A Filha do Louco

A Filha do Louco Megan Shepherd




Resenhas - A Filha do Louco


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BEmpoeirada 01/06/2014

A amoralidade pode ser justificada em nome da ciência?
Sabe quando um livro é bacana, você gostou dele, mas fica com um pé atrás? Pois é. Primeiro volume de uma trilogia, essa história se baseia em “A Ilha do Dr. Moreau”, de H. G. Wells, sendo narrada pela filha do dito doutor, Juliet Moreau.

A história se inicia em Londres do século 19, e a ambientação é bem gótica. Juliet tem 16 anos e o peso do mundo nas costas. Apesar de ter sido criada para ser uma dama, com o desaparecimento do pai e a morte da mãe, ela se vê obrigada a trabalhar como faxineira na ala de pesquisa médica da universidade em que seu pai lecionava antes do escândalo o obrigar a sumir do mapa. Juliet crê que seu pai esteja morto, até que o surgimento de um diagrama cirúrgico a coloca em contato com essa parte de seu passado através de Montgomery, o jovem assistente de seu pai.

Relutante, Montgomery concorda em levá-la até onde o Dr. Moreau se esconde, uma ilha no meio do Pacífico, e nesse percurso eles encontram Edward, um náufrago misterioso à beira da morte e que compõe a terceira ponta do triângulo amoroso. No entanto, a ilha tropical se prova uma prisão cercada de terror que coloca Juliet numa posição delicada, não apenas sobre seus sentimentos confusos, mas com sua própria essência. Afinal, os rumores parecem ter algum fundamento, e ser filha de seu pai talvez lhe garanta aquela falha de moralidade que parece estar no sangue, ou talvez vinda de sua criação.

Eu ainda não tive a chance de ler apropriadamente o livro que deu origem a esse, mas “dei uma passada de olhos” pra ter uma ideia da relação entre criador e criatura, e me pareceu que a autora mexeu um bocado em tudo, principalmente nos personagens (incluindo o meu favorito, que não seria favorito de forma alguma pelo que percebi da obra original), e acho que isso me deixou meio em cima do muro, como quando fazem uma adaptação para o cinema que descaracteriza o livro todo. O próximo volume é baseado em outro clássico, um dos meus favoritos, “O Médico e o Monstro”, de Robert Louis Stevenson, e vou ver aí se desço do muro ou caio dele.

Mas não há como desmerecer “A Filha do Louco” em si. Os personagens foram bem construídos, e a autora realmente sabe como contar uma história. Cheio de suspense e com alto poder descritivo, trechos desse livro me deram coisas e me deixaram com os joelhos meio moles. Há um quê de mórbido nele, mas quem é que resiste?


site: http://bibliotecaempoeirada.com.br/2014/05/resenha-a-filha-do-louco-megan-shepherd/
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Nainha 13/07/2014

A Filha do Louco conta a história de Juliet Moreau, uma garota que trabalha como arrumadeira. Mas a vida de Juliet nem sempre foi assim, ela já teve uma vida com vários privilégios, mas foi um escândalo sobre seu pai, Dr. Moreau, que destruiu a reputação dela e de sua mãe.


"... eu e minha mãe passamos a ser ignoradas pelas companhias que chamávamos de amigos." Pág. 27

Juliet está sozinha, tentando sobreviver e seguir com sua vida, mas ela acaba descobrindo evidências de que seu pai pode estar vivo. E ela fazer de tudo para descobrir se é verdade.


"Meu pai podia estar vivo." Pág. 26

Ela descobre que Montgomery, jovem assistente do seu pai e um antigo amigo, está por perto e pode ajuda-la a descobrir a verdade sobre seu pai. Mas não vai muito fácil fazer com que ele aceite ajuda-la, ele parece saber mais do que contar.


"Mas ali estava ele, a única pessoa que me conhecia, o único que compartilhava dos meus segredos sombrios." Pág. 37



Nos lugares mais obscuros, até mesmo o amor pode ser mortal


Quando vi a capa e a sinopse do livro fique com muita vontade de ler. E depois de tanta expectativas, não fiquei decepcionada. A história do livro se passa em uma época mais antiga e tem um toque sobrenatural. Sou apaixonada por livros de épocas e esse com uma pegada sobrenatural me conquistou mais ainda.

