sagonTHX 25/05/2011ADRENALINA, MUITA ADRENALINA!!!!!!Matthew Reilly me fez recordar os bons tempos dos filmes de ação e aventura das décadas de 1980 e 1990. Aquelas duas décadas foram pródiga em filmes originais e incríveis, estrelados por atores de peso: Bruce Willis, Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Kurt Russel, Harrison Ford, Charles Bronson, Clint Eastwood, entre outros.
Quem não se lembra de Caçadores da Arca Perdida, Duro de Matar, Star Wars, Aliens o Resgate, O Exterminador do Futuro, Predador, O Matador, Mad Max 2, Jogo Bruto, Comando para Matar, Rambo, True Lies, Daylight, entre tantos outros...
Bons tempos aqueles. Filmes recheados com muita adrenalina.
Mathew Reilly conseguiu transpor para seu primeiro romance, escrito em 1988, aos 24 anos, todo frênesi alucinante dos filmes de ação dos anos 1980 e 1990. Estação polar é um filme de ação em forma de escrita, pontuado com algumas pitadas de suspense, mistério e ficção científica.
Para um livro de estréia, Reilly demonstra que é dono de uma mente criativa e muito inventiva. Ele consegue extrair adrenalina até de um fio de cabelo flutuando para o chão.
Estação Polar é ação do começo ao fim. Quando você pensa que as coisas vão se acalmar, descobre que o que aconteceu até aquele momento foi um colírio. Shane Schofield, o protagonista da história, um fuzileiro naval que é um misto de Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger, consegue fazer inveja a Harry Houdini (o grande mágico escapista do início do século XX). Schofield consegue escapar de cada situação que só seriam possíveis em um filme de ação hollywoodiano. E é aí que está o diferencial: você até tenta imaginar como ele vai conseguir sair daquela enrascada, mas não consegue nem chegar perto da solulção que ele acaba encontrando. Assim, é uma surpresa atrás da outra.
A história é um misto de aventura-ação e suspense-SCI-FI. A narrativa flui rápida como a própria ação, e tem um formato cinematográfico, com cenas cortadas em momentos crítico para dar um gancho para a página ou o capítulo seguinte. Todos os elementos de ação estão presentes nesse livro: tiroteio, perseguições incríveis, explosões (muitas), inimigos ferozes e implacáveis, situações inusitas e reviravoltas inesperadas e ação, muita ação... Mas não é só de ação que vive Estação Polar. Também há um mistério por trás de toda essa adrenalina que vai se revelando paulatinamente, criando um certo clima de suspense que casa bem com o corre-corre dos personagens.
Mas nem tudo é perfeito. O livro tem alguns clichês, chavões, alguns excessos de adjetivos, típicos dos filmes de ação, porém nada que prejudique a leitura. Mesmo porque, o forte de Estação Polar é justamente a ação. E ela acontece de forma tão intensa e constanque que você não tem tempo para ficar prestando atenção nisto.
Apenas como curiosidade. Ponto de Impacto de Dan Brown é bem parecido com Estação Polar. Só que este foi lançado originalmente em 2001, cerca de três anos depois do livro de Matthew Reilly. Não que os dois livros sejam iguais, mas há muitos elementos em Ponto de Impacto que lembram Estação Polar.
Seja como for, Estação Polar é um bom livro. Se você curte filmes de ação e aventura, vai gostar de ler esse livro. Agora, se você gosta de histórias densas, cheias de meandros profundos, com narrativas rebuscadas e floreadas, que fazem refletir e pensar além do contexto, então, talvez esse não seja exatamente o seu livro.
Gostei tanto que já estou atrás de Templo e Área 7 do mesmo autor.
Revomendo!