As Ruínas

As Ruínas Scott Smith




Resenhas - As Ruínas


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Flavio Assunção 16/09/2012

Atualmente tem sido um tanto complicado encontrar livros de suspense e de terror com uma história original e, obviamente, de qualidade. Muitos autores partem de uma mesma premissa, um acontecimento semelhante a algo que os leitores já leram. Foi por esse motivo que As Ruínas, de Scott Smith, me chamou a atenção. Aparentemente a obra trazia uma trama tensa e original. Li, sem muita expectativa, afinal, não queria esperar muito dessa questão. Mas eis que As Ruínas surpreende e no final das contas acabei colocando o livro como um dos melhores do gênero lançados nos últimos 10 anos.

Trata sobre um grupo de amigos americanos - Jeff, Amy, Eric e Stacy - que passam férias em Cancún, no México. Em meio as diversões conhecem um trio de gregos e um alemão chamado Mathias. E é justamente a história deste alemão que dá início aos problemas que se seguem. Segundo Mathias, seu irmão Henrich conheceu uma arqueóloga e foram até certas ruínas escondidas na floresta da cidade de Cobá, acabando por não darem mais notícias. Por esse motivo, pretende ir até lá encontrá-los. A perspectiva de aventura instiga o grupo, que resolve acompanhá-lo. Um dos gregos também gosta da ideia e se une a eles.

Chegando nas intocadas ruínas, o grupo é surpreendido por uma tribo de maias que a princípio pedem para que fossem embora. Mas, quando Amy ultrapassa o terreno e toca o solo que corresponde ao lado mal da ruína, os maias mudam o tom e os obrigam a permanecerem e subirem uma ruína em forma de triângulo, onde o mato a cobre completamente. Aos poucos são cercados por centenas de maias armados, fazendo impossível qualquer tentativa de escapar. Se sair dali a princípio é impossível, então o grupo é obrigado a pensar em como racionar comida, água e suportar o calor até acharem um meio de contornar a situação. Mas o problema é que oculto nas ruínas está um inimigo mortal, causador de toda a intrigante reação dos maias, e que assim como eles não os deixaria sair nem mesmo se pudessem.

Esse é apenas o ponto de partida para uma história incrivelmente intensa, um terror psicológico de alto nível. As Ruínas contém um clima de tensão constante, fazendo o leitor sentir na pele os medos, as frustrações e o desespero do grupo, imaginando como eles sobreviverão àquela situação. É incrível como o autor transporta para o leitor a sensação de enclausuramento. Isso aflige a todo o momento, sem contar que são diversas as cenas fortes, que podem enojar quem possui estômago mais fraco.

A construção psicológica dos personagens também é um ponto muito positivo. De tão bem construídos, a certa altura sabemos como cada um irá reagir a uma provocação ou situação. Sem contar que em outros momentos, sentimos raiva da postura de alguns deles e torcemos para que outros se dêem melhor. Ou seja, isso só prova a extrema capacidade de Scott Smith em criar personagens. A questão é que conhecemos todos os pontos de vista, já que a narrativa está sempre mudando de personagem para personagem, o que nos aprofunda ainda mais a cada um deles.

A trama em si é muito bem amarrada, sem furos e com a evidente capacidade do autor em despertar a curiosidade a todo o momento, o que faz o leitor querer continuar lendo mesmo com os capítulos longos, o que em outras obras poderia ser caracterizada como um ponto negativo e sinônimo de leitura cansativa. Também importante destacar que o livro segue uma constante do início ao fim. Embora seu início apenas situe o leitor sobre a ideia e o trajeto da chagada às ruínas, a partir do momento em que o suspense começa, não para em momento algum.

As Ruínas é uma grata surpresa em meio a diversos livros de suspense/terror existentes por aí. Possui uma história original, um inimigo nunca antes visto e uma trama muito bem amarrada. O leitor sem dúvida não largará até saber como o grupo - ou parte dele - saíra das ruínas. Se é que vão sair...

Altamente recomendado!
Marselle Urman 07/06/2012minha estante
Flávio,
Adorei este livro. Obrigada pela dica!