Não conseguia imaginar que a autora iria me surpreender tanto, não imaginava que acontecimentos seriam e as criações do Dr. Moreau me surpreenderam.

A vida de Juliet é cheia de segredos e ela vai descobrir que muitos segredos não foram revelados para ela, e se verá dentro de uma complicada situação. Juliet, antes do escândalo sobre seu pai, levava uma vida em relativa tranquilidade e depois precisa começar a trabalhar para poder se sustentar. Ela vai trabalhar aonde antes seu pai lecionava, percebemos que mesmo com as ideias contrárias a de seu pai, Juliet possui um grande conhecimento e ela está numa sociedade que acha que uma mulher não pode seguir uma carreira como a de seu pai. Juliet mesmo com um pensamento contrário as experiências de seu pai, ela percebe a grandiosidade do que ele consegue fazer e ela fica tentando balancear esses seus pensamentos contraditórios.

Juliet vai com Montgomery para a ilha em que seu pai está e descobre o porque dele ter fingido que morreu, e o porque de nunca ter entrado em contato com ela durante tanto tempo. Ao chegar na ilha ela vai perceber que muitas das histórias sobre as experiências de seu pai tem um fundo de verdade. Tem outros personagens no livro que são fascinantes, Montgomery, Edward e Balthazar. Cada personagem tem uma personalidade marcante e são cheios de "peculiaridades".

O livro acaba de um jeito surpreendente, mas me deixou querendo logo a continuação.


site: http://sonhosentrepontinhos.com/2014/07/14/resenha-a-filha-do-louco-megan-shepherd
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Arca Literária 30/07/2014

A Filha do Louco
Por:Amanda Luiza

Juliet Moreau é filha de um conhecido cirurgião, Dr. Moreau, porém após um escândalo envolvendo o nome de seu pai, ela vai morar na rua com sua mãe, passando por muitas dificuldades. Anos após o ocorrido, todos dando seu pai como morto, ela tem uma oportunidade de rever seu pai que esta vivo! Descobrindo assim, se todas as acusações feitas são verdadeiras ou não.
Retornamos a Londres do século XIX, eu particularmente adoro esse período. Esse livro foi uma agradável surpresa, não esperava uma historia tão envolvente. A Juliet é uma garota que sabe o que quer e ela quer a verdade. Apesar da ilusão de pai perfeito que ela tinha. Ela é muito inteligente e sabe bastante de anatomia, graças aos estudos com um livro que seu pai deixou para trás quando o sumiu no mundo.
Após reencontrar Montgomery, ex-empregado da família, ela descobre que seu pai estava vivo e vai com ele rever seu pai. Na viagem, um náufrago, Edward, é encontrado pelo navio que eles estavam viajando e vai para ilha do Dr. Moreau.
Megan Sheperd se inspirou no livro de H. G. Wells, a ilha do Dr. Moreau, só que seu livro conta a historia da filha dele. O livro é indicado para todos que gostam de um suspense com um toque de ficção cientifica, um livro que dá agonia e é intrigante, eu fiquei muito curiosa para saber o que havia na misteriosa ilha. Além do romance entre Montgomery, Juliet e Edward que é desesperador...
O final surpreende, eu particularmente gostei e não gostei, eu teria escrito diferente, mas o final foi bem escrito e não habitual.


site: http://portrasdoslivross.blogspot.com.br/
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Val 01/08/2014

Livro "A Filha do Louco"
"A filha do louco" é o primeiro livro da trilogia, mas apesar de ter uma base legal, não achei que ele me prendeu. Talvez os outros sejam diferentes e me façam gostar mais no decorrer da estória, mas por enquanto, eu de 5 estrelas, eu daria 3.
Juliet é chamada de "a filha do louco", pois vazou a história de que seu pai, um renomado cirurgião, chamado Dr. Moreau, dizendo que ele praticava vivissecação. Após isso, ele desapareceu, deixando a filha e a mãe na pobreza.
Por anos, ela achou que o pai estava morto, mas ao encontrar Montgomery, um antigo criado, ela descobre que o pai está vivo e vivendo bem longe!
Ao descobrir isso, ela decide ir com Montgomery para ir ver o seu pai, mas ele hesita. E ela se pergunta o motivo disso. Além disso, ela se pergunta o que havia acontecido com Balthazar, que estava acompanhando o ex-criado.
Mal sabe Juliet o mundo que está por descobrir, as atitudes e tudo mais. Um mundo diferente, com "criaturas" diferentes. O livro prende em algumas partes, mas quando eu peguei ele, eu achei que seria bem mais do que isso. Tenho que parar de achar que os livros vão ser super bons antes de ler! -haha- Gostei do romance que aparece no livro, e de o livro ser bem detalhista na estória..fazendo com que a gente se sinta mesmo vendo tudo de pertinho!



