Inês Montenegro 06/02/2016
Tal como já se tinha verificado com o anterior livro que li do autor – Já Não Se Escrevem Cartas de Amor –, tratou-se de uma leitura muito simples e rápida. A isso contribuiu não apenas o estilo narrativo, acessível a qualquer um, como o próprio formato da história: capítulos curtos, de poucas páginas, cada um deles uma entrada no diário de Nora Rute. Nora Rute, por sua vez, é uma jovem rebelde no Portugal de 1969, que ao narrar os acontecimentos marcantes deste ano (o programa televisivo Zip Zip, as revoltas estudantis, a Primavera Marcelista, a ainda a decorrer Guerra Colonial…), o faz com a visão de quem os vive e por eles vai passando. Ou seja, passa por eles e conhece-os do mesmo modo que, neste momento, um jovem tem noção dos acontecimentos mundiais que estão a decorrer. Sabe, pelo menos, o básico sobre eles, reconhece-lhes a importância, mas não deixa de viver a sua vida, e de levar as suas preocupações mais mundanas.
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site: https://booktalesblog.wordpress.com/2015/10/24/o-diario-oculto-de-nora-rute-mario-zambujal/