Léxico

Léxico Max Barry




Resenhas - Lexicon


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Bruno Leitor 08/12/2016

Merece ser lido
Livro: Léxico
Autor: Max Berry
Ed: Intrínseca
Nota: 4.0

Gostei bastante do livro. Acredito que o tema seja uma espécie de romance policial, um clima de perseguição e tal, ambientando no mundo atual (em algum lugar eu li que se trata em 2019 - na atualidade praticamente), mas em torno de uma sociedade secreta, onde os agentes são chamados de Poetas. Ao serem identificados e testados passam por treinamento em uma Academia e depois são recolocados em uma função a critério da instituição. Esses poetas são chamados assim pela facilidade de controlar pessoas com palavras. Existe toda uma tese embasando essa arte que se mostra natural em alguns indivíduos ou pode ser ensinável. Se estuda pra isso a linguística, estrutura de neurônios, conexões cerebrais, percepção de não sei das quantas e tal. Os protagonistas da história são Will, Emily, Eliot, Harry e Yeats em que cada um luta por um objetivo que defende até o fim.

O que me conquistou na história foi a idéia das palavras e seus efeitos em cada um. A forma que a história é narrada também dá uma prendida, porque inicialmente voce cai de paraquedas na história e não entende nada; negócio de agulha no olho, perseguição no aeroporto, perguntas doidas, etc...mas depois de algumas páginas você mergulha na história com a curiosidade de saber o destino de cada um dos personagens. (Ja imaginei até um filme com esse enredo). Como falei no áudio, me senti lendo algum livro do autor de A Caixa de Pássaros, foi quando fui confirmar se era mesmo e me surpreendi de não ser, e ver que o livro era de Max Berry de quem li "O Homem Máquina", que achei uma escrita fraca (ou foi escrito assim propositalmente, por ser uma critica social). Mas me incomodei com alguns pares românticos, acho que alguns autores (homens) não convencem na construção do amor entre personagens e esse foi (na minha opnião) um deles. E outro foi na confusão de histórias em alguns momentos do livro. Foi previsível alguns momentos mas outros não. Eu podia falar mais, porém acho que comprometeria a leitura.
Tinha dado 3 estrelas de cinco mas acho que merece um 4, pois merecebi ser lido.
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Erikinha 22/11/2016

Adorei
O livro com o melhor vocabulário de palavras do mundo.
Tem de tudo, ação, linguística, romance e reviravoltas.
Adorei
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Marcela @ler_sim_ler_sempre 19/09/2016

(...) as palavras nao ferem. Matam (...)

Um livro que você começa sem entender PORRA nenhuma.
Alias, antes de continuar, uma critica - Oh... livro que tem palavrão. Nao sou puritana mas em algumas partes achei super desnecessário o uso dessas expressões.
Voltando a história.
Ela é narrada em dois ambientes. Um por Wil, um rapaz que é sequestrado no banheiro do aeroporto, por uma organização que acha que ele tem algo importante a esconder. Porem ele nao se lembra de nada e se vê arrastado pelo país, entre balas,socos e mortes.
No outro ambiente encontramos com Emily, que a principio é uma menina de rua de apenas 16 anos e que recebe uma proposta a se alistar em uma escola especial . Onde oque se aprende é a usar as palavras da forma correta, da forma que se possa persuadir outra pessoa a fazer as suas vontades.
Anos se passam e após ser punida por algo errado que faz ainda nos primeiros anos de escola. Emily rouba uma palavra, uma palavra poderosa e tem sua vida devastada em uma perseguição sem fim.
Como narrei anteriormente, foi um livro que não entendi nada até mais ou menos chegar a pagina 50, mas que depois me prendeu de uma forma surpreendente. E você se vê louco para descobrir qual o vinculo dessas duas historias e de como tudo isso vai terminar.
Nao foi a melhor leitura da minha vida. Mas super indico a leitura e espero que um dia eu possa vê essa historia nas telas do cinema. Porque dá um enredo sensacional.


site: https://www.instagram.com/marcellakast_/
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Rebeca102 03/09/2016