Já leram o livro? O que acharam?

site: http://www.revistagalaxy.com/2014/08/sinopse-juliet-moreau-construiu-sua.html
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tracie 05/08/2014

A Filha do Louco - Megan Shepherd
Agora que comecei a escrever a resenha, descobri que o livro é o primeiro de uma trilogia. Mas, enfim.
"A filha do louco" conta a história de Juliet, filha de um cirurgião que supostamente morreu, após ter sido acusado de fazer experiências envolvendo humanos e animais. Juliet então descobre que seu pai está vivo, e decide ir atrás dele, que se esconde em uma ilha.
O livro é, no geral, bem bacana. Tem uma história interessante a ser contada e cenas bem aterrorizantes, desde o início.
O que me incomodou foi que achei o livro longo demais para a história que foi contada nele. Algumas partes pareciam uma enrolação, cheguei a ler com impaciência uma ou outra página.
Agora que eu digo: Ufa, é uma trilogia! Esse livro pareceu, mais do que a maioria das trilogias que já li, uma introdução. Não foi uma história muito marcante, senti que a autora poderia ter explorado um pouco mais aquilo que ela criou. Achei que ela perdeu tempo demais dando voltas e voltas ao redor de um mesmo ponto.
Para variar, em alguns momentos me irritei com a personagem principal (sempre acontece). A autora dava voltas e voltas para, então, soltar uma revelação bombástica. E aí a personagem principal passa uma ou duas páginas refletindo sobre aquilo e aí "ok, tudo bem, não tem problema", oi? Tem problema sim, garota! Pare e pense!
De modo geral, foi divertido e curioso. Shepherd soube inovar no tema que escolheu; e no quesito criatividade, ela leva cinco estrelinhas. No desenvolvimento da história e em todo o resto, dou três estrelinhas pra ela.
O final dá margem a vários questionamentos, e eu estou apostando e esperando que o próximo livro tenha uma ótima história. Potencial, tem. Vamos ver o que virá.
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CLAUDIA 22/04/2015

"Bom"
Gostei muito do misterio que envolvia a historia toda, adorei o final pois achei que a decisão de Montgomery foi muito coerente....
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Jéssica R. 01/09/2014

"Tecidos mortos e bisturis afiados não me incomodavam. Ser filha do meu pai fazia com que eu não me impressionar com aquilo. Meus pesadelos continham coisas mais tenebrosas." (Pág.: 5)

A Filha do Louco é uma das histórias mais estranha e inovadora que já li, tem tudo aquilo que eu espero e não espero em um livro. A Autora Megan Shepherd nos apresenta a Juliet, uma jovem de 16 anos, filha de um renomado cirurgião que “morreu” após ser acusado de fazer experiências envolvendo animais vivos, a chamada vivissecação. Após alguns anos sua mãe também vem a falecer e ela se vê sozinha na cidade de Londres. Subjugada pela sociedade e vivendo para se sustentar, Juliet acaba esbarrando com um dos projetos de seu pai, um desenho que explica como fazer a vivissecação em um coelho vivo. Perturbada por essa descoberta ela parte em busca de noticias, qualquer coisa que possa revelar o paradeiro de seu pai. É nesse ponto que ela reencontra seu amigo/amor de infância Montgomery, um jovem bonito, forte e uma luz no fim do negro e longo túnel que estava sua vida.

Após muito insistir Montgomery permite que Juliet viaje com ele para a ilha, uma ilha tão afastada do continente que um navio pode demorar mais de dois anos para passar por ela. Infelizmente Juliet não encontra exatamente o que esperava, a ilha é muito mais do que ela poderia imaginar, apesar da aparência calma e aconchegante existe um segredo envolvendo os ilhéus. Um terrível segredo...

