Paula Juliana 12/04/2014
Resenha: Os Segredos de Colin Bridgerton - Familia Bridgerton - Livro 04 - Julia Quinn
''O fazia porque não podia imaginar não fazê-lo. Como poderia ele viajar a terras estrangeiras e não guardar um registro do que ele vira, do que experimentara, e possivelmente o mais importante, o que sentira?Mas quando recordou, percebeu que ele sentia uma estranha sensação de satisfação sempre que escrevia uma frase que era exatamente correta, uma oração que era particularmente verdadeira.''
''Há mais de você do que vê o olho, Penelope Featherington.''
Esse foi o livro que mais gostei da série. Sei que sempre digo o mesmo quando leio algo da autora Julia Quinn, mas é que sempre me apaixono de uma forma tão bonita pelos seus personagens e histórias que é difícil não ser a fã puxa saco aqui! AMO mesmo!
Esse livro teve um gostinho especial pra mim, pois era o que eu mais estava esperando. Eu queria ler a história de Colin desde que o moço apareceu no primeiro livro e eu vi que linda era a amizade, o carinho e o companheirismo que ele tinha com a irmã!
E Assim ele foi me conquistando e me fazendo suspirar sempre que ele aparecia com seu carisma e personalidade fofa e agradável.
''- É bom que tenha algo em sua vida,- disse Penelope tranquilamente. - Um pouco de satisfação - que encherá as horas de sentido e de propósito.''
O que eu senti do livro foi que mostrou lados diferentes de personagens que já eram conhecidos e queridos por nós. A nossa protagonista Penelope apareceu desde o primeiro livro quando estava fazendo sua primeira apresentação a sociedade. Com uma mãe que a fazia vestir vestidos amarelos, laranjas e vermelhos. Como a patinho feio das histórias, aquela que não perdeu a gordurinha da infância, aquela que sempre ficava as margens dos bailes esperando ser chamada para dançar.
''Penelope teve que admirá-lo por isso. Colin tinha um modo de lhe olhar como se nada no mundo poderia ser mais interessante que sua seguinte oração. Este era um talento, era-o.''
E nesse livro nós sabemos o que a moça sentia, como pensava e como fazia para fugir desse seu tragico mundinho. Solteirona aos 28 anos, Penelope, já não esperava seu príncipe encantado, estava conformada com seu fim. Solteira e sem mais amaras durante os bailes, sem mais espera de homens que com pena a tirassem para dançar. Ela era somente ela. Uma moça que não nasceu para casar. Seria a filha, a irmã e a amiga.
''Ou talvez ele tinha mudado. Ou talvez ela não tivesse mudado mas o modo como a via tinha mudado.Ela importava. Ele não sabia de que outra forma expressá-lo.E depois de dez anos em que ela só estava... ali, era bastante estranho que lhe importasse tanto.''
Colin por outro lado sempre foi visto pelo seu charme e bom humor. Com 33 anos o moço já tinha viajado muito do mundo e apesar de sua boa vida e boa família, ele sentia que faltava algo. Que seus irmãos eram bons em determinadas coisas, mas ele não sabia ser bom em nada. Faltava um objetivo. Algo para iluminar sua vida e o fazer feliz. Ele não queria ser vazio.
Queria algo. Só não sabia o que era!
''Há momentos na vida de uma mulher quando seu coração se move em seu peito, quando o mundo de repente parece extraordinariamente rosado e perfeito, quando uma sinfonia pode ser ouvida no tilintar de um timbre. Penelope Featherington tinha justo uns desses momentos dois dias depois do recital do Smythe-Smith.''
É então que amizade com a solteirona Penelope acaba abrindo seus olhos e Colin começa a ver coisas que antes não enxergava. Sobre ele, sobre ela, sobre a sociedade e sobre seus papeis no mundo!
''-Amo-a com meu passado e a amo por meu futuro. -Beijou-a docemente nos lábios-. Amo-a pelos filhos que teremos e pelos anos que teremos juntos. Amo-a por tudo e cada um de meus sorrisos e mais ainda, por tudo e cada um de seus sorrisos.''
A história tem aquela busca gostosa de se encontrar. O mocinho quer um caminho. A mocinha é o caminho dele. Os dois se completam. São lindos juntos. Ninguém além de Colin acredita na mocinha Penelope. A moça não recebe créditos nem de sua mãe. Por outro lado é uma protagonista maravilhosa, forte, decidida, sem medo de se expressar - quando consegue.
-Não sei como dizer o que penso,- finalmente disse, voltando-se para olhar Lady Danbury só quando pronunciou as palavras finais de sua oração. -Nunca sei o que dizer às pessoas.''
Devo confessar para vocês que eu nunca na minha vida antes tinha me emocionado com uma cena de primeiro beijo como me emocionei nesse livro.
Foi lindo! A história é de suspirar, como os demais livros da autora nos fazem sonhar e refletir, trazer coisas e temas para nossa vida, mesmo a história se passando no passado.
Colin demorou para ver essa mulher, mas quando viu não se deixou amedrontar, foi atrás do que quis. Deu uma banana para todos. Mostrou para todos as qualidades de uma mulher maravilhosa que era tachada e apagada por convenções e preconceitos da sociedade.
''-Todos os valentões têm a uma vítima favorita.''
Maravilhoso. Intenso. Quente! Romântico. De ler sorrindo e terminar com os olhos marejados de água e o coração apertado de emoção!
Tudo isso dosado e muito bem balanceado com a descoberta de quem é a infame Lady W., boas doses de risos, situações maravilhosamente engraçadas e sensuais e os melhores mocinhos e secundários já apresentados em romances de época! AMO! Não deixem de ler!
''Fez querê-la com uma intensidade que quase dobrou seus joelhos. Ele a olhou, e de algum jeito não viu a mulher que tinha visto tantas vezes antes. Ela estava diferente. Ela brilhava. Ela era uma sereia, uma deusa, e ele se perguntou como diabos ninguém tinha notado alguma vez isto antes.
- Colin- ela sussurrou.''
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