spoiler visualizarbeatrice.magalhaes 19/04/2024
Penelope é a verdadeira obra prima de Julia Quill
Julia Quill você conseguiu, você fez o livro perfeito.
Não tem como falar sobre esse livro sem exaltar Penelope. Que personagem excepcional. Desde o primeiro livro, o desenvolvimento dela, de passinho em passinho, foi tão bem construído, como se ela fosse realmente a obra prima da autora, assim como as Colunas foram para Lady Whistledown.
Não teria como Penelope não ser um grande projeto, não pelo óbvio, sua identidade secreta que circunda toda a saga, mas sim pela sua força mesmo quando ?apenas? Penelope Featherington.
Um grande coração, convicta de si e muito especial. A Penelope não é isso tudo ?apesar da Lady Whistledown?. Nem a escritora é inteligentíssima, sarcástica na melhor medida e corajosa mesmo sendo ?só a Penelope?. As duas são uma só, ela é tudo isso.
Como o próprio Colin disse, como pode ninguém ter notado antes?
Colin? o que falar sobre Colin?
Se fosse para usar uma palavra seria apaixonante.
É interessante de observar que todos os irmãos Bridgerton, apesar do orgulho imensurável de ser dessa família e um dos outros, sentem um peso excruciante do título que carregam e da ?perfeição? que é associada a eles. Cada um com seus monstros, mas todos perdidos sobre onde termina o Bridgerton e começa o eu.
Colin tem uma autoconsciência muito única em relação aos seus irmãos. Ele reconhece sua insatisfação, seus medos, sua inveja, mesmo quando odeia com toda sua força senti-la e o amor quando ele o arremete. Só não consigue dizer ou talvez acredita que não deva dizer ao nível de bloquear. Um cavalheiro deveria expressar tantos sentimentos?
No fim não há problema. Sentir é humano. E ele não é só o terceiro Bridgerton, mais um sinônimo de perfeição, é Colin, um ser humano. E isso faz Penelope amá-lo ainda mais.
Colin e Penelope são um casal excepcional. De uma química excelente e, especialmente, um amor que transborda pelas letras do livro. Como eles mesmo dizem, um amor construído, a cada dia, durante onze anos, a amizade crescendo até que fosse inevitável; fosse, então, amor.
Não sei se vai virar costume falar isso sobre todo novo livro de Bridgerton que leio, mas esse, definitivamente, é o melhor.