dia, em geral lindas, sempre iguais e sempre diversas, que infelizmente são depreciadas pelo uso cotidiano” (pg. 330)"

Leia. Vale muito a leitura.

FernandaOliveira 09/10/2023

Atual e interessante.
Recebi a sugestão deste livro para leitura e gostei.
Apesar de ter sido escrito há alguns anos, o tema é bastate atual e interessante. Domenico de uma forma bem despojada nos leva a refletir sobre tudo que aprendemos a vida inteira.

Le 06/04/2023

O avanço das técnicas nos modos de produzir e/ou realizar determinadas tarefas tem contribuído para o aumento do desemprego, da desocupação e do desalento mundial.
O momento é de incerteza e preocupação, já que as máquinas tendem a desbancar o humano em muitas atividades.
Paralelamente, é inegável que num futuro próximo as pessoas terão menos trabalho a fazer.
Diante deste cenário, o autor convida a pensar em alternativas para ocupar boa parte das pessoas, assim como, apreender a lidar com o ócio, resultado irrefutável.
Boa parte da obra gira entorno da seguinte questão: O que fazer com tempo livre?
Fomos doutrinados a idolatrar o trabalho, que o trabalho enobrece o homem, que o trabalho é santo e virtuoso, mas pouco se refletiu sobre os males trazidos pelo excesso de trabalho.
O fato é que agora ciência proporcionará mais tempo livre, restará apreendermos a lidar de forma sábia e prazerosa com ele.
Para o autor, em muitas situações não é mais preciso se utilizar do cansaço para não morrer na miséria, basta saber usufruir das tecnologias, restando ócio para novas criações e inventos.
Claro, não sejamos hipócritas, ainda será preciso pensar em distribuir o ócio de maneira igualitária nas diferentes sociedades.
Enfim, para ele no futuro o tempo livre irá colonizar o trabalho.

Beatriz.Brito 22/01/2023

Um livro esperançoso
Achei a proposta de Domenico sobre ócio criativo instigante. Realmente o livro traz muitos insights sobre o futuro do trabalho na sociedade pós industrial. Futuro no livro, mas é o nosso presente. Algumas previsões feitas pelo autor, na época em que foi publicado, foram muito otimistas e realmente o que estamos vivendo contradiz esse olhar otimista sobre a sociedade contemporânea. Acho que seu relato imprime muito da sua esperança, para o mundo e para o futuro, e não esgota completamente as nuances sociais do trabalho ?talvez este não tenha sido o objetivo da obra . De todo modo, as características que ele traz da sociedade pós industrial em relação ao que será exigido de nós no plano do trabalho e no plano pessoal fazem sentido. É uma válida leitura se você se mantiver critico ao pensamento otimista projetado pelo autor.

Gabi 27/02/2022

Mudança de paradigma
Como uma exímia workholic sempre achei que o descanso era um grande inimigo da minha produtividade. Me sentia culpada por não estar produzindo.
Eis que comecei a ouvir sobre o termo ?ócio criativo? e parei pra analisar sobre tal expressão. Ler este livro me fez abrir a mente e, mais que isso, resgatar em minha memória todas as vezes em que criei novos projetos e tive ideias brilhantes. Esses momentos foram momentos de ócio. Momentos estes que eu não estava de fato produzindo algo?
Este livro mudou meu paradigma e me fez valorizar o ócio, o descanso, a pausa!
?Criatividade exige gestão de tempo, ela se nutre de ócio. Idéias precisam de tempo de introspecção.?
Agora penso que não saio de férias, mas sim entro em ócio. Não qualquer ócio, é o ócio criativo.

Denize.Dias 31/01/2022

Inspirador...
...para pensar, repensar, refletir e aproveitar o ócio e a vida da melhor forma possível e, de acordo com autor, com muita criatividade e estudo.

Roger Santos 25/04/2021

Visão futura
O autor demonstra que mesmo escrito há mais de 20 anos várias coisas ele acertou, livro bem interessante mesmo, porém cansativo, eu pelo menos não gosto muito da dinâmica de entrevista, é uma leitura bem cansativa.

Thiago 28/03/2021

Desisti!
Sou uma pessoa muito paciente para ler livros. Mas esse livro é arrastado d+. Fui até 30% dele e não aguentei, tive que abandonar.

CGarrido 23/02/2021

Li e reli
Li este livro há anos, e o reli agora em 2021. O livro contém várias colocações aplicáveis aos dias atuais, em especial teletrabalho (isso, ele já discutia o assunto lá atrás), e pontos para reflexão. Não concordo com tudo, mas vale a reflexão mesmo para os pontos em que se pensa diferente.

Sérgey 23/11/2020

Utopia enquanto o povo sofre
O livro trás muitas hipóteses sociológicas que em sua maioria são válidas, mas uma boa parte que virtualmente não dá pra ignorar, são muito visionárias pois não leva em conta a maldade que vem aumentando em nossa sociedade. E o mais engraçado é que ele só considera o distúrbio em uma única página detonando todo o planeta e exaltando o Brasil, nem um pouco enviesado!