A Queda

A Queda Michael Connelly




Resenhas - A Queda


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Ricardo Tavares 24/03/2021

A queda (The drop)
A três anos da aposentaria, a carreira do detetive Harry Bosch no Departamento de Polícia de Los Angeles está perto do fim. Numa manhã, ele recebe dois novos crimes para solucionar, junto com seu parceiro David Chu. No primeiro, uma prova de DNA, encontrada no pescoço de uma vítima de um crime cometido há vinte anos, indica que o criminoso era uma criança de apenas oito anos. As evidências levam Bosch a se perguntar se o caso apontaria para uma criança assassina ou se houve uma falha do laboratório de análises criminais. O segundo crime investigado não é menos instigante: um delito que tem, certamente, caráter político. O filho do vereador Irvin Irving - um antigo inimigo de Bosch - pulou ou foi empurrado da janela de um hotel de luxo. O mais surpreendente é que foi o próprio Irving quem solicitou ao Departamento de Polícia que a investigação fosse conduzida por Bosch. Em A queda, Michael Connely mantém a narrativa perspicaz e repleta de reviravoltas. Na trama, o detetive protagonista busca descobrir os indícios para solucionar os dois casos. Afinal, há três décadas, um assassino opera secretamente na cidade e uma conspiração política age no departamento de polícia corrompendo a instituição.

MINHA OPINIÃO

Mais um bom livro de Harry Bosch. A mim CONNELLY não decepciona. É uma narrativa complexa com duas investigações e mostra o detetive imporndo sua personalidade e imparcialidade. É interessante traçar o paralelo entre o livro e a série da Amazon e ver como vários eventos foram alterados. A série é muito boa, mas lendo os livros percebemos algumas diferenças gritantes, como o parceiro de BOSCH, David Chu. Na série a filha do detetive é mais velha e a mãe morre de uma forma diferente.
Enfim, esse livro mostra o protagonista se adaptando à nova realidade de precisar cuidar da filha adolescente e ter que resolver os conflitos que surgem nessa idade. É interessante ver como se desenvolve essa química entre pai e filha.
A queda é uma narrativa fluida e envolvente, Bosch é um detetive clássico e obstinado que não sossega enquanto não resolve o crime prende o assassino. O final é satisfatório e surpreendente o leitor. Só acho que o parceiro, David Chu é um pouco fraco e deixa a desejar, mas não compromete a história como um todo. Michael Connelly continua escrevendo ótimas tramas e sabe como ninguém contar uma boa trama. The drop (a gota, o salto, a queda, a entrega...), o título original, guarda muitos significados, a tradução tirou um pouco dessa multiplicidade de significados que CONNELLY tentou fazer em sua história. Em uma primeira leitura, parece que o foco será apenas o suposto suicídio do filho do vereador Irving Irving, mas a trama vai mais longe e desvela as entranhas da polícia de Los Angeles e suas ramificações políticas.
Gostei imensamente dessa história de Harry Bosch e recomendo a leitura.
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Vinny Britto 16/08/2019

Para Bosch Todos Importam
Pra mim sem dúvidas é um dos melhores do Bosch. Estava um pouco desanimado por já estar sentindo sinais de desgastes na série e quando vi a nota média (3,9) só me fez ter ainda mais receio.

Ainda bem que fui surpreendido. A narrativa continua com diálogos afiados e os dois casos apresentados prenderam minha atenção.

Recomendo!
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@garotadeleituras 07/11/2017

Harry Bosch nunca decepciona!!!


Próximo à aposentadoria, Harry Bosch recebe do DPLA – Departamento de Policial de Los Angeles –, dois casos para solucionar, com seu parceiro David Chu. O primeiro caso é referente a um crime cometido 20 anos atrás. O que o trouxe para as mãos do investigador foi uma prova de DNA, obtida do pescoço da vitima. O, entretanto adveio pelo fato de que, o suposto criminoso, na época, teria oito anos de idade. Qual possibilidade é a solução para o caso: falha no laboratório (troca de casos) ou a arma do crime estaria contaminada? Bosch terá que solucionar um crime de estupro seguido de morte, cometido há quase 20 anos atrás, reaberto por ter sido encontrado uma nova pista. É encontrado no pescoço da vitima uma prova de DNA. Essa prova indica que o criminoso era uma criança de oito anos de idade. Bosch não acredita que isso seja possível, então chega a uma única conclusão possível: Houve alguma falha no laboratório da DPLA. Será? O caso retrata uma realidade chocante: uma estudante de 19 anos sai de casa para estudar, e nunca mais volta. Connelly, através do seu caso, expõe para o leitor alguns questionamentos sobre a condição psicológica e os distúrbios desses criminosos: o homem nasce com predisposição para cometer atrocidades ou o meio e as agressões o transformam? O que é preciso para transformar um ser humano em um individuo, que sente prazer em subjugar sua vitima e abreviar sua existência?

O segundo caso é tão polêmico quanto o primeiro, com o diferencial que acabou de ocorrer; O filho do vereador Irvin Irving, acaba de morrer. A dúvida, entretanto, é se pulou ou foi jogado da janela de um hotel de luxo. A suspeita é que talvez, possa tratar-se de um crime político. O mais surpreendente é que o vereador, ex-policial e nada empático quando se trata de Harry, exige que seja Bosch, o encarregado de solucionar o caso da morte do seu filho. Aqui, conforme o detetive vai adentrando no mundo dos poderosos, várias redes da manipulação e tráfico de influências serão reveladas. Entre casos e consequências, Harry irá perceber que nem tudo é preto no branco, e a verdade tem lá suas consequências.

Com dois crimes para resolver, uma filha adolescente para cuidar, uma aposentadoria que se aproxima, o desenvolvimento de um relacionamento amoroso e um parceiro nada confiável, Bosch encontra-se numa fase de amadurecimento. Se você teve oportunidade de ler livros anteriores, irá perceber inclusive, que os vícios da bebida e do cigarro ficaram para trás. Connelly conseguiu manter a qualidade de suas narrativas policiais ao longo do tempo, sem saturar o leitor com seu estilo já conhecido. Torço para que a filha do detetive durão herde o legado e as sacadas geniais do pai, para que possamos reencontrar Bosch mesmo na aposentadoria.

A leitura é leve, rápida e fluída, com toque de suspense, que caracteriza um bom livro do gênero. Michael Connelly é um dos poucos autores do policial, que consegue cativar essa leitora aqui. Adoro as “sacadas” do detetive parada dura. Se você curte livros policiais, não deixe de conhecer a saga de Harry Bosch.
Thiago275 08/11/2017minha estante
Gostei muito da resenha. Nunca li nada desse autor, mas fiquei com vontade!


@garotadeleituras 09/11/2017minha estante
Se você curte o gênero, Michael Connelly é um dos melhores escritores. :)




Virgílio César 25/10/2016

Acho que já li uns 12 livros do Michael Connelly. Todos são excelentes. Sejam livros do gênero policial ou os de tribunal. Ele é bom em tudo que escreve. A Queda é um dos seus melhores. Quem gosta dos livros do autor não vai se arrepender.
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LER ETERNO PRAZER 10/01/2015

Todos importam ou ninguém importa.
A queda – Michael Connelly.
A queda é o sétimo livro da serie polical (de Michael Connelly) que tem como protagonista o detetive Harry Bosch.
Em A queda, Bosch, já bem próximo de sua aposentadoria, recebe da DPLA – Departamento de Policial de Los Angeles – dois novos casos para investigar e solucionar, junto com seu parceiro David Chu.
No primeiro caso, Bosch terá que solucionar um crime de estupro seguido de morte. Esse crime foi cometido há quase 20 anos atras. Foi reaberto por ter sido encontrado uma nova pista. É encontrado no pescoço da vitima uma prova de DNA. Essa prova indica que o criminoso era uma criança de oito anos de idade. Bosch não acredita que isso seja possível, então chega a uma única conclusão possível: Houve alguma falha no laboratório da DPLA. Será?
No segundo caso a ser investigado é bastante instigante: Um crime com todos os elementos de um “crime político”. O filho do vereador Irvin Irving – um ex-policial e desafeto de Bosch – pulou ou foi jogado da janela de um hotel de luxo. O mais surpreendente é que o vereador exige que seja Bosch o detetive para investigar o caso da morte de seu filho.
Bosch é o tipo de detetive destemido, sem papas na língua e não admite que mandas chuvas interfiram ou queriam conduzir o seu trabalho. Ele tem como código de trabalho o seguinte lema: “todo mundo importa ou ninguém importa”.
Com os dois casos em mãos parte, junto com seu parceiro, buscar a solução de tais crimes.
No primeiro caso a investigação de Bosch nos leva a uma realidade bastante triste e estarrecedora de pedofilia e abusos físicos e sexuais. Algumas passagens da história nos deixa bastante tensos, principalmente quando Bosch começa a desvendar toda a vida do criminoso que a mais de 20 nos vem matando e abusando de pessoas inocentes.Bosch encontra provas repugnantes da verdadeira face desse criminoso. A descrição das fotos e vídeos que mostram como agia esse maníaco é feita de forma nua e crua que nos faz pensar no quanto uma mente criminosa é capaz de fazer para saciar seu instinto feroz e sanguinário.
No segundo caso encontramos Bosch determinado em não deixar que a morte do filho do vereador venha a ser usado para mascarar toda uma rede de políticos sujos que manipula e corrompem pessoas para alcançar seus objetivos. Bosch começa a descobrir que a morte do filho do vereador tem ligações com o trafico de influencias para facilitar a vitória de algumas empresas em licitações e contratos. Mas Bosch também começa a ver que existe muita coisa alem de tudo isso e ira fazer tudo para que a verdade do caso venha tona.
O que achei bastante interessante na leitura dessa obra é que as duas investigações seguem paralelas mais sem existir nenhuma conexão entre elas. Que é o que realmente acontece nos livros policiais. Connelly deixa bem claro que para o leitor, desde o começo, que Bosch investigará dois crimes que nada tem há ver um com o outro. Mais mesmo assim o autor conduz sua narrativa de forma unificada. As linhas de investigação estão mescladas dentro de uma e outra, o personagem esta sempre dando atenção as duas ao mesmo tempo, não há quebra de ritmos entre elas, deixando o leitor ansioso por mais páginas.
Outro ponto também bastante interessante é que Connelly explora de forma genial o relacionamento pessoal de Bosch: o relacionamento com a filha depois da morte de sua esposa. A busca de Bosch por um novo amor para sua vida, à forma como Connelly conduz esse relacionamento sem deixar que o leitor perca o interesse pelo foco central da história é simplesmente magistral.
A queda foi o meu primeiro livro que li de Connelly e foi uma grata surpresa. Ótimo, e já estou ansioso para devorar outra história desse autor.
Se você é fã de literatura policial não pode deixar de conhecer Michael Connelly.
Bruna 29/09/2017minha estante
Um dos meus preferidos do autor.




CooltureNews 22/07/2014

CooltureNews
Segundo livro de Michael Connelly que tenho o prazer de ler, e posso afirmar com todas as letras que não serão os únicos. Sua escrita tem tudo aquilo que me atrai em uma leitura, recheado de personagens fascinantes e uma trama envolvente temos um caso do Detetive Harry Bosch para resolver. Esse se trata do 15º da série que possui esse personagem como protagonista e por mais eu seja doido e goste de ler todos os livros respeitando sua sequência, não estava com a mínima vontade de esperar que a série fosse completamente traduzida e lançada para tal, logo entrei de cabeça nessa leitura e vou dizer, não me arrependo em nada, afinal não é necessário ler na sequencia para se apaixonar pelos livros do autor, e sempre que algo relacionado ao passado era revisto o autor teve todo o cuidado de tentar nos situar no que estava acontecendo.

Harry esta prestes a se aposentar e atualmente trabalha na divisão de Abertos/Não Resolvidos, como o próprio nome já diz, são casos antigos que não foram solucionados e que são revistos com a tecnologia atual com a intenção de que algo novo apareça, como um cadastro de DNA. Exatamente o que acontece em um dos casos em que Harry é designado. Um rastro de sangue encontrado em uma cena de um crime ocorrido 22 anos atrás é ligado a um criminoso sexual, o problema é que na época em que o crime ocorreu o criminoso tinha apenas 8 anos. Nesta situação Harry tem que analisar diversos aspectos do caso, inclusive o próprio departamento que pode ser o responsável por algum erro.

Ao mesmo tempo Harry recebe um caso recente para investigar. A morte do filho do vereador Irving, neste ponto que gostaria de ter lido os outros livros do autor, pois fica claro que Irving é um personagem recorrente e seu passado com Harry é algo a ser levado em conta. A escolha para ser o chefe das investigações foi do próprio vereador.

Esperava alguma ligação entre os casos, mas isso não ocorre. Entretanto a forma com que Harry vai investigando ambos torna a leitura muito mais ágil, pois quando um caso esta na espera de alguma novidade somos transportados para outro. O livro, por ser pequeno, já possui uma narrativa ágil e rápida, mas o autor com suas famosas reviravoltas e costume de quebrar nossas apostas torna tudo muito mais fácil para se ler. Recomendadíssimo!

site: www.coolturenews.com.br
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Psychobooks 21/07/2014

- Cês conhecem Harry Bosch? Posso fazer as honras?

Harry Bosch, leitores. Leitores, Harry Bosch.
Harry Bosch é um detetive que já está por aí, na ativa, há 17 livros. Minha história com ele começou lá atrás, acho que em 1997, ou 1998, quando passeando no Carrefour encontrei alguns de seus livros e adorei as sinopses. Loira de Concreto, O Último Blefe e O Último Coiote foram os eleitos naquele dia e foi por meio desses livros que conheci Michael Connelly e consequentemente, Harry Bosch.
É uma longa carreira de crimes resolvidos e de um plano de fundo construído com muito cuidado em suas histórias, então contarei pra vocês o que achei do crescimento do personagem e da retomada da história sem ter lido 14 livros da série.

- Enredo e Construção da História

Então vamos à história. Harry Bosch está na Divisão de Abertos/ Não resolvidos. Essa divisão é como o "Cold Case" (lembram da série?), onde amostras de crimes antigos que continuam sem solução são reavaliadas com novas tecnologias. Harry e David Chu são a sexta equipe da divisão. Quando todos estão ocupados, eles são chamados como coringas para resolverem os outros casos.

Numa manhã, Harry recebe não apenas um, mas dois casos. Ele e David Chu terão que cuidar de um "não resolvido" que pode se tornar caso de auditoria na polícia, já que o sangue encontrado na vítima, e apontado como o do assassino, é de um homem que na época tinha apenas 8 anos.

O outro caso é um aparente suicídio. George Irving, filho do senador Irvin Irving, foi encontrado morto por um funcionário do hotel após cair ou se jogar (ou ser jogado) da sacada do sétimo andar. Irvin, apesar de odiar Harry, acredita que ele é o detetive indicado para solução do caso. Bosch então se vê em meio à politicagem que rege o departamento de polícia.

Esses são os dois focos do livro e Michael Connelly faz Harry Bosch se dividir entre eles.

- Narrativa e desenrolar da história

A narrativa corre em terceira pessoa, mas sob a visão apenas de Harry Bosch.
Há alguns pontos que acho bacana ressaltar para vocês em relação à série. Chegamos no décimo sétimo livro e sempre rola aquela dúvida se é possível acompanhar o detetive sem conhecer seu background, pois eu respondo pra vocês: SIM.

Michael Connelly monta sua história de forma a nos dar vislumbres do passado para que tenhamos base da vida do personagem. Essas retomadas que ele dá em alguns pontos da narrativa, são inseridas de forma que ficam suaves e nada enfadonhas para quem acompanha o detetive desde o primeiro livro, e ao mesmo tempo superinformativas para quem não sabe de nada da vida dele.
O resultado é uma ótima inserção no universo de Bosch, de forma que o leitor logo de início já se relaciona com ele como se fosse um velho conhecido.

Connelly usa e abusa de ferramentas narrativas e estratégias para deixar seu texto dinâmico e informativo ao mesmo tempo. Em alguns trechos são necessárias algumas inserções de diálogos onde os personagens contam sua história para o detetive. Isso pode ficar bem chato se o autor deixar um jogo de ping pong infinito entre as duas partes, então ele sumariza alguns trechos:

"(...) Bosch disse ao seu parceiro que não queria revelar seu verdadeiro interesse em Clayton Pell ainda. Havia muitas incógnitas no caso. Queria primeiro determinar se Pell estava onde deveria estar, dar uma olhada nele e quem sabe iniciar uma conversa casual, se possível sem mencionar as suspeitas (...)."
Página 54


Vocês conseguem enxergar quanto de diálogo entre os parceiros foi cortado nesse simples parágrafo?
Os dois casos em si são interessantes. O cold case é o foco do livro e senti "A Queda" como uma possível apresentação para o próximo enredo da série, por conta de suas consequências. Connelly vem complicando a vida de Bosch - tudo bem explicado, fiquem sossegados -, de forma a envolvê-lo em algo acima de sua alçada e esse livro deu uma boa entrada para esse plano de fundo.

- Construção dos personagens

Adorei rever Harry Bosch! Ele está superdiferente e claramente amadureceu durante os anos/ livros. Nesse enredo Connelly apresentou um personagem maduro, que sabe aonde quer chegar e que, ao mesmo tempo, comete erros e sabe reconhecê-los. Há inúmeras menções dos livros anteriores e dos casos já resolvidos, mas isso é usado para que o leitor que não conhece Bosch entenda de onde veio algum conhecimento que ele está apresentando.

Há inúmeros personagens que também aparecem nos outros livros, mas mais uma vez, fiquem sossegados que Connelly os reapresenta, mesmo que de forma superficial. É o segundo livro de David Chu como parceiro de Harry e gostei bastante da interação dos dois ter sido focada em experiente/ inexperiente. Essa é uma posição bem desconfortável para o Bosch, que gosta de resolver seus casos sozinhos e não compartilhar suas conclusões. Connelly mostra os dois lados dessa faceta do detetive, e suas consequências, de forma bem clara.

- Vale a pena, Alba?

Eu adoro livros do Connelly e se você gosta de livros policiais não pode deixar de conhecer Harry Bosch. Um ícone no gênero, foi um personagem que amadureceu durante os anos e que agora, prestes a se aposentar, mostra que as coisas podem ficar bem mais complicadas. Durante a leitura, é possível sentir a atmosfera se avolumando e o caso de Bosch tomando outro rumo e se desdobrando em possíveis consequências para ele a para sua carreira.

Leitura superprazerosa e ótima para quem curte um livro recheado de pistas, ação e bastante sangue.
Super-recomendo.

"Ele aprontou para o próprio peito quando gritoou. A emoção crua da explosão veio cheia de uma ferocidade animal que destoava de sua estrutura diminuta. E Bosch se tocou. Percebeu como aquilo podia ser poderoso se fosse exibido em um julgamento. (...)"
Página 93


site: www.psychobooks.com.br
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Lina DC 30/05/2014

"A Queda" é um dos livros da grande série que tem como protagonista o detetive Harry Bosch. Bosch está trabalhando na divisão de casos Abertos/Não Resolvidos, uma espécie de cold cases, onde de tempos em tempos os casos são revistos na tentativa de solucioná-los.
O parceiro de Bosch é David Chu, um detetive um pouco afobado demais em alguns momentos e que gosta muito de falar. Os dois são a equipe "coringa" do departamento. Quando os outros detetives já estão em um determinado caso, eles assumem o próximo.
O caso que eles irão investigar ocorreu no ano de 1989, onde a vítima, Lily Price, de 19 anos, sofreu violência sexual. O problema é que o DNA encontrado bate com um suspeito que já possuí ficha criminal, mas que no ano do crime, teria apenas 8 anos de idade. Como é possível ele ser o assassino?
Em paralelo a esse caso Bosch foi convocado a investigar o suposto suicídio do filho de Irvin Irving, que é quase como um arqui-inimigo do Bosch. George Thomas Irvin, era um advogado lobista, casado e com um filho. Tinha uma carreira de sucesso, dinheiro, um casamento estável. Será que ele realmente se suicidou? E o mais importante, porque Irvin Irving faz questão que Bosch seja o detetive líder na investigação?

"Você disse uma vez que todo mundo importa ou que ninguém importa. Lembro disso. Agora é hora de pôr isso a prova. O filho do seu inimigo importa? Você vai se empenhar ao máximo por ele? Vai até o fim por ele?" (p. 30)

Trabalhando em paralelo nas duas investigações Bosch irá se deparar com duas situações muito diferentes mas ao mesmo tempo igualmente horrendas.
Mas a história não fala apenas de coisas ruins. O leitor acompanha o relacionamento de Bosch com a filha de 15 anos, a Maddie. Maddie é uma jovem inteligente e muito observadora e algumas conversas entre pai e filha são hilárias graças a esse poder de observação da garota (ela consegue descobrir o que o pai tenta esconder). Fica claro que caso Maddie realmente queira seguir os passos do pai, ela fará muito sucesso e será muito focada.
Bosch não é um detetive amargurado, ele gosta do que faz, mas sente-se desiludido com a politicagem que existe na polícia. Conforme o protagonista se aproxima da sua aposentadoria, ele percebe que às vezes não é possível se livrar da trama que teceram em sua volta.
A cada nova descoberta nos casos, o leitor percebe as inúmeras camadas que os envolvem. Até mesmo o final do livro têm um clima pesado e ao mesmo tempo viciante.
Um livro com uma trama bem desenvolvida, com casos bem escritos e personagens convincentes.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. A capa combina com a figura de "homem solitário" que o Bosch representa.

site: http://www.viajenaleitura.com.br/
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Literatura 08/05/2014

O passado nos condena
Michael Connelly, em minha humilde opinião, é um mestre quando falamos no gênero policial. Há anos, ele e seu personagem Harry Bosch encanta os leitores nacionais. Minha experiência com ele é antiga, desde os clássicos A loira de concreto e O último coiote, publicados pelo extinto Círculo do Livro. O modo em que o autor tece as tramas incentiva o leitor a querer sempre mais.

E após tantos anos, sem vislumbrar suas obras, eis que pego em mãos A queda (Suma de Letras, 312 páginas) e vejo que Michael Connelly está em excelente forma. Desta vez, vemos o famoso detetive já prestes a aposentar envolvido com dois casos fantásticos.

Quem já leu outras de suas obras, sabe que o seu forte é lidar com os cold cases, casos antigos aparentemente sem solução. Então, porque mudar a regra que faz sucesso? Por isso, o primeiro caso é de um violento crime ocorrido na década de 80, que o DNA encontrado irá incriminar um jovem que tinha apenas 8 anos na época do crime. Seria a criança um sociopata ou o laboratório havia cometido um erro? Paralelo a isso, há a morte do filho de um vereador, que pulou – ou foi empurrado? – de uma janela. A verdade por trás desses crimes pode ser bem mais assustadora do que aparenta…

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenha-a-queda-o-passado-nos-condena/#.U2wgMvldX-s
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Araggorn 20/03/2014

Em A Queda, o personagem Harry Bosch tem que lidar com a proximidade de sua aposentadoria e dois casos sinistros. Ele trabalha no setor de Abertos/não resolvidos e recebe o caso de uma menina morta e estuprada há 19 anos. O caso recebe uma nova prova de DNA. O único problema para Bosch é que o suspeito teria 8 anos na época do crime. Ele começa a se questionar se houve contaminação entre casos, o que pode levar a um grande problema interno na polícia. O alto escalão da policia precisa de Harry em outro caso mais recente, que envolve o possível suicídio do filho de um político. Um inimigo ferrenho de Bosch. O detetive não quer pegar o caso, pois parece envolver muita política em torno dele, mas o pedido foi feito exclusivamente pelo inimigo político.
Harry vai trabalhar nos dois casos com muitas reviravoltas acontecendo.
Nesta história, o personagem da filha de Bosch é mais desenvolvidos e podemos ver o interesse dela em se tornar uma policial como o pai. Vemos uma adolescente muito inteligente e de mente afiada. Parece que o relacionamento dos dois está indo muito bem. Talvez a melhor fase na vida de Bosch.
Escrita fluída e muito realismo nos procedimentos policiais. É como se estivéssemos dentro do prédio da DPLA.

site: www.siriguelasaltitante.com.br
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