Sandy 30/08/2020minha estante
Queria saber onde comprar. Não encontro em lugar nenhum


Marselle Urman 31/08/2020minha estante
Sandy, dá uma olhada nesse site, se tem algum disponível na sua região...

https://www.estantevirtual.com.br/livros/scott-smith/as-ruinas/689290667?q=Scott+smith


Rodrigo 24/07/2023minha estante
A prova de que gosto é gosto, livro chatíssimo, não sai do lugar, personagens horríveis uma trama arrastada que se estende demais num mesmo núcleo eterno, se fosse um conto talvez funcionasse pra mim




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Luciana.Lira 15/11/2022minha estante
Sim, tive o mesmo problema. Sorte que li em e-book, do contrário teria desistido.


Rodrigo 17/07/2023minha estante
To concordando em gênero com sua resenha e não cheguei nem na página 100 ainda




Marselle Urman 07/06/2012

Não leia este livro...
...se você tem o coração ou o estômago fracos.

"As Ruínas" começa lembrando "A Bruxa de Blair" e uma dezena de filmes de terror norte americano. Os personagens vão agindo devagar e naturalmente até estarem mergulhados no terror até a raiz dos cabelos.

Este livro consegue ter três elementos do terror que são difíceis de encontrar em uma só obra:
- O físico ( sobrevivência)
- O psicológico ( clausura, esperança e desesperança) e
- O sobrenatural ( causa ).

Visceral, imperdível...
Samuel.Caetano 30/12/2017minha estante
Imagem um livro esplêndido, emocionante e emocionante, difícil de parar de ler? Este é As Ruínas! Meu Deus, que livro! As ruínas não está em lugares ou estruturas depredadas e abandonadas, mas sim no humano, em cada um dos personagens, te levando a pensar no que vc seria capaz de fazer em situações extremas! Você nunca mais vai ver as plantas com os mesmos olhos, principalmente as mulheres que amam flores e plantas!


Rodrigo 24/07/2023minha estante
Livro chato ao quadrado




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Mari Zombie 10/11/2016minha estante
Fico feliz em saber q é tão bom assim. Comprei ele em um sebo a alguns meses atras, vou passar ele na frente da minha lista de leituras. ;)


Jonathas 11/11/2016minha estante
Espero que você aprecie a leitura tanto quanto eu, Mariana! E se tiver a oportunidade, assista ao filme também.


Andrea 13/11/2016minha estante
Até hoje não consegui lê.lo. =/




Liz Silva 29/06/2022

Angustiante
Um ótimo livro de horror: tenso, sangrento, angustiante, claustrofóbico, triste e inquietante.

A escrita possui um ritmo lento o que pode incomodar alguns, mas para mim é um ponto positivo pois causa a sensação de estar ali, presa nas Ruínas com os personagens, aguardando em vão, assitindo o horror que vem lentamente e toma tudo.

O livro não possui divisão por capítulos, o que nesse caso também funciona, pois não há respiro, o horror é constante e não há alívio.

E não há explicações exacerbadas aqui, felizmente permanece o mistério acerca da origem da planta e como ela faz o que faz, o que é ótimo, pois excesso de explicação estragaria as coisas.

E por fim, você sabe qual será o destino dos personagens, assim como eles próprios sabem, embora neguem. Isso em outros livros poderia ser ruim, mas nesse caso só deixa a leitura ainda mais angustiante.
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Jeff.Rodrigues 26/04/2020

Resenha publicada no Leitor Compulsivo
Histórias que colocam o ser humano em situações extremas em que todo o seu potencial de sobrevivência, cuidado com o próximo, domínio emocional, entre outros, são postas à prova costumam mexer com as pessoas. Relatos assim, quando bem contados, inevitavelmente nos colocam no lugar dos personagens com aquela perguntinha: e se fosse eu? É o tipo de história que rendeu alguns dos melhores livros de suspense e terror da literatura e que Stephen King sabe explorar como poucos. É o tipo de história que costumo devorar.

Não foi diferente com As Ruínas, em que Scott Smith fisgou minha atenção com maestria, mesmo com uma narrativa que custou um pouco para pegar ritmo. O livro é claustrofóbico com uma trama tensa, sufocante, perturbadora e com passagens de revirar o estômago dos mais fracos. Porque ela leva seus personagens ao limite da sanidade. Talvez até para além dele. E isso tem sido difícil de encontrar em obras mais recentes do gênero, sempre carregadas com amontoados de clichês. Não que As Ruínas não tenha a sua dose. Mas aqui existe uma trama bem amarrada e, principalmente, muito bem contada.

