O Jogo de Ripper

O Jogo de Ripper Isabel Allende




Resenhas - O Jogo de Ripper


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Marcianeysa 16/02/2022

Decepcionante
O livro não é ruim, mas sendo de Isabel Allende, minhas expectativas estavam grandes. Muitos personagens e nenhum conseguiu me causar qualquer empatia. Já desconfiava do assassino no meio do livro, o final é bem inesperado.
Pedro 16/02/2022minha estante
Não é fácil ler 500 páginas para se decepcionar. Vida de leitora não é fácil. ????


Briciajhs 21/03/2023minha estante
Acho que você precisa então ler de novo, só que prestando mais atenção ?




Dany 03/05/2020

Indefinido
Primeira decepção o livro estava no português de Portugal.
Segunda, muita enrolação, só depois de 250 páginas é que o livro tem alguma ação.
O final é razoável só porque não é um clichê.
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Lucas 24/03/2022

A coragem de ousar: Os riscos que um (a) autor (a) corre ao sair de sua zona de conforto
De forma universal, não é raro que se encontrem autores (as) marcados (as) por um determinado estilo, mas que se aventuram por outros segmentos literários. Isso é muito comum no jornalismo especialmente, onde um cronista, por exemplo, vira um contador de histórias nato e parte para ficções mais elaboradas ou biografias mais robustas, talvez para alimentar seu insaciável viés investigativo oriundo da sua profissão.

A chilena Isabel Allende (1942-), uma das grandes escritoras do nosso tempo, simboliza essa amplitude literária. Ao se ler o inesquecível A Casa dos Espíritos (1982), seu primeiro livro e sua obra mais significativa, o leitor tem diante de si um pouco dessa mistura de estilos: sobre um cerne ficcional, Allende conta a história de várias gerações de duas famílias, misturando fantasia, espiritismo, lendas, realismo mágico e traços muito fortes do seu país natal, tudo isso entrelaçado por mulheres fortes, verdadeiras fortalezas femininas. Essa mistura se faz mais ou menos presente em várias obras da autora, tais como Longa Pétala do Mar (2019), O Caderno de Maya (2011), Paula (de 1995, dedicado à sua filha de mesmo nome, morta aos trinta anos), Eva Luna (1987), o atual Violeta (lançado no Brasil neste início de 2022), dentre outras obras significativas.

O Jogo de Ripper (2014) corresponde, dentro do numeroso rol de obras de Allende, à uma guinada radical dentro desse seu estilo histórico/fantasioso que tão bem a define. Desse modo, antes de quaisquer críticas (inevitáveis) ao livro, é importante que se reconheça que uma escritora com tantos sucessos e tão conhecida na América Latina necessita de uma enorme dose de coragem para se aventurar dentro de um estilo tão diferente que é o romance estritamente policial.

O livro se passa entre o final de 2011 e o primeiro quadrimestre de 2012 na Califórnia, mais especificamente em São Francisco. A protagonista é Amanda Martín, uma menina reservada e inteligente de 17 anos. Seu papel de protagonismo se deve ao tal "jogo" do título. O Jogo de Ripper é organizado pela "mestra", Amanda, que participa das reuniões virtuais que correspondem ao jogo. Os participantes são, além dela, um garoto paraplégico da Nova Zelândia, um rapaz isolado de Nova Jersey (na costa leste dos EUA), uma menina com desequilíbrio alimentar do Canadá e um jovem afrodescendente morador de Reno, cidade norte-americana do estado de Nevada. Além destes, Blake Jackson, avô e melhor amigo de Amanda, também participa do jogo. Todos os participantes usam personagens virtuais com as quais interagem com os outros, tentando decifrar crimes antigos (como os do inglês Jack, o Estripador, cuja identidade nunca foi descoberta e que cometeu uma série de assassinatos brutais em Londres no final do século XIX. Deriva dele, inclusive, a influência no título do livro: Ripper significa estripador em inglês).