O livro tem cenas bem aterrorizantes, do tipo de causar enjoos, confesso que em algumas descrições eu nem tentava imaginar com medo do que viria em minha mente. A autora consegue criar um clima perfeito de suspense, terror, agonia e amor, sim amor... Porque não? Pela primeira vez gostei do triângulo amoroso e confesso que a leitura desses trechos me dava certo conforto e aliviava o clima tenso, Shepherd conseguiu ministrar muito bem esse aspecto do livro, sem deixar que o romance se tornasse o foco da narrativa e virasse uma coisa chata. No final uma das partes do triângulo me surpreendeu muito, do tipo: Como não pensei nisso antes??? Não pensei porque seria impossível deduzir tudo isso, oras!!!

O livro é simplesmente fascinante e bem escrito. Possui uma heroína corajosa e madura, que não tem medo de ir atrás do que considera importante. Temos um médico louco com personalidade forte e implacável. Mas acredito que o personagem Montgomery poderia ter sido mais bem explorado pela autora. E claro, muito suspense, daquele que nos fazem ler por horas a fio sem nos cansar. Por ser o primeiro de uma trilogia o final dá margem para muitos questionamentos, um final que eu odiei com todas as forças até que li a sinopse dos próximos livros :). Acredito que muita coisa será respondida e terei a chance de ler o final que tanto desejo. Uma coisa eu posso garantir, você leitor não se sentirá desapontado com esse livro, pelo contrário, para quem gosta de suspense com doses de terror eu super recomendo.


site: http://lilianejessica.blogspot.com.br/2014/09/resenha.html#more
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AC.Ana 12/03/2024

BOM e LOUCO!?
Li à muitos anos atrás, esse foi o segundo livro que li na vida; muito bom, insano, mas bom; tem MUITOS plots que assim que descobri eu fiquei um tempo em choque, raciocinando o que rolou; e fica assim do começo ao fim; eu AMO livros com plots que eu nunca sequer imaginaria.

caso queira ler esse livro deve saber que tem muitos segredos, mistérios, suspense, e romance.

indico super!
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Dose Literária 08/10/2014

A filha do louco, de Megan Shepherd
Bem, vamos a mais uma resenha literária, e dessa vez venho falar sobre o lançamento de março da Ed. Novo Conceito, A filha do louco, da autora americana Megan Shepherd. No começo a leitura foi um pouco arrastada.e eu demorei para me conectar com a personagem Juliet, uma garota de 16 anos, que após ter perdido sua mãe, passou a trabalhar como faxineira para sobreviver em Londres. Sozinha no mundo, Juliet desconhecia o paradeiro de seu pai, outrora um médico famoso na cidade, mas que devido a escândalos por sua conduta de experiências bizarras com animais, acabou fugindo da cidade, e do qual Juliet não sabia se estava vivo ou morto.

Apesar de ser uma garota, ela conhecia alguns procedimentos cirúrgicos por observar o trabalho no local onde trabalhava, a universidade. Sem contar que ela mexia nas anotações do pai, e tinha noções de tais coisas justamente por isso... Órfã e tendo que enfrentar o assédio de seu patrão, após agredi-lo para não ser abusada, Juliet foge de Londres na companhia de Montgomery, alguém de seu passado que havia encontrado recentemente devido a um acaso do destino. Deixando tudo para trás, ela parte com ele em busca da verdade sobre seu pai, pois descobre que ele está vivo...

Continue lendo em

site: http://www.doseliteraria.com.br/2014/10/a-filha-do-louco-de-megan-shepherd.html
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Paula 09/12/2014

Sinto-me surpresa e decepcionada.
Enfim, tudo começa com uma órfã de 16 anos, chamada Juliet. A moça, que não tem uma vida fácil por causa de seu pai que a abandonara, acaba fugindo de Londres e vai lá ver se é verdade que o pai é um insano. Eu gostava da personagem até ai, torcia por ela, mas Juliet é muito impulsiva, indecisa e isso me irritou muito. Você lerá e jamais vai acreditar na reviravolta da história. Eu posso dizer que considero ingênua (ou digamos tapada) demais, para quem era uma órfã na Inglaterra. Você vai escolher um personagem favorito, e vai se decepcionar com ele. Eu posso concluir pessoalmente (pois minha resenha é mais um desabafo) que a autora quis mostrar que ninguém era bom demais, ou os finais felizes nem sempre acontecem, e mais, que as aparências enganam. Para concluir, salvo que, fiquei triste por Balthazar. Espero que leia, por que apesar de toda a minha decepção, o livro é também surpreendente, uma vez que a autora fez coisas que passam longe de nossas suposições, incluindo o final da trama. Bom, é minha primeira resenha, não ficou muito boa, mas foi de coração.