Pense em um grupo de jovens, dois casais, que, em férias em um paraíso tropical, decidem ajudar um recém-conhecido a encontrar o irmão que desapareceu. A única pista é um mapa desenhado num pedaço de papel que indica um suposto local de escavação arqueológica. Primeira barreira: a linguagem. Há americanos, alemães, gregos e espanhóis nessa história e ninguém consegue se comunicar de forma efetiva. Mesmo assim eles partem por essa aventura enfrentando todo aquele tipo de percalço que meio que grita na nossa cabeça “isso não vai dar certo”.

Quando chegam ao local, bem, aí começa uma história bem original de terror que não cabe aqui entregar para vocês. O que posso adiantar é que, narrado de uma tacada só, sem capítulos, As Ruínas vai mexer com todos os sentimentos de medo e pavor que podem nos rodear. Por mais que você, ao ler, possa achar bizarro o motivo que causa todo esse terror, é impossível não se envolver na tensão psicológica que o autor constrói a partir de cada personagem.

E falando em personagens… As Ruínas é um livro sem capítulos, mas cada novo parágrafo traz a história pelo ponto de vista de um personagem. Então vamos acompanhando o desenrolar da trama cada momento pela narrativa de alguém. Narrativa que expõe não só o que está acontecendo, mas também os pensamentos, medos e como o psicológico de cada um vai se deteriorando. Isso me traz para a definição-chave do livro: terror psicológico. Cada personagem vai sendo posto à prova e nós vamos sentindo e acompanhando sua deterioração. É o limite absoluto da paciência, da esperança, da fragilidade, dos sentimentos. Tensão total!

Aparentemente despretensioso, As Ruínas foi um livro que me surpreendeu positivamente. Uma história que conseguiu me envolver na medida certa e provocar, acredito, as reações que o autor desejava. Vale a pena se perder nessa aventura.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2020/03/29/resenha-as-ruinas-scott-smith/
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Davi Lima 02/08/2023

Sabe o mais curioso dessa leitura?
É que quando eu terminei o livro, meu primeiro pensamento foi de que tinha sido uma leitura legal, que me deixou aflito e angustiado em diversos momentos, mas que não tinha sido uma leitura TÃO memorável assim... tanto que avaliei em 4 estrelas, eu acho.

Porém, vários dias se passaram e eu continuo pensando nessa história. Tiveram dias que me deu vontade de ainda estar lendo pra voltar a sofrer junto com os personagens.

O livro foi muito vívido pra mim. Parece que eu assisti o que estava lendo. Tanto que depois eu pensei em assistir a adaptação novamente mas desisti da ideia porque não queria comprometer o filme que "construí".

Acho que é um 5 estrelas? Não acho... mas que estou reconsiderando o favorito, estou sim.
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Fabricio~Raito 04/12/2009

Sinônimo: Angústia
Inicialmente, Ruínas parece ser apenas mais uma história de "um grupo de amigos que vão passar suas férias nas praias de Cancun". Com um enredo deveras entediante, a história começa a se deslanchar só mesmo após terem chegado às ruínas maias. O motivo? Algo como "Encontrar o irmão de uma pessoa que acabaram de conhecer". Se não fosse pelo envolvente suspense e misterioso e peculiar inimigo que encontram nas tais Ruínas, diria ao autor que tal motivo foi um dos mais deprimentes já lidos.
Passando da metade do livro, você dá boas-vindas â angústia e a um desconcertante incômodo, expostos por Scott Smith, em fatos que chegam a arrepiar, para os que tem um estômago mais fraco.
O desfecho não é cinco estrelas, porém, chega a ser aceitável. Também, depois de incumbir-se à idéia desse "peculiar inimigo" criado por Scott, o mínimo é esperar um final do mesmo nível.
As Ruínas ganhou adaptação cinematográfica, em 2008.
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Lissa 14/02/2022