Livro surpreendente!
Livro surpreendente!
Léxico te prende do começo ao fim, é ação durante o livro todo.
Imagine uma escola que treina jovens talentosos para controlar a mente das pessoas usando PALAVRAS. Agora imagine uma jovem prodígio extremamente talentosa e um homem aparentemente imune a tais palavras. Pois bem este é Léxico.
Quando comecei a ler o livro não entendi qual a ligação dos personagens, pois os capítulos vão se intercalando entre um protagonista e outro e você não consegue entender o que um tem a ver com o outro, mas conforme o desenrolar da história, antes mesmo da grande revelação, você consegue desvendar esse mistério e é impressionante! . Super recomendo!
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CisoS 03/04/2016

Vai bem até a metade
Uma coisa é você acreditar em premissas inverossímeis, outra coisa é aceitar enredos que não têm nexo.
O livro segue as suas regras até próximo do final, quando a "coesão intrínseca" da história é abandonada.
Uma boa ideia inicial, uma escrita fluente e um final decepcionante, não por ser ou não "final feliz", mas por se chegar nele a qualquer custo.
TeoriaMetalica 12/04/2016minha estante
Me decepcionei também, achei que se perdeu (coisa recorrente nas obras dele) e quase abandono QUASE.


EuSouRose 14/04/2016minha estante
Quase não aguento chegar ao final do livro. Concordo inteiramente com sua última frase. E, pelo comentário do TeoriaMetalica, não vou voltar a ler livros desse autor.




Bee 10/03/2016

Persuasão e encantamento nas raízes linguísticas
A primeira coisa que você deve saber de Lexico, e eu vou colocar nestes termos, é que, sim, ele é um excelente livro para concorrer na sua lista de próximas leituras.
A segunda coisa é que, porra: poderia ser verdade. É tão intrigante, que nos faz pensar se não tem um fundo de verdade em toda essa ficção.

Escrito num estilo de frases que eu só tinha visto antes em "Garoto-Caranguejo", de Lavínia (Lavínia é um usuário do site Nyah Fanfiction, e "Garoto-Caranguejo" é uma fanfic; foda-se, estou comparando com uma fanfic sim ─ isso é século XXI), Max Barry constrói períodos que misturam duas frases cujos sentidos não tem tanto um a ver com outro. Isso facilita a leitura de um jeito novo, é como um caleidoscópio. Mas um que ajuda a construir mais rapidamente as cenas na imaginação, encaixando os detalhes menos importantes no thriller principal, sem parecer pretensioso. A primeira vez que vi essa técnica foi numa fanfic, a mesma anteriormente citada.

Entre a chuva de informações que posso escolher para falar da trama de Lexico, apenas uma ou duas poderiam ocupar essa resenha, para não deixar de fora os questionamentos pertinentes que são colocados aqui e ali, entre os capítulos do livro. São curiosidades que saem depois de uma cena de ação, cheia de "comprometidos", cuja história final que relatam nos jornais, na mídia, é completamente sugestiva, com o intuito de dar falsas explicações aos cidadãos de forma que eles não façam mais perguntas. É como um acidente em Roswell que é explicado ─ ou encoberto ─ no outro dia, como acidente com balão metereológico. E aí, o leitor começa a pensar em quantos casos mais já deixou passar o mesmo truque, sempre. Não dá para confiar nos jornais.

Lexico fala um pouco de PNL, em que as pessoas podem ser divididas em 228 segmentos de personalidades específicas, e para cada um desses segmentos, há uma "palavra mágica" que as deixa comprometida. Os agentes secretos dessa organização sem nome, os chamados poetas, justamente porque recebem nomes de poetas famosos ao longo da história: Virginia Woolf, T.S Eliot, Yeats, Charlote Bronte, definem sua personalidade por meio de perguntas simples, aparentemente aleatórios, e quando o conseguem, bastam que digam essas palavras mágicas e você as obedecerá em qualquer comando que seja. Mas tem uma palavra superior: a palavrárida, que consegue submeter qualquer pessoa, de qualquer língua, e de qualquer segmento que seja. E é em torno dela que gira toda a trama.

Uma trama realmente palpável sobre como conteúdo verbal pode persuadir, enganar, ou realmente comprometer uma pessoa à qualquer nível, por maior que seja. E não falo isso apenas pelos exemplos bestiais de vendedores de sapatos que sabem "abordar aquela pessoa da maneira certa", mas também pelos sociopatas reais que podem ser extremamente ardilosos em plantar uma ideia na sua mente, às vezes, criando novos léxicos. "Você não pode destruir uma ideia", op. cit. The Inception. E o livro de Barry ganha pontos porque ele não fica apenas na teoria vazia de um plot de ficção, mas chega a traçar os "comos" do seu próprio plot: seja sobre PNL, sobre raízes linguísticas e até o mito de Babel, para dar base à sua crítica. É muito bem pensado. Brilhante.