Além de Amanda e seu avô Blake, a narrativa, a rigor, gira em torno de mais dois personagens essenciais: Bob Martín, inspetor-chefe de polícia de São Francisco e a qual, por coincidência (!) é pai de Amanda e Indiana Jackson, uma espécie de "massagista/terapeuta" e que é mãe da protagonista. O fato de Bob e Indiana serem divorciados é um aspecto que contribui para que a narrativa amplie seus horizontes, já que ela, uma mulher linda e sensível, atrai a atenção de muitos pretendentes (alguns deles posteriormente suspeitos).

A tal suspeição que se cria diante destes pretendentes (não somente eles, mas também clientes de Indiana e uma miríade de outros personagens secundários de relações familiares com os protagonistas) deriva de uma série de assassinatos brutais que ocorrem em São Francisco no período compreendido pela narrativa do livro. Em função da proximidade (não apenas geográfica) destes crimes com Amanda, o jogo adquire ares de uma importância mais fundamental do que simples distração.

Isso é tudo para que o contexto da obra seja delimitado eficazmente, já que um dos grandes artefatos de entretenimento de um romance policial é o mistério. E O Jogo de Ripper traz uma gama de suspeitos e possíveis respostas à pergunta "Quem matou?", que vem estampada em qualquer livro desse tipo de literatura. Desse modo, é o momento e a ocasião de refletir-se um pouco sobre a montagem desse mistério e a narrativa em si, em detrimento de comentar mais explicitamente o enredo narrativo.

Nesse aspecto, torna-se dominante a conclusão (também mencionada na maioria das resenhas) de que O Jogo de Ripper trata-se de um livro com alguns problemas. O principal deles, no meu entender, relaciona-se com a forma com que a narrativa é estruturada. Allende investe centenas de páginas em descrever vários personagens e seus antepassados (uma marca do seu estilo tradicional, o apego às hereditariedades) as quais contribuem pouquíssimo ao desfecho, protagonizado por três personagens. É curioso pensar também que os três protagonistas citados não estão envolvidos conjunta e diretamente na última cena do romance, tão fundamental num livro policial. Talvez a autora tenha usado essa infinidade de descrições como uma tática de distração, mas ela consegue mais cansar do que confundir a mente do leitor.

Este aspecto acaba emperrando um dos grandes motes de um romance policial: seu caráter cinematográfico. A forma (elogiável, apesar de alguns "furos" cronológicos) de conceber a narrativa numa "linha do tempo", com capítulos baseados em meses e subcapítulos baseados em dias, é o principal elemento condutor desse ritmo cinematográfico quando, em tese, o que deveria exprimir a ação caracterizadora desse tipo de livro são as escolhas e atitudes dos personagens.

Tal atitude gera outro reflexo: O Jogo de Ripper é um livro desbalanceado. Explica-se isso em função do caráter frenético nas últimas cem páginas, marcadas pela cinematografia ausente até ali e uma enormidade de informações úteis, cujas revelações poderiam ter sido antecipadas. Novos nomes, personalidades e até mesmo personagens surgem nesse final, a qual, apesar de conduzirem a um desfecho não tão tradicional, amenizam o impacto causado ao leitor. Muitos detalhes de alguns mistérios não são respondidos e a narrativa não abre espaço para que o leitor conjecture soluções possíveis a eles.

Entretanto (e felizmente, há um "entretanto"), Allende é bem feliz nos tópicos abordados que ajudam a contextualizar o enredo. Violência infantil (física e psicológica), dependência química, drogas, imigração, bullying, stress pós-trumático, religião e misticismo, entre outros, são elementos bem desenvolvidos pela autora. Mesmo que alguns destes formem aquele bloco de descrições que se revelam inúteis à linha narrativa principal, tratam-se de temas contemporâneos e que são desenvolvidos numa medida adequada.