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Gus 17/01/2015

Simplesmente incrível
Essa é a minha primeira resenha, então pode estar bobinha, e duvido que alguém vá ler, mas enfim, eu precisava falar o que achei do livro.
O começo da narrativa já é incrível. Ela mostra que o livro não veio para ser bonitinho e feliz, mas sim obscuro. Começamos com a personagem principal, Juliet, limpando manchas de sangue em um chão de pedra, no meio da noite, e como a narrativa é em primeira pessoa temos uma visão maior dos pensamentos de Juliet. A personagem me cativou no começo do livro, mas depois ela deslanchou e me decepcionou muito. Vamos por parte... No começo ela parece decidida e muito independente, isso foi algo marcante para mim, porque não era fácil se portar assim sendo uma mulher, órfã, em 1800 e bolinha, então logo de cara achei que ia amar a personagem pela sua força e independência.
Aconteceram coisas que a levaram a encontrar Montgomery, um antigo amigo/criado de sua família. Ai a personagem principal começa a decair. Olha, eu gosto de romance, mas na medida certa, porque o que a autora fez com a personagem, começou a me matar... No decorrer do encontro entre a Juliet e o Montgomery temos vários devaneios irritantes e sem serventia por parte de Juliet, falando de como o Montgomery é lindo, forte, bronzeado, e etc. Nada contra uma descrição detalhada do personagem, mas ela fica batendo na mesma tecla o encontro inteiro. Ela descobre que o pai morto na verdade esta vivo, fica chocada por uns dois parágrafos e depois pensa "Como o Montgomery é lindo". Nossa, ódio que me deu dela.
Enfim, tirando essa falha gravíssima com a Juliet, o livro é incrível. Os personagens são fortes, e bem profundos, até os secundários tem seu brilho e causam empatia, como o Balthasar ou a Alice. O pai da Juliet é um ser cruel e desprezível, tanto que, em uma passagem, de tanto ódio, meus olhos se encheram de água. As descrições são coerentes e de peso, sem ser cansativas. Os cenários, tanto de Londres, como do navio, e da ilha, são bem construídos e detalhados. O suspense ao redor do Dr. e de suas criações é muito bem trabalhado e te faz querer ficar horas acordado lendo o livro. A escrita e a edição são gostosas, e achei poucos erros de revisão, só uns 4 se não me engano.
Sei que o livro faz parte de uma trilogia (coisa que não é especificada em nenhuma parte do livro, o que achei um erro), mas, na minha opinião, ele não deixa pontas soltas e se quiser parar nele da para faze-lo numa boa.
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Leticia Almeida 31/01/2015

um livro surpreendente.
Um livro maravilhoso, infelizmente por ser tão bom,você cria expectativas demais. Gostei do enredo,gostei do tema abordado. Leitura fácil, comovente e intrigante. Não dá pra parar,porém a leitura deixa você tão comovido, querendo saber cada vez mais dos personagens,coloquei 3* posso ter sido um pouco displicente mas o livro te faz querer mais e mais e no fim te dá uma continuação bem meia boca.
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Ana Luiza 26/02/2015

Resenha do blog Mademoiselle Loves Books
Na infância, Juliet Moreau viu seu mundo se desmanchar quando um escândalo difamou sua família. Seu pai, o médico mais famoso de Londres, foi repudiado após boatos de suas abomináveis experiências virem à tona. Dr. Moreau abandonou a mulher e a filha na miséria e desapareceu, todos acreditam que ele está morto. Anos depois, agora órfã de pai e de mãe, Juliet trabalha como faxineira em um hospital, a jovem de 16 anos tenta apenas sobreviver e deixar o passado para trás.

