Lu Souzza 17/02/2017
Contos de fadas!?!!
Preciso confessar uma coisa, tinha certo preconceito com literatura erótica. Pra mim sempre pareceu a mesma coisa: a história da Cinderela, mas com cenas quentes , e vamos combinar o mundo não é esse mar de rosas. Então, apresentaram-me uma autora erótica brasileira, sim BRASILEIRA, o que achei estranho porque no Brasil sinto muito tabu com relação ao assunto (sexo, todo mundo faz, mas ninguém assume né? Uma puta hipocrisia).
Disseram-me maravilhas de Julianna, e fui em busca dela. Pra minha surpresa, esse livro, que havia me chamado atenção.Quando li a sinopse, pensei "Caracaaass!Deve ser bom mesmo!", mas estava esgotado em algumas livrarias e então a mesma pessoa que me apresentou ela, emprestou-me o livro (Paola, mô bem, te agradeço!). E então, resolvi encarar.
A capa, por si só já é bastante sugestiva, né? Quando comecei a ler, me apaixonei por Nahia! Aparentemente, ela é como qualquer mulher poderia ser, ela poderia ser eu, ou você que está lendo, que insatisfeita com a vida que leva, resolve dar uma guinada encontrando em si mesma a força necessária para seguir. Parece auto ajuda, né? Vai por mim: NÃO É! Depois de um certo adjetivo que deram a ela, Nahia resolveu acordar pra vida, e, que bom acordou, caso contrário jamais teria encontrado Kio! E falando nele, o cara sabe ser o cara! Quero pensar que existam muitos caras por aí como ele: livres de preconceito, muito bem resolvidos e maduros, maduros de verdade!
Gostei da forma do uso do dito popular : nem tudo que reluz é ouro, que Julianna faz nesse livro, quando mostra Nahia interessadíssima por um colega de trabalho,e quando enfim, sai com ele, descobre que ele não é tudo isso. Eu, particularmente, achei ele um chato; não de meia tigela, mas de tigela cheia. Além do que, ele se acha demais... Realmente, nem tudo que reluz é ouro!
Ela conseguiu fugir um pouco desse habitual "conto de fadas",e mostrou que literatura erótica também pode ser interessante! Garota, vc foi muito bem nesse livro! E, mesmo estando acostumada a ler outro tipo de literatura, gostei de Julianna Costa e, gostei mais ainda de ela usar pessoas do nosso cotidiano, como Nahia e Kio. Sem dúvida lerei outras histórias dela!