"... o poder sobre o desejo de uma pessoa por conhecimento era chamado de influência social informacional, ao passo que o poder sobre o desejo de uma pessoa de ser apreciada era chamado de influência social normativa. Aprendeu que se podia classificar a personalidade de um alguém em umas duzentas e vinte e oito categorias psicográficas, com um pequeno número de perguntas bem direcionadas, além da observação, e isso era chamado segmentação."

"... o fato era que, se prestar atenção, as pessoas tentavam persuadir umas às outras o tempo todo. Era tudo o que faziam."
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Laís Helena 09/03/2016

Resenha do blog Sonhos, Imaginação & Fantasia
Léxico traz uma premissa muitíssimo interessante: o controle das pessoas de diferentes personalidades por meio de conjuntos específicos de palavras. Esse controle é estudado e praticado por uma organização especial, cujos membros (que usam nomes de poetas famosos para esconder suas identidades) são treinados de modo a identificar as personalidades das pessoas a serem controladas e a usar as palavras corretas para isso.

Em meio a isso tudo, o autor nos apresenta dois protagonistas: Wil Parke, que perdeu a memória e é perseguido e sequestrado por dois homens, cujos objetivos são obscuros, e Emily Ruff, que foi convidada a estudar para se tornar uma poeta. Em paralelo, conhecemos a história de Broken Hill, uma cidade australiana que foi dizimada por uma palavra.

Com essa premissa, o livro nos envolve em uma trama interessante e bem elaborada, com pistas que são apresentadas aos poucos e nos surpreendem a cada capítulo.

A narrativa em terceira pessoa se alterna entre os pontos de vistas de vários personagens, mas, principalmente, Wil e Emily. É satisfatória durante grande parte do tempo, mas ficou apressada em alguns pontos e, especialmente no começo, um tanto confusa; apesar de ter entendido que o objetivo era mostrar a desorientação de Wil, que havia perdido a memória e se encontrava em uma situação da qual não entendia nada, a narrativa ao meu ver não deve confundir o leitor também (e sim mostrar a confusão do personagem). No entanto, isso aconteceu só nos primeiros capítulos, e no restante do livro a escrita fluiu bem e cumpriu seu papel de me deixar presa à história.

Cada um dos personagens mais importantes têm ponto de vista e por isso podemos conhecer e compreender um pouco de cada um, mas o melhor caracterizado foi Emily Ruff. Quanto aos demais, porém, senti que mereciam um pouco mais de atenção, especialmente Wil (embora não deixem de ser bons personagens). Ainda assim, eles vão se revelando aos poucos junto com o andar da trama, o que foi muito interessante.

A trama se revela nos últimos capítulos, mas algumas coisas são deixadas para o leitor e, no todo, o final me deixou satisfeita. O ponto alto foi mesmo a ideia de usar palavras para convencer (e por consequência controlar) pessoas, que me atraiu muito e me deixou presa à história do início ao fim.

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2016/03/resenha80.html
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Alisson 26/02/2016

Inteligente
Está ai um livro que me surpreendeu positivamente. É um thriller com pegada de ficção científica e com muita, muita ação! Depois do sucesso de Markus Zusak, a literatura australiana pode colocar um novo nome australiano no cenário da literatura mundial.
A ideia do livro é inteligente. Uma escola exclusiva que ensina persuasão para alunos superdotados, rigorosa e bem estruturada, recebe sua nova aluna: Emily Ruff. Ela morava nas ruas de São Francisco e foi descoberta por um dos membros da organização. A princípio, ela não percebe a grandeza do projeto, tudo o que sabe é que aquela escola não tem nada de comum. Ela aprenderá, necessariamente, palavras.
Wil Parke é um carpinteiro que não se lembra de nada que aconteceu no último ano. Em um dia qualquer, ele passa a ser perseguidos por pessoas desconhecidas que tem nomes de poetas. Ele é capturado, e então começa uma aventura alucinante com Tom Eliot, a fim de salvar o mundo de um artefato letal que foi parar nas mãos erradas: a palavrárida.
Léxico é uma trama fascinante e bem construída, com bom embasamento científico e neurolínguistico para explicar o poder das palavras. As pessoas têm o poder de manipular outras pessoas de acordo com o segmento de cada uma delas. Quanto mais se conhece uma pessoa, mas se consegue persuadi-la com palavras.
A escrita é em terceira pessoa, mas o autor consegue muito bem explanar os sentimentos dos dois personagens principais. Até certo ponto. Os personagens são totalmente indecifráveis, o que torna difícil descobrir quem são os vilões da história. Os diálogos não permitem que a leitura seja cansativa. O final é inteligente e eletrizante.
Uma dica: se começar a ler o livro, pelo amor de Deus, leia até o fim!
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Tamires 04/09/2015

