Um estranho equinócio

Um estranho equinócio Ana Lúcia Merege




Resenhas - Um estranho equinócio


4 encontrados | exibindo 1 a 4


PorEssasPáginas 11/02/2014

A Cuca Recomenda Um Estranho Equinócio - Por Essas Páginas
No ano passado, li o ótimo e encantador O Castelo das Águias, da autora Ana Lúcia Merege (conheça mais sobre ela na nossa página de autores parceiros). Esse ano, a Editora Draco já anunciou o lançamento da sequência da série: A Ilha dos Ossos. Mas, entre esses dois livros, há um conto da Ana muito especial que tive a oportunidade de ler recentemente: Um Estranho Equinócio. Para quem ainda não leu o primeiro livro, esse post pode ter alguns spoilers do mesmo, ok? Então adquira logo O Castelo das Águias e depois leia esse conto! ’Bora lá conhecê-lo?

Um Estranho Equinócio tem como plano de fundo um evento que certamente os leitores de O Castelo das Águias vão adorar (eu, pelo menos, fiquei super feliz de ler mais sobre isso): o casamento entre Anna de Bryke e Kieran de Scyllix. Tá certo que eu não gosto muito do Kieran (e não sei o que a Anna viu nele), mas eu acho a Anna uma personagem tão adorável que, ah, não tem como não torcer para ela ser feliz. Mas, o casamento é mais um plano de fundo mesmo para o conto: todo ele é narrado na visão de outro personagem, Urien, mestre de música do Castelo, e devo dizer que ele é um personagem muito divertido e um ótimo narrador.

“Contar histórias não faz parte do meu trabalho aqui, mas bem que poderia. Não sou apenas um músico, ainda que seja o mestre de música da Escola. Teria muito a dizer a esses jovens. No entanto, as narrativas que eles têm de conhecer estão impregnadas de Magia, e depois do que fiz esse se tornou um território proibido para mim. Devo deixá-lo a cargo de Anna e limitar-me às canções.
E nas paredes do Castelo ressoam outras histórias, que eu ouço, mas que não posso contar.”

Urien é um homem solitário, que se sente horrível quando não tem com quem conversar. Além disso, é muito curioso, talvez até um pouquinho bisbilhoteiro, e essas características o tornam um personagem muito divertido. Por todos esses motivos, ele resolve, no dia do casamento de Anna e Kieran, ir até a cozinha, papear. Lá encontra um problema aparentemente inocente: alguém mexeu no pão que o casal dividiria durante a cerimônia de enlace, mais tarde. Isso não seria grande coisa se Urien também não descobrisse que o pão fora envenenado! É a partir daí que o mestre de música começa sua pequena aventura detetivesca atrás da pessoa que estaria tentando destruir aquele casamento… e assassinar o noivo.

“Não que quisesse levar aquilo a ferro e fogo. Mas todo crime tem motivos, e sou um curioso incorrigível.
Eu não descansaria enquanto não soubesse o porquê.”

Ana Lúcia Merege nos conduz em uma pequena aventura leve, fantástica, divertida e com uma pitada irresistível de mistério. O personagem Urien é um narrador delicioso e cativante. O texto flui tranquilamente e, quando o leitor se dá conta, o conto já está no fim e você ainda quer um pouco mais. É um ótimo aperitivo para quem leu e gostou de O Castelo das Águias e está aguardando A Ilha dos Ossos. E sim, a Cuca Recomenda!

site: http://poressaspaginas.com/a-cuca-recomenda-um-estranho-equinocio
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melissa 05/03/2015

Um caso de detetive em Athelgard - Livros de Fantasia
Urien, o mestre de música da Escola de Athelgard, é quem conta essa história. Curioso ao ponto de ser bisbilhoteiro, ele sem querer descobre um caso de envenenamento no castelo. Quem foi? Como e por quê? Ora, só lendo o conto!

Só aviso que essa resenha contém alguns spoilers de O Castelo das Águias.

Estamos de volta ao mundo de Athelgard e ao Castelo das Águias nessa data tão simbólica que é o equinócio. Quem leu O Castelo das Águias vai provavelmente se lembrar que essa data tem um peso mais que especial: o casamento de Kieran com Anna de Bryke. Mas não se engane que eles não são os protagonistas dessa história, apesar de fazerem uma aparição. Vemos tudo pelos olhos de Urien.