Ao se dissecar O Jogo de Ripper, a impressão final é a de que trata-se de um livro com problemas, mas que por ser um romance que destoa totalmente da trajetória literária da sua autora, precisa ser encarado com uma menor dose de expectativa. É uma obra típica para equilibrar o leitor entre leituras mais profundas e filosóficas. Qualquer presunção acima disso pode trazer frustração a quem lê, sentimento este que não combina com as outras experiências que Isabel Allende tão bem proporciona.
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Jorge 12/05/2021

O Jogo de Ripper.
Na minha opinião, o início foi um pouco aborrecido, mas tive a oportunidade de conhecer melhor os personagens. A ação começa nos 3/4 do livro, aproximadamente, mas o final vale a pena. Ótimo livro.
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Daycir 28/06/2014

Lindo!
Nunca conseguiria imaginar Isabel (minha musa)falando de suspense!!!
Mas só ela mesmo teria essa capacidade de falar de assassinatos e de amor ao mesmo tempo....melhor ainda, de coisas terríveis e de todas aquelas travessuras "espirituais" (que é averdadeira praia de Isabel!!! misticismo, espiritualidade, antepassados e família).
Trama deliciosa, bem desenvolvida, firma pé em uma sequência de assassinatos que parecem aleatórios, mas que tem o mesmo autor. As personagens principais, mãe e filha, atravessam a estória entre mistérios e conflitos emocionais, sempre mostrando as mulheres fortes que são a característica de Allende.
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Katherina.Romijn 04/08/2020

Só o final prestou
A história na sinopse me chamou muita atenção e por isso comprei, porém com o decorrer da minha leitura percebi que não era exatamente aquilo. O livro tinha tudo para ser bom só que infelizmente não foi. Tinha muitos detalhes totalmente desnecessários e que se fossem retiradas, o livro seria bem menor. Não tive nenhuma emoção lendo e só li o livro para acabar logo. A melhor parte foi o final, realmente me surpreendeu. Fiquei chocada com a revelação e o motivo. Na minha opinião, eu não compraria e nem leria de novo.
Nane 23/03/2022minha estante
Vim ver as resenhas justamente porque foi um livro que eu to há mais de ano tentando ler, sempre paro no meio em empolgo com outros, esquecendo o primeiro. Pelo visto, vale a pena insistir pelo final. Obrigada




Blog MDL 11/01/2015

Amanda é uma garota de dezesseis anos com uma inteligência acima da média e uma tendência a não conseguir se enturmar com as pessoas da sua idade. Filha do inspetor Bob Martín, desde cedo ela aprendeu a conviver com crimes, apesar dos seus pais terem se separado quando ela ainda era criança. Por estudar em um colégio interno, ela pouco convivia com a sua família, mas isso não a impedia de ter laços profundos com os seus parentes, já que encontrando no seu avô, Blake Jackson, o seu melhor amigo, ela divide com ele todos os segredos que envolve o jogo do Ripper – um RPG do qual ela é mestra. No começo, ela e os participantes que ela comandava não analisavam crimes reais, mas quando uma astróloga e amiga da família fala no seu programa de TV que em São Francisco terá um banho de sangue, e logo após isso crimes assustadores começam a ocorrer, ela e seus amigos decidem fazer uma investigação a sua maneira. Ela só não imaginava que as coisas fossem sair do controle o suficiente para que alguém que ela ama se tornasse uma das vítimas do perigoso assassino.

Uma das coisas que sempre gostei nos romances policiais mais complexos, é a capacidade que determinados autores tem de incluir em meio as cenas trágicas, um toque de humanidade através do aprofundamento dos seus personagens principais. Esse é um dos pontos que considero mais importantes se o livro for o primeiro de uma série e muito atencioso por parte do autor se for um livro único. No entanto, Isabel Allende se perdeu em meio a apresentação dos seus personagens, ainda mais quando ela fez questão de escrever a história de vida de praticamente todos os personagens que rodeiam a protagonista da história. Ela perdeu tanto tempo com isso que quando alcancei mais da metade do livro eu não sabia quase nada sobre os crimes e sabia muito sobre personagens que eu sequer tinha curiosidade de conhecer.