Palavreando
O poder das palavras, me surpreendi do começo ao fim. Leitura envolvente
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PorEssasPáginas 02/09/2015

Temos aqui a história dividida em quatro partes, não necessariamente cronológicas, com capítulos narrados em terceira pessoa, alternando principalmente entre os pontos de vista de Emily e Wil, sendo possível também ler ações de outros personagens secundários importantes aqui e ali.

A princípio não conseguimos saber o que acontece porque, como eu disse acima, a ordem cronológica é diferente de um ponto de vista para outro e você não sabe ao certo como as histórias de Emily e Wil vão se conectar. Temos a perseguição desenfreada a Wil, que foi sequestrado por poetas renegados. A seguir, temos a história de Emily desde seu recrutamento para a escola, feito como um formulário com perguntas-chave, até seus dezoito anos, quando é obrigada a ir para a Austrália. O que as duas histórias tem em comum? Nessa primeira parte, praticamente nada.

A partir da segunda parte, encontramos Emily alguns anos depois. Embora as passagens da fuga de Wil continuem – e descobrimos alguns fatos importantes a respeito de Eliot, seu raptor/salvador, e a organização para a qual ele trabalhava, os capítulos da história de Emily são mais interessantes, ainda mais quando o chefão da organização, Yeats, aparece, direta ou indiretamente. É aí que a história começa a tomar uma forma mais consistente e a leitura passa a te prender.

A história como um todo é bem inteligente e com muita ação. Mas a cronologia das narrativas atrapalhou um pouco o andamento da leitura, porque uma hora você está lendo algo do presente, em seguida você está lendo algo que já aconteceu há um bom tempo, mas não tem noção disso. Eu também achei que alguns personagens secundários foram negligenciados e provavelmente quem leu teve muita curiosidade de saber a história de Eliot, mas a história completa.

Além dos personagens secundários, deu para sentir que o autor quis resguardar de certa forma a vida dos protagonistas, tanto que não ficamos sabendo muito sobre eles. Os motivos que levaram Emily a trabalhar com jogo de cartas nas ruas e algumas coisas que acontecem a Wil foram descritas de forma mais superficial, não foi considerada importante pelo autor. Mesmo assim, a leitura fluiu e o que eu pensava que seria uma leitura entediante com um início confuso, se tornou algo muito melhor e mais prazeroso.

Foi o tipo de livro que me fez lembrar muito alguns filmes de ação e suspense em que a vida do protagonista antes dos acontecimentos da história é irrelevante. Apenas os fatos pertinentes que levaram à conclusão da trama foram revelados – e até aí tudo bem, já basta o nó que a trama toda dá – e estou falando no bom sentido, já que esse livro faz você mesmo montar um quebra-cabeça para conseguir chegar à conclusão.

Sim, é um livro que merece ser lido. E apostaria em uma adaptação para os cinemas, se for bem feita, seria um sucesso.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-lexico
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Frank 12/08/2015

A palavra tem poder
Em termos de estrutura é um livro simples e que lembra bastante um filme do 007 ou Missão: Impossível. Uma grande tragédia, uma ameaça global, perseguições, e principalmente, que é o foco desse livro, manipulações. Ao invés de armas (alguns personagens usam armas), a verdadeira arma é a palavra.

Se você gosta de línguas, acredita que as palavras tem poder, entende que cada informação que passamos adiante está carregada de significados e sabe quando manipula alguém ou quando é manipulado, então vai gostar muito desse livro. Ademais, é um bom livro de ficção.

Nesse livro o que importa é como é contada a história. "Comprei" a ideia do livro, que as pessoas poderiam controlar umas as outras usando as palavras certas, e é importante acreditar nisso se não o enredo não faz sentido. Nesse aspecto, por mais cliché que for, eu amei todo o enredo, a forma como a mocinha não é bem mocinha, é meio vilã, mas o verdadeiro vilão é outro que se passou de mocinho e etc. Gosto disso, de descobrir as coisas.