Como narrador, Urien é bastante engraçado. Ele é um homem solitário, que gosta de conversar, e por isso mesmo acaba descobrindo, nas cozinhas, que o pão que o casal irá compartilhar na cerimônia está envenenado. Mas ao invés de avisar todo mundo e fazer um alarde geral, Urien quer é descobrir quem está por trás de tudo aquilo. Justiceiro? Não. Ele quer mais é satisfazer a própria curiosidade.

Tive o prazer de ler esse conto antes de sua publicação e agora relendo, vejo que ele tem aquele quê gostoso de história detetivesca despretenciosa. O quê de mistério é uma pitadinha, pois o mais importante é o caminho percorrido por Urien, em suas deduções, até o suspeito. Uma leitura leve e gostosa, daquelas para ser apreciada num fim de domingo.

Eu não diria que é imprescindível ter lido O Castelo das Águias para ler esse conto, mas obviamente quem já leu se sentirá mais confortável em Athelgard e mais curioso em relação aos personagens.

Esse conto está disponível no formato e-book e pode ser lido confortavelmente em qualquer celular, e-reader, tablet ou computador por apenas R$2,99.


site: http://livrosdefantasia.com.br/2015/02/23/um-estranho-equinocio/
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Marcos Antonio 04/05/2017

Equinócio
Este livro é contos para completar o que aconteceu no livro O Castelo das Águias. Fala sobre os partidores do casamento de Ana com Kieran, fala sobre uma suposta mulher que admirava Kieran e por isso tenta envenenar o pão que era compartilhado no casamento com a intenção de matar Ana.
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Paulo 29/07/2018

Este é mais um conto da Ana Lúcia Merege passado no universo de Athelgard. Fica o alerta de que é preciso ter lido O Castelo das Águias para poder lê-lo, pois ele cita acontecimentos do livro. Esta é uma história narrada em primeira pessoa por Urien, o mestre de Música do Castelo das Águias. Somos colocados diante de um dia na vida dele, durante os preparativos do casamento de Anna e de Kieran. E neste dia comum, Urien sem querer se depara com uma tentativa de assassinar Kieran e ele vai atrás daqueles que planejaram esse ataque.

Para aqueles que não estão acostumados com a escrita da Ana, saibam que ela tem muito do estilo slice of life. Ou seja, suas histórias tem uma cadência mais compassada, apresentando o cotidiano da vida de seus personagens. Somos colocados dentro do universo deles, compartilhando suas pequenas alegrias e tristezas, traquinagens e descobertas. O que vemos são histórias em um ritmo mais lento, porém muito rico em detalhamento e desenvolvimento de personagens. Por acompanharmos os personagens acabamos conhecendo-os a fundo. Dessa forma, não recomendo o conto para quem busca uma história com ação ou dinamismo. Não é nessa vibe que se situa a história.

Gosto demais do estilo da Ana Lúcia de compor narrativas, mas confesso que não gostei muito desta história em particular. Senti falta daquele apego que eu tive em O Jogo do Equilíbrio. E não tem nada a ver com quantidade de páginas, porque já li Rosas, uma história de terror da autora e que se desenvolve em pouquíssimas páginas. Nesse caso aqui, acho que é mais uma avaliação subjetiva mesmo. Eu gostei da história, mas não consegui me apegar aos dramas do Urien. Acho até que este conto merecia ser um pouquinho maior. Talvez a autora conseguisse construir esse apego ao Urien com mais espaço.

Um tema bacana que a autora trabalha nesta narrativa é o de termos cuidado ao avaliarmos uma situação. Urien se depara com a tentativa de assassinato e começa a compor uma série de hipóteses sobre quem poderia ter planejado aquilo. A autora nos mostra como um cientista procede durante uma investigação: aos poucos ele vai descartando as premissas falsas até se deparar com possíveis caminhos que o permitam desvendar o mistério por trás de um acontecimento. Juntando todas as peças, ele é capas de chegar a uma conclusão. Vocês veem que durante a narrativa Urien poderia ter caído no engodo de acusar pessoas que nada tinham a ver com o que tinha ocorrido.

Um Estranho Equinócio é mais uma demonstração da habilidade de contadora de histórias da autora. Através de uma narrativa bem contada, somos colocados diante de uma aventura com tons detetivescos onde o protagonista precisa descobrir quem cometeu o "crime".

site: www.ficcoeshumanas.com
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