Esse foi um dos maiores erros que encontrei em "O Jogo do Ripper". A autora se preocupou demais em humanizar os seus personagens ao invés de buscar mostrar os aspectos dos crimes, as cenas de cada um deles, a investigação e outras coisas que são tão necessárias para envolver um leitor do gênero policial. O pouco que ela explora sobre esse aspecto nas primeiras duzentas páginas fica restrito aos relatos dos jogadores do RPG Ripper. E é aí onde está concentrado um dos aspectos mais estranhos do livro, já que deixando quase que exclusivamente a cargo dos adolescentes que participam o jogo a missão de resolver os assassinatos ocorridos na cidade de São Francisco, a polícia em si parece não servir para nada mais que fornecer detalhes dos crimes aos jogadores através do inspetor Bob Martín, que é o pai de Amanda e ex-sogro de Blake Jackson.

Esse vazamento de informações foi algo tão absurdo que eu continuei a leitura embasbacada em como os pais de Amanda criticavam o fato dela gostar de coisas mórbidas sendo que um deles continuava alimentando isso através do fornecimento de detalhes dos casos em que estava trabalhando. É certo que o Martín fornecia certas informações apenas ao Blake, mas ele sabia que o avô da menina também jogava Ripper e querendo ou não, tudo ia parar nas mãos de Amanda. Essas contradições me incomodaram bastante, ainda mais quando penso que mesmo com todo o acesso privilegiado que a garota tinha, ela não era o verdadeiro cérebro por trás das descobertas, mas sim os demais participantes do jogo. O papel dela parecia ser apenas conseguir as informações para o grupo e não participar ativamente das pesquisas e consequentemente das descobertas. Entretanto, mesmo assim era ela quem colhia todos os louros pela luz que os participantes lançavam aos casos e que ela contava ao seu pai. Achei injusto.

Particularmente eu achei a Amanda uma personagem muito chatinha. Ela não despertou nenhum pouco da minha simpatia e as passagens com ela só eram bacanas por causa dos jogadores do Ripper. No entanto, o que a autora economizou em boas características para essa personagem, ela foi generosa com o Ryan Miller. De longe, ele foi o personagem que mais gostei da história, com um estilo bem durão de ser, o ex navy seal e seu leal cachorro de guerra, Átila, me conquistaram do início ao fim. Toda vez que ele aparecia em cena, eu me concentrava mais ainda na leitura porque sabia que coisa boa viria. Ele não me decepcionou em nenhum momento e foi o responsável pelo meu misto de amor e ódio pela mãe de Amanda, a Indiana. De verdade, nunca vi alguém tão no mundo da lua quanto ela. Se ela não tivesse a tendência de escolher os caras errados, teria adorado o jeitinho louco dela de quem acredita em medicina alternativa e rega uma pé de maconha que ganhou de presente.

E é diante de tantos aspectos dispares que se eu pudesse definir esse livro em uma palavra eu diria, contraditório. A verdade é que Isabel Allende tem uma escrita muito gostosa de acompanhar e muita sensibilidade, porém, apesar da ideia de "O Jogo de Ripper" ser boa, esse foco nas emoções que parecem ser uma característica da autora, acabou atrapalhando e muito a construção do livro como um todo. Ao final, senti que ela estava perdida em um gênero que definitivamente não é para ela. Faltou explicações a respeito de personagens que desapareceram subitamente da trama e não foram mais mencionados e faltou uma maior abordagem acerca do vilão que apesar de ser muito interessante, só passa a fazer parte da narrativa de maneira mais notória nas páginas finais do livro. Sinceramente, não é um livro ruim, mas é preciso ter muita boa vontade para classificá-lo como policial.

site: http://www.mundodoslivros.com/2015/01/resenha-o-jogo-de-ripper-por-isabel.html
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Literatura 15/05/2014

Um jogo perigoso
Falar de Isabel Allende, para mim, é falar de um fonte de inspiração quando o assunto é realismo fantástico. A casa dos espíritos, Eva Luna, De amor e de sombra e até mesmo Zorro trouxeram para mim um universo mágico de inspirações. Lógico que teve suas derrapadas – eu poderia ficar sem ler As aventuras da águia e do jaguar – mas a riqueza dos seus personagens é única.