O que me incomodou foram as transições de presente para um passado distante ou menos distante. Eu não achei, no início, uma boa ideia. Me confundiu um pouco até eu me acostumar, mas depois da primeira revelação, ficou evidente que o autor não poderia jamais fazer essa distinção tão marcada se não estragaria parte da graça.

Resumindo, é meu novo livro favorito. Com toda o significado que "favorito" pode ter.
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fsamanta (@sam_leitora) 03/08/2015

Uma boa idéia porcamente estruturada e desenvolvida. A história é que existe uma organização de pessoas altamente persuasivas, que desenvolvem o dom da palavra, atuando secretamente no mundo. Interessante, não? O que é bom acaba aí. Os personagens são pessimamente desenvolvidos, há reviravoltas de comportamento incoerentes ao longo da história.
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Gabrielli 18/07/2015

Queria dizer apenas que eu não estou muito bem com tudo isso. Minha internet caiu ontem então não tive como fazer um comentário no histórico de leitura. Vou usar desse espaço aqui mesmo. Queria dizer que o livro te surpreende o tempo todo, que nada segue da maneira como você imagina. Queria dizer um monte de coisas, mas meu léxico não me permite. Só sei que me lembrou de uma coisa que me disseram, e dizem várias vezes: "palavra tem poder". E tem mesmo. Poder pra caralho.
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Angel 12/06/2015

Complexo e Fascinante
"Não se precisava de palavras para sentir"

Existem livros que conversam com você através da capa, aqueles que pedem para você o abrir e ler a história que está guardada dentro dele, assim foi a minha relação com Léxico.

Léxico é o repertório de palavras úteis, palavras que você pode usar para persuadir pessoas pra que elas façam exatamente o que você mandar. Emily é uma garota que fugiu de casa muito jovem e vive com o dinheiro que ganha trapaceando em jogos de cartas, já Wil é apenas um carpinteiro que não sabe de muita coisa até ser sequestrado por dois poetas.

Os poetas fazem parte de uma organização que treina jovens para melhorarem seu léxico, todos os alunos dessa Academia ganham um nome de um poeta famoso assim que se formam, e é esse nome que levam pra vida toda.

Por ser considerada alguém bastante talentosa, Emily é recrutada para fazer os testes da Academia, e apesar de não acreditar no que irá ganhar se conseguir ser aprovada nos tais testes, ela decide ir, e lá sua mente e seu vocabulário se expandem.

As aulas são sempre voltadas à linguística, eles começam a conhecer as origens de cada palavra, e no decorrer do curso, cada um deles recebe um envelope onde estão escritas três palavras, essas palavras são capazes de desativar a proteção do cérebro para que ele possa receber qualquer ordem. Assim, eles são orientados a esconder essas palavras e praticá-las todas as noites, isso fará com que aumentem sua resistência, essa será sua defesa (pessoas podem ser classificadas em até duzentos e vinte e oito categorias psicográficas, isso se chama segmentação. A categoria é atribuída à pessoa de acordo com sua personalidade. Quando se percebe a personalidade de alguém, sabem-se as palavras que a podem comprometer, por isso os poetas não podem demonstrar nenhum tipo de desejo, ou deixar transparecer qualquer traço de sua personalidade).

"Você não entende mesmo. O conceito básico do amor. De valorizar aquilo que você sente"

Enquanto isso Wil é levado pelos poetas em busca da palavrárida (uma palavra que pode comprometer várias pessoas de uma só vez), pois se acredita que ele é imune a persuasão. Essa palavra encontra-se em uma cidade onde anos atrás aconteceu uma tragédia que matou 3 mil pessoas, e todas as pessoas que entraram na cidade depois da tragédia, nunca saíram de lá.

Léxico é um livro bem complexo que carrega uma história fascinante e surpreendente, é aquele tipo de leitura que você precisa repetir tantas vezes quanto possível pra entender e perceber quanta coisa passou despercebido por você.

Qualquer outro comentário deve ser feito com cuidado, pois cada informação pode comprometer a experiência que é ler Léxico, então se você ama expandir seu vocabulário e é fascinado por palavras esse é seu livro, o livro que vai ensinar de uma forma totalmente literal que palavras podem matar.

site: http://coracao-de-leitora.blogspot.com.br/2015/06/resenha-lexico-max-barry.html
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