Ed 30/10/2015Gostei, mas da Série Mortal eu sempre espero mais"- ta cion agan ort. - com o corpo muito quente e ainda colado no dela, ele murmurou essas palavras.Eu amo você, pensou Eve, reconhecendo a frase em idioma celta. Sabendo que ele só fazia isso nos momentos que julgava mais importantes, ela sorriu." pág 160
Esse livro mostra bem por que Eve e Roarke são de longe o meu casal predileto dos romances policiais. JD Robb(Nora Roberts) é genial nesse gênero e, mais uma vez, conseguiu me viciar a ponto de eu devorar o livro em poucos dias. Todos os diálogos, sua narrativa e o ritmo dos eventos são feitos com muita competência sem encheção de linguiça (pelo menos até a metade da história).
"- Eles nos deram uma bofetada moral e nos humilharam. Nunca esquecerei isso."
Eve Dallas
Não consegui resolver o caso antes de Eve dessa vez. Foi bem difícil e imprevisível, dado o rumo que a historia tomou quando surgiu o segundo caso simultaneamente (até então sem ligação alguma com os assassinatos de Copperfield e Byson). Tudo o que envolveu a primeira investigação em relação a questões profissionais e éticas, foi abordado de maneira muito coerente. Adorei todo o conflito pessoal, principalmente o que envolveu Roarke, Eve e Whitney.
Embora a história e a narrativa sejam muito boas e o final da investigação tenha me surpreendido, sinto muita falta dos assassinos loucos que sempre davam as caras nos volumes mais antigos da série. O caso de "Nascimento Mortal" para mim foi um dos mais normais dentro do que se espera no gênero. Nada que envolvesse aquela imersão psicológica (que já aconteceu tantas vezes) de Eve na tentativa de compreender a complexidade da mente do assassino. Gente matando por dinheiro é o que mais existe no mundo e isso não me empolga muito. A máfia dos bebês recém-nascidos - a qual os tirava de suas mães à força (ou não) e os vendia para outras famílias - é algo execrável e ilegal, claro, mas não foi impactante a ponto de me deixar perturbado ou chocado, já que existe no nosso mundo atividades mais abomináveis por trás dos tráficos de bebês. Atividades essas que não aconteciam com os recém-nascidos, já que os mesmos eram apenas vendidos para outras famílias criarem.
Acredito que o fato de Roarke manjar tanto de finanças é algo que o deixa mais inteligente, atraente, importante e alimente a fantasia feminina das leitoras assíduas. Contudo toda aquela exposição que a autora fez dele na investigação referente a isso, me irritou. Partes técnicas que poderiam ser resumidas foram tediosamente narradas só para exibir toda competência e capacidade intelectual do homem perfeito das mulheres, nada mais.
A narrativa de algumas cenas de sexo pra mim foram sem propósito. Poderiam ter sido resumidas. Como eu disse: só algumas.
Não gostei de um dos interrogatórios ter sido cortado/sumarizado: o de Bruberry. Achei isso frustrante, pois adoro os interrogatórios e fiquei curioso em ver a reação dela quando Eve começasse seu massacre argumentativo.
Aliás, que loucura foi o repentino casamento de Mavis e Leonardo em pleno trabalho de parto no final!! Hauahuahau Dentro de um hospital sobre o leito! Mavis é maluca! Aquilo não existe! Hauahuahau Essa parte da história é tão louca e extrovertida que acho que deveria ter sido narrada em um Epílogo, separado do final da investigação. (Apesar de não ter curtido a ideia desse casamento nessas circunstâncias.)
Enfim, "Nascimento Mortal" foi muito divertido de ler! Muito mesmo! Engraçado, fluído, inteligente, personagens carismáticos... Contudo foi um livro de 459 páginas que poderia ter sido de 270 a 300 no máximo. Muita enrolação me deixou entediado. Num determinado momento e meu ritmo de leitura até caiu, mas logo depois que isso passou a historia voltou a empolgar. Apesar dos pontos negativos, continuo fã da série e espero MUITO que ela melhore e volte a ser perfeita como nos primeiros volumes, com seus assassinos loucos, narrativa mudando de foco toda hora, atentados contra Eve ou sua equipe (no limite da tensão e da perseguição), missões de espionagem, explosões, situações de extremo risco. personagens novos entrando, outros saindo ou morrendo, enfim: tudo que me fazia ficar empolgado e ansioso pelo próximo volume.