Por isso, foi com uma mescla de receio e curiosidade que vi o anúncio de que a autora ia lançar o seu primeiro thriller. O jogo do Ripper (Bertrand Brasil, 490 páginas) fala sobre 5 jovens em lugares diferentes do mundo que jogam um cibergame e leva o nome do livro. Nele, os jovens resolvem os mais loucos casos policiais… De mentira, é claro. Até que uma série de crimes em São Francisco os envolve diretamente, já que Amanda, uma das jogadoras, é filha dos inspetor de homicídios da cidade. Até que a coisa fica séria e as pessoas que Amanda mais ama começam a correr risco de vida, em um plano perverso e cruel. Será que alguém poderia ajudá-los. A brincadeira cibernética iria se tornar real?

E é nesse clima que vemos o talento da artista surgir. Para quem se aventurou pela primeira vez, Isabel saiu-se muito bem. Criou uma gama de personagens verossímeis, um criminoso calculista e perspicaz e uma trama divertida, apesar de muitas vezes não se aprofundar em todos os personagens – que são muitos, afinal temos o universo de cada jogador. Em uma trajetória linear, ela abusa da própria imaginação e a do leitor, revelando ao seu modo o lado sombrio da natureza humana. Amanda e sua família, principalmente sua mãe, Indiana, são habilmente tecidos, evidenciando-se e caindo no gosto do leitor.

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/noticias/resenha-o-jogo-do-ripper-um-jogo-perigoso/#.U3VNxvldXuI
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Jacqueline 26/05/2014

RPG para solucionar crimes
Isabel Allende iniciou sua carreira literária como jornalista no Chile e na Venezuela. Seu primeiro romance, A casa dos espíritos, tornou-se um dos títulos míticos da literatura latino-americana.
O jogo de Ripper, marca a estreia da autora no gênero romance policial, e exigiu meses de pesquisa sobre o universo do RPG.
Eu estava bastante ansiosa para conhecer a escrita da autora, e não me decepcionei.


"Minha mãe ainda está viva, mas ele vai matá-la na Sexta-feira Santa, à meia-noite", disse Amanda Martín ao inspetor-chefe, e o policial não a contestou, porque a garota vivia dando provas de que sabia mais do que ele e tordos os seus colegas do Departamento de Homicídios."

5 participantes de diferentes países, reúnem-se via skype para jogar Ripper, um jogo de RPG que consiste em decifrar os enigmas por trás de diversos crimes fictícios. Quando vários homicídios em São Francisco ganham destaque na mídia, os participantes decidem investigar o mistério por trás das estranhas mortes. Amanda - a mestra do jogo - conta com a ajuda do seu avô, e também de informações cruciais fornecidas pelo pai, o inspetor da Divisão de Homicídios, para desvendar qual seria a ligação entre as vítimas. Quando a mãe de Amanda se torna a próxima vítima, eles precisarão correr contra o tempo, e solucionar o mistério o quanto antes.

Sempre tive curiosidade em conhecer as obras da autora, que são muito elogiadas no Brasil e em outros países. Achei interessante o fato dela se aventurar em um estilo totalmente novo, graças a sugestão de sua agente. A aventura deu certo.
Devo dizer que não sou familiarizada com o jogo de RPG, mas percebe-se que a autora fez sua lição de casa perfeitamente. A apresentação do jogo é fascinante. Me lembrou da época na minha remota adolescência, em que eu bancava a detetive jogando Carmen Sandiego no computador da escola (e decorava a bandeira de todos os países). E quem não gosta de bancar o detetive? Só que aqui os participantes acabam investigando crimes reais, que é quando a coisa começa a ficar séria.