“Sendo um cirurgião, o sangue era o meio com o qual ele trabalhava, assim como é a tinta para um escritor. Nossa fortuna fora construída sobre sangue, seu cheiro acre impregnado nos tijolos da nossa casa e até nas roupas que usávamos. Para mim, o cheiro de sangue era como o cheiro da minha própria casa.” Pág. 20

Entretanto, quando acaba colocando as mãos em um antigo diagrama cirúrgico do pai, Juliet percebe que essa parte da sua história ainda não está encerrada. A garota investiga as origens do documento e acaba reencontrando Montgomery, um antigo criado da família, por quem ela tivera uma paixonite infantil, que se tornara médico. Juliet pressiona o garoto e acaba descobrindo que seu pai não está morto e que vive em uma ilha distante, onde dá continuidade ao seu trabalho, com o próprio Montgomery como assistente.

Após acontecimentos que tornam impossível para Juliet permanecer em Londres, ela embarca com Montgomery para a ilha distante do pai. A garota simplesmente precisava saber, precisava ver por si mesma se o pai doce e carinhoso do qual ela se lembra é apenas um gênio incompreendido ou o louco que todos pregam. A viagem de navio é longa e desconfortável e, no meio do caminho, a embarcação encontra um náufrago, um jovem inglês cercado de mistérios. O enigmático Edward fica atraído por Juliet quase na mesma intensidade que a garota por ele, entretanto, esta ainda está incerta sobre seus sentimentos por Montgomery.

A chegada a ilha é marcada por emoções conflitantes. Apesar de não a estar esperando, o Dr. Moreau parece feliz por rever a filha, mas não fica contente com a decisão de Edward de permanecer em seu território até que outro navio passe por ali (o que pode demorar até um ano) e o leve de volta para a Inglaterra. Juliet não sabe como se sente em relação ao pai, afinal, esse logo se mostra temperamental e cheio de peculiaridades. A ilha por si só também causa receio: os estranhos e deformados ilhéus despertam desconfiança na garota, mas não mais que as secretas atividades de seu pai. Quando mortos começam a aparecer pela ilha, Juliet percebe que corre risco, mas será que esse assassino misterioso é o único inimigo? Até entender o que realmente está se passando na ilha, Juliet não pode se considerar salva. Entretanto, suas bizarras descobertas a mudaram para sempre, isso se ela sobreviver a elas.

A Filha do Louco é o primeiro volume de uma trilogia do mesmo nome. Comecei a obra com grandes expectativas, já conquistada pelo título e pela capa, e acabei sendo surpreendida e gostando do livro ainda mais do que imaginava! A trama já começa muito intrigante, cercada de mistérios. Entretanto, logo A Filha do Louco ganha traços fortes de ficção científica e horror e aí que a história começa a ficar realmente boa. E muito, muito bizarra. Até mesmo para mim, que adoro cenas fortes, algumas partes do livro chegaram a ser um pouco assustadoras e me deram agonia.

A Filha do Louco traz um suspense bem construído, que prende bastante o leitor e Shepherd me surpreendeu durante toda a obra. Entretanto, achei a escrita da autora um pouco descritiva demais (certos momentos simplesmente pulei algumas linhas para ver logo o que ia acontecer a seguir) e algumas cenas desnecessárias, o livro poderia ter pelo menos umas cinquenta páginas a menos e o desfecho poderia ter sido um pouco mais rápido e a obra seria igualmente boa. Fora isso, a narrativa em primeira pessoa da autora é muito boa e parece que a própria Juliet que está ali, na sua frente, contando sua história.

Shepherd construiu uma trama intrigante, fascinante e questionadora. A autora faz o leitor refletir sobre a amoralidade no campo científico, o modo como se usa a ciência como desculpa para se cometer atrocidades e como simplesmente nos achamos superiores e inteligentes e acabamos ferindo outros seres vivos na nossa sede por conhecimento que, muitas vezes, pode ser apenas um disfarce para a crueldade. É algo a se pensar! Colocamos animais selvagens em laboratórios e os estudamos incansavelmente e será que isso é realmente bom? Ah, ok, nem eu nem você trabalhamos com pesquisa, entretanto, não somos nenhum Dr. Moreau, mas usamos produtos testados em animais, por exemplo. Será que não estamos contribuindo com certas atrocidades?

Quanto aos personagens, gostei da Juliet logo de início, apesar de que em certos momentos algumas de suas atitudes me irritaram. Juliet não é nenhuma mocinha frágil, é corajosa e destemida, mesmo quando está morrendo de medo, ela vai atrás da verdade e busca fazer o que é certo. Entretanto, em alguns momentos, ela simplesmente se nega a ver a verdade e acaba ingenuamente perdoando quem não deveria ser perdoado. Entretanto, algo que gostei, é que a autora não criou uma protagonista perfeitinha. A Juliet não é nobre o tempo todo, tem pensamentos egoístas e sentimentos ruins como qualquer pessoa, no fundo, ela quer apenas sobreviver. A Filha do Louco é, também uma história sobre sobrevivência.