Um conto longo demais
Eu não consigo entender porque alguém escreveria mais de 300 paginas de uma coisa que poderia ser tranquilamente um conto.
O livro passa todo o tempo repetindo e dizendo coisas que já sabemos, enrolando para o óbvio e o desfecho na maior parte das situações é tão nitido que o suspense não serve pra muita coisa.
Se isso fosse um conto com menos da metade das páginas ainda teria o mesmo efeito e sinceramente, eu teria gostado muito mais.
A única coisa que me atingiu um pouco foi quando eles refletiam sobre como seria se não estivessem ali. A situação inteira foi tão rápida, uma série de coincidências e decisões ruins, que você sente empatia pelo desespero em relação ao arrependimento deles.
Fora isso, achei maçante demais, com boa parte do conteúdo desnecessário.
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Portela.Filho 07/03/2023

Perturbador
O começo é um pouco lento, sem muitos acontecimentos marcantes, mas ao desenrolar da história você não consegue parar de ler, quando de fato as coisas começaram a acontecer pensei ?🤬 #$%!& , é isso? Que coisa infantil e sem noção?
Mas não se enganem, é algo muito foda, você se coloca muitas vezes no lugar dos personagens e imagina que situação fudida eles estão.
Livro excelente, desenrolar da história excelente e final excelente!
Sem mais.
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Gabriel2732 05/03/2023

Um horror bem divertido.
Eu caí de paraquedas nesse livro, só comprei porque tinha um comentário do Stephen King. A leitura não é arrastada e a idéia aqui é muito boa. Uma das principais qualidades do livro é transmitir nervosismo por parte dos personagens que na grande maioria das vezes não sabe o que fazer e fazem escolhas questionáveis o tempo todo. Esse aspecto pra mim funcionou, tal qual a narrativa. O livro tem bastante gore também que na maioria das vezes é dito de forma crua, o que de certa forma mostra o desespero dos personagens. No final é um bom livro de horror, em alguns momentos ele pode ser previsível, mas ele não é tão longo e é divertido, se é que eu posso falar isso.
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Isack 17/05/2021minha estante
Olá. Você já sabe classificar?


Milena Karla - Mika 18/05/2021minha estante
Como assim? Dar estrelas? Sei sim. :)


Nefferson 10/11/2021minha estante
Esse livro realmente virou um filme. Adaptação muito boa e [SPOILER]:


Com um final bem mais positivo do que o livro.




Leo 12/07/2011

Um longo e desesperado grito de horror.
Entrei em contato com este livro ao assistir o filme (que também é muito bom) e ler nos créditos que era baseado em uma obra literária. Assim, um dia o encontrei na livraria da universidade na qual estudo e comprei.
Eu já sabia como era e história pois já havia assistido o filme. O que eu não imaginava era que o livro poderia ser mais assustador, cruel e perturbador que o longa.
As Ruínas traz um grupo de jovens americanos que está no México e em uma de suas expedições encontra uma certa colina com atrativas flores vermelhas cobrindo o local. Ao começarem a subir, se deparam com um grupo de caçadores armados que cercam o morro e estão dispostos a não deixa-los descer com vida.
Preso na colina, os jovens (que possuem personalidades belamente marcantes) começam a descobrir que os caçadores são a menor de suas preocupações.
Com um enredo aterrorizante e dramático, As Ruínas mexe com o seu psicológico da mesma forma que mexe com o dos personagens que você acompanha e torce pra que continuem vivos a cada capítulo. É perturbador. Um dos livros mais assustadores que já li.
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Tulio.Gama 19/09/2021

Um longo e esticado fio de narrativa em que pouco se acontece
Foi preciso um certo esforço para terminar este livro. Tive impulsos fortes em abandoná-lo e meter a cara em outro livro mais interessante. Não que este seja necessariamente desinteressante (afinal, comecei a lê-lo). No entanto, foi preciso esforço terminá-lo. Mesmo que eu não goste de desistir, sofro na insistência. Insisti na história que já imaginava que iria acabar como muitas histórias de terror: apenas a exploração do horror, sem muito explicação. Às vezes, isso é bom. No caso deste, não muito. O horror é até escasso frente a enrolação. Um pouco mais de ação daria uma experiência mais instigante. Mas nem isso teve muito: mistério. De qualquer forma, bastou. Foi superado.
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