Allende traz uma trama recheada de tensão, onde seus personagens se destacam pela riqueza de detalhes com a qual nos são apresentados.
Amanda é a responsável pelo jogo, e é movida pelo vício em crimes sinistros, e nas horas vagas adora estudar sobre as motivações de um serial killer. Nem preciso dizer que super me identifiquei com ela.
O grupo de jogadores é formado por um time bastante eclético, e cada participante possui uma diferente contribuição para o jogo, cada um elucidando o crime à sua maneira.
Enquanto a maioria dos romances policiais trazem detetives, policiais, e até legistas na linha de frente para resolver os crimes, Isabel ousou em abordar o universo do RPG. É evidente que as descobertas que eles realizam só se tornam críveis graças a ajuda do avô de Amanda, que através do ex-genro tem acesso aos relatórios da polícia. Inclusive, a relação da neta com o avô é a coisa mais linda de se ver.

Embora sua narrativa seja repleta de minúcias, a leitura é fluída. Há diversas nuances interessantes em seus personagens, uma vez que Isabel gasta um tempo significativo construindo passado e presente de cada um, levantando várias suspeitas ao longo do livro.
De todos os personagens, a caracterização do navy seal, Ryan Miller, me surpreendeu pela profundidade. A narração de sua incursão na fronteira do Paquistão, junto com o seu fiel cachorro Atila, foi emocionante.
O Jogo de Ripper me surpreendeu no quesito construção do serial killer. Eu até cheguei a suspeitar do assassino por eliminação, mas jamais imaginaria a motivação por trás dos crimes. Foi brilhante. Para dar um toque angustiante, Allende ainda traz no desfecho a narração do assassino em primeira pessoa.

O thriller muito bem montado de Allende me surpreendeu, e prendeu minha atenção do início ao fim. Não posso afirmar que é uma leitura que irá agradar a todos, já que o ritmo é bem lento, mas garanto que quem der uma chance não irá se arrepender

site: www.mybooklit.com
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Madalena 15/06/2014

O jogo de Ripper

Eu descobri este livro a partir de um anuncio televisivo, assim que olhei para a capa e ouvi o resumo decidi que tinha que lê-lo, apesar de me lembrar daquele ditado "não julgues um livro pela capa", foi para mim impossível não colocar uma forte expectativa sobre ele assim que o vi.
O livro conta-nos a história de Indiana e Amanda Jackson, mãe e filha,que não poderiam ser mais diferentes. Indiana,é terapeuta holística e valoriza a bondade e liberdade de espírito. Há muito divorciada do pai de Amanda, resiste a comprometer-se com qualquer um dos homens que a deseja: Alan, membro de uma família da elite de São Francisco, e Ryan, um enigmático ex-navy seal marcado pelos horrores da guerra. Enquanto a mãe vê sempre o melhor nas pessoas, Amanda sente-se fascinada pelo lado obscuro da natureza humana. Brilhante e introvertida, é uma investigadora nata, viciada em livros policiais e em Ripper, um jogo de mistério online em que ela participa com outros adolescentes espalhados pelo mundo e com o avô, com quem mantém uma relação de estreita cumplicidade. Quando uma série de crimes ocorre em São Francisco, os membros de Ripper encontram terreno para saírem das investigações virtuais, descobrindo, bem antes da polícia, a existência de uma ligação entre os crimes. No momento em que Indiana desaparece, o caso torna-se pessoal, e Amanda tentará deslindar o mistério antes que seja demasiado tarde.
Mas mesmo com as expectativas elevadas o livro não me desiludio.
O livro prendeu-me da primeira a ultima pagina. Foi o primeiro livro de Isabel Allende que li, e gostei bastante do modo como esta escreve. O modo como nos narra cada episódio, dês dos mais banais aos mais complexos. Durante uma boa parte do livro os crimes não tem muito realce, o que podia fazer com que perdessemos todo o intresse em continuar a ler, mas não, o modo como a escritora nos da a conhecer tão intimamente cada personagem faz-nos sempre querer saber mais,mais e mais...
A partir do momento em que Indiana desaparece começa uma investigação a todo o gás, e o modo como vamos percebendo quem é o criminoso a partir das paginas que são narradas na primeira pessoa por este, para mim esta perfeito!


site: http://diferentetom.blogspot.pt/2014/05/o-jogo-de-ripper.html
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Thaisa 20/06/2014

Uma leitura bem interessante e cheia de suspense
Meu primeiro contato com Isabel Allende foi uma agradável surpresa. Quando vi o anúncio desse livro fui imediatamente conquistada pela capa e ao ver a palavrinha mágica, RPG, na sinopse sabia que precisava lê-lo. Jogos de RPG e interpretação de personagens é minha praia, apesar de não manter o hábito de jogar RPG de mesa e preferir os jogos online.
Comecei a ler o livro com uma grande expectativa. E não é que me surpreendi?! Me surpreendi de uma forma muito positiva pois essas 490 páginas foram fascinantes. Confesso que fiquei um pouco triste no começo, pois esperava ver uma maior participação do Ripper nas investigações e como isso não acontecia achei que me decepcionaria com a leitura, porém, em determinado momento tudo começou a acontecer de uma forma tão intensa que vibrei e encontrei o que estava procurando no livro.

Confira a resenha completa no blog Minha Contracapa:

site: http://minhacontracapa.com.br/2014/06/resenha-o-jogo-de-ripper-de-isabel-allende/
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Rosana 12/01/2015

Fascinante
Fiquei maravilhada com o enredo que a autora criou nunca imaginei Isabel Allende escrevendo po genero policial, no começo fiquei meio que perdida mas foi só no inicio pois a leitura flui de maneira espetacular, muito bom, adorei...
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Saulo.Fragoso 22/06/2021

ESSE NÃO SERÁ UM THRILLER CLICHÊ
O jogo de Ripper foi inesperado para mim. Sendo ele o primeiro livro de Isabel Allende que estou lendo? tinha tudo para ser classificado como chato, mas não foi. É uma grande pena que tenha acabado e eu espero poder ler os outros! Pois O jogo de Ripper foi muito mais do que o meu esperado como um livro thriller.

INCRÍVEL!!
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23/09/2016

Autora envereda por outro gênero literário
Pelo que eu li na internet, Isabel Allende – uma das minhas autoras favoritas – começou a escrever este livro em parceria com o seu esposo, William Gordon. Mas o plano não deu certo e ela continuou sozinha.
Ripper é um jogo de RPG, que reúne alguns adolescentes de diferentes países, pela internet, que tem como objetivo desvendar alguns crimes. A mestra do jogo é Amanda, que é filha do inspetor Bob Martím e de Indiana, e mora na cidade de San Francisco. Uma série de assassinatos começa a acontecer nesta cidade e os participantes passam a achar que os crimes têm ligações entre si. E o quê era um simples jogo, começa a ficar mais sério e pessoas próximas a Amanda podem correr risco de vida.
Este romance é muito diferente de todos os outros que já havia lido da autora, que me conquistou com histórias e personagens marcantes, densos e apaixonantes. E com o seu realismo fantástico, que nos proporciona uma leitura tão encantadora e viciante. Este livro – que aborda assuntos tão atuais: skype, jogos virtuais, e outros – é um suspense policial. Uma série de crimes acontece e o leitor começa a fazer conjecturas sobre quem é o assassino.
Destaque para a construção dos personagens da narrativa, como o avô de Amanda, Blake Jackson, que repassa para a neta as informações obtidas nas investigações conduzidas pelo seu ex-sogro, inspetor Bob Martím e posteriormente, acaba se tornando um dos jogadores; o ex navy seal, Ryan Miller e seu cão, Átila; a mãe de Amanda, Indiana, dentre outros. Porém, acho que o enredo peca um pouco. Não consegui me envolver tanto com o suspense da narrativa, como alguns outros thrillers do gênero.
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Bianca 15/02/2020

Excelente leitura
Muito diferente da Isabel Allende de A Casa dos Espíritos, mas um excelente triller policial.
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