“Isso era loucura. A curiosidade dentro de mim não podia ser natural. Afastava-me ainda mais da minha mãe, da razão, das regras e da lógica. Mas havia momentos em que eu não conseguia resistir.” Pág. 176

Eu odiei o Dr. Moreau desde o início! Ele é aquele tipo de personagem que você mataria sem qualquer remorso. O Montgomery me provocou sentimentos contraditórios. Por causa Juliet, principalmente, me apaixonei pelo personagem, que é romântico, fofo e protetor. Entretanto, por outro lado, repudiei-o, afinal, desde o início eu desconfiava que ele não era tão inocente e bom quanto parecia ser (coisa que a Juliet termina o livro sem aceitar). Eu também me apaixonei pelo misterioso Edward, ele é um cavalheiro e fofo desde o início, e mesmo quando vemos que, afinal, ninguém nesse livro é cem por cento alguma coisa, continuei a gostar do personagem e torcer por ele.

Uma história sobre crueldade, amoralidade, instintos, obsessão e ciência, A Filha do Louco é uma leitura fascinante, com pitadas de ficção cientifica, horror e, também, romance. É impossível não se cativar pela obra, ficar com o coração acelerado em certos momentos e amar e odiar os personagens na mesma medida. O desfecho do livro bom e seria satisfatório caso A Filha do Louco fosse um livro único. Entretanto, claro, estou extremamente curiosa e ansiosa pelos outros volumes da Trilogia.

site: http://www.mademoisellelovesbooks.com/2015/02/resenha-filha-do-louco-megan-shepherd.html
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stsluciano 10/03/2015

Estou feliz escrevendo esta resenha. Quando recebi o “A Filha do Louco” da Editora Novo Conceito eu até me senti atraído pelo título e pela capa – já sabem, não leio sinopses – mas acabei deixando a leitura pra depois. E acho que foi uma coisa sábia. Agora, aproveitando a onda de feriados e pontos facultativos pude me dedicar ao livro. E que bela surpresa ele me saiu!

Nele conhecemos Juliet, uma adolescente que trabalha como faxineira no departamento de medicina de uma universidade em Londres, em uma função que jamais imaginara que teria de desempenhar. Ela é filha do renomado cirurgião, para muitos o melhor de todo o país, Henri Moreau, e crescera em uma enorme propriedade, sem ter de se preocupar com nada. Até que acontece um escândalo acerca das pesquisas médicas de seu pai, ele desparece e é dado como morto, e, como passa a ser considerado um criminoso, tem seus bens confiscados, deixando sua esposa e sua filha na rua.

Não demora muito e mãe e filha percebem que as portas da sociedade londrina estão fechadas para elas. As mesmas pessoas que se refestelavam em jantares e festas na casa da família Moreau, agora não mais os recebiam, e se recusavam a dar-lhes qualquer tipo de ajuda, o que acaba fazendo com que a mãe de Juliet se dispa de seus pudores, e faça o que é preciso para dar a filha um lar. Anos depois, órfã de mãe e, provavelmente, também de pai, um antigo colega de universidade do Dr. Moreau fica sabendo das dificuldades pelas quais Juliet passa, e consegue para ela um emprego na universidade, mas quando ficam sabendo que ela é filha do tal doutor acabam lhe dando apenas com o cargo de faxineira.

Henri Moreau. Se o sobrenome é vagamente conhecido por você, não se engane. O “A Filha do Louco” se baseia na história do Dr. Moreau, personagem do clássico “A Ilha do Dr. Moreau” escrito por H.G. Wells, célebre autor de ficção científica, mais conhecido por livros como “A Guerra dos Mundos” e “A Máquina do Tempo”. Não li o “A ilha”, mais o nome Moreau faz parte do inconsciente coletivo, então é natural que se faça alguma conexão ou que deixe em quem o lê uma sensação de reconhecimento, mas não sei dizer até que ponto as narrativas se aproximam ou o quanto diferem uma da outra.

Ok. Juliet trabalha como faxineira, mora em uma pensão para moças, e tem de encarar um médico tarado que insiste em lhe “ensinar a ser mulher”. Ela sabe que a situação é insustentável, mas não há muito o que possa fazer, já que precisa do emprego para viver, e para comprar um medicamento formulado por seu pai que ela tem de tomar diariamente, já que sofre de uma condição médica semelhante à diabetes. Mas as coisas mudam quando ela se depara com um esquema médico representando um animal, e o reconhece. Pertencera a seu pai.

Por ser mulher, Juliet era considerada pelo pai inapta às ciências, com ele preferindo instruir e ter como assistente Montgomery, um jovem filho da criada da família por quem Juliet tem uma afeição sincera. A amizade faz com que, às escondidas, Montgomery transmita à ela tudo o que seu pai lhe ensina, por isso ela consegue reconhecer com facilidade o diagrama como pertencente ao Dr. Moreau. E ela se pergunta, mais do que nunca, se ele estaria vivo, e, se sim, se era o monstro que diziam, e por quais razões não a procurara?

Em um gesto desesperado em busca da verdade, ela reencontra Montgomery, vivo, acompanhado de um estranho homem, deformado, que lhe assusta, mas tem modos inofensivos. Fica sabendo também que seu pai está vivo, recluso em uma ilha.

Enquanto o começo da narrativa se dá em Londres do século XIX, a autora investe pesado no clima úmido e nevoado, dando à cidade uma atmosfera densa, escura, que normalmente já é associada com a cidade, ainda mais na época em que o desenrolar do livro se passa. Quando acontece à mudança, e Juliet tem de fugir para ir em busca do seu pai, ela ruma para uma ilha tropical, onde sol, calor, e cores vibrantes fazem parte da paisagem, ela até destaca em certo momento “ouvir o canto de pássaros que ela jamais ouvira antes”. É difícil que um autor consiga descrever dois ambientes tão distintos de forma igualmente satisfatórias. Megan Shepherd conseguiu isso com mérito. E não se enganem quanto à profusão de sons e cores da ilha: nos momentos de tensão, ela é tão sufocante e amedrontadora quanto se a ação se passasse inteiramente na cinzenta Londres.

A ilha, remota, com uma vegetação hostil e seres desconhecidos, tem uma ambientação perfeita para doses de suspense e mistério. Como Juliet é uma personagem bastante confusa no que diz respeito à sua relação com seu pai e no que ela mesmo acha de si – em alguns momentos ela tem uma auto-estima super baixa, em outros tá seduzindo o vento – ela fica bastante perdida frente aos acontecimentos. E não é mesmo fácil ter um pai com uma moral tão deturpada e um ego tão grande quanto o Dr. Moreau. Em diversos momentos ela tem simplesmente de fugir do que está ao seu redor, então corre desesperadamente rumo à selva enquanto sabe em seu íntimo que não pode fugir do que ela é, a filha do louco, e ela se sente horrorizada quando se pega intimamente admirando a obra do pai e sua genialidade.

Nas passagens em que fica perdida em meio à selva, a autora imprime no leitor um ritmo de leitura diferente – todo o livro é narrado em primeira pessoa – que trás uma sensação opressora, um incômodo, a famosa sensação de estar sendo observado; e eu me surpreendi muito com isso pois não esperava encontrar nada parecido no livro.

Eu fiquei com a sensação de que o livro foi muito bem executado. Ao que se propôs, a autora se saiu muito bem. Existem mistérios o suficiente e revelações e reviravoltas que me mantiveram interessados o tempo todo em saber o que aconteceria a seguir. Fiquei positivamente surpreso com o que encontrei. E já falei isso em uma outra resenha, mas é incrível o quanto fluem sem problema algum comigo os livros traduzidos pelo Ivar Panazzolo Júnior. Sério, dois abraços pra ele.

Agora, não tenho certeza, mas me parece que o livro faz parte de uma série. Bom, eu tenho comigo que ele é fechado o suficiente para ser encarado como volume único, mas a autora soube me cativar, e principalmente me intrigar com o que acontece com Juliet. Se tiver realmente uma continuação eu a leio sem problemas. Em um mundo perfeito, por sinal, Juliet seguiria os passos do pai ;)

site: http://www.pontolivro.com/2014/06/a-filha-do-louco-de-megan-shepherd.html
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