Lu Kraemer 31/08/2013Uma resenha crítica sobre A BalconistaQuando comprei, lembrava que já tinha visto o nome do autor em algum lugar, só não lembrava aonde, depois descobri que Steve Martin é aquele ator comediante que fez “A Pantera Cor de Rosa 2”, “Treze é demais”, dentre outras comédias de sucesso. Confesso que levei um susto quando vi que ele é o autor, pois o livro tem essa capa linda e romântica, e o livro em si é romântico, nada a ver com Martin, no meu ponto de vista.
Comecei a ler no mesmo dia, sem saber ao certo o que esperar. Nas primeiras páginas senti que seria mais um clichê romântico, com a mocinha tímida, depressiva, sem amigos, infeliz com a vida sexual, já imaginando que provavelmente ela tinha gatos. E realmente tinha. A mocinha da qual falo é Mirabelle, uma mulher de 28 anos, artista, que veio do interior tentar ganhar a vida em Los Angeles, e acaba como balconista de uma famosa loja de Beverly Hills, vendendo luvas.
Quando o mocinho aparece, Ray Porter, é o momento em que o autor do livro coloca o seu “eu” na obra, normalmente os “grandes autores” conseguem disfarçar esse momento, entretendo tanto os leitores ao ponto de não sentirmos a presença do autor, porém, Martin não consegue isso. Ray é um cinquentão divorciado, um rico homem de negócios, metido a solteirão “curtindo a vida adoidado”. Este livro foi adaptado para o cinema, e adivinha quem foi o ator que fez Ray Porter? Isso mesmo, Steve Martin.
Enquanto Mirabelle se apaixona por esse homem tão gentil, pensando que ele também está apaixonado, Ray só quer sexo, um relacionamento que não dure muito.
Como personagens secundários, está Jeremy, que é apaixonado por Mirabelle, porém é tímido e sem iniciativa, com a carreira tão promissora quanto a de um artista da nossa mocinha, e também Lisa, mulherão, indomável conquistadora, quer tirar Ray de Mirabelle, aliás, quer tirar qualquer homem da vida de qualquer mulher que ela considere inferior, apesar da ingênua menina não perceber as suas intenções, como toda inocente mocinha de livros clichês de romance.
O desenrolar da trama não proporciona uma leitura que nos prende, é algo monótono e previsível, com uma capa bonita e um nome de marketing, A Balconista é um romance para ser lido em algumas horas, e esquecido em algumas horas também, nada que marque, que nos faça escrever citações ou dar inspirações.
Porém, o filme é muito bom e engraçado, estranho dizer isso já que a maioria dos livros são muito melhores do que suas adaptações, esse, para mim, acabou sendo o